Capítulo XII
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Viva forever
I'll be waiting
Everlasting, like the sun
Liver forever, for the moment
Ever searching for the one
Viva para sempre
Eu estarei esperando
Eternamente, como o sol
Viva para sempre, para o momento
Sempre buscando a sua pessoa
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-Shido! Bado!
Siegfried viu os dois irmãos caírem ao mesmo tempo e sentiu seu sangue ferver em suas veias. Aquilo já estava indo longe demais e a pose tranqüila do homem à sua frente o irritava profundamente. Estava na hora de acabar com toda aquela palhaçada.
-Vendaval do Dragão!
Ventos cortaram o ar, as árvores do bosque próximo chacoalharam violentamente. Mas Surt, sem esboçar nenhuma reação, levantou a mão direita e...
-Impossível! Como pôde deter o "Vendaval do Dragão" com uma mão!
-Vendaval? Não passou de uma leve brisa, guerreiro...
Nervoso com as palavras do inimigo, Siegfried intensificou seu cosmo, quase a ponto de explodir. E Surt continuava impassível.
-É ridículo, Fenrir de Ariot... Até quando pretende apenas se desviar de meus golpes? – gritava Jormungand, atacando o rapaz sem dó nem piedade.
Fenrir sabia que não podia ficar naquele joguinho por muito tempo, mas como iria atacar uma mulher? E o pior era que aquilo já estava cansando e só fazia atrasar o desfecho da luta.
King, o lobo que sempre o acompanhava, rodeava a dupla, rosnando. Estava pronto a atacar e ajudar seu amigo.
-Presas Venenosas! – Jormungand gritou mais uma vez, porém, o ataque foi diferente.
Ela saltou para o alto e abriu os braços, atacando Fenrir e King ao mesmo tempo. Ao ver o lobo ser atingido, o guerreiro deus perdeu a noção do perigo e... Melhor para a mulher!
-Presas Venenosas!
Desta vez atingido em cheio pelas presas da serpente, Fenrir caiu com tudo no chão. Logo o efeito do veneno, tão poderoso quanto o de uma cobra verdadeira, começou a se espalhar pelo seu corpo e ele sentiu a cabeça girar.
-Guerreiros deuses? Hunf, como podem ser tão imprestáveis?
Caído próximo a uma árvore, King praticamente agonizava pelo efeito do mesmo veneno. O único amigo nos tempos difíceis, aquele em que realmente confiava... Não podia deixá-lo morrer daquela maneira, muito menos permitir que Asgard caísse nas mãos de Hel e Lóki.
Jormungand já estava próxima de onde Surt e Siegfried lutavam quando sentiu uma chama ardente atrás de si. Ao se virar, subitamente receosa, a serpente filha de Lóki viu fenrir de pé, o cosmo ascendente o envolvendo com todo seu brilho e força.
-Mas o que...
Fenrir nem deu tempo para a mulher terminar a frase, estava com muita raiva por ela ter atacado King. Queimando seu cosmo, o guerreiro avançou sobre ela.
-Garras do Lobo Assassino!
-AH!
Jormungand foi arremessada longe, fora do alcance da visão de qualquer um. E fenrir, sentindo o corpo peado, caiu com tudo no chão, arrastando-se até o lobo, que respirava com dificuldades.
-Agüente firme, King... Agüente...
O cosmo de Siegfried inundava o ambiente, o rapaz não estava para brincadeiras. E Surt nem se mexia, um milímetro que fosse.
-Será uma tentativa ridícula de me atacar, guerreiro deus...
Cale-se e receba o golpe mais poderoso de Siegfried de Doube! Vendaval do Dragão!
O vendaval foi atirado contra Surt com muito mais força. Novamente, o soldado de Hel permaneceu impassível. A única diferença é que, desta vez, foi preciso usar as duas mãos.
Surpreso, o guerreiro deus viu a energia de seu golpe concentrada nas mãos de Surt. O soldado sorria confiante e, usando seu cosmo, intensificava a força do golpe de Siegfried.
-Se ainda não percebeu, guerreiro deus, eu não estou sozinho... Hel sabia que os demais eram completos inúteis e confiou a mim a missão de resgatar Hanna e por isso me presenteou com parte de seu cosmo... Esta batalha está ganha, e eu sou o vencedor!
Surt encarou os olhos azuis de Siegfried e sorriu de lado. Então, sem perda de tempo, ele lançou seu golpe.
-Espelho de Lóki!
Como se fosse um reflexo que volta ao seu dono, a energia do Vendaval do Dragão, acrescida da força de Surt, voltou-se contra Siegfried e o guerreiro deus foi bater longe, aos pesa da fonte do jardim. Tonto e sentindo o corpo todo sangrar, o rapaz tentou se levantar, mas sequer sentia as próprias pernas.
Surt passou por ele sem dar importância e seguiu para os portões do salão do Valhalla.
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Andando depressa pelos corredores do palácio, Mime sentiu os cosmos de seus amigos enfraquecerem aos poucos, até desaparecerem por completo. Restavam ainda os cosmos de Hagen e Thor e um terceiro extremamente agressivo e cheio de ódio. A garota, por sua vez, não conseguia sentir nada, mas percebeu que o rapaz estava muito nervoso.
-Ah! – ela gemeu, fazendo com que Mime estancasse o passo e a encarasse.
-O que foi, Hanna?
-As minhas costas... Elas ardem com mais força, Mime... As vozes estão mais próximas, eu posso ouví-las com clareza!
-Acalme-se, logo estará com Hilda e Freya... Hanna, eu não vou deixar que te levem daqui!
Para que a garota entendesse que falava muito sério, o guerreiro a beijou com paixão. Hanna correspondeu ao beijo, mas logo o soltou. Aquela não era uma hora apropriada para carinhos...
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-Eu não sinto o cosmo deles, Hagen!
-Eu também não, mas não deve ser nada... E não sinto os cosmos inimigos, devem estar mortos...
Apreensivos, os dois guerreiros sentiram o cosmo de Surt vir pelo corredor de encontro a eles. Preocupados, foi inevitável pensar que eram a última defesa do Valhalla e que não poderiam falhar. E onde estariam Alberich e Mime em uma hora dessas?
-Mime! O que faz aqui? – gritou Freya, ao ver o guerreiro deus e Hanna entrando pelo salão.
Hilda parou de orar a Odin e voltou-se para os dois, sem entender nada.
-Senhora, cuide de Hanna... E mande um guarda para o quarto que ela ocupava.
-Para quê, Mime?
-Um traidor, senhora... E velho conhecido nosso.
-Alberich... - disse Hilda para si mesma, balançando a cabeça.
Então uma explosão de energia foi ouvida e todos sentiram o cosmo de Siegfried se esvair. Com a expressão alterada, Hilda sentiu as pernas fraquejarem e ela caiu no chão, chorando.
-Siegfried...
-Hanna, eu preciso ir... Fique aqui com Hilda e Freya e você estará segura.
-Tenha cuidado, Mime...
Havia lágrimas nos olhos da garota e o toque de suas mãos estava frio. Parecia até uma despedida silenciosa e distante...
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Capítulo doze! Uau, essa me surpreendeu! A fic tá ficando maior do que eu imaginava, também, são tantas idéias... Mas sinto dizer que, apesar de ter chegado a este capítulo, ela está caminhando para o fim...
Porém fãs dos guerreiros deuses, não fiquem tristes! Em breve, questão de dias, a fic do Alberich estará no ar! E já agradeço de antemão à Yui Minamino, que revisou o primeiro capítulo e me deu o empurrão que faltava para mandar ver na história! Aguardem...
Beijos a todos!
