Saint Seiya não me pertence, todos os direitos são reservados a Masami Kurumada e a Toei.
Delírios de bondade
Capítulo I
Em uma casa nas proximidades do Santuário...
Ikki caminha de um lado a outro, como se quisesse abrir um buraco no chão, até que toma uma decisão e vai até a porta de um quarto, em um corredor.
- Shun, você está aí? - Ikki bate impacientemente à porta.
No outro lado da porta, dentro do quarto, Shun estava... Digamos que, bem à vontade com Hyoga.
- Ikki??!! - fala Shun surpreso, enquanto Hyoga beija seu pescoço, o russo ao escutar o olha sério.
- Ikki, não! Meu nome é Hyoga!
- Não, mozinho, eu escutei a voz do Ikki!
- Besteira, Shun, deve ser só sua imaginação!
Antes que Hyoga fosse fazer o que pretendia, Ikki bate novamente à porta, perguntando por Shun.
- Está vendo, mozinho, não é minha imaginação!
- Droga! Maldita hora para essa galinha depenada aparecer!
- Anda, se esconde aí em baixo da cama e eu vou me vestir, antes que ele resolva arrombar a porta!
- Ah, não! Dessa vez eu o mato!
- Não, por favor, por mim, se esconde aí que eu dou um jeito de expulsa-lo, aí tudo vai ficar bem!
- Hump! Tudo bem!
Assim, Hyoga se esconde em baixo da cama, Shun se veste as pressas, senta-se em uma cadeira e finge estar lendo uma revista de moda. Até que Ikki arromba a porta.
- Ikki?! - Shun faz uma cara de surpresa ao ver o irmão.
- Shun, por acaso você está ficando surdo, é? Não me ouviu chamar?
- Desculpa, Ikki, é que quando leio, pareço que saio desse mundo, não percebo nada que está ao meu redor.
- Hmmm... Melhor perceber.
- Mas o que traz aqui, irmão?
- É que... - se senta na cama, Shun ao ver dá um pulo e grita:
- Não!
- O que foi Shun?! - dá um pulo da cama.
- É porque... Um evento de moda irá ser adiado, hehehehe....
- Ah ta! - se senta novamente na cama - Sabe, Shun, eu quero ter uma conversa com você, sabe... De macho para macho, entende?
- Entendo. Sobre o que quer falar, Ikki?
- É que... eu andei observando, no colégio e em alguns lugares, as pessoas têm medo de falar comigo, me olham de um jeito estranho...
- Mas, Ikki, essa sua mania de bater em todos e arranjar confusão é o motivo que afasta as pessoas de você, porque temem apanhar!
- É isso, Shun! Por isso eu quero a sua ajuda, porque você consegue se relacionar melhor com as pessoas, principalmente com homens, eu quero que você me ajude, para que eu me torne uma pessoa boa. - e se deita na cama, afundando-a por cima de Hyoga.
- Tudo bem, Ikki, amanhã eu te ajudo.
- Mas Shun...!
- Sabe o que é, Ikki, é que quero descansar.
- Dormir?! Á essa hora?! Shun são 5 da tarde!
- Pois é... quero acordar cedo para o nascer do sol!
- Tem certeza, Shun?
- Ikkiiiii!!!
- Tudo bem, até amanhã. - suspira e sai.
- ... Pronto, mozinho, já pode sair.
- HAHAHA!! Então ele quer se transformar em uma pessoa boa? Duvido que isso aconteça! HAHAHAHA!!!
- Shiii! Ele pode escutar!
- Que escute, é a mais pura verdade!
Ikki fala:
Não sei o que aconteceu com Shun, mas naquele dia eu estava decidido, me tornaria uma pessoa bondosa, como um dia eu fui.
A morte de Esmeralda me abalou tão fortemente que até hoje, para mim, nada mais vale, e que todas as pessoas são iguais, são como demônios, e só Esmeralda. Ah! Só ela era um anjo, uma luz, para mim, para a minha escuridão. Mas a partir daquele dia eu iria voltar a ser o Ikki de antes, sem ódio no coração, e Shun me ajudaria.
Mudar minha imagem parente todos, os do Santuário e os que conheço em Atenas, não foi fácil, todos me temem, e segundo Shun é pelo que sempre fiz com todos.
Shun disse-me, primeiramente, que eu deveria arranjar uma companheira. Ah, isso sim seria nada fácil! Nenhuma mulher conseguiu fazer-me esquecer Esmeralda, só Pandora, mas essa se foi, foi, foi à única que, mesmo por um curto tempo, me fez esquecer meu verdadeiro amor. Depois de Esmeralda e Pandora, nenhuma mulher conseguirá roubar meu coração.
Tentar tratar bem a todos foi o de menos, só que, o que mais me esforcei a conseguir, a princípio, pois no começo todos me olhavam com pavor, mas logo que parei de arrumar confusões, consegui aproximar-me das pessoas. Ma claro que nem todos acreditaram que eu estava disposto a mudar, principalmente no Santuário.
Certo dia fui dar uma volta pelo Santuário, na verdade, fazer alguns exercícios físicos, e só o fato de subir e descer as escadarias das doze casas já um bom exercício. Quando me mudei para o Santuário, que em alguns dias tenho de ir até o templo de Atena servir de escravo a Saori, passei a entender o porquê dos cavaleiros de ouro dificilmente fazerem exercícios físicos. Enfim, estava passando pelas doze casas, quando, nas escadarias da casa de Sagitário, encontrei um cavaleiro de Prata, não sei o nome, e nem tenho motivos para aprender os nomes daqueles porcarias, é só chamá-los de coisa, que depois de umas porradas eles aceitam o apelido...
Nas escadarias da casa de Sagitário
Ikki encontra um cavaleiro de Prata, acena a ele, e se aproxima dizendo:
- Olá! Bom dia! Como vai?
- Não... não... é o... o ... Ikki... soc... SOCORRO!!!
E sai correndo desesperado, até que tropeça em seu próprio pé e sai rolando escadaria abaixo.
- AHHHH!!!!
Não sei o que deu naquilo, mas soube depois que, continuou rolando até que bateu a cabeça em um pilar da casa de Escorpião. Como estava sem a armadura (percebi que era um cavaleiro de Prata porque alguns dias antes eu tinha dado umas porradas nele, e estava vestido com uma armadura de Prata.), e sem a armadura se arranhou e entrou em coma, acho que durou alguns meses. Mas esses cavaleiros de Prata são mesmo uns imbecis.
Mas minha pior tarefa para a mudança de personalidade foi a de ter de tratar bem o pato. Não entendi aonde Shun quis chegar com aquela conversinha de que irmãos devem ser amigos, mas eu tentei, mesmo que isso seja contra minha natureza, tentei...
Continua...
Nota da autora: Bem, quero deixar claro que não tenho nada contra o Ikki, tudo que farei com o via... digo, o coitado, será apenas uma brincadeirinha, então, fãns do Ikki, não façam atentados terroristas contra mim, eu que sou uma pobre ficwriter! E quem quiser me mandar algum e-mail, estou à disposição, principalmente a críticas, mas que sejam construtivas, adoro-as.
