Antes de iniciar o capítulo, um pequeno adendo: não briguem comigo, senão eu magôo... Eu sei que todas vocês amam os guerreiros deuses, mas o destino que eles tiveram era importante para o andamento da fic, gente!

Ah, no final do capítulo tem um aviso especial para todos, espero que gostem...

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Capítulo XIV

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Viva Forever

I'll be waiting

Ever lasting, like the sun

Live forever, for the moment

Ever searching, for the one

Viva para sempre

Eu estarei esperando

Eternamente, como o sol

Viva para sempre, para o momento

Sempre buscando a sua pessoa

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Escuro. Frio. E um medo terrível que dominava sua alma. Então seria assim, tudo estava realmente acabado. E um nó na garganta que teimava em crescer, o sentimento de culpa que não a abandonava. Por sua causa, Mime e os outros estavam mortos. E Asgard sofreria muito mais...

"Me perdoe, Odin... Eu sei que fiz a maior besteira da minha vida... Me perdoe..."

As correntes que a prendiam eram muito fortes e a machucavam, a parede fria em contato com o fino tecido da vestes que usava lhe dava arrepios. E o silêncio era frequentemente quebrado por vozes ao longe, lamentos e gemidos de dor e desespero. Estava às portas do Muspell, esperando por algo que não sabia bem ao certo o que era. Só sabia que seria terrível...

-É realmente admirável o bom gosto de meu pai para mulheres...

Hel entrou pelo local e tochas acenderam-se sozinhas, iluminando a tudo. Hanna, presa bem ao centro, não conseguia sustentar o olhar, tamanho era o medo que a dominava. Aquela mulher já havia aparecido em seus sonhos, era ela quem a atormentava com vozes e lamentos em sua mente.

Aproximando-se da garota, Hel puxou-lhe o rosto, forçando-a a lhe encarar. Os olhos negros brilhavam com fúria, pareciam penetrar fundo nos olhos de Hanna e enxergar sua alma.

-Uma linda menina... E que honra terá em ser oferecida ao meu pai...

-Se-seu pai? – Hanna gaguejou, pela primeira vez tinha coragem de abrir a boca e dizer algo. Hel apenas riu.

-Logo irá conhecê-lo, não se preocupe...

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-Acorda, preguiçoso! A gente não tem o dia todo não, tá sabendo?

Sentindo alguém cutucar suas costelas doloridas, Mime já ia xingando o dito cujo quando lembrou-se do que acontecera há pouco.

-Hanna! – ele gritou, levantando-se com um salto, até tinha esquecido das dores que sentia. O sujeito riu.

-Mas você só pensa em mulher, cara!

-Bado! – o rapaz deu outro grito, ao dar de cara com o amigo à sua frente, rindo – Isso é hora de ficar fazendo piada?

Aos pés da escadaria, os demais guerreiros o encaravam, Hilda abraçada a Siegfried e Freya cuidando dos ferimentos de Hagen. Mas não estavam todos mortos?

-Ah, claro, como se aqueles paus mandados fossem capazes de fazer muita coisa! O que aconteceu com a gente foi só um "acidente de percurso"

-Até você, Shido!

Mime bronqueou com o amigo, mas estava feliz por ele estar ali, de pé. Um reforço a mais para ir atrás de Surt e Hel e trazer logo Hanna de volta. Ajeitando o elmo que encontrou longe de onde estava, Mime já ia puxando Bado de um lado, querendo sair depressa, quando foi interceptado por Siegfried.

-Espere um pouco, Mime. Eu sei que quer ir logo atrás de Hanna e trazê-la de volta, mas antes é preciso que saiba de uma coisa.

-Que coisa?

-Bem... – o guerreiro deus de Doube o encarou, procurando as palavras certas para o que iria dizer – Talvez... Talvez você não tenha mais como salvá-la, Mime...

-O quê? Como assim, Siegfried?

-Hel levou Hanna embora porque precisava dela para o sacrifício que trará Lóki de volta a este mundo... – disse Hilda de uma só vez, causando exclamações de espanto entre todos os presentes.

-Sacrifício? – perguntou Fenrir, o primeiro a se recompor.

-Sim, Fenrir... A nossa história diz que, quando Odin selou Lóki no Muspell, um velho druida teve a visão de um futuro onde o deus da trapaça poderia ser trazido de volta à vida...

-Nesse futuro, o velho druida viu o nascimento de uma jovem que traria consigo a marca de Lóki e que ela, quando chegasse a idade adulta, seria oferecida em sacrifício ao deus para que os portões do Muspell se abrissem e libertassem Lóki de sua prisão.

-E esta garota seria a Hanna... É isso que está dizendo, Siegfried?

-Infelizmente sim, Thor...

Mime ouviu todo o relato de Hilda e Siegfried em silêncio, pensativo. Agora entendia o porquê da marca que via nas costas de Hanna e o interesse de Surt em sua vida. Mas isso não era justo, não podia perdê-la assim, sem ao menos tentar salvá-la.

