DDT.3: O RETORNO DE UM VELHO AMIGO

AUTORAS: Lady K & TowandaBR

Capítulo 3

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions, não há nenhum lucro com esta fic, a idéia é apenas nos divertir e divertir aos fãs (mas não nos opomos a qualquer tipo de presente, mesmo que seja em dinheiro lol).

GÊNERO: Aventura, romance, comédia e umas cenas calientes (não sabemos exatamente qdo). Eu sei q ninguém liga p/ esses avisos, MAS, fiquem fora desta fic, crianças! Não nos responsabilizamos por qqr dano psicológico ou moral lol

COMMENTS:

Cris: Viu como Hellen e Patrick são fofuchos? Vai dizer q não adoraria tê-los na família? Tão meigos!

Jess: Claro q o Patrick é migucho da Hellen! Vai ver só a cena sexy q preparamos rs...

Nessa: Caramba, vc tah mto rápida, guria! Claro q faremos a cena de Marg contando td ao Summ! Vai ser um dos pontos altos desta fic, acho q vc vai gostar ;-)

Rosa: Será mesmo q a Hellen tem tratamento? Só se for no Butantã rs...

Rafinha: Thanks super especiais p/ vc, querida:-)

Nirce: Calma, mulher, tah mto desconfiada rs... Andou assistindo Arquivo X, é? Trust no one rs...

Maga: Vai ver só, a Hellen tah q tah! Não podemos garantir a morte dela, pelo menos não por enqto né? Rs...

Aline: Ok, está perdoada pelo review duplex! Mas só pq sabemos q é difícil p/ acessar o computador toda hora aí no hospício, ainda mais depois q o diretor descobriu q através do PC vc estava fazendo contato com a máfia italiana, com o Bin Laden e com o Fidel Castro hahaha

Hortensia e Rosely: Oi, lindíssimas! Este aqui tem mais ceninhas R&M, espero q gostem ;-) Mas sim, o Rox fica bonzinho logo!

Claudia Roxton: Q bom q continua na área! Não some mesmo não. Super bjus p/ vc e o lindão do Nick ;-)

Elis: Filhota! Parece q estamos conseguindo alcançar nossos objetivos: tornar a Hellen a pior vilã de TLW rs...


Capítulo 3

Ao contrário de Verônica, cujo indício da caxumba limitou-se a um quase imperceptível inchaço atrás de uma das orelhas, tanto o caçador quanto o jornalista apresentaram fortes e numerosos sintomas da doença (o que os deixou muito abatidos). Summerlee explicou que nunca tinha presenciado tal fato, ainda mais em duas pessoas simultaneamente.

Apesar de indisposto, Ned dormiu bem, mesmo incomodado com a dor no rosto inchado. Por recomendação de Arthur, Verônica deu-lhe um pouco de chá de ervas e amarrou uma compressa fria.

"Estou com a cara esquisita, não é?" perguntava a cada instante com uma expressão manhosa.

"Está, sim." – respondia a moça (pela milésima vez) para o jornalista que novamente caía no sono.

O rosto de Roxton estava ainda mais inchado e ele também ganhou sua compressa. Por diversas vezes durante a noite acordou sentindo-se mal e Marguerite seguiu as orientações do botânico para que John pudesse se sentir um pouco menos desconfortável.

Como se não bastasse a doença dos rapazes, Summerlee e as moças passaram a noite, principalmente, imaginando como estaria Challenger e se seriam capazes de ajudá-lo.


George acordou por volta das duas horas da manhã e sentiu a cabeça doer. Fechou os olhos até se sentir um pouco melhor. Levou um susto ao perceber que estava amarrado em um galho no alto da árvore e tentou manter a calma. Doíam-lhe as costas e sentia frio. Com cuidado, tentou encontrar uma posição melhor, o que era praticamente impossível. Lentamente olhou para baixo, tentando evitar a vertigem até se acostumar com a altura.

