Capítulo 8 – Sobre foras e vinho.

Ele encostou-se no pescoço dela, fazendo cócegas com a barba por fazer. Ela sorriu de um jeito contrariado e virou-se, afastando-o.

- Eu não devia estar aqui, Draco.

- É, você praticamente tem programas muito melhores do que eu.

- Você me trata como capacho. Qualquer coisa é melhor do que ser sua válvula de escape.

- Como se você se importasse. Estar perto de mim é muito melhor do que dormir com aquele seu marido insosso.

- Ele é um bom marido. – Ela disse, se afastando.

- Pansy, Pansy... Desde quando você aprendeu a gostar dos bonzinhos?

- O ministério estava atrás de mim, Draco. Casar-me com alguém bem afastado do Lorde e amigo íntimo do Ministro me rendeu muitas chateações a menos. Além do mais, você nunca cogitou a possibilidade de assumir qualquer coisa comigo. – Pansy jogou os longos cabelos negros para o lado, num sinal de pretensa desdém.

- Então é o que? Você vai parar de me ver? Vai dormir todas as noites com alguém que não te satisfaz? Vai esquecer de tudo? – Ele disse de uma maneira chantagiosa, dando a impressão de que a falta da garota lhe comoveria muito – Vai esquecer de mim?

- Não posso – Ela abaixou os olhos – Não poderia te esquecer, mas também não posso continuar como sua boneca.

- Você não é minha boneca. – Ele disse, sem convicção.

- Escuta Draco, se você quiser conversar algum dia com alguém, pode me chamar. Mas se você quiser alguém para dormir com você, para transar com você, pra você descontar o seu dia ruim, pague por alguém. Eu não posso trair meu marido com alguém que nem sequer se importa comigo.

- Você está ficando muito, muito dramática, Pansy – Ele se aproximou novamente, fazendo-a arrepiar – Esse seu marido não faz bem pra você.

- E Você me faz bem, Draco?

Ele limitou-se a sacudir a cabeça. – Você bebe alguma coisa? Tenho um vinho ótimo. Um vinho pelo qual o seu marido não pode pagar.

- Não, obrigada. Estou de saída.

- Dora – Chamou ele – Traga um cálice daquele tinto francês que está na adega – A empregada assentiu.

- Adeus, Draco. - Pansy fez um movimento aleatório com as mãos, antes de desaparecer pelo arco. Draco bufou, pelo menos por aquele dia teria que se virar sozinho.

Estava sentado em sua sala de estar, já bêbado e tonto, quando Theodore Nott entrou. Estava como sempre esteve, desgrenhado e esquisito, e mesmo assim era a única pessoa com quem Draco conseguia conversar, ou a única Pessoa Que trocava mais de duas palavras com ele. Talvez os dois fossem apenas muito parecidos.

- Ah, é você. – Draco voltou para seu cálice, o décimo, de vinho e calou-se.

- Essa sua situação se torna mais deprimente a cada dia, Draco. Você está bêbado e sozinho, trancado em casa, em pleno sábado à noite.

- E você veio me visitar – O Loiro riu tolamente.

- Na verdade eu vim te chamar pra sair, pra beber alguma coisa. Mas você já bebeu o bastante sozinho. Vou pedir a Dora para te dar um banho e fazer uma xícara de café forte. Por Merlin, o que deu em você? Se embebedar desse jeito? Parece até que levou um fora.

- Eu nunca levei um fora, Nott. – Ele falava mole e a frase se tornou um pouco sem sentido. – A vadia da Pansy, disse que não volta mais aqui.

- Ah, dá um tempo Draco – Theodore deu uma gargalhada aguda – Você não tomou um porre por causa da Parkinson. Você nunca gostou dela. Ela sempre foi quase como uma... Sei lá, uma prostituta.

- É, eu sei. Exceto pela parte que eu nunca paguei nada pra ela.

- Se isso for por causa do sexo, eu arrumo alguém pra você... É, acho que eu tenho um lugar legal pra te levar.

- Cala a boca – Draco tentou levantar-se, mas levou um tombo.

- Vem, você vai tomar um banho – Disse o outro segurando-o – E a gente vai sair. Vamos arrumar alguém pra você.

- Eu não preciso de você, Nott.

- É, eu sei que não. Você prefere ficar se embebedando nessa solidão. – Nott deu um sorriso sarcástico – Além do mais, você não está em condições de decidir.

- Cala a boca – Draco gritou, derrubando a garrafa de vinho no chão.

- Um Malfoy bêbado é um dos espetáculos mais hilários da face da terra. Pena que poucas pessoas queiram presenciar.

N.A: Esse capítulo está pronto a bastante tempo, mas estava esperando mais rewiews...KKKKKKKKK Estou ficando malvada...E sem tempo para escrever. Bah, semanas de provas, viagem, trabalho...Duuhhhhh estou ficando louca

Como se já não fosse...

Mas agora falando sério, eu juro que o próximo será melhor e maior que esse.

A Pansy bobalhona deu um fora no Draco, e agora? Siiiim ela é muito vadia, mas não é tão estúpida assim...Ou será que ela só queria que o Draco pedisse desculpas de joelhos e mandasse ela largar do marido? Ohh dúvida cruel...Mas eu acho que a parte mais legal desse capítulo é a imagem do Draco sozinho, em sua sala de estar, a lareira acesa e o cálice de vinho sobre a mesa, completamente bêbado... Não sei se vocês perceberam mas foi uma cena meio melancólica, bastante solitária...Me deu até dó dele, pobrezinho

Me desculpem mas hoje não vou poder agradecer particularmente por cada um dos rewiews porque eu ainda tenho 30 páginas do Dom Casmurro pra ler até amanhã...MAS MUITOOOOOOOOOO OBRIGADO A TODAS VOCÊS...Que me fazem continuar