DDT.3: O RETORNO DE UM VELHO AMIGO

AUTORAS: Lady K & TowandaBR

Capítulo 2

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions, não há nenhum lucro com esta fic, a idéia é apenas nos divirter e divirter aos fãs (mas não nos opomos a qualquer tipo de presente, mesmo que seja em dinheiro lol).

GÊNERO: Aventura, romance, comédia e umas cenas calientes (não sabemos exatamente qdo). Eu sei q ninguém liga p/ esses avisos, MAS, fiquem fora desta fic, crianças! Não nos responsabilizamos por qqr dano psicológico ou moral lol

COMMENTS:

Rafinha: Estamos adorando tê-la como leitora! ;-)

Cris: Finalmente N&V tiveram um pouco mais de atenção. Se dependesse de mim teriam toda a atenção. He! He! He! (Adivinhe quem respondeu esse review.) (felizmente eu estou aqui p/ vigiar a Si!)

Hortência e Rosely: Adoramos saber que vocês estão acompanhando. O Ned não é burro (senão o Challenger não teria deixado que ele participasse da expedição) Ele é atrapalhado e aos poucos está vencendo a insegurança. Lembrem-se que eles já estão no platô há 4 anos e aos poucos as pessoas estão mudando. É só ver o exemplo da Marguerite que finalmente resolveu juntar os trapinhos com o Roxton.

Cláudia: Que saudades de você. Estamos tentando incluir Hellen e Patrick no hall da fama dos vilões, juntamente com Darth Vader. E nossos heróis ainda vão ter que suar muito para dar conta dos dois.

Jess: É uma boa pergunta. Onde estava Summerlee? Leia esse capítulo e descubra...que não é agora que será revelado esse segredo. He! He! He!

Nessa: Como você pode ver nossa pontualidade tem sido britânica. E agora que estão todos juntos (finalmente) a coisa vai esquentar e é claro não roa todas as suas unhas de uma vez.

Maga: O fanfiction gosta de testar se os leitores realmente são fiéis. E você é a prova de que com um pouco de paciência e umas pancadas no pc, vale a pena enviar os reviews. Obrigada.


Capítulo 2

O casal demorou um pouco a reagir até que, emocionados, envolveram Arthur em um apertado abraço.

"Vocês estão me apertando." – sorriu o botânico meio sem fôlego. Os dois o soltaram, ajudando-o a levantar-se.

O jornalista ofereceu o cantil ao homem, que bebeu a água com prazer.

"O senhor está bem?"

"Estou muito bem, meu jovem. Mas por que vocês não me esperaram?"

"O que está dizendo, professor?"

"Vocês podiam ter me esperado." – reclamou mais uma vez. Depois olhou para Verônica – "Você...alguma coisa está diferente"

O casal se entreolhou tão confuso quanto Arthur.

"De onde o senhor está vindo?"

"Do rio. Depois de cair na cachoeira os procurei, mas vocês não estavam em lugar nenhum."

"E quando foi isso?"

"Hoje de manhã, é claro."

"Isso foi há três anos atrás... E ele não parece ferido, Ned." – Verônica sussurrou.

"Com licença, Summerlee." – Malone abriu três botões da camisa do amigo examinando seu abdome – "Onde arranjou essa cicatriz?"

Arthur olhou o local e pareceu perturbado.

"Eu não sei."

Verônica não resistiu em dar-lhe mais um abraço.

"Professor, que tal se voltássemos para casa agora? O senhor pode descansar e conversaremos mais tarde. Não imagina o quanto estou feliz por vê-lo."

"Eu também, querida."

"É melhor sairmos daqui." – alertou Ned – "Com esses raptors mortos, logo aparecerão predadores."


Foi Verônica quem viu o bilhete que caiu ao abrir o portão, para dar passagem a Arthur. Leu rapidamente e, tentando manter a calma, entregou a Ned sem que o amigo percebesse. O jornalista imediatamente ficou em alerta, olhando ao redor.

"O que faremos?" – disse baixinho para a loira, enquanto o botânico seguia mais a frente, feliz por rever a casa da árvore.

"A melhor coisa a fazer agora é conversarmos com Roxton e Marguerite. Vamos levar Summerlee para cima e deixá-lo descansar, mas não lhe diga nada... por enquanto."

"Está bem."


