Quando toco os dedos de Mirania sou transportada para um jardim verde em frente a uma casa de aparência velha. A casa é grande e cheia de janelas. Pequenas chaminés saem do telhado de onde um pouco de fumaça branca vai dançando até alcançar o céu. O dia ainda é ensolarado e a água na fonte no centro da propriedade brilha e forma um pequeno arco-íris onde jorra um arco de água para cima. Eu observo eu mesma correndo em direção a casa. Meus cabelos compridos e soltos dançando sobre o vento. O sorriso largo no meu rosto, ansiosa para encontrar quem está lá dentro. Estou usando uma saia e um cardigã, um uniforme escolar, e carrego uma bolsa preta grande nas costas enquanto subo as escadas e abro a porta.

Caminho na direção da casa, mas Mirania me segura pelo ombro.

—Ainda não. Ela fala séria. —Isso começou muito antes de chegarmos aqui. Eu vou te mostrar as minha memórias.

A cena muda mais uma vez. Agora estamos em um laboratório mal iluminado e muito parecido com o qual estávamos a um segundo atrás. Mirania, Giannini e Raffaello estão em posição de continência atrás de Padrone que discute com um homem alto que eu não consigo dizer quem é. A luz é tão precária onde ele está que mal posso ver seu rosto.

—Antes de você nascer, Mirania fala olhando para a cena congelada como se estivesse em pausa, —Padrone fez um acordo com os Volturi. Ele tinha autorização para realizar experimentos em vampiros que foram condenados a morte por alguma razão qualquer. Eles estavam no corredor da morte mesmo, então eles eram entregues ao Padrone para que eles pudesse… dessecá-los.

O olhar de Mirania é… doloroso. Ela parece profundamente perturbada pelo que acabou de falar.

O Padrone era um cientista antes de ter sido transformado por um vampiro enquanto tentava entender nossa biologia. Desde então ele é obcecado sobre como o corpo de um vampiro funciona. Quando os primeiros meio-vampiros foram revelados ao mundo um novo mar de possibilidades se abriu na frente dele e ele começou a criar os próprios vampiros. No começo ele apenas conseguiu criar criaturas incompletas que não sobreviviam a transformação. Ele nunca conseguiu criar um meio-vampiro, mas eventualmente o conhecimento que ele adquiriu estudando-os foi usado para modificar vampiros, os tornar mais fortes, mais obedientes. Ele transformou meu corpo quando eu me juntei a equipe dele. Ele arrancou meus braços e pernas, exatamente da mesma forma como aconteceu a antes de eu me tornar um vampiro, usando cavalos, até que minhas habilidades se manifestaram. Quando ele ouviu que os Volturi iram lidar com a suposta criança imortal que os Cullens criaram, Padrone exigiu que ela fosse trazida até ele para ser estudada, já que é o direito dele reclamar os vampiros capturados pelos Volturi, mas quando eles não conseguiram, bem… Padrone estava… desapontado.

—Você me prometeu! A imagem se move. Padrone reclama alto. Ele está furioso.

—Não há nada que possamos fazer. A voz profunda do homem me dá arrepios. Ele continua a se esconder nas sombras.

—Ela é um risco para autoridade de vocês. Você não pode deixar ela andando por aí cuspindo na cara dos nobres vampiros que são os Volturi. Patrone está provocando o homem para conseguir o que quer. Ele se curva exageradamente ao falar da nobreza do homem diante de si.

O homem não responde e eu não consigo ler sua expressão.

—O corpo dela é meu por direito. Padrone se arruma em pé novamente e fala sério.

—Aro foi convencido de que a criança não é que pensávamos e não é um perigo para nossa raça. O conselho não pode se envolver diretamente em nenhuma ação para eliminar a meio-vampira. A voz do homem é pegajosa, como o musgo sobre a pele de um sapo. Padrone abre um sorriso largo ao ouvir as palavras cuidadosamente escolhidas dele.

—Claro Felix. Eu entendo meu amigo. Tenha uma boa viagem de volta. Padrone sorri para Felix que sai da sala por algum lugar que eu não consigo ver dentro da escuridão. Padorne vira de volta para Mirania e os outros na sala.