Viu a fogueira acesa e seus seqüestradores dormindo tranquilamente, aproveitando o calor do fogo. Tentou voltar a dormir, mas era impossível.

"Bem, se eu não posso dormir, não é justo que os outros consigam" – pensou.

Hellen e Patrick acordaram abruptamente ao som da voz grave e alta de Challenger entoando uma ópera.

"Fígaro, Fígaro, Fíííííííííííígaro!

Largo al factotum della citta

Largo! La la la la la la la LA!

Presto a bottega che l'alba e gia.

Presto! La la la la la la la LA!"

"Miserável." – esbravejou Hellen olhando para George, que aumentou ainda mais o volume.

"Ah, che bel vivere, che bel piacere (che bel piacere)

per un barbiere di qualita! (di qualita!)

Ah, bravo Figaro!

Bravo, bravissimo!

Bravo! La la la la la la la LA!..."

"Cale a boca!" – Rouanet gritou.

"Vocês não gostam de ópera?" – provocou recomeçando a cantoria.

"Fortunatissimo per verita!

Bravo!

Fortunatissimo per verita!

Fortunatissimo per verita!

La la la la, la la la la, la la la la la la la LA!"

"Se não parar vou atirar na sua perna." – a mulher apontou a arma.

"A esta distância e no escuro, vai arriscar matar seu mais precioso bem, senhorita: EU."

"GRRRRR! Miserável!" – ela grunhiu virando-se para Patrick – "E você, seu inútil! Faça alguma coisa."

"Fazer o que?"

"Coloque-o para dormir novamente."

"Ah claro, vou pega-lo no colo, dar-lhe um copo de leite quente e talvez contar uma história! Não podemos ficar batendo na cabeça dele todo o tempo. Vamos acabar matando-o antes da troca."

"Tem razão." – Hellen ponderou, cobrindo a cabeça com um cobertor e tentando, inutilmente, tapar os ouvidos com as mãos.

"Pronto a far tutto, la notte e il giorno

sempre d'intorno in giro sta.

Miglior cuccagna per un barbiere,

vita piu nobile, no, non si da.

La la la la la la la la la la la la la!"

"Quer que o traga para baixo?"

"Não. Ele pode tentar fugir e não vou arriscar ter que procurá-lo no escuro."

"Neste caso só nos resta sentar e esperar que ele se canse de cantar." – conformou-se o topógrafo, abraçando a ruiva.

"Me largue, imbecil." – ela se desvencilhou irritada estalando um tapa no rosto do homem que revidou de imediato com a mesma força com que tinha sido agredido.

"Wow!" – disse baixinho o cientista que observava a cena.

"Aprenda uma coisa, Hellen. Posso parecer tolo, mas não sou seu escravo." – encarou a mulher que esfregava o rosto vermelho desejando matá-lo com o olhar – "Para cada tapa que você me der, leva outro... Estamos entendidos?... madame." – fez uma pausa antes de se afastar – "ele vai se cansar."

Mas Challenger não se cansou, e entoou praticamente todas as canções que conhecia, em alto e bom som, até o dia clarear.

"Figaro qua, Figaro la, Figaro qua, Figaro la,

Figaro su, Figaro giu, Figaro su, Figaro giu."


Logo ao amanhecer Verônica preparou o desjejum e suprimentos para os amigos, que com sorte estariam de volta somente na tarde do dia seguinte.

Marguerite entrou no quarto deitando-se ao lado de Roxton, que a abraçou.

"Estamos partindo." – comunicou ela.

"Não gosto nada dessa idéia."

"Ninguém gosta. Mas, a não ser que tenha uma opção melhor, é a única forma de trazer George de volta."

"Malone e eu poderíamos ir até lá e passar caxumba para aqueles dois."

"Seria uma ótima idéia, se não fosse tão longe e vocês pudessem caminhar até lá."

"Tome cuidado, está bem? E cuide de Summerlee."