-Espera um pouco, Siegfried... – Bado o chamou, com um ar que misturava questionamento e, por que não, diversão – Um sacrifício humano, para ter valia, tem que ser de uma pessoa inocente de coração e com a "honra" intacta, certo?

-Hum, está correto... – o guerreiro deus respondeu, arqueando uma sobrancelha. Mime sentiu o rosto avermelha-se – Mas por que me pergunta isso, Bado?

-Por que nós estamos em vantagem, ora! Hel nunca conseguirá trazer Lóki de volta através da vida de Hanna.

-Como? O que quer dizer com tudo isso? – quis saber Freya, indiferente à vergonha de Mime e os risinhos abafados que começavam a pipocar entre os guerreiros.

-Princesa Freya, eu me abstenho de responder a esta pergunta... Creio que meu amigo Mime possa fazê-lo da melhor forma.

Todos os olhares se voltaram para Mime, vermelho, roxo, verde... Freya então entendeu o que Bado dizia e ficou quieta, mas rindo discretamente. O guerreiro deus de Benetnasch quis matar o amigo pelas considerações, mas nada fez. O danado estava certo!

-Siegfried... – Mime falou, mas ainda sem coragem de encarar o rapaz – Não podemos mais perder tempo por aqui. Temos de ir atrás de Surt e acabar com ele e Hel, trazer Hanna de volta.

-Muito bem... Bado e eu iremos com você até os domínios de Hel. Os demais fiquem aqui e cuidem de tudo.

Ajeitando seu elmo, Siegfried despediu-se de Hilda com um beijo e tomou a frente do grupo. Determinado a ir até o inferno se fosse preciso, Mime jurou a si mesmo que não voltaria sem ao menos dar um soco na cara de Surt. E traria Hanna de volta.

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Na caverna de Hel, ela e Surt estavam a postos com tudo preparado para o sacrifício: o punhal dourado descansava sobre uma mesa, envolto em um veludo preto. Hanna sentia o coração acelerar cada vez mais, parecia até que o danado iria saltar de sua boca.

Porém, o medo que sentia foi sobrepujado por uma sensação de alívio repentino. "Hanna...", ela ouviu a voz de Mime a chamando ao longe, sentiu seu cosmo preencher seu coração. Estava vivo! Lágrimas se formaram em seus olhos violetas, ela quis sorrir, mas percebeu que não era a única que sentia aquilo.

-Maldição! Eles estão vindo para cá! Surt, vá atrás deles e mate-os!

O soldado saiu depressa e Hel se voltou para Hanna, pegando o punhal e tirando-o do veludo. Aproximou-se com ele da garota, seus olhos brilhavam ainda mais.

-Mesmo que Surt não os detenha, será tarde demais para você...

A lâmina do punhal estava muito próxima dos olhos de Hanna, ela sentiu as pernas tremerem inteiras. Com movimentos calculados, Hel sorriu e pressionou a lâmina contra a pele alva do rosto da garota.

-Vejamos o sabor que possui o sangue da Inocência...

Um arrepio de dor percorreu todo o corpo de Hanna quando Hel passou a lâmina por seu rosto e um corte foi feito. Um pequeno filete de sangue começou a escorrer e a mulher aproximou seus lábios, o hálito quente provocando arrepios na garota. Com uma única lambida, Hel provou do sangue e se afastou de Hanna. De repente, os olhos negros ganharam um brilho vermelho de raiva e a mulher levou as mãos à boca.

-Amargo gosto do fel que corre em suas veias... Vadia!

Com violência, Hel largou o punhal e soltou o braço em um tapa bem dado no rosto de Hanna, a marca vermelha queimando em sua bochecha direita.

-Maldita! – Hel a puxou pelos cabelos – Como pôde ter se entregado a um homem e manchado a sua inocência dessa maneira? Por sua causa meu pai ficará preso ao Muspell para todo o sempre!

Gritando contra Hanna, Hel ascendeu seu cosmo de maneira aterradora. Tão forte que podia ser sentido em toda sua fúria por qualquer um que passasse pela região.

-Estão sentindo? – questionou Siegfried para Bado e Mime.

-Acho que Hel já descobriu que Hanna não pode ajudar em nada...

Mime não respondeu, permaneceu quieto. Segurando com força sua harpa, foi o primeiro a chegar à caverna de Hel e entrar.

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Capítulo quatorze! Ainda não teve o tão esperado confronto entre Surt e os guerreiros deuses e Mime contra Hel, mas prometo que não vai demorar! E adianto que o capítulo seguinte vai ter uma passagem muito bonita envolvendo pai do Mime, eu já a escrevi e acho que ficou bacana...

Ah, sim, o aviso especial:... A fic do Alberich está com tudo para entrar no ar! Só tenham um pouquinho mais de paciência... Como adiantei, ela se chama "Hold me, Thrill me, Kiss me... Kill me" e tenham certeza de que o guerreiro deus vai aprontar muito. Depois dessa fic, vocês terão dois caminhos a escolher: ou se rendem de vez aos encantos dele ou o odeiam pelo resto de suas vidas...