—Eles não tem muita imaginação. Ele fala olhando para algo na tela do computador. —mas sabem que posso fazer o serviço sem implicá-los diretamente. Contanto que eu consiga o que quero…

Padrone entrega alguns papéis para Mirania e lhe dá ordens.

—Leve Cinque e colete esses vampiros para mim. Mirania, eu preciso que você fique de olho nesses dois. Se algo mudar me avise imediatamente.

—Algo em particular que eu deva observar? Mirania pergunta dentro das próprias memórias.

—Qualquer coisa fora do comum. Principalmente se eles se moverem para um lugar remoto.

—Sim senhor. Mirania responde seguida de Giannini e Raffaello. Todos saem da sala para e a cena escurece.

—Vigiei os vampiros que ele pediu por muitos anos. Um deles era um vampiro completo de pouco mais de cem anos e a outra uma meio-vampira de noventa e poucos anos. Eles eram casados e vivam nas sombras. Nada muito aberto, mas eles tinham uma pequena empresa que sustentava o estilo de vida deles. Até que um dia, como Padrone falou, eles se mudaram para um lugar extremamente remoto. Uma floresta no coração da Escócia. Avisei o Padrone e ele me ordenou a continuar vigiando.

A cena muda para uma cabana pequena debaixo de uma chuva intensa. O lugar é frio e abandonado. Posso ouvir os gritos de uma mulher dentro da cabana seguidos pelo choro de uma criança.

—Ela engravidou e teve uma criança. Já vi um humano dar a luz a um vampiro, mas nunca um meio-vampiro. Não achei que eles pudesse se reproduzir e acredito que é por isso Patrone demonstrou interesse neles.

A cena muda novamente para uma casa mais bem iluminada. Um bebê que parece ter três anos de idade anda pela sala de uma casa sorrindo.

—Eles pareciam… felizes. É claro que os Volturi ouviram sobre o nascimento da criança e vieram verificar.

A imagem agora é de Mirania fora da casa ouvindo de uma distância segura.

A voz de um homem soa nos ouvidos dela —Ela não é uma criança imortal. Ela está crescendo e se desenvolvendo. A voz dele é calma e cheia de medo. O pai da criança.

A voz de um homem calmo responde —Eu posso ver isso. Estou aqui para avisar vocês. Essa… coisa não deveria estar viva. Se eu fosse vocês a mandaria de volta para o inferno que é o lugar dela.

Uma voz feminina chorosa responde —Não se preocupe. Vamos viver em silêncio com ela. Os Volturi não precisam se preocupar. Se eu me concentrar posso ouvir os resmungos do bebê no colo dela.

—Não diga que não avisei. O homem fala e sai da casa. Mirania se mantém escondida e eu não consigo ver os rostos deles. A cena volta para a casa na floresta e eu entrando sorrindo pela porta da frente.

—Depois disso eu falei para o Padrone o que aconteceu e toda a informação que adquiri nos últimos anos. A criança cresceu até dezesseis anos quando finalmente era hora de agir.

Olho para Mirania e ela olha para a casa onde meu corpo entrou. Quando eu abro os lábios para falar com ela sinto meu corpo puxado para frente. Eu estou dentro da casa.

—Mãe! Eu grito sorrindo e jogando a mochila no chão. —Mãe, cheguei! Vou correndo para o andar de cima e posso ouvir os latidos do nosso cachorro Tobby ecoando no corredor. Ele me derruba no chão e lambe meu rosto me deixando cheia de baba.

—Eca Tobby! Senta! Senta! Tobby parece nem se importar com o que eu falo.

—Eu te disse para treinar o cachorro. A voz da minha mãe é reconfortante para mim. Ela puxa o cachorro pela coleira com cuidado e o tira de cima de mim. Eu me levanto e abraço ela.

—Você nem vai acreditar falo animada segurando meu telefone —Freya conseguiu ingressos para o concerto da banda que eu te falei mês que vem! Olha, primeira fila! Eu mal posso esperar para ir junto com minha melhor amiga para o concerto do ano!

—Mês que vem? Minha mãe pergunta olhando para a data no e-ticket e levantando uma sobrancelha. Eu finjo que não notei e mudo o assunto.

—E meu pai? Ele já está em casa? Olho ao redor procurando-o e quando não o vejo desço as escadas novamente e vou até o jardim. Lá está ele, a pele brilhante como cristais sobre a luz do sol. Ele está podando as árvores como sempre.

