Disclaimer: Nop, nenhum desses personagens é meu. Tudo criado pela J.K.
Capítulo três – Quanto valem as opalas?
Na vida de Draco não existia calendário, ou melhor, não existia espaço ou necessidade para um. Seus dias eram extremamente iguais uns aos outros e não importava se era segunda-feira ou sábado, exceto pelas folgas de sua governanta;
Dora folgava aos sábados (até um Malfoy tem que respeitar leis trabalhistas) e ela não esquentava suas meias. Então sábado era o dia em que ele dormia com os pés gelados... Na verdade, todas as pessoas representavam pra ele, no máximo, o que faziam por ele.
Mas para o Sr Cardigan, procurador da família Malfoy há mais de 25 anos que não era bilionário, tempo valia dinheiro. Cardigan era um tipo normal, e posso dizer que não era particularmente atraente. Tinha quase 60 anos, era gordo, careca e barrigudo. E sempre que precisava ele visitava a casa de Draco às segundas de manhã, porque ele tinha mais pique para ouvir baboseiras nas primeiras horas úteis da semana, ao contrário da maioria das pessoas. E foi isso que o fez se dirigir até Belleville Av, 13 na manhã de uma segunda-feira cinzenta de outubro. A certeza de ser xingado. É, ele ganhava bem para isso.
- Sr. Malfoy. – Uma voz chamou-o das sombras – O Sr. Cardigan deseja vê-lo.
Era Dora, a governanta. Tinha cerca de 50 anos, uma postura muito rígida, usava sempre um sombrio uniforme cinza e seus olhos pareciam ter sido enfeitiçados para que ela quase nunca piscasse.
- Ele avisou que vinha? – Draco não levantou os olhos do jornal que lia.
- Sim senhor. Sexta-feira ele mandou-lhe uma coruja.
- Que seja. Você mandou que ele entrasse?
- Sim, ele o espera na sala de estar, senhor.
Draco nunca foi com a cara daquele homem, entretanto ele era de extrema confiança. Todas as vezes que o via se lembrava muito de um Leão Marinho, com toda aquela barba estranha e aquela pompa rude¹, e isso lhe dava cócegas engraçadas na barriga. Mas Malfoys não costumavam rir quando achavam algo puramente engraçado.
-Sr Malfoy. – O homem acenou com a cabeça e estendeu a mão, que ficou parada alguns segundo no ar antes que ele a recolhesse, desconcertado – Agradeço por receber-me tão cedo.
Ele deu um sorriso amarelo que foi ignorado por Draco.
- Não vou mentir que é um prazer recebê-lo, Edgard, ou seria convidado. – O loiro disse sem um pingo de emoção na voz. – O que o traz aqui?
- Bem, - Começou ele, tentando ter algum tato. – Na verdade são boas notícias. Recebi um comunicado ministerial semana passada – Ele estendeu um envelope roxo com letras prateadas para o outro – O Ministério reintegrará a posse da Mansão Malfoy ao senhor em 15 dias úteis. As inspeções não encontraram nada que pudesse incriminá-lo pessoalmente, mas alguns bens foram confiscados.
- O quê?
- Alguns bens foram retirados da mansão, porque eles acreditaram que poderiam ser perigosos.
- Eu perguntei o quê foi retirado da mansão, imbecil. – Draco adorava usar essa palavra. – Acho que ainda sei o significado do verbo confiscar.
Edgar respirou fundo.
- Ah, certo. Me desculpe, senhor. Não foi nada de muito importante: Apenas livros, relatórios, alguns cadernos de seu pai e algumas jóias de sua mãe?
- Como assim? – Draco estava impassível – Que jóias? Quantas jóias?
- Cinco, pelo relatório. Um colar de opalas africanas, dois broches de rubi, um anel de diamante e uma pulseira estúpida de conchas.
Os olhos do loiro se estreitaram, e Edgard deu dois passos para trás. – Para que?
- Investigação cautelosa.
- SEU IMPRESTÁVEL – Ele socou a mesa que estava ao seu lado, derrubando um cinzeiro e o copo de café que a cozinheira havia trazido minutos antes, mas que estava intacto. – POR QUE VOCÊ NÃO FOI ATRÁS DISSO? AQUELAS JÓIAS VALEM PROVAVELMENTE MAIS DO QUE SUA CASA. VÁ AGORA ATÉ O MINISTÉRIO, EU AS QUERO DE VOLTA.
- Sr Malfoy – Edgar disse muito baixo, se afastando mais um pouco – Se acalme.
- VÁ ATÉ LÁ, ARRUME UM ESCÂNDALO SE PRECISAR, MAS TRAGA AS JÓIAS DE VOLTA – Draco se deu conta da bagunça no chão e fez alguns floreios com a varinha para consertar tudo. Seu Tom estava um pouco mais controlado quando recomeçou a falar – Diga que são relíquias de família, invente o que quiser, isso não importa, elas são minhas. Traga-as de volta.
- Eu não posso senhor.
- O que? Não pode?EU NÃO TE PAGO 30 GALEÕES POR MÊS PARA NÃO PODER, E SIM PARA FAZER. SEU INÚTIL.
- São regras do Ministério, senhor.
- Ah é? Agora aquela pocilga tem regras?
- Só o dono das peças, ou seja o senhor, pode ir até lá reclama-las. Isso evita que alguém se apodere de bens valiosos.Ou perigosos.
- Diga que estou doente, na Tailândia, não importa.
- Isso seria impossível, Sr. Malfoy. – Edgard entregou-lhe outro papel, esse vermelho de letras pretas, que aparentava ser um relatório.
- Arrrrrrgh – Malfoy deu um berro. – ENTÃO SAIA DAQUI, SEU INCOMPETENTE. SAIA DA MINHA CASA. – O homem deu de costas, não desagradado de todo, deixando um Draco aturdido que se jogou na poltrona e conjurou um copo de vodka.
Pelo jeito teria que comparecer ao Ministério.
N.A: feliz
Sim sim isso aí em cima é uma linha, mas eu não quero ficar improvisando aqui então eu realmente preciso que alguém me dê umas dicas sobre isso aqui. Eu prometo que dou um doce.rs
Bem, esse daqui ficou maior, né?
Já é um começo.
Muitíssimo obrigada a Thaysa, Angel e a Jullia Malfoy e a Mione G. Potter, que se continuarem assim vão ganhar agradecimentos em todos os capítulos... Muito obrigada por serem pacientes comigo... E eu vou tentar publicar mais alguns capítulos até domingo que vem porque a partir do dia 30 começam as minhas aulas e eu só vou ter mesmo os sábados e domingos para namorar, digitar, e publicar. Então eu vou ter realmente muito pouco tempo e vou precisar de uma Beta...Se alguém quiser se habilitar estou aceitando inscrições...rssss
Ahhhhhh jah ia me esquecendo, no próximo capítulo tem Gininha entrando em campo...
Acho que é isso...
Podem jogar os tomatinhos agora.
Beijinhos
