Capítulo XI – A bonança
Miro estava sentado na poltrona, vendo Lilith dormir na cama do Escorpião. A pele da garota estava mais pálida do que o normal, fazendo com que o contraste com seus cabelos vermelhos ficasse maior ainda.
Nunca tinha imaginado que isso podia acontecer com "sua" menina. Tá certo que no começo ele não gostava dela, nem tinha ficado contente em cuidar de uma pirralha. Mas os olhos violetas dela, ora frios ora radiantes, o haviam cativado. O sorriso instável era o maior trunfo daquele pequeno ser.
Aioros e Fred haviam passado por lá, assim como Aioria, Máscara da Morte, Afrodite, Aldebaran e Kamus, juntamente com seus pupilos. Mú e Shaka tinham mandado recados dizendo que iriam depois para ajudar na recuperação da menina. Saga tinha ido contar pra Kanon, e os dois eram esperados mais tarde, assim como Dohko.
Miro não conseguia atinar o que teria acontecido com sua garota. "Será que Ares dominou ela?" pensava o Escorpiano, mas não conseguia chegar a uma conclusão. Tinha receio de que seu medo se tornasse real: que Athena retirasse a menina de sua guarda.
Com um suspiro, Miro levantou e arrumou a colcha dela. Ia saindo quando ouviu aquela vozinha suave:
- Mestre Miro...o senhor vai me mandar de volta pra casa?
- Não meu bem...- Miro tinha sentado na cama, pegando as mãos dela – Não tenho a menor intenção de te mandar pra casa, tá? Não precisa ficar com medo.
Com os olhos marejados, Lilith disse:
- Mestre, o senhor também tem medo de mim? Porque eu juro que nunca mais faço nada, tá? Eu juro!
- Lilith, não precisa se preocupar...eu não tenho medo de você...- disse Miro, emocionado
Enquanto Miro conversava com Lilith, Shura tentava acalmar Pablo, que ainda estava assustado com os acontecimentos do dia:
- Acalmate! Diga, o que usted viu nos ojos dela que te transtornou tanto así?
- Señor, lo juro! Era cómo se el fuego de los infernos estuviesse en su alma! Yo ví la muerte!
- No seja dramático, Pablo! Cómo así, la muerte? Ella es sólo una niña...Por acaso tienes miedo de una chica?
- No tengo miedo...sólo pavor! – chorava Pablo, enquanto escondia o rosto cam as mão.
"Tengo que hablar com Miro! Sólo el para me decir o que está acontecendo!" pensava Shura. Com essa idéia, chamou Aioros para cuidar do Pablo enquanto ele ia até a casa de escorpião para conversar com Miro.
Ao chegar na oitava mansão, Shura foi entrando enquanto chamava pelo amigo. Como ninguém respondia, ele ia entrando cada vez mais, até ver uma porta aberta. Foi entrando, mas não estava preparado para a cena que via: Lilith estava deitada, com uma camisola transparente, que pendia de um dos ombros. Os cabelos soltos dava um ar diáfano para ela, como se fosse uma ninfa. E o que mais o impressionava era a beleza que aquela cena tinha, com o perfil infantil mais belo de que podia se lembrar.
Pigarreou, chamando a atenção da menina, que estava com o olhar perdido. Corada, ela levantou o edredon, cobrindo seu corpo. Sem levantar o rosto, disse:
- Senhor, meu mestre está tomando banho em seu quarto. O senhor poderia esperar na sala, por gentileza?
- Er...Espero, sí...e usted, cómo estás? – disse Shura, encabulado.
- Estou muito bem, como pôde observar. E agora, se me der licença, eu irei me arrumar.
Shura, perplexo, acenou com a cabeça e se encaminhou para a sala, onde se jogou no sofá. Antes que Miro chegasse, a menina se arrumou e foi até a sala. Trajando uma túnica comprida branca, serviu o espanhol com um copo de vinho e voltou para seu quarto.
Miro entrou na sala, e deu de cara com o amigo:
- Ei, que 'cê tá fazendo aqui, zé? Eu pensei que estaria cuidando daquele peste...
- No hable así de Pablo. El está muy assustado, e yo decidi vir até aqui para te preguntar se usted sabe o que houve com sua niña.