Eu corro na direção dele e ele me agarra no ar. Nunca deixo de me surpreender com a força dele. Os olhos vermelhos brilham sobre a luz. Eu sempre amei os olhos dele. É como olhar para um lareira, quente e reconfortante.

—Você voltou cedo. Ele fala me abraçando e me colocando no chão. Ele se agacha no chão novamente finalizando alguns arbustos.

—Eu terminei minha prova mais cedo. Acho que meu professor de geometria acha que estou colando. Eu não entende como sei todas as respostas, até para as perguntas surpresas. Se ele soubesse que respondo as mesma perguntas a cinquenta anos ele ia pirar. Passo os dedos no cabelo dele enquanto falo. Ele tem cabelos loiros e curtos. Eu me lembro de tocá-los quando ela um bebê e ele brincava comigo me fazendo rir.

—O que vamos ter para o jantar? Pergunto me agachando do lado dele.

—Pergunte para sua mãe. Eu não faço idéia do que ela vai preparar.

Volto para a casa onde minha mãe está na cozinha. Os cabelos longos dela presos em uma trança elegante.

—Mãe, o que temos para janta? Pergunto agarrando um biscoito que acho sobre a mesa.

—O que você acha de batatas assadas? E talvez carne cozida? Ela está ocupada cortando os ingredientes. A quantidade é pequena, já que eu sou a única na casa que come comida humana. Meus pais evitam falar sobre isso, mas eu não me incomodo. Eles mantém um estoque de sangue do refrigerador para emergências, mas eu sei que eles caçam nas cidades mais afastadas. Minha mãe disse que ela nunca matou um humano ao se alimentar, mas meu pai não fala sobre isso.

—Acho que ia ser demais. Respondo sorrindo.

—E depois do jantar, nós precisamos conversar. As palavras da minha mãe soam um alarme na minha mente. Desde que falei sobre o concerto para ela tenho a impressão de que ela vai falar o que eu menos quero ouvir. Já faz algum tempo que estamos aqui e é obvio o que ela vai falar.

—Claro. Mas eu tenho dever de casa, então vamos falar depois que eu terminar tudo bem? Vou passear com o Tobby. Eu posso ver o olhos preocupados dela me seguindo enquanto saio da casa junto com o cachorro.

Tobby é um Lébrel Escocês de seis anos e ele á o cachorro mais preguiçoso do mundo. Ele prefere ficar deitado o dia todo e eu sinto que eu tenho que insistir em sair para passear com ele. Andamos pela floresta por mais ou menos vinte minutos. O sol vai ficando baixo no horizonte. Não tem nenhuma casa ao redor da nossa por quilômetros. Mesmo que eu grite a plenos pulmões ninguém vai ouvir, bem, nenhum humano. Me sento na grama e olho para o céu alaranjado no horizonte e penso nas palavras da minha mãe. Tobby coloca a cabeça no meu colo.

—Eu sei o que ela vai falar. Converso com o cachorro tocando a cabeça dele. —Ela vai dizer que temos que ir embora. Eu suspiro alto me deito na grama. —Eu não sei porque ela ouve aqueles vampiros idiotas. Eles não me consideram nem uma vampira, nem uma humana. Sabe, da primeira vez que eles me viram mandaram minha mãe me matar porque eu não era algo que deveria estar vivo. Falo para Tobby com um tom de indignação. Ele apenas levanta a cabeça e me olha por um momento antes de deitar novamente. —Eu entendo que é um segredo, mas… estou cansada. Não posso viver como um humano porque vou viver para sempre, mas eu não sou um vampiro porque não bebo sangue, mesmo que eu tenha poderes! É injusto Tobby. Acaricio a cabeça dele por mais alguns minutos até finalmente decidir voltar para casa.

O caminho de volta é curto, mas a escuridão me faz demorar um pouco mais. Tobby anda do meu lado preguiçoso e vai direto para a casinha dele no quintal, provavelmente para procurar o jantar que meu pai prepara para ele.

As luzes na casa estavam apagadas, o que não é normal, mas as vezes minha mãe esquece que eu não posso enxergar no escuro então não é exatamente anormal.

