DDT.3: O RETORNO DE UM VELHO AMIGO
AUTORAS: Lady K & TowandaBR
Capítulo 5 (PENÚLTIMO CAPÍTULO, ÚLTIMAS EMOÇÕES!) Sempre quis escrever isso huahuahua
DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions, não há nenhum lucro com esta fic, a idéia é apenas nos divertir e divertir aos fãs (mas não nos opomos a qualquer tipo de presente, mesmo que seja em dinheiro lol).
GÊNERO: Aventura, romance, comédia e umas cenas calientes (não sabemos exatamente qdo). Eu sei q ninguém liga p/ esses avisos, MAS, fiquem fora desta fic, crianças! Não nos responsabilizamos por qualquer dano psicológico ou moral. Lol.
COMMENTS:
Rosa: Vc é ruim, hein? Os dois gravemente enfermos e vc ainda tira uma com a cara deles, né? Rs...
Rafinha: Q saudade de vc! Faz tempo q não nos vemos no msn :-(
Hortencia e Rosely: hahaha sonho, é sonho, meninas rs...
Elis: Filhota, viu como saiu rapidinho este capítulo? Então vc não gosta de Hellen? Ih, então vai odiar este capítulo hahaha leia e comprove!
Aline: Realmente, o Malone é mto cara de pau! Fica roncando q nem um porco e ainda acorda o coitadinho do Rox (q nem ronca lol) e ainda tah com as bolas inchadas hahaha oh guy!
Cris: Rachamos de rir com seu review, até coloquei uma frase no msn zuando com a Si hahaha Na verdade a Si fez aquela cena do sonho e me pediu um help, disse q não tava romântica e tal. Aí eu apaguei e fiz a cena extra, q eu queria q fosse oficial, mas a Si não deixou! O máximo que consegui foi fazer virar um extra. Surpresa? Huahuahua sou uma diva do mal, primucha, esqueceu?
Maga: Ih, se no anterior vc já chorou, imagina nesse q a Marg vai falar da infância... pega uma caixa de lenço antes de começar, vai precisar rs...
Jess: Não dá idéia! Mas do jeito q somos todas umas falidas, imagina a super produção q ia sair? Talvez a gente possa ir lá naquele parque q você me falou no msn em julho qdo Si e eu formos aí e os participantes da conv encenam a fic e alguém filma! E vendemos bem caro p/ o povo do grupo hahaha Podemos até chamar o Cid Moreira p/ narrar huahuahua
Lorena: Oba, q bom q vc tah um pouco mais folgada agora e tah podendo acompanhar mais a fic! Esse ficou um pouco maior p/ compensar o capítulo anterior.
Capítulo 5 (PENÚLTIMO CAPÍTULO, ÚLTIMAS EMOÇÕES!) Sempre quis escrever isso huahuahua
Hellen, Patrick e Challenger pararam pouco depois do almoço para descansar. Faltava pouco para chegarem ao local do encontro e não havia motivo para pressa.
Sobretudo, a mulher queria deixar de lado um pouco da tensão que estava sentindo nos últimos dias. Amarraram as mãos do prisioneiro na frente do corpo e o sentaram recostado a uma árvore com os pés atados. Era a primeira vez no dia que o cientista sentia-se menos desconfortável. Ter George tão abatido poderia dificultar a negociação então ofereceram-lhe água fresca e uma fruta.
"Me diga, Hellen." – Patrick puxou conversa – "Por que esse oroborus é tão importante? Você e Mordren falaram alguma coisa sobre ele, mas confesso estar curioso para saber mais."
"E por que motivo eu lhe contaria isso? E ainda mais na frente dele." – a ruiva meneou a cabeça na direção do cientista que parecia dormitar.
"Em primeiro lugar porque sei que nossa mercadoria de troca deixará de ser útil muito em breve." – o topógrafo sorriu cinicamente, demonstrando saber perfeitamente que não havia intenção de manter o prisioneiro vivo - "Segundo, porque agora somos sócios."
"Sócios? Você e eu?" – Hellen gargalhou.
"Sim. Ou você acha que depois de tudo isso eu vou me contentar com alguns trocados? Sei que existem muito mais coisas por trás disso tudo e quero minha parte."
"Percebe que as chances de eu ter que matá-lo aumentam a cada dia, Patrick?"