"Chegamos!" - anunciou Verônica, conduzindo Summerlee para fora do elevador e sendo complementada por Ned:

"E temos visita!"

Roxton foi o primeiro a aparecer, parando no meio da sala ao focalizar o 'visitante'.

"Summerlee?... Mas como?... Será verdade?"

O caçador virou-se e já ia chamar por Marguerite, mas parou ao vê-la estática, com os olhos arregalados e a mão na boca para conter o espanto. O casal demorou um pouco a reagir até que, emocionados, envolveram Arthur em um apertado abraço.

"Vocês estão me apertando." – sorriu o botânico meio sem fôlego – "Parece que hoje todo mundo quer me apertar" - Os dois finalmente o soltaram.

"Que prazer revê-lo." – sorriu o caçador.

"Seja bem-vindo." – Marguerite deu um beijo no rosto do rechonchudo homem.

"Ora, mas o que está havendo com vocês, hã? Parece que viram um fantasma." – Arthur estava incomodado com os olhares estranhos que recebia dos amigos – "E o que foi aquilo de me deixarem no rio? Já sei: não me esperaram porque pensaram que eu tivesse morrido depois da queda. Está tudo bem, não precisam ficar chateados por isso. Eu estou bem, olhem só!"

Nem John nem a herdeira se atreviam a dizer nada, até porque não entendiam de que o botânico estava falando.

"Onde está George?"

"Ele saiu há algumas horas,." – disse a morena.

"Deve estar a caminho." – interrompeu Ned.

"Pensando bem já deveria ter voltado." – Roxton inquietou-se sendo interrompido por Verônica.

"Professor, deve estar exausto! Que tal tomar um bom banho e depois vir comer algo, hein? Temos pão fresquinho."

"Vou adorar. Com licença, meus amigos."

Ele assentiu com a cabeça e foi para seu quarto pegar roupas e toalhas, naturalmente.

Marguerite foi a primeira a falar:

"Expliquem agora mesmo o que está acontecendo! Têm certeza de que esse é o Arthur? Não o acharam meio 'esquisito'?"

Ned passou então a narrar rapidamente a maneira como haviam encontrado seu velho amigo, acrescentando as primeiras impressões que ele e Verônica tiveram.

"Marguerite, você não disse que Morrighan o levou durante a tempestade? Pois bem, ele parece que pensa que hoje ainda é aquele dia lá na ponte, e que nós o deixamos lá."

"Não, tem alguma coisa errada!" Roxton estava incrédulo. "Se ele tivesse voltado direto daquela época, estaria ferido! Já pensaram na possibilidade de ele ser um impostor? Não seria a primeira vez..."

"Nós vimos o lugar onde a flecha o acertou! Mas agora restou apenas uma cicatriz!" o jornalista explicou-se.

"Parece que estamos diante de mais um mistério do platô. Mas e se ele não pudesse trazer nenhuma lembrança do lugar onde esteve, por algum motivo? Alguém poderia ter apagado a memória dele, como fizeram com você, Verônica."

"No momento temos um problema bem mais urgente." – Malone entregou o bilhete a Roxton que leu em voz alta.

"Se querem seu amigo cientista de volta, vivo e inteiro, estejam amanhã ao entardecer no local indicado no mapa e tragam a metade do oroborus e o trion. Qualquer tentativa de resgate e vão achar o cérebro do gênio na porta de casa em pedacinhos. Caso não venham ou tentem qualquer gracinha, um membro de seu corpo será arrancado e enviado a vocês a cada hora. Entenderam?"

O caçador deu um soco na mesa.

"Droga. Vamos trazer George de volta."

"Não, senhor. Você vai ficar quietinho ai. Não esteve bem o dia inteiro."

"Ned também está com febre." – disse Verônica – "Acha que pegou a mesma coisa que Roxton?"

"Eu estou muito bem."

"Não está, não, seu teimoso. Acha que não percebi que está tremendo de frio?"

"Challenger disse que Roxton está com caxumba."

"Então seremos você e eu, Marguerite." – concluiu a loira.

"Você já teve caxumba, Verônica?" – perguntou a herdeira.

"Não. Por que pergunta?"

"Antes de sair, Challenger foi muito claro que qualquer um que não tivesse tido a doença deveria permanecer em quarentena na casa da árvore. Ele disse que seria perigoso contaminar alguma das populações locais. E como eu já tive..."