—Mãe! Você esqueceu as luzes de novo! Paro na entrada da casa encarando a sala escura. —Mãe! Vou me arrastando até o andar de cima na escuridão. Conheço aquela casa como a palma da minha mão.

Passo os dedos pela parede do corredor escuro que leva até o quarto deles.

—Pai? A luz do quarto deles está acesa e apenas um fio de luz passa pela porta entre aberta.

Espio dentro da porta e meu queixo cai no chão. Três pessoas que nunca vi na vida estão dentro do quarto com meus pais. Uma mulher alta de cabelos pretos longos, uma mulher ruiva de cabelos cacheados e um homem alto de cabelo curto com um sorriso no rosto. Todos eles tem olhos igualmente vermelhos, olhos de vampiro.

Olho para o quarto procurando meus pais. O corpo do meu pai está deitado sobre os pés da mulher de cabelos longos. Os cabelos dele entre os dedos dela. A cabeça, agora separada do pescoço balança nas mãos dela com a boca ligeiramente aberta. A mulher de cabelos ruivos encontra meu olhar pela fresta da porta. Ela tem as mãos sobre o pescoço da minha mão, que também me encara horrorizada. Nos lábios dela eu leio as palavras ´corra´. Minhas pernas tremem e eu caio no chão com um baque alto. O homem abre a porta e me olha com um sorriso nos lábios. Meu instinto de sobrevivência toma meu corpo e eu corro pelo corredor.

Olho para trás e o homem me encara pela porta aberta. Na base da escada eu tropeço em algo molhado. Minha saia e pernas completamente encharcadas. A fraca luz da lua ilumina o corpo desmembrado de Tobby no chão. Era o sangue dele. Posso sentir o grito fechando minha garganta. Olho para cima e um homem grandalhão me encara, lambendo os lábios.

Eu me levanto e desço as escadas rápido demais. Eu escorrego no sangue de Tobby que pinga das minhas pernas. Eu posso sentir meu ombro se deslocando no lugar, mas o medo e meu instinto me fazem continuar correr. Esse é meu poder, sobreviver. Meu corpo luta com cada fibra do meu ser para sobreviver.

Alcanço o jardim da frente quando sinto o empurrão nas minhas costas. Eu caio no chão cortando o rosto nas pedras que decoram o caminho. Era agora ou nunca. Eu tinha que agarrar um deles e absorver seu poder. Era o único jeito de sair dali viva. Eu iria absorver as memórias dele também, então eu talvez pudesse entender o que aconteceu. Iriam ser apenas alguns minutos. Apenas alguns minutos de velocidade e força, mas seria o suficiente para me tirar dali, para curar meu ombro e me salvar.

Estico a mão para trás tentando agarrar a pele dele, mas ele segura meu braço e o troce dolorosamente para o lado errado. Eu grito de dor. Ele está usando luvas e mangas compridas. Ele sabe quem eu sou, o que posso fazer. Isso não foi aleatório.

A mulher de cabelos ruivos anda calmamente até nós.

—Olha só, não é que ela sangra? O homem torcendo meu braço fala observando o sangue escorrer do corte na minha bochecha. —O cheiro também é de humano como você falou Mirania.

—Vamos. A mulher ruiva fala me olhando de cima. Aqueles olhos vermelhos brilhantes. Igual aos daquele homem no dia em que veio até minha casa em nome dos Volturi. Para ela eu sou menos que lixo. Ela não sentia nada em me ver daquele jeito. Provavelmente ela não sentiu nada ao matar meu pai.

A mulher de cabelos negros caminha em nossa direção com algo grande nas mãos. Ela para na minha frente e derruba a bola preta sobre meus pés. É a cabeça da minha mãe.

—Porque trouxe isso até aqui? A ruiva pergunta.

—Você me disse para finalizar a missão. Aqui está. Finalizada. A voz dela é calma, como se estivesse conversando sobre assuntos do dia a dia, não sobre a cabeça da minha mãe no chão. Os olhos sem vida dela me encarando sem foco. A boca semi aberta como a do meu pai.

—Mãe… mãe…mãe eu repito as palavras entre soluços. Eu estico a mão para tocar os cabelos dela, minha visão borrada de lágrimas. Eu ainda posso ouvir a voz dela chamando meu nome.