"Seu problema, minha cara, é levar tudo muito a sério. Eu conheço a saída dessa porcaria de lugar. Você me mata e fica encalhada aqui pelo resto da vida." – Rouanet fez uma pausa observando a mulher que parecia refletir – "Pense um pouco. Você é tão canalha e ambiciosa quanto eu. Somos perfeitos um para o outro. Conte tudo de uma vez."
Ela ainda levou algum tempo até finalmente decidir.
"Está bem... O oroborus é o passaporte para o que é meu por direito: minha herança."
"Se é sua herança, por que não a tem?"
"A herança foi usurpada de minha mãe pela irmã dela. Depois, quando tia Anne teve uma filha, a herança deveria ter passado para ela porque de acordo com a tradição, ela tinha o sinal da família e eu, não. Isso é uma estupidez. Eu sou mais velha e esse direito é meu."
"Mas como você pode requerer uma herança se a filha de sua tia já a tem?"
"Porque minha prima foi raptada quando criança e ninguém sabe o paradeiro dela. Isso faz de mim a próxima da linhagem."
"Nenhuma pista de quem possa tê-la levado?"
"Claro que sim! Mordren a raptou. Mandado por minha mãe."
"Está me dizendo que os dois planejaram tudo?" – Rouanet gargalhou – "Pelo que vejo vocês são muito parecidas. E depois disso? O que aconteceu?"
"A menina foi levada para um orfanato e adotada. Ninguém mais soube dela a partir daí. E somente de posse do oroborus, minha mãe ou eu poderemos exigir a herança. E é isso que farei muito em breve."
"E esse tal de Roxton? Não acha que é uma coincidência que seu ex-noivo esteja nesse lugar? Ele também pode estar atrás do oroborus."
"Como você mesmo disse, é só uma incrível coincidência. Ele é um caçador, o que o leva a muitas partes do mundo."
"Você o conheceu em um desses safáris? Ele a caçou ou foi o contrário?" – Rouanet não resistiu ao impulso de implicar com a ruiva.
"Não seja tolo. John é filho da melhor amiga de minha mãe." – foi a vez de Hellen gargalhar – "Acredite ou não, minha mãe lhe é eternamente grata por ela ter escondido a criança na propriedade da família sem que ninguém soubesse."
Challenger sentia-se exausto física e mentalmente, mas ele tentava manter-se atento a conversa que demorou um pouco a fazer sentido até que pareceu como se esta fosse uma pedra a cair na água, a qual passa a agitar-se lentamente de maneira circular. Ficou chocado diante de tudo que ouviu. Manteve-se calado e de olhos fechados, fingindo dormir para ver se escutaria algo mais, apesar de atordoado com as novas informações. Hellen continuou.
"Nos vimos pouco durante a infância. Depois de crescida, as famílias tentaram me aproximar, a principio do irmão dele, mas John sempre me pareceu mais interessante e quando deixei isso claro, todos concordaram que seríamos companheiros mais adequados um ao outro."
"Por que não se casaram?"
"Porque John tem um sério defeito. Ele tem caráter" – a mulher deu de ombros encerrando a conversa.
"Eu não me lembro, claro, era muito pequena. Fui deixada em um orfanato quando tinha um ano" - Marguerite começou a contar a Summerlee.
"Então, surgiu um casal cuja mulher não podia ter filhos e me levaram dali. Nos mudamos para a Bélgica, onde meu pai tinha negócios. Essa foi uma época boa para mim! Martin Krux, meu pai adotivo, era um homem carinhoso e que fazia todas as minhas vontades. Tinha todos os luxos e conveniências que o dinheiro de meu pai permitiam, o que era, praticamente, sem limites."
"Infelizmente, sua esposa não compartilhava dos mesmos sentimentos e, pior ainda, odiava o fato de não poder ter seus próprios filhos. Ela só me tratava mal quando ele não estava por perto. Fazia questão de deixar claro que eu era uma intrusa naquele lar, uma adotada e nada mais. Isso feria meus sentimentos infantis, mas no fim, meu pai compensava todas as tristezas e carências que ela me provocava."