"Ah com certeza, e agora mais ainda!" respondeu sorrindo.

"Vai contar a ele o que descobrimos?"

"Seguramente! Assim que tiver uma oportunidade. Summerlee pode saber de algo mais que não estava no diário e... bem, ele será o primeiro membro que conheço da minha família."

Roxton ia dizer algo quando ela, antecipando sua reação, completou: "Primeiro, sim. Porque aquela Hellen pode ter o mesmo sangue que eu, mas pára por aí! Ela vai se arrepender de ter vindo para o platô quando eu a encontrar, se vai!"

O riso do caçador desapareceu enquanto suas mãos acariciavam os cabelos brilhantes de Marguerite, presos em um rabo de cavalo no alto da cabeça.

"Já viu do que ela é capaz. Não a subestime e não lhe vire as costas nem por um segundo. Tenha cuidado."

"Quem não deve ser subestimada sou eu!" Marguerite pensava. "Essa mulher não me conhece e ainda não me viu zangada. Ela não vai estragar tudo. Não agora..."

Roxton continuava a olhar com ternura para os olhos da Morena. Estavam tão claros, serenos... era como se um pedaço do céu tivesse sido usado para colori-los.

Não demorou muito para que seus lábios se unissem em um beijo tórrido e apaixona...

"Ai!" – gemeu John colocando a mão no rosto dolorido. A herdeira deu um sorriso.

Abraçaram-se com carinho, com Marguerite encostando a cabeça no peito de Roxton. Ainda surpreendia-se com o calor gerado por ele. Desde que assumiram seus sentimentos, jamais se sentira tão protegida e ao mesmo tempo tão exposta. Seu coração, ao vê-lo, às vezes batia como se ela houvesse corrido uma grande distância. O cheiro de Roxton, almiscarado, a deixava ainda mais consciente de sua feminilidade.

Encostou a ponta do nariz na camisa dele. Queria gravar na memória esse cheiro singular, para relembrá-lo com clareza no futuro. Grande tolice, admitiu.

"O que você está fazendo, Marguerite?"

"Decorando você..." – ela pensou

"Coçando meu nariz!" - respondeu a morena, afastando-se - "E obedeça a sua enfermeira!" – completou saindo do quarto.


"Preste atenção" – instruiu Arthur após examinar os enfermos – "Eles precisam de muito repouso. Será mais fácil cuidar dos dois se os colocar juntos no mesmo quarto. É melhor você também tomar o chá que deixei prontinho no fogão e se precisar fazer mais, as ervas estão na mesa. Eles se sentirão melhor se não mastigarem muito, mas precisam se alimentar bem. Uma sopa ou talvez um purê vão servir. Aplique compressas frias onde estiver... inchado ou dolorido."

"Está bem."

A herdeira se aproximou da loira.

"Cuide bem dele... deles."

"Vá tranqüila e não se preocupe com nada, Marguerite. Só lamento não poder ir com vocês. Quero que prometam que tomarão muito cuidado e que vão mandar sinais com os espelhos a cada duas horas."

"Tem a nossa palavra."

Verônica tirou o trion do pescoço e colocou na mão da morena.

"Tragam Challenger de volta. E voltem em segurança... vocês três." – depois abraçou o botânico – "Assim que retornarem faremos uma festa em sua homenagem."

"Vou adorar isso." – sorriu bondosamente para em seguida, junto com sua acompanhante, entrar no elevador.


Summerlee e Marguerite puseram-se a caminho. Procuravam caminhar em um ritmo lento, mas constante. Se andassem muito depressa gastariam uma energia preciosa e provavelmente ficariam esgotados antes de chegar ao destino. Mesmo devagar, tinham bastante tempo e ainda chegariam com folga ao local da troca.

A herdeira quase não conseguia tirar os olhos de Arthur. Era uma sensação estranha e nova a possibilidade de estar tão próxima de alguém de sua verdadeira família. Ao observá-lo, ela começou a tentar imaginar como seria seu verdadeiro pai.

