Acidentalmente amando
- blá blá blá- fala dos personagens
- blá blá blá - pensamento dos personagens
Capítulo 2- Um novo aluno
Após o lanche. Os três colegiais voltaram rapidamente para sua sala, já que teriam aula de História, cujo professor não tolerava atrasos.
Chegaram 5 minutos antes do orientador, o que forneceu aos garotos mais alguns instantes de conversa.
-Sango, eu li no quadro de avisos lá no pátio, antes de virmos para a sala, sobre uma viagem a uma estação de esqui! O professor deve falar conosco sobre isso hoje, já que o passeio é para turmas do segundo grau!- Disse Miroku alegremente.- Você pretende ir?
- Acho que sim! Mas e você Kagome? Seu avô vai deixar?- Perguntou a morena deixando um pouco de tristeza pela amiga transparecer.
- Acho que não... vocês sabem: Nada de diversão a não ser que seja importante.- Disse a amiga repetindo as palavras que seu avô teimava em repetir vez ou outra.
- Ah, Kagome, acho que você vai poder sim!- Começou Miroku. Sabia que depois dessa as garotas só faltariam beijar seus pés.- É só você falar para o seu avô que o motivo de você ir a essa excursão é para aprender, de maneira prática, como coordenar viagens, além de observar possíveis lugares onde poderia expandir os negócios da família.
Sango e Kagome se entreolharam e ao mesmo tempo sorriam. Não se lembravam de Miroku alguma vez ter dado alguma idéia útil para elas.
-Miroku, seu baka! Desde quando você sabe pensar?- Perguntou Sango abraçando o amigo, fazendo com que este corasse bastante.
- Eu acho que sempre pensei Sango.- Respondeu o colegial.
- Mas isto é genial! E eu não vou estar mentindo, porque posso fazer isso mesmo, mas, claro que vou me divertir mais do que observar.
- Então está resolvido! Nós vamos!- Disse Sango.
De repente o professor de História adentrou a sala e se deparou com uma cena cômica: Sango e Miroku abraçados no meio da sala dando pulinhos de felicidade e uma Kagome rindo histericamente devido a algo que nem mesmo os alunos que ali se encontravam entendiam, até porque, Sango e Miroku NUNCA se abraçavam e Kagome não ria histericamente, pois fora permanentemente proibida pelo avô.
O professor pigarreou diversas vezes até os três amigos perceberem que ele estava ali. Os colegiais coraram, o que foi motivo de risinhos abafados por parte dos alunos.
- Senhorita Hoshi (1) Sango, senhor Yoru(2) Miroku e senhorita Higurashi Kagome. Gostaria que os três por favor se sentassem direito em suas carteiras para podermos começar a estudar sobre Hitler, antes que uma súbita vontade de ligar para o senhor Higurashi se aposse de mim.- Os três se endireitaram em suas carteiras e puseram-se a observar o professor que arrumava seu material em sua mesa antes de ordenar aos alunos que abrissem seus livros na página ordenada.
Esse professor sempre usava chantagem para com seus alunos e era por isso que era odiado por todos, a não ser pelos outros professores, que de nada sabiam, já que caso algum aluno ousasse contar para alguém sobre as chantagens, era expulsão na certa.
-Ah, mas antes de começarmos realmente a aula, gostaria que vocês recebessem muito bem um novo aluno.- Um rapaz de cabelos prateados, olhos âmbares, duas orelhinhas kawai no topo de sua cabeça, ale de um corpo incrivelmente sensacional entrara na sala com cara de poucos amigos.- Este é Myamoto(3) InuYasha. Ele é um hanyou (4),portanto sejam gentis com ele.
Um murmúrio percorreu a sala instantaneamente. Um hanyou na sala deles? Nunca acreditariam se não tivessem visto com seus próprios olhos as orelhinhas, as garras e os lindos olhos.
- Myamoto InuYasha, queira sentar-se atrás da senhorita Higurashi.- Mandou o professor. Kagome levantou-se rapidamente para que o novo aluno soubesse atrás de quem teria que sentar. Porém, a carteira atrás de Kagome já estava ocupada.
- Professor, eu já sento aqui!- Reclamou um garoto de cabelos e olhos castanhos.- Por que o Myamoto não senta na carteira vaga que há atrás da Sumire?- Terminou o garoto apontando para uma colegial sentada na penúltima carteira em uma fileira encostada na parede.