"Mas não vamos a Zanga ou a nenhum lugar próximo. Challenger precisa de nós e você não vai sozinha."

"Eu a acompanharei." – Arthur fez-se presente.

"É perigoso, professor." – interrompeu Malone – "Aliás, Roxton e eu daremos um jeito."

"Sim. Vamos todos juntos." – reforçou o caçador.

"Agora vocês vão me escutar." - com voz suave, mas firme, o botânico ponderou – "Vocês dois estão nitidamente doentes e se não se cuidarem, pode haver complicações sérias." – Virou-se para a loira – "Verônica, muitas vezes a caxumba tem sintomas tão discretos que nem a própria pessoa sabe que está doente. Digamos que este seja o seu caso e que por acidente encontremos algum caçador Zanga ou de outra comunidade? Ele poderá ser infectado e espalhar a doença pelo platô. O corpo dessas pessoas não tem as mesmas defesas que nós e uma epidemia poderia dizimá-los rapidamente. Fique aqui e cuide dos rapazes. Está muito claro que as únicas pessoas que tem condições de fazer isso somos Marguerite e eu. Exceto por estar confuso a respeito de algumas coisas, eu estou me sentindo muito bem. Além do mais, George é tão meu amigo quanto de vocês e preciso ajudá-lo."

Mesmo contrariada a moça concordou.

"Marguerite, minha querida. Importa-se de ter a companhia de um velho?"

"Velho? Depois de tudo, acho que está melhor do que eu! Será um prazer, Summerlee."


Marguerite estava sentada em sua cama, brincando com o pingente de seus pais nas mãos, enquanto Roxton estava debaixo das cobertas.

"Não gosto da idéia de você e Summerlee irem sozinhos."

"Mas sabe também que é nossa única opção nesse momento."

"Eu sei." - disse sem saber ao certo o que a incomodava.

"É que... não esperava que ele fosse voltar, talvez pelo menos não tão de repente." sorriu. "Como se eu fosse adivinhar o dia em que voltaria! O que quero dizer é que no momento, Summerlee é meu parente mais próximo! E até pouco tempo eu nem sabia nada sobre mim. Estou tão perto e tão distante..."

"Você não poderia ter um familiar melhor do que Summerlee! Ele é um homem honesto, íntegro, dedicado aos amigos e à família. Quando souber que você é sua sobrinha-neta, mal vai se conter com tanta felicidade! E ele já gostava muito de você, lembra-se?" perguntou já sentado na cama, acariciando a pele pálida do braço de Marguerite.

"Quanto a isso não há dúvidas! Summerlee foi umas poucas pessoas que conviveu comigo sem me julgar ou esperar o pior de mim. Gosto de saber que tenho seu sangue. Me enche de orgulho. Mas ao mesmo tempo, me impele a buscar a saída do platô! Nós precisamos, Roxton, nós temos que sair."

"E nós vamos." - respondeu. Marguerite colocou a mão na testa dele.

"Acho que você não vai a lugar algum tão cedo." – A herdeira deitou-se abraçando o caçador que tremia – "Vai se sentir melhor se dormir um pouco."


Verônica, na cozinha, preparava um lanche quando Ned apareceu, agarrando-a por trás.

"Eu não ganho lanchinho também? Estou meio doentinho..." reclamou fazendo cara de cachorrinho carente.

Verônica sorriu, mas logo tentou fingir falar sério. "Ganha, claro, mas nem pense em ficar me escravizando como Roxton está fazendo com Marguerite! Eu não vou cair nessa, entendeu?" e virou-se rápido apontando-lhe a faca com que cortava o pão.

"Ummm que moça perigosa!"

Arqueando uma sobrancelha, ela começou a encará-lo com uma expressão preocupada para, em seguida, examiná-lo embaixo das orelhas.

"Ned, parece que está um pouco inchado. Sente alguma coisa?"

"Um pouco de dor de cabeça e a garganta incomoda um pouco."

"Foi por isso que não comeu muito no jantar?"

"Acho que sim. E você? Como se sente?"

"Estou bem."

Malone fez uma pausa antes de prosseguir – "Vai mesmo abrir mão do trion em troca de Challenger?"

"Sim. Assim como Marguerite vai abrir mão da metade do oroborus."

"Tem certeza de que é o certo a fazer? Sabe muito bem o quanto o trion é importante."

