N/A: Hummm... Acho que esse capítulo está muito curto. Perdoem-me! Vou tentar escrever alguns maiores. Obrigada a todos que comentaram! Isso é muito importante! E, sem mais, eu vou responder às reviews:
miss Jane Poltergeist: Olá Florzinha... Como é bom vê-la aqui novamente! Que bom que gostou... saber disso é realmente gratificante. Ah, você provavelmente irá ficar de cara também com algumas coisinhas que eu já escrevi... espero que agrade também! Beijos
x0x Lanni x0x: (espero ter escrito seu nick corretamente). Devo confessar que eu também fiquei morrendo de medo de escrever algo ruim e infiel à obra que eu simplesmente idolatro; mas estou mais segura agora que recebi incentivo e elogios. Os seus, inclusive, foram muito importantes, uma vez que também leu Lolita e sabe como o conteúdo é complexo. Romance ainda vai demorar um pouquinho, mas eu prometo que as coisas irão esquentar. Hehehe. E me parece quase impossível não ter ação na história de um maroto... Muitíssimo obrigada! Continue acompanhando, sim? Beijos
Miss Moriart: Lily e James (ou Tiago) são perfeitos... Aqui está a continuação; espero que goste. Beijos
LULIX: Não precisa se desculpar não... Nossa, eu realmente fico feliz em saber que você chegou a imprimir e mostrar para outras pessoas! Obrigada por levantar o meu astral e por continuar a ler essas maluquices. A propósito, Tiago tem vinte e cinco anos. Beijos
Francamente, eu detestei esse capítulo. Então faço questão de que o próximo, pelo menos, seja de meu agrado. Por isso, ele provavelmente irá demorar para chegar, uma vez que eu irei reescrevê-lo inúmeras vezes. Ah, eu quero mais reviews! Preciso saber a opinião de vocês! Até a próxima.
Capítulo 3
"Pontas:
Eu estou bem, obrigado por perguntar. Sua educação me comove.
Você está brincando, não? Como assim, o que eu devo fazer! Você é ou não um maroto? Se você gostou dela,vá em frente! Não vejo problema nenhum se você souber como a enrolar para que mantenham tudo em segredo. E depois, é o último ano dela aí. Ela se forma e depois, adeus Tiago Potter!
Deixa de ser tonto, cara. Pra quê tanta preocupação? Relaxa... e aproveite bem os atributos da tal ruivinha!
E as aulas? Eu aposto minha vassoura que já tem várias garotas gamadinhas no professor novo... Se eu fosse você, não aproveitava apenas a tal ruiva...
Me responda contando como foram as detenções! Não me decepcione!
Almofadinhas"
Hoje, ao ler a carta que recebi de resposta naquele sábado de manhã, tenho vontade de rir. Sirius realmente não mudou nada, continua o mesmo inconseqüente e impetuoso que era nos tempos da escola, e continua a ser até hoje. Certas coisas nunca mudam.
Mas eu só tenho vontade de rir hoje. Porque quando eu recebi aquilo, dois anos atrás, eu senti vontade de esganar Almofadinhas. Será que ele não tinha entendido nada do que eu escrevera? Obviamente que não, pois meu amigo nunca se apaixonou...
Ainda frustrado com a carta, eu me preparei para receber a ruiva. O que ela deveria fazer? Eu precisava pensar muito bem, pois eu necessitava de pontos a meu favor diante de seus olhos. Ela provavelmente continuava fula comigo desde a nada discreta cantada.
E então, lá estava Potter em mais um dilema. Qual seria a detenção de Lílian Evans?
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O leitor há de me perdoar, mas antes de descrever a bendita detenção, creio que falarei mais sobre Lily. Talvez não tenha ainda uma imagem definida dela.
Você pode achar, meu caro, que só porque eu a amo faço uma imagem estereotipada e exagerada de minha ninfeta. Então eu peço que releve qualquer detalhe que possa achar um pouco apaixonado demais... tentarei falar de seus defeitos também.
Por onde começo? Bem, há de ter notado, evidentemente, que ela é ruiva. Nunca vi cabelo mais rubro. De um tom vibrante, facilmente identificável no meio de uma multidão. Seus olhos são ligeiramente oblíquos, de um tom intensamente verde. (pensando assim, percebo que, aos meus olhos, tudo em Lily é intenso). Sardas quase imperceptíveis salpicam seu rosto graciosamente, de uma maneira quase angelical. Quase.
Seu corpo seria perfeito para uma modelo, embora sua estatura seja muito baixa para isso. Lily é relativamente magra, o que contrasta com suas pernas, que são bem torneadas e levemente bronzeadas. Fisicamente, acho que é só o que interessa.
Por outro lado, algo que sempre me fascinou em Lily é sua personalidade. E, se me fascina, também me intriga...
Há nela uma dualidade misteriosa, instigante... excitante. Algo muito marcante nela é, sem dúvida, a determinação. Além da coragem, aspecto que nós temos em comum.
Mas Lily também pode ser cruel, maldosa, egoísta, petulante, inconseqüente. E essas são, coincidentemente, características que eu, inegavelmente, também possuo.
Acho que uma das únicas coisas que diferia entre Lily e eu na época em que a conheci era a inocência. Ela era uma criança, apenas dezessete anos. E eu, apesar de professor e alguns (poucos) anos mais velho, também possuía ainda minha dose de infantilidade, porém eu era muito maduro quando queria (isto é, quando convinha ser maduro).
E talvez tenha sido isso que nos separou.
Mas não falemos disso agora. Vamos à detenção.