"Por conta dos negócios, retornamos à Inglaterra após anos e quando eu tinha oito anos, meu pai caiu doente e faleceu meses depois. Pela primeira vez na vida, me vi totalmente a sós com aquela mulher... foi quando me chamou para uma conversa de 'mulher para mulher' como ela disse."
"Marguerite, nunca escondi que não suporto sua presença. Faz-me lembrar da minha incapacidade em ter filhos. Você só veio para esta casa porque Martin insistiu e não houve como convencê-lo do contrário. Meu desejo, agora que ele se foi, é jogar você no meio da rua, e eu o faria sem hesitar. Mas o que a sociedade dirá de mim, não é mesmo? Além disso, meu marido fez o favor de deixar em testamento que, para manter minha parte nos negócios, deverei dar educação adequada a você e ainda deixou-lhe algumas propriedades. Vamos esclarecer as coisas de uma vez por todas: você irá para o colégio interno durante todo o ano. Como não posso mantê-la no internato durante as férias, só virá para casa nessa ocasião, quando contratarei alguém para cuidar de você, mesmo porque espero estar bem longe daqui nessas ocasiões, viajando. Contudo, se porventura eu estiver na casa, evite me dirigir a palavra. E assim que tiver idade, arrumo-lhe um casamento e você some daqui."
"Tudo era tão estranho, tão novo... não tinha nenhuma maturidade para entender do que aquela mulher me falava. Começou a fazer sentido quando fui para o internato. Minha 'mãe' sempre fez questão de deixar claro às tutoras que eu era indesejável e que não deveria receber regalias. Era um inferno! Cheguei a mudar três vezes de colégio por ser considerada rebelde e indisciplinada."
"Não raro nos natais e aniversários eu estava sozinha, ou acompanhada de alguma criada."
"Normalmente passava parte das férias em casa. Eu gostava apenas quando íamos para Londres nas férias. Tínhamos uma casa de campo perto de Avebury. Então ficava o dia todo brincando nas pedras. Fingia que era outra pessoa, tinha meu próprio mundo. Imaginava que era uma princesa e que, a qualquer momento, um príncipe num cavalo branco viria me salvar da bruxa. Mas o príncipe nunca chegava e eu voltava à realidade..."
"Os anos passaram e quando tinha cerca de dezesseis anos, minha mãe arranjou um casamento para mim... Urgh um velho nojento, barbudo e grosseiro! Foi quando percebi que aquela vida não poderia ser para mim. Peguei todo o dinheiro que consegui guardar durante todo o tempo em que estive lá (sim, sempre pensei em fugir um dia), algumas jóias minhas e mais algumas coisinhas que, digamos, 'peguei emprestado' dela e fui para Paris."
"Inacreditável, Marguerite!" Summerlee finalmente conseguiu dizer algo. "Mas o que uma jovem poderia fazer sozinha pelo mundo?"
"No começo foi difícil, até que conheci uma moça que me ajudou. A melhor amiga que já tive: Adrienne Montclaire." – Marguerite respirou fundo. Após uma pausa balançou a cabeça como que espantando as lembranças – "Mas essa eu conto outro dia, certo?"
Ele apenas assentiu, sorrindo carinhosamente, e continuaram a andar.
Um tempo depois, Summerlee interrompeu a caminhada.
"Está tudo bem?" - Marguerite preocupou-se.
"Se não me engano estamos perto do local do encontro."
"Estamos, sim." – confirmou ela.
"Escute o que vamos fazer. Ninguém sabe a meu respeito, então, a partir de agora você seguirá sozinha."
"Tem algum plano?"
"Tenho."
"Pode me contar?"
"Claro. Trocamos as peças por George, e vamos embora para casa. O que você acha?"
"Summerlee, você não me engana! O que pretende?"
"Exatamente o que acabei de dizer minha cara. Pretendo que seja feita uma troca."
Pela enésima vez, Hellen olhava para o sol.
"A qualquer momento os idiotas vão aparecer por aqui... falta tão pouco... mamãe vai vibrar de alegria!" - pensava, até ser interrompida de seus devaneios megalomaníacos ao notar Patrick saindo do acampamento.
"Aonde você vai agora?"
"Faça a troca sozinha. Garantirei que não tentarão nos pegar desprevenidos. Estarei por perto, não se preocupe."
Os olhos verdes amazônicos da ruiva brilharam de pura excitação.
"Até que ele não é tão inútil... pena que não voltará para Londres comigo..."
Marguerite logo avistou sua inimiga que a esperava no local e hora marcada. Andou até o centro da clareira e encheu-se de revolta ao ver Challenger amarrado e amordaçado como um animal e, como se não bastasse, cheio de hematomas e manchas de sangue já secas em seu rosto. Sua vontade era chegar atirando naquela desgraçada que agora lhe sorria com o maior cinismo que a herdeira já havia visto.
"Onde estão os outros?" – perguntou Hellen desconfiada.
"Em casa. Estão doentes. Eu vim sozinha."
"Está achando que sou burra?" – apontou a arma para a cabeça do cientista – "Vou perguntar só mais uma vez: onde eles estão?"
A morena ficou ainda mais apreensiva.
"Escute. Roxton, Ned e Verônica estão doentes. Caxumba. E não estão em condições de ir a lugar algum."
A ruiva engatilhou o revólver.
"Escute!" – Marguerite subiu o tom de voz – "Challenger estava justamente colhendo ervas para o preparo de remédio para eles quando você o capturou. Tente se lembrar do que ele fazia. Por favor."
A mulher deu uma gargalhada.
"Que sensação maravilhosa vê-la implorar."
A herdeira suspirou aliviada quando a prima perguntou, ao mesmo tempo em que desviava a arma do amigo:
"Trouxe o que mandei, queridinha?"
"Sim." – tirou as peças da mochila e as mostrou – "Solte Challenger e eu entregarei."
"Coloque o trion e o oroborus aí nessa pedra e recue. Só então seu amigo será libertado."
Marguerite hesitou por alguns instantes. Hellen estava com todas as cartas na mão: tinha a arma apontada para George e ainda por cima sabia que Rouanet com certeza estava por perto. Agora ela queria que lhe entregasse as peças e recuasse? E quem garantiria que realmente cumpriria o acordo? Já havia dado provas mais do que suficientes de ser uma pessoa em quem não se pode confiar. A herdeira tirou a arma do coldre e apontou para Hellen.
"Está bem, mas você permanece exatamente aí onde está. Solte Challenger e só então pegue as peças!"
"Que falta de confiança, queridinha! Fico desconcertada que duvide da minha honestidade, mas se prefere assim, será feito."
Cautelosamente, Marguerite deixou os objetos na pedra indicada e sem desviar Hellen da mira de sua arma, deu alguns passos para trás. Challenger teve os pés desamarrados.
"Levante-se, velho estúpido."
O cientista começou a andar em direção à amiga. A ruiva riu mais uma vez.
"Atire em mim, queridinha. Seu amigo está na sua linha de tiro. Vocês são alvos fáceis. Mato o cientista e antes mesmo que ele caia morto você recebe o próximo tiro." - Hellen mais uma vez ergueu a arma – "Agora eu acabo com vocês dois! Acharam mesmo que iam se dar bem? Que simplórios!"
Marguerite irritou-se consigo mesma. Como pôde ser tão estúpida a ponto de não perceber manobra tão óbvia!
Escondido na mata, Summerlee aproximou-se um pouco para tentar escutar o que as mulheres discutiam, mas não contava com o fato de Patrick já o ter visto. Sentiu o cano gelado da arma tocar-lhe a nuca, ao mesmo tempo em que ouviu a advertência:
"Sem gracinhas, velhote! Apenas caminhe."
Hellen já ia atirar quando percebeu a aproximação do topógrafo e de seu novo prisioneiro. George virou-se e quase não acreditou ao ver o amigo.
"Ora, ora, parece que alguém pretendia pegar-nos em uma armadilha, Patrick! Estamos com sorte, conseguimos o que queríamos e ainda vamos acabar com três idiotas de uma vez só. Aliás, este é um que ainda não tínhamos visto."
Apesar de ferido, ter as mãos amarradas e estar surpreso, Challenger, estava atento a tudo que se passava ao redor e andou sorrateiramente até a morena.
Aproveitando a distração provocada pela captura do biólogo, Marguerite, rapidamente, tentou jogar-se à frente para tentar recuperar as peças, mas foi impedida por Hellen, que agora a ameaçava com a espingarda.
"Tente isso e eu mato você lentamente. Começando com uma bala em cada joelho."
Por instantes, a atenção de Patrick, voltou-se para a amante que pretendia intimidar Marguerite; era a oportunidade que Summerlee esperava. O botânico colocou uma das mãos no bolso do casaco enquanto, com a outra, pegava alguma coisa no bolso seguinte. De posse de um pequeno objeto chamou a atenção para si.
"Queiram me dar um instante de sua atenção senhores e senhoras." – elevou a voz em um tom sereno e firme. Os outros viraram para ele – "Reconhecem o que tenho em minha mão?"
Todos ficaram assustados. Arthur continuou.
"Para os que não conhecem, tenho em minha mão direita o pino que pertence a granada Mills que estou segurando com minha mão esquerda, dentro do meu bolso. Explodirá cinco segundos após eu soltar o dispositivo e vai atingir qualquer coisa em um raio de cinqüenta metros... Ah, e caso estejam curiosos, este artefato se divide em quarenta e seis fragmentos letais. Alguma pergunta?"
"Está blefando." – Rouanet sorriu sem desviar a arma do biólogo. Hellen e Marguerite permaneciam apontando as suas uma para a outra.
"Bem, cavalheiro, você pode atirar em mim e provar que é um blefe."
"Estamos armados, velho." – provocou a ruiva.
"Exato. A meu ver temos um impasse. A senhorita e Marguerite estão na mira uma da outra, enquanto esse cavalheiro pode me matar a qualquer momento e então todos nós explodimos."
"Continue." – Rouanet pediu.
"É muito simples. Viemos fazer uma troca. Vocês pegam o que vieram buscar e nós pegamos o que queremos. Cada um vai para o seu lado e ninguém se machuca. O que acham?"
Marguerite parecia não acreditar nas palavras e nem na calma de seu tio-avô. Hellen pensou. Queria matá-los, mas naquele instante a negociação parecia a melhor opção.
"Está certo."
"Então, senhorita, aproxime-se e pegue as peças."
A mulher obedeceu. Arthur continuou com as instruções.
"George, entre na mata, atrás de mim e continue andando. Nós o alcançaremos." – o cientista obedeceu – "Agora vocês dois entrem na mata atrás de vocês, enquanto fazemos o mesmo. É claro que podem vir atrás de nós se quiserem, mas acho que antes de fazer isso, deveriam pensar se realmente vale a pena arriscar o trion e o oroborus. Afinal foi para isso que vieram, e não por nós."
Cada grupo entrou na floresta em lados opostos. Marguerite e Summerlee, Hellen e Patrick.
Os amigos foram até Challenger e o ampararam a fim de tirá-lo dali antes que o pior acontecesse. Correram tão rápido quanto puderam até finalmente sentirem-se seguros. George e Marguerite não acreditaram ao escutar Summerlee gargalhar ao mesmo tempo que tentava recuperar o fôlego.
"Do que está rindo? Quase fomos mortos."
Arthur finalmente tirou a mão esquerda do bolso e abriu mostrando aos dois.
"Quer dizer que não há nenhum explosivo?"
"Oh, mas é claro que não, Marguerite. Esse pino de granada é meu amuleto da sorte. Foi-me dado por um de meus filhos ao retornar da guerra. Parece que funciona mesmo, hein?"
"Arthur Summerlee. Só você mesmo para fazer uma entrada como esta." - a voz do cientista soou enquanto abraçava fortemente o amigo que retribuiu – "Senti sua falta, meu velho."
"Velho? Daqui por diante preste muita atenção a quem chama de velho. Afinal ajudei a salvar você, não foi?"
"Com certeza, meu amigo." – George olhou para Marguerite – "Vocês dois fazem uma bela dupla. Muito obrigado."
"Você está horrível! Sente-se, Challenger. Enquanto cuidamos de você e nos preparamos para passar a noite aqui, podemos matar saudades de Summerlee."
O cair da noite aumentou ainda mais a angustia dos moradores da casa da árvore. Sem a luz do sol era impossível a comunicação usando os espelhos e até o amanhecer ficariam sem notícias.
Apreensivos os três pouco falaram ao jantar. Na verdade, também não comeram muito.
Roxton queria ficar na varanda imaginando que Marguerite e Summerlee pudessem de alguma forma se comunicar durante a madrugada, mas Verônica brigou com ele e o arrastou de volta para a cama. Tendo melhorado um pouco, Malone queria ajudar na arrumação a cozinha.