- Sente você lá, Mushi(5) Houjou.- Vociferou o professor. O colegial, sabendo que de nada adiantaria discutir com o professor, tratou de pegar suas coisas e sentou-se na carteira. O novo aluno, começou a andar em direção a sua carteira, porém, parou e fitou Kagome, olhos nos olhos.
A garota sentiu um leve arrepio percorrer-lhe a espinha e sentou-se novamente. O rapaz também se sentou e continuou a fitar a colega de classe.
- Bem. – Recomeçou o professor.- Acho que muitos de vocês já leram no quadro de avisos que haverá uma excursão daqui a duas semanas a uma estação de esqui. O passeio será durante um mês, já que semana que vem são as provas e na outra semana começam as férias de inverno. O seus responsáveis deverão assinar aqui.- Disse o Professor mostrando uma linha em um pequeno papel onde continham as informações gerais para o passeio.- Estarei entregando esses papéis e quero resposta amanhã, senão não irão aqueles que não entregarem.
O restante do dia teria sido bastante calmo e bom para Kagome, se ela não tivesse sentido o olhar penetrante de InuYasha na sua nuca o dia inteirinho.
Assim que o sinal que anunciava a saída tocou ela agarrou Miroku e Sango pelos pulsos e arrastou-os até uma parte do bosque onde quase ninguém ia, já que era bastante escuro, frio e causava um certo temor em algumas pessoas. Kagome também não ia muito lá, porque tinha medo, mas aquele era um caso de extrema urgência.
- Caraça, Kagome! Pensei que você fosse arrancar minha mão!- Reclamava Sango juntamente a Miroku que acariciava o pulso pelo qual fora puxado por Kagome.
- Ai, gomen ne Sango, mas tinha que vir para cá com urgência! Aquele garoto novo, o InuYasha não parou de me olhar o dia inteirinho! Não acho que coisa boa dele pode vir, e também é um olhar tão penetrante e familiar que eu fiquei nervosa o dia todinho!- Falou a garota num só fôlego.
- É mesmo. Eu percebi que ele não parava de te olhar, mas achei extremamente normal, já que você é tão linda quanto a minha Sangozinha... Ele pode ter se apaixonado por você!- Exclamou Miroku.Sango deu um soco no garoto.- Itai! Sango, por que fez isso?
-Primeiro, não sou sua, segundo, não me chame de Sangozinha!- Berrou a morena nervosa. Inspirou e expirou algumas vezes até se acalmar completamente.- Então Kagome, continue.
A amiga sorriu.
- Bem, acho que ele quer alguma coisa, portanto, gostaria muito que vocês fossem comigo até a minha casa e não desgrudassem de mim até lá, porque estou com um pouco de receio... alguma coisa vai acontecer, e não quero que seja tão sedo, seja lá o que for.- Pediu a garota.
- Sabe que nós não desgrudaríamos de você mesmo que esse não fosse o caso!Mas, mudando de assunto, por que nós tínhamos que conversar aqui? Não gosto desse lugar e eu pensei que você também não gostasse com medo de espíritos malignos e fantasmas.- Disse Sango pensativa. Realmente, Kagome nem assistia filmes de terror porque tinha medo.
- É que aqui foi o único lugar que eu pensei em que o Myamoto InuYasha não me encontraria.- Respondeu prontamente Kagome.
Sango assentiu com a cabeça, confirmando que havia entendido e de repente, pareceu entrar em transe. Fechou os olhos e rapidamente os abriu.
Os amigos a olharam com certa curiosidade.
- Gente, o Myamoto é aluno novo, ne?
- Sim.- Responderam os outros dois esperando o que viria a seguir.
- E como todo aluno novo, ele teria que ser apresentado na primeira aula, ou seja, no primeiro tempo, certo?- Continuou a colegial chamada Sango.
- Certo.- Novamente seus amigos responderam a pergunta, mas ainda não sabiam onde aquele questionário idiota iria parar, já que a própria Sango já sabia as respostas para as perguntas que fazia.
- Então, por que ele só foi apresentado no meio do dia? Quero dizer, já havíamos assistido a metade do tempo total de um dia de aula.
- Bem, talvez ele tenha se atrasado.- Arriscou Miroku.
- Negativo. Se ele tivesse se atrasado, certamente que o professor haveria dito, já que ele adora rebaixar os alunos na frente dos outros.- Discordou Kagome.
- Talvez ele não o tenha rebaixado pelo Myamoto InuYasha ser um hanyou.- Disse Miroku novamente.
- Acho que não.- Discordou Sango.- Lembra da Azumi? Ela é uma hanyou mas nem por isso o professor deixou de criticá-la.
- é verdade.- Concordou Miroku.
