Ah, eu vou confessar uma coisa: mesmo que seja um canalha, eu amo o Alberich e foi com peso no coração que escrevi e reescrevi as cenas que estarão neste capítulo. Mas eu sei que elas irão satisfazer a todos que estão doidos para vê-lo tomar uma sova do Mime...
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Frozen inside without your touch
Without your love, darling
Only you are the life among the dead
Congelado por dentro, sem o seu toque
Sem o seu amor, querida
Só você é a vida entre os mortos
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-Alvorada... – disse calmamente Elbereth, seus olhos brilhando intensamente em dourado. Nem foi preciso gritar seu golpe, o cosmo que emanava dele era forte o suficiente para causar uma explosão no Valhalla. Da mesma maneira que Bado, Shido seria engolido por uma luz amarelada. Pois é, seria...
O golpe de Elbereth , lançado com força sobre o guerreiro deus, não terminou seu percurso, parando no meio do caminho. Era como se uma força se sobrepusesse, tentando barrar seu avanço. Uma corrente de ar gelado o envolvia e pequenos átomos azulados ganhavam o ambiente.
-O que é isso?
-Este, Elbereth, é o "Impulso Azul"... Um golpe que cria uma poderosa corrente de ar, capaz de barra qualquer ataque inimigo.
-Mas eu nem o ouvi atacar!
-Eu e Bado podemos ser irmãos gêmeos, mas como tantos outros, temos nossas diferenças... Não sou impulsivo, por exemplo.
Shido falava com calma impressionante, controlando a intensidade de seu golpe, certo de que seria vencedor. Elbereth tentava avançar com sua força, mas percebeu logo que seria preciso uma outra estratégia. Arriscada, mas necessária.
-Pois bem, guerreiro deus de Mizar... O que acha de testarmos a potência de seu golpe contra o meu? Qual deles seria capaz de provocar a maior explosão de energia?
-O quê?
Novamente concentrando suas forças, o soldado de Hel voltou a pronunciar as palavras em sua língua e a força do golpe começou a aumentar de tamanho, empurrando o cosmo de Shido contra o guerreiro. Sem alternativas, senão seria atingido pelo golpe de Elbereth, o rapaz foi obrigado a intensificar seu cosmo também e as duas esferas de energia se atritavam no meio caminho, crescendo cada vez mais até que...
O estrondo da explosão foi ensurdecedor, os dois foram jogados para trás com a força que possuíam. Elbereth bateu contra uma coluna, caiu de cabeça no chão, Shido foi cair junto da amurada que dava para o jardim, desacordado também.
-Shido! Bado! – gritou Siegfried, vendo os dois irmãos caídos, como se estivessem mortos.
Dois irmãos? Sim, porque não foi somente o choque dos cosmos de Shido e Bado que pôde ser ouvido. Nesse meio tempo, envolto pela luz do golpe de Arcã, o guerreiro de us de Alcor tentava se desvencilhar daquele cosmo terrível que o arrastava para um buraco, semelhante a um portal. O portal de entrada para o inferno nórdico, o Muspell. Por mais que tentasse, Bado não conseguia correr ou ter forças para fugir dali, mal enxergava o inimigo acima de si, quase cego pelas rajadas de vento que o atingiam.
-Bado!
Ouviu o grito do irmão, chamando por ele. Shido estava preocupado com sua vida, tinha se esquecido por um momento de seu próprio inimigo! Lembrou-se da batalha contra os cavaleiros de Atena, quando os irmãos Ikki e Shun lutaram juntos pelo que acreditavam, sempre ajudando um ao outro. E agora Shido talvez precisasse de sua ajuda!
Concentrando seu cosmo, Bado ergueu a cabeça e viu Arcã acima de si, a imagem do soldado estava nítida agora! E o guerreiro deus podia ver claramente que Arcã concentrava seus golpe nos braços abertos, deixando a região do tronco vulnerável a um ataque.
-Garras do Tigre das Sombras! – Bado gritou e seu cosmo explodiu, atingindo Arcã no exato momento em que ele próprio alcançava o portal do Muspell.
Uma explosão que aconteceu ao mesmo tempo que a dos golpes de Shido e Elbereth, varrendo a entrada do Valhalla com sua forças combinadas.
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O estrondo da explosão causou tremores por todo canto do palácio, as velas acesas no quarto de hanna estremeceram em cima da mesa, mas nem isso foi suficiente para Alberich soltar a garota, não agora que suas mãos estavam de posse dos seios tão alvos e macios.
-Me solta!
-Fique quieta, garota! Você vai gostar, eu sei que vai...
Beijando novamente a boca de Hanna, O rapaz não percebeu quando alguém parou junto a porta, do lado de fora do quarto. Nervoso, Mime percebeu que alguma coisa estava acontecendo no quarto e se preparou para arrombar a porta com toda força que possuía.
-Solte a Hanna, seu maldito! – o rapaz gritou, arrebentando a porta com um chute vigoroso. Alberich virou-se com tudo para ele, Hanna não conteve o grito de alívio por Mime estar ali.
-Mime!
O guerreiro fez menção de dar um passo na direção dos dois, porém Alberich foi mais esperto. Segurando a garota pelos cabelos, ele a colocou em sua frente, como se fosse um escudo.
-Solte a Hanna agora!
-Soltar? E por que eu faria isso, Mime? A quer para você, não é?
-Você é um covarde, usar uma garota como escudo para se proteger! E o que pretendia com ela, seu maldito?
-Ora, eu preciso mesmo responder a esta pergunta? O que você acha, Mime?
Sem deixar de encarar o rapaz, Alberich puxou Hanna para mais perto de si e acariciou o corpo seminu da garota, deixando bem claras as suas intenções. Mime sentou o sangue ferver e já ia se posicionando para tocar seu réquiem de cordas quando se tocou de que não poderia enquanto hanna estivesse com Alberich, sendo usada como escudo por ele.