"Vá descansar, Ned." – ela recusou.
"Está bem. É melhor você dormir também."
"Só vou terminar aqui." – despediram-se com um beijo. O jornalista já ia saindo da cozinha quando Verônica o chamou.
"Ned, pode, por favor levar a compressa extra para Roxton?" – Malone olhou surpreso.
"Você sabia desde o começo?"
Ela sorriu.
"Sim. Mas não diga nada a ele, está bem?"
"Eu não conto." – ele retribuiu o sorriso – "Boa noite!"
Após finalmente terem feito a troca, Rouanet e a mulher rapidamente chegaram a um acordo de que, no final das contas, haviam conseguido aquilo que realmente lhes interessava. Não valia a pena ir atrás dos exploradores e arriscarem perder tudo. Comemoraram a vitória com uma pequena garrafa de aguardente que o homem comprara em Manaus e que mantinha fechada justamentepara uma ocasião especial.
"Que eles fiquem eternamente neste inferno." – Hellen ergueu a caneca de alumínio em um brinde – "Ao retorno à civilização."
"A nossa sociedade." – Patrick replicou.
Na manhã seguinte, eles prosseguiram em sua jornada. O que deveria ser uma curta caminhada transformou-se em uma, duas, três, quatro horas.
"Você é um estúpido, Patrick." – Hellen esbravejava - "Eu lhe paguei para entrar e sair deste inferno e estamos andando em círculos desde cedo."
"Tenho certeza de que o caminho era este." – o topógrafo tentava justificar-se. Ela o pegou pelo queixo, virando bruscamente seu rosto para a direita ao mesmo tempo em que apontava.
"Aquela pedra junto à árvore. Passamos por aqui mais de duas vezes." – virou o rosto do homem para o outro lado – "Olhe para o chão. São pegadas que já deixamos. Você está perdido."
"Está bem. Eu admito. Mas o que quer que eu faça além de continuar procurando o lugar certo?" – ele estava tão irritado quanto ela.
"DROGA!"
Os dois pararam ficando em silêncio, ao mesmo tempo em que tentavam manter a calma.
"Espero que estejam dispostos a negociar mais uma vez."
Apontando suas armas, viraram rapidamente para ver quem lhes dirigia a palavra.
Ladeada por dois homens lá estava Abigail Layton.
CONTINUA...
Cenas excluídas (Por motivos óbvios):
Versão da Verônica
Verônica está deitada só de calcinha, soutien, meia 3/8 e cinta liga (tudo preto) com uma máscara verde (dessas naturais, porque Verônica é uma diva) lambuzando toda a sua cara, além de fatias de tomate nos olhos.
Ela tem a impressão de ouvir alguém indo em direção a seu quarto e pensa: "Hummmmm... Talvez seja o Ned querendo me fazer uma surpresa... Espero que ele goste de salada!"
Fica esperando que o jornalista pule sobre ela na cama, mas isso não acontece. Dez minutos depois ela tira as fatias de tomate dos olhos e constata, decepcionada, que está sozinha.
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Versão do Malone
"Carente de amor, procurei remédio na vida noturna..."
Malone, dividindo o quarto com Roxton (só o quarto, mentes sujas) ouvia em seu disc man essas sábias palavras de amor que diziam tudo que ele sentia naquele momento. Estava carente, queria colo e era de madrugada. A "vida noturna" da qual sentia falta era quando dormia ao lado de Verônica.
Claro que não poderiam fazer muita coisa, mas ao menos um cafuné ele queria...
Levantou-se pé por pé e foi até o quarto de sua namorada.
Verônica está deitada só de calcinha, soutien, meia 3/8 e cinta liga (tudo preto) com uma máscara verde (dessas naturais, porque Verônica é uma diva) lambuzando toda a sua cara, além de fatias de tomate nos olhos.
Malone pensa: "Pena que minha garganta esteja doendo tanto e eu não possa mastigar, senão seria uma boa oportunidade para comer a Verônica. Digo, a salada...". Por fim, resolve que poderia ser constrangedor surpreendê-la naquela situação e volta para seu quarto.
Hahaha pensaram q eu não sacanearia os dois pombinhos tbem, né?