Aproveitando a longa caminhada, Marguerite contou a Summerlee o que aconteceu com eles após sua queda na ponte.

O bom velhinho sentia-se transtornado quanto a isso. Realmente lembrava-se apenas de ter caído no rio e, depois, estar andando pela selva, procurando o caminho de volta para a casa da árvore.

"Realmente não sei explicar o que aconteceu durante esse tempo... mas quem teria interesse em manter preso e sem memória um velho tolo como eu?" ele começou.

"Você não é um tolo. Sabe que pode confiar em nós para ajudá-lo a descobrir o que puder, não sabe?"

"Sim, minha querida."

Marguerite comentou a respeito de algumas aventuras até se deter na descrição dos acontecimentos ocorridos antes e após a tempestade que quase destruíra tudo.

"Summerlee, Verônica encontrou dois dos antigos diários da mãe dela."

O botânico abriu um sorriso.

"Que boa notícia. Ela deve ter ficado exultante."

"Ficou, sim. Através deles ficamos sabendo de muitas coisas que provavelmente jamais teríamos descoberto".

"O quê, por exemplo?"

"Que o homem que ajudou a raptar Challenger era um membro da expedição Layton."

"Estou perplexo."

"Mas há uma coisa em especial que gostaria de comentar com você."

"Pode dizer."

Sem citar nomes, Marguerite contou a respeito da jornada feita por Abigail até chegar a Londres, acompanhada do casal de exploradores. Fascinado, o botânico escutou com atenção o relato de sua companheira de jornada.

"Challenger nos disse que você tem um sobrinho."

"Oh, sim! Leon!" – Arthur pareceu inchar de orgulho ao lembrar do rapaz – "Passava tanto tempo comigo e minha esposa que o considerávamos como um de nossos filhos. Era uma criança adorável e se tornou um homem muito bom. A última vez que o vi foi pouco antes de seu noivado."

"Ele amava a noiva?"

O botânico estava tão feliz de poder falar um pouco da família que nem se perguntou do 'por que' de tanto interesse da herdeira.

"Ah, sim." – continuou – "Lembro muito bem a primeira vez em que Leon a viu. Ela praticamente o desafiou ao disputar a mesma peça que ele em um leilão. Apesar da raiva que sentiu ao perder para ela, sua opinião mudou completamente quando a viu de perto pela primeira vez."

"Como era ela, Summerlee?"

Arthur suspirou.

"Bonita, inteligente, gentil... Se tivesse que escolher uma só palavra diria 'encantadora'. Ela era como um anjo. E quando dançavam em um salão de baile, não havia casal mais feliz."

A cada palavra do amigo, os olhos de Marguerite brilhavam cada vez mais.

"Infelizmente, antes que ele se casasse, perdemos contato. Meus compromissos profissionais levaram a mim e a minha família a outros lugares e ele também parece ter se mudado. Nunca mais nos encontramos ou tivemos notícias um do outro desde então. Sinto falta dele."

"O nome Anne Mayfair lhe diz alguma coisa, Summerlee?"

Arthur ficou surpreso com a menção do nome.

"Sim. Ela era a noiva de meu sobrinho Leon e sua futura esposa... Marguerite, o que você sabe a respeito de Anne?"

"Não vou pedir para que se sente porque ainda temos muito para percorrer. Mas peço que me ouça com bastante atenção, logo você entenderá..."

CONTINUA!

Um pouco de cultura (hihihi): Em 20 de fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma, estreava a ópera A Inútil Precaução (depois conhecida pelo nome O Barbeiro de Sevilha), do jovem compositor italiano Gioacchino Rossini. O Barbeiro de Sevilha conta a história de Fígaro, um barbeiro que faz de tudo em sua cidade - arranja casamentos, ouve confissões, espalha notícias ...