-Até que é esperto, Mime... Pena que não tanto, ou não teria sido mais um a confiar na minha rendição a Odin e aquela palhaça da Hilda!
-Estava do lado de Hel o tempo todo, não é mesmo?
-Do lado de quem irá vencer, seu idiota...
Os dois guerreiros se encaravam, rodeavam o quarto. Mime tentava encontrar uma brecha para atacar Alberich e soltar Hanna, mas o danado era tinhoso e não dava nenhuma. Ou pelo menos pensava que não.
Chorando muito, sentindo os cabelos sendo puxados com força para trás e um dos braços dolorido pelo puxão de Alberich, Hanna só queria que tudo aquilo acabasse logo, como se fosse um pesadelo que se dissipa ao acordar. Estava cansada, o corpo latejando pela violência co que fora jogada contra a parede, sentindo-se suja pelo toque daquele homem. Ah, se pudesse fazer alguma coisa!
E podia! Rodeando o quarto, encarando Mime, Alberich acabou por aproximar a ele e Hanna da mesa onde estavam os candelabros e as velas acesas. Em um pensamento rápido, a garota notou as velas e, com o braço livre, conseguiu pegar uma delas e atacou seu agressor, queimando-o na perna.
-AH!
O susto, muito mais que a dor, fizeram com que Alberich soltasse Hanna, que caiu no chão. O guerreiro nem teve tempo de agarrá-la novamente, e acabou batendo contra a parede. Mime, aproveitando o momento de distração provocado pela garota, largou sua harpa e socou Alberich.
-Seu desgraçado! Vai pagar pelo que fez com a Hanna e por ter insultado Hilda!
Mime pegou o rapaz pelo pescoço e o prensou contra a parede, foi a vez de Alberich bater a cabeça. Mime fitou-o por alguns instantes e depois, sem soltar de seu pescoço, o jogou com tudo sobre a mesa.
-Covarde!
Outro soco e mais outro. Só não veio um terceiro porque Hanna segurou a mão de Mime no ar.
-Pare, Mime, por favor! Vai acabar matando o Alberich!
-Mas, Hanna!
-Por favor... Mime, não vale a pena...
Encarando o guerreiro com cara de nojo, Mime o soltou e virou-se para hanna. Não deveria ter feito isso, porque Alberich não perdeu tempo e golpeou o rapaz na cabeça com um dos candelabros, fazendo com que Mime caísse no chão.
-Idiota! Como pôde ser tão burro aponto de dar as costas para um traidor!
Cambaleando, Mime levantou-se e ficou de frente para Alberich, a cabeça girando por conta do golpe. O outro apenas sorriu e abriu os braços.
-Vai sentir na pele o poder do cosmo de Alberich de megrez... Couraça Ametista!
Os cristais de ametista ganharam o ar, caindo na direção de Mime. O rapaz já sentia seu corpo sendo envolvido pela ametista do guerreiro deus quando Hanna, com o olhar cheio de raiva, golpeou novamente Alberich, usando o mesmo candelabro que ele golpeou Mime.
Um filete de sangue passou a correr pela testa do guerreiro, a ametista perdeu sua eficácia e Mime caiu de joelhos no chão, sentindo o ar voltar-lhe aos pulmões.
-Sua desgraçada! – Alberich gritou, dando um tapa na cara da garota, que caiu no chão com a força do gesto.
-Nunca mais levante a sua mão contra ela, seu maldito!
A fúria de Mime era muito maior e ele partiu com tudo para cima de Alberich, socando o guerreiro, jogando- o contra a parede. Parecia te um animal incontrolável, tamanha era a sua força. Estômago, cabeça, nada escapava de seus punhos e logo Alberich estava no chão. Como se fosse um golpe de misericórdia, Mime segurou-lhe a cabeça pelos cabelos e o encarou mais uma vez, sorrindo.
-Como sempre, está do lado dos perdedores...
Com força, o rapaz largou a cabeça de Alberich, batendo-a contra o chão. E voltou-se para Hanna, encolhida em um canto com cara de assustada e os olhos vermelhos.
-Mime... Você... Ele está... Está...
-Não, Hanna. Alberich ainda está vivo, apenas desacordado. Um traidor como ele merece apodrecer nos calabouços escuros de Asgard...
-Mime...
O rapaz a abraçou e cariciou seus cabelos, mas não poderiam ficar ali por muito tempo. Seus companheiros estavam em luta, era preciso se juntar a eles. Pegando um casaco que estava sobre uma poltrona, Mime envolveu a garota com ele e a puxou pela mão.
-Venha, eu vou levá-la até Hilda e então me juntarei aos meus companheiros.
-Sim...
Abraçando o guerreiro, Hanna saiu com ele do quarto e Mime trancou a porta, deixando Alberich preso lá dentro.
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Ai, eu vou me matar! Tadinho do Alberich, eu não queria que fosse assim, mas era preciso... Tá, eu sei que vocês não concordam com isso, mas eu estou com dó dele! Acho que vou pedir para a Hilda o deixar cumprir uma punição aqui em casa, eu cuidando dele...
Ah, para me redimir eu já estou preparando uma fic exclusiva para ele, mas não pensem que verão Alberich em momentos bonitinhos, do tipo ternura. Ele vai ser tão canalha quanto está em Inocência, eu não vou mudar a personalidade dele um único milímetro porque é assim que eu gosto dele. Aguardem...
Beijos a todos que acompanham a fic, em especial a Dama 9, Sah Rebelde e a Yui Minamino, que comentaram o capítulo passado e estavam doidas para ver o pobre do Alberich apanhar...