"Eu realmente não sei o que pode acontecer se o der a Hellen, mas neste momento Challenger é mais importante. A pergunta é. Por que o trion chegou até minhas mãos quando deveria estar com minha mãe que é a atual protetora?"

"Para devolver suas memórias? Pelo menos aquelas que foram necessárias para que o platô não fosse destruído."

"Talvez." – ela pensou um pouco antes de prosseguir – "É melhor ir se deitar."

"Você não vem?"

"Vou levar o lanche do professor e depois faço um pouco de mingau para você."

"Tá." – Ele a beijou rapidamente – "Vou ficar bem comportado esperando."


A noite caiu rapidamente pela selva, trazendo os típicos sons suaves de animais noturnos e uma brisa gelada, que parecia deixar tudo em calmaria. Exceto pelo humor de Hellen: apenas mais um dia e mataria dois coelhos com apenas um golpe.

"O trion e o oroborus... meus... meus... só para mim..."

"Ei, Hellen?...Hellen?...Ei!" Patrick a chamava sem obter êxito, até que conseguiu faze-la virar-se e prestar atenção.

"Onde está com a cabeça? Temos que amarrar esse velho em alguma árvore para que não banque o engraçadinho e tente fugir durante a noite!"

"Não! Nem pensar! O vovôzinho vai ser amarrado lá em cima" a ruiva apontou para uma árvore grande e de galhos fortes. "Você vai amarrá-lo naquele galho. Eu preciso dele inteirinho! Vai que algum dinossauro o come durante a noite? Nem pensar! Ele vai lá para cima."

Patrick, muito contrariado, atou a corda ao corpo do cientista e subiu na árvore, puxando-o em seguida. Como não querendo facilitar seu trabalho, Challenger começou a balançar-se e chutar e, Patrick, foi direto ao chão.

"Velho desgraçado! Eu acabo com você!" gritou levantando-se. Hellen entrou no meio e o empurrou com força.

"Mas não faz nada direito mesmo! Nem uma coisa simples como essa!" o topógrafo já se preparava para agarrar aquela mulher metida pelo pescoço e dar-lhe uns tabefes quando ela foi até George.

"Você é o meu bilhete premiado para troca, preciso de você vivo... mas não quer dizer que tenha que te devolver inteiro ou saudável, está entendendo?"

Challenger sempre teve a maior consideração pelo 'sexo frágil' (que ele nunca mais considerou tão frágil após conhecer mulheres tão obstinadas e fortes como sua esposa, Verônica e Marguerite) e jamais se imaginou desrespeitando uma dama, por mais insignificante ou rameira ela fosse. Mas depois do tempo que passou com Hellen, concluiu que ela nunca havia sido uma dama. Se acreditasse em demônios e bruxas, diria que ela era a personificação do mal.

"Não espere que eu vá colaborar com o seu plano maluco, senhorita. Não duvide que farei de suas horas um inferno enquanto me for permitido" ele respondeu olhando com desdém para Hellen.

Ela enrugou a testa e fez beicinho, como se estivesse triste. "Eu adoraria, pena que não lhe será permitido." respondeu dando-lhe um golpe na têmpora, fazendo-o desmaiar. "Agora termine seu serviço, idiota!"

Sem maiores dificuldades, Patrick o amarrou deitado num galho bem grosso. Foi até a barraca e trouxe um cobertor para Challenger, mas Hellen o tomou de sua mão com força.

"O que pensa que está fazendo?" ela perguntou.

"Ora, não está vendo que vai esfriar esta noite? Não vê que ele pode ficar doente?"

Como resposta, ela se embrulhou na coberta. "Tem razão, vai estar friozinho mesmo. E é por isso que temos que ficar com todas as cobertas para nós... Que se dane esse velho. No máximo pode ter uma pneumonia, mas não teremos tempo suficiente com ele para vê-lo morrer."

"Às vezes você me dá arrepios, Hellen..."

"Às vezes? Tenho que me esforçar mais." murmurou encostando seus lábios aos dele e beijando-o com um desejo fora do comum. Por um instante, Patrick questionou se a mulher que tinha em seus braços não se tornava ainda mais deliciosa conforme ia ficando ainda mais cruel. E sentiu calafrios ao pensar que em breve teria que fazer com ela aquilo que ele tinha a certeza de que quando chegasse a hora, Hellen faria com ele...Matá-lo.

CONTINUA!