- Então, eu não sei. As duas só discordam de mim!- Reclamou Miroku.- Por que vocês não perguntam pra ele amanha?
- Pro professor? Enloqueceu? Não quero levar um fora!- Disse Kagome.
- Não bobinha... Pro Myamoto!- Falou Miroku.
- Eu não! Não quero encontrar com ele, me dá arrepios... Ah meu Deus! Olha a hora!- Exclamou a colegial de olhos azuis enquanto fitava seu pequeno relógio de pulso.- Se não formos embora agora mesmo, seremos notados!
-É mesmo! Aquelas garotas todinhas virão em cima de mim!- Disse Miroku sonhador.
Sango deu um soco na cara dele antes de puxar Kagome e o próprio Miroku para o pátio e, em seguida, para a rua, já que teriam de ir a pé para casa.
- Kagome, nós vamos com você até a sua casa para falarmos com o seu avô, não é Miroku?- A garota perguntou fuzilando o amigo com o olhar.
Miroku temendo sua vida, achou melhor responder que sim e dessa forma satisfazer "sua Sangozinha".
-Até que enfim você resolveu dar o ar de sua graça!- Exclamou um youkai ao notar que a porta de entrada da casa havia sido aberta .
- Feh, não enche!- Respondeu o hanyou ao qual o comentário fora referido.
- Meu amor! Você chegou!- Berrou uma garota correndo em direção a seu amado e dando um forte abraço nele, seguido a um longo e ardente beijo.
- Kikyou, não precisa este escândalo todo. Nós só não nos vemos desde ontem à noite!- Exclamou o rapaz.
- Mas para mim pareceram anos! Meu amor, não quero que fique mais tanto tempo assim longe de mim!
- Não se preocupe.- Respondeu o hanyou.- Lobo, vá chamar os outros e avisar que cheguei.
- Acha que sou seu escravo cachorrinho?- Perguntou Kouga, os olhos cintilando de fúria.
- Ande logo, ou farei você engolir as palavras que disse!- Ameaçou o hanyou.
- Não pense que só porque é um hanyou que eu não vou dar um belo soco nessa sua cara, cachorrinho!- Exaltou-se Kouga, olhando nos olhos do adversário.
-Mas o que... Ah! InuYasha! Você já chegou?- Perguntou uma garota de olhos avermelhados e cabelos pretos presos em um coque com penas enfeitando.
- Kagura, sim cheguei...- Respondeu InuYasha.
-Irei chamar Naraku!- Disse a garota virando-se e dando de cara com o próprio por quem iria procurar.
-Não se preocupe, Kagura. Acho que já pode notar que já me encontro aqui.- A youkai sorriu.- Então, conte-nos as novidades. Já conseguiu apanhar a garota?
- Ainda não.- Respondeu o hanyou de olhos âmbar sentando-se num sofá e largando sua mochila ao chão. Kikyou sentou-se ao lado de seu namorado, agarrada ao braço direito deste.- Acho que ela pressentiu algo e se escondeu na hora da saída. Conseqüentemente não consegui encontrá-la mais tarde.
- Mas você conseguiu se matricular direito? O meu pai ajudou?- Perguntou Kagura interessada em detalhes.
- Bastante.- Sorriu InuYasha.- Ele me colocou sentado atrás da garota, mas para isso teve que expulsar do lugar um tal de Miojo, Shoujo, ah, sei lá o nome do moleque! Mas de qualquer forma estou bem perto dela, de forma que acho que amanhã conseguiremos nosso objetivo. E quanto a vocês? O que fizeram o dia todo? Não foram a aula?
-Não- Respondeu Kouga que até o presente momento mantivera-se calado.- Mas quase que eu matei essa sua namoradinha. Ela é irritante!
- Ouse tocar na Kikyou e pode se considerar um lobo morto!- Ameaçou novamente o hanyou de orelhinhas de cachorro.
Kikyou mostrou a língua de forma infantil a Kouga, que fingiu não ver e simplesmente ignorou o ato.
- Bem, já que está tudo certo, poderemos ir dormir. Quero voltar para minha casa e só voltar a pensar nisso amanha.- Disse InuYasha levantando-se e indo em direção a porta, sendo seguido por Kikyou.- Até amanha!
Os dois saíram do local onde estavam, cruzaram o enorme jardim e quando chegaram a rua, InuYasha parou e virou-se para observar a casa.