—Vamos embora. Raffaello, levante a garota. Tome cuidado para ela não te tocar. A mulher ruiva olha para mim. Eu posso sentir o olhar dela e levanto os olhos para encarar o vermelho intenso. Ela tem uma expressão dura no rosto.

Eu sinto uma pancada na minha cabeça e minha visão vai ficando escura. A última coisa que vi foram os olhos da minha mãe. Eu vou matar todos eles foi o último pensamento lúcido na minha mente.

Eu podia sentir a escuridão engolindo meu corpo e a voz de Mirania na minha cabeça. Eu me levantei dentro da minha própria mente. Ela estava lá, me encarando, amedrontada. Os lábios dela se moviam, mas eu não conseguia ouvir. Meu corpo estava se fechando. Minha mente se entregando ao instinto de sobrevivência, ao instinto de vingança. Empurro Mirania até o limite da minha mente, de frente a um penhasco. —Você matou todos eles. Agora… finalmente, voltei para matar você. Quando ela cai do penhasco não sinto mais a presença dela em mim. Me entrego ao instinto. Deixo meus poderes tomarem conta o meu corpo. Meu corpo se protegeria de qualquer forma, tentaria sobreviver até o último momento, então eu cortei aquele limite. Eu ia matar Mirania pelo que ela vez, e todo mundo no meu caminho. Mesmo que eu tenha que morrer no processo. Ela vai desejar ter me matado naquele dia. Ela vai se arrepender de ter me deixado viver. De ter me deixado sozinha.

Depois de ver Jasper e Paul empurrados para o buraco no chão Edward arrasta Esme, Jake e Seth pelo corredor.

—Eles vão matá-la. Edward leu os pensamentos da vampira que desequilibrou os dois. Ela era muito mais forte que Dieci e Edward estava preocupado com Jasper, mas ele sabia onde Anne estava, e como eles pretendiam matá-la.

—Como assim? Seth pergunta correndo do lado dele.

—Eu ouvi os pensamentos dela. Anne está em uma sala em algum lugar no final desse corredor. Eles vão fazer alguma coisa com ela que vai matá-la.

—Quem são eles? O que eles vão fazer? Esme está assustada. Absolutamente nada está indo como o planejado.

Eles correm pelo corredor até uma bifurcação. Edward para olhando para direita e para esquerda. O silêncio é completo e profundo. Apenas os pensamentos das pessoas com ele podem ser ouvidos.

—Eu não sei para onde ir. Ele fala encarando os corredores. Edward pesa por um momento e fala. —Vamos nos separar.

—Não acho que seja uma boa idéia. Eles tem no separado desde o começo para nos eliminar. Se nos separarmos aqui vamos fazer exatamente o que eles querem. Jake fala.

—Não temos outra escolha. Seth fala olhando para os corredores. —Anne está no final de um desses corredores. Você disse que estamos sem tempo.

—Então como vamos escolher? Quem vai para qual corredor?

—Eu deveria ir com você Esme. Edward está preocupado com a mãe adotiva e ele prometeu a Carlisle que a protegeria.

—Não. Você vai com o Seth. Eu vou com o Jake. Esme fala decidida. —Quem encontrar ela primeiro tira ela daqui. Esme está olhando para Seth com determinação. Ele é o único que entende os sentimentos dela nesse momento. Mesmo que a ligação que ela tem com Anne seja diferente da dele, ele é o único em que ela pode confiar para trazer ela de volta para casa.

—Ela tem razão. Jake afirma. —Seth, toma cuidado. Você também Edward.

—O mesmo para vocês. Edward responde.

—Vamos jogar uma moeda? Jake não sabe como decidir qual corredor escolher. Ele confia em Seth, mas gostaria que ele não tivesse que enfrentar quem quer que seja que está por trás disso.

—Nós vamos para a esquerda. Esme fala apontando para o corredor escuro a esquerda dela. —Vocês vão pela direita.

—Tudo bem. A gente se vê do lado de fora. Seth olha para Jake e Esme. Ele tem plena certeza de que vão se ver outra vez.

Eles se separam em silêncio. Seth segue junto de Edward e Jake junto de Esme para dentro dos corredores. Agora, o destino está nas mãos da sorte. Quem vai alcançar Anne primeiro? Já estaria tarde demais para salvá-la?