Sem jeito, Miro olhou para Shura e desabafou:
- Pra falar a verdade, eu não sei. Nem tenho idéia. Mas adoraria saber, porque Lilith ainda está de cama, sem forças.
- Como así? Ella veio até aqui e me serviu vinho...
Miro, atordoado, saiu correndo para dentro da mansão, em direção aos aposentos de Lilith, com o espanhol atrás. No quarto, perto da cama, a menina estava estendida no chão, com o rosto transparente mostrando os vasos sangüíneos. Um filete de sangue escorria da boca dela, e a pulsação era muito fraca.
Quase chorando, o escorpião a levantou devagar, sentindo o seu próprio coração apertar ao ver como sua menina estava fraca. Levou ela para seu quarto, e a colocou na imensa cama. Em se virar, disse para Shura:
- Espanhol, peloamordeZeus, vai buscar ajuda!
Sem dizer nada, Shura saiu correndo, gritando por ajuda e elevando o cosmo para atrair a atenção de Athena. Aioros e Dohko foram os primeiros a chegar, sendo seguidos pelos gêmeos, Shaka e Mú. Em pouco tempo os doze cavaleiros de ouro estavam lá. Todos foram entrando na casa de escorpião, que estava tendo um "pequeno" ataque:
- Cadê aquela imprestável da Saori, quando a gente precisa dela? Deve estar dando uma com o asno do Seya...aiaiaiai...Shaka, dá um jeito, que eu vou explodir se minha menina sofrer!
- Calma, Miro...assim você também vai precisar de cuidados médicos – suavizou Mú, que estava tentando acalmar Miro.
Nesse momento Saori entrou acompanhada de Ikky, o que fez muitos ali terem idéias maliciosas: "Será? Coitado do Seya...além de trouxa, é corno...", pensou Kanon.
- Puta que pariu minha sogra! – nessa hora todos observaram uma troca de olhar significativo entre Saori e Ikky – Caraca, assim não dá! Tava eu lá, linda, bela e poderosa assistindo um filme inédito, o "Lagoa Azul", quando vocês me enchem pra vir até aqui e ver essa piveta! O que eu fiz pra merecer isso. Pai?
Uma voz grossa foi ouvida ao longe:
- Minha filha, te falei pra não ressuscitar ele, mas você não me ouviu...Se fodeu!
Saori ficou vermelha, mas logo tomou conta da situação:
- Anda, fala logo o que essa coisa tem, que eu tenho mais o que fazer.
- Senhora, eu não sei. Depois do treino de hoje de manhã, quando teve aquela confusão toda, ela ficou muito fraca, não conseguia nem se levantar. Agora pouco ela se levantou e caiu, e eu não sei o que fazer!
Com isso Miro caiu no choro, que acabou deixando todo mundo de boca aberta, afinal o grego era conhecido por sua frieza e falta de compaixão. Saori, ao se aproximar da menina ergueu as mãos e fez com que seu cosmo a curasse, sem que isso acordasse ela. Suspirou, e virou-se para seus cavaleiros:
- Seguinte galera, quero todos vocês lá no meu Salão hoje à noite. E levem as crianças, tá? Vamos acabar com o suspense aqui. Ikky, vamos.
E saiu.
Primeiro as desculpas...
Tá, eu sei que foi sacanagem em alto grau não postar logo...snif, não precisa xingar...Mas eu tive motivos de força maior...Tive de cuidar do meu sobrinho querido, idolatrado, salve salve Pedro Henrique!
Segundo...Aí, tá ficando legal? Alguma crítica? Se tiverem, podem me escrever e falar...afinal, posso não ser muuuito educada, mas também não sou selvagem, tá?
Terceiro...agradecimentos...
Cating, adorei saber que vc tá gostando da fic...brigadú por ler, tá?
Lininha, eu senti sua falta...mas adorei ler o seu review! E olha, escreve mais! O gênio é por excelência aquele que estudou e se esforçou, e não aquele que acha que nasceu sabendo, ok?
Sheilinha do meu coração...dicupa! Sei que não fui muito legal no telefone,. mas eu fiquei muuuito deprê...tô morrendo de saudades de vc, da Dessa, da Deckae da Paulette! Te amo!
Quanto à fic que a Sheila falou, esperem para vera origem de uma Saga: como tudo começou...
Bjos!
Continua...claro!