Não era uma casa qualquer, de onde havia saído. Era uma enorme mansão. Muito linda, aliás. Haviam três fontes no jardim completamente cheio das mais raras e perfumadas flores do mundo. A mansão em si possuía detalhes em dourados que davam para serem apreciados durante a noite com a iluminação local. Tinha uma chaminé e muitas janelas, o que já era um sinal de haverem muitos cômodos lá.
- Até amanhã! - Falou InuYasha, dando um de seus raros sorrisos.
- Até amanhã, Inu-kun! – Respondeu Kikyou, porém levemente desapontada, pois esperava que ele, ao menos, a acompanhasse em casa.
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-Vai vovô, deixa!- Implorava Kagome juntamente a seus dois melhores amigos.- Por favor! Não é só por mim, mas para o bem da empresa também!
- Não sei não, Kagome. Lá você vai se divertir e diversão não é uma coisa que você precisa agora, até porque vai te atrapalhar nos estudos.
- Não vai não! Nós ajudamos Kagome no que ela tiver dificuldade!- Disse Sango
-Até porque, quando Kagome voltar vai estar com a mente limpa e pronta para novos estudos e experiências!- Falou Miroku.
O avô pareceu pensar durante algum tempo antes de ceder ao pedido.
- Está bem. Você tem apenas 15 anos. Se eu não te deixar ir e se divertir um pouco, você não iria se esforçar nos estudos enquanto seus amigos não estiverem aqui. Mas você vai ter que me trazer um relatório completo sobre o que está acontecendo lá, sobre os pontos fortes e fracos do local em turismo.
- Ah! Muito obrigada vovô! – Agradeceu Kagome radiante!
- Sango, Miroku! – Chamou a Sra Higurashi.- Por que não passam a noite aqui? Já está tarde e não quero nenhum dos dois andando por aí a essa hora da noite, e, como os motoristas estão de folga, devido à Kagome – A menina sorriu envergonhada ao ouvir o seu nome – não há como irem em segurança.
- Mas, Sra Higurashi, não queremos dar trabalho- Respondeu Sango.
- Não se preocupem. Eu mesmo ligarei para suas casas, e, como já têm roupas de vocês aqui mesmo...- Dessa vez foi o avô de Kagome quem se pronunciou.
- Muito obrigado! – Responderam Sango e Miroku ao mesmo tempo. Logo após, seguiram Kagome até as escadas, desaparecendo pelo 2º andar.
- Daqui a pouco hão de dizer que estou amolecendo...- Falou o Sr Higurashi para si mesmo.
- Que isso pai! Estou feliz por ter dado chances a Kagome. Ela não tem culpa de ser quem é. – Falou a Sra Higurashi sorrindo.
- Isso porque essa é a única forma que consigo ver de protegê-la. Mas às vezes... tenho que ceder.
- Não se preocupe. Tudo ficará bem.
Continua...
E aí, estão gostando?
Desculpe a grande demora escondendo em baixo da mesa Tive muitos problemas na escola... U.U"
Bem, vou dar continuidade a esta fic, poir, eu já a escrevi toda para um concurso, mas foi tão rápido que ela ficou bastante confusa ." Então, esta aqui que vocês estão lendo é a fic reeditada, e, pelo meu ver está ficando melhor.
1-2
Ah! Eu coloquei esses sobrenomes "Hoshi"em Sango e "Yoru"pro Miroku, não por coincidência, pois tem um significado interessante. Hoshi significa estrela e Yoru significa noite. Daí sai um yoru no hoshi, que significa estrela da noite! - Não "é assim uma Brastemp", pois não sei muito de japonês... Mas gostei de colocar assim, pois demonstra, logo de cara que eles formam um casal perfeito, até mesmo pelo sobrenome :D (vocês tem que entender, essa pessoa aqui delira às vezes...)
3
Myamoto é o sobrenome de um samurai que viveu no antigo Japão. Seu primeiro nome era Musashi. Ele é bem famoso, tanto que há 2 livros contando a história dele e ainda um mangá. Por isso, coloquei esse sobrenome no InuYasha. Espero que tenham gostado.
4
Nessa fic, ao contrário das outras fics e do próprio mangá, os hanyous aqui são considerados "superiores" aos humanos e youkais, pois, por possuir sangue dos dois lados, são bem conhecidos como pessoas justas, e que por isso, normalmente seguem carreira política, para agradar ambos os lados. Achei que seria bom variar, pois eles sempre são desprezados, e, eu acho que não devia ser bem assim, embora que fique mais interessante, gosto de escrever as coisas de um novo ponto de vista.
Por favor, não desistam de mim!
Kissus,
Ja ne.
Nadeshico.