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Algo que absolutamente não pode ser esquecido de ser mencionado nestas memórias são as roupas de Lily e o que elas provocavam em mim. Oh, pobre de mim! Ela me maltratava até nas mais simples coisas, sem a mínima intenção...
Como a detenção fosse logo depois das aulas, ela obviamente foi até a minha sala de uniforme. O diabo é que no final do dia o uniforme dela esta sempre de maneira... provocante.Mas não leve isso tão a sério. Mesmo se Lily estivesse vestida como uma mendiga eu a acharia atraente...
E, naquela primeira sexta-feira, eu logo notei que as coisas não seriam muito fáceis para mim. Para começo de conversa, ela apareceu com a blusa branca do uniforme totalmente amassada, enquanto a gravata estava frouxa, de um modo desleixado e ao mesmo tempo elegante. Sua capa não estava à vista. O comprimento normal das saias de Hogwarts eram no joelho, sendo que a meia era extremamente longa, o que nos sugere muito pouco para apreciar e coisas demais para imaginar. Acontece que a ruiva, assim como muitas meninas, havia encurtado a saia alegando ser mais cool, e, naquele momento, cansada das aulas e provavelmente sentindo calor, Lily havia trocado as meias escolares por meias soquete. Seus cabelos estavam amarrados num rabo de cavalo alto. Os dois primeiros botões da blusa, abertos.
Potter estava, definitivamente, perdido. Que faço eu com tamanha fascinação, ó caros leitores?
Ela chegou atrasada. Ofegante, entrou sem bater e me assustou. Encostou-se na porta para descansar e tentar recuperar o fôlego. Tentei não reparar nos seus seios arfantes.
Abri um sorriso sacana, o mesmo que a tinha deixado irritada uma semana atrás.
-Está atrasada, Srta Evans.
Ela levantou as sobrancelhas numa clara demonstração de desdém para comigo. Senti uma ligeira pulsação no baixo ventre.
-Eu sei. Desculpe, professor.
Ah, Lily, Lily... Você não poderia esquecer por um instante que eu era seu professor?
-OK. Mas eu espero que não se repita.
Ela apenas encolheu os ombros. Eu continuei com os olhos fixos nela, só esperando uma reação. Como eu esperava, ela se impacientou e perguntou:
-E então? Que eu tenho que fazer? – com um sorriso no canto dos lábios, que pretendia ser provocante, eu franzi levemente o cenho, como se estivesse incomodado com a rispidez dela – Professor – ela acrescentou rapidamente, talvez achando que se fosse grosseira novamente, ganharia mais detenções.
Cocei o queixo forçando uma expressão pensativa, enquanto andava na direção dela lenta e calmamente.
-Sabe... eu ainda não sei... provavelmente algo que vai me poupar alguns minutinhos de trabalho... e, de quebra, vai me dar uns minutinhos com você também...
Ela bufou. Eu ri.
-Ora, não fique irritada, ruiva – a essa altura, eu já estava bem em frente a ela. Lily tinha a cabeça levantada e me encarava, inexpressiva – prometo que será a detenção mais agradável que você já teve.
Ela revirou os olhos. Eu ri mais uma vez.
-Eu imagino.
Num movimento brusco, eu me encostei na porta também, ao lado dela, e senti seu perfume chegar até mim, quase me entorpecendo. A vontade de toca-la era quase insuportável. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela se pronunciou:
-Você não vai me prender aqui a tarde toda, vai? – Bingo!
Senti meu coração disparar ao me inclinar na sua direção para sussurrar-lhe ao ouvido:
-O que você acha?
Desta vez, senti que o dito cujo falhara uma batida, pois eu vira Lily arrepiar-se. Ela não me respondeu, eu apenas vi que ela mordia o lábio inferior, claramente nervosa. Quase me arrependi.
Finalmente resolvi dar um descanso para o meu pobre coraçãozinho e me afastei dela.
Voltando a falar profissionalmente, eu disse, me sentando em minha mesa:
-Você vai organizar os arquivos que estão na segunda gaveta daquele armário – eu apontei para o mesmo e ela se dirigiu para lá, pegou os arquivos, sentou-se em uma carteira consideravelmente longe da minha mesa e começou a trabalhar sem sequer olhar para mim.
Eu suspirei, resignado com a distância que havia entre nós. Por que diabos eu tinha que ser tão apressado? Eu tinha assustado a menina! Burro, burro, burro! Eu estava começando a notar que, com a ruiva, eu teria que ser muito mais paciente, discreto, convincente. E ali, na primeira detenção dela, depois de apenas dois meses de convivência, eu comecei a me dar conta de que eu teria (ou queria) ser eu mesmo. Nada de sedução barata, cantadas velhas ou uma brincadeirinha casual; aquilo era estranhamente real. Estranhamente importante. Estranhamente sério.
E de repente, me senti praticamente em pânico. Logo eu, que me julgara tão experiente, independente, maduro; estava ali coberto de incertezas por causa de uma garota de dezessete anos. Céus, Lílian era uma criança! O que eu estava pensando? O que eu estava querendo? O que eu estava fazendo? Por Merlim, o que estava acontecendo comigo?
-Professor...
Era loucura! Uma loucura que eu criara por sentir uma atração... mas que espécie de atração era aquela que me fazia pensar e agir como um adolescente?
-Professor...
Aquilo tinha que parar agora. Eu não podia simplesmente tentar seduzir minha aluna!
-Professor!
Era isso. Aquela brincadeira já tinha ido longe demais. Eu ia cancelar todas as detenções de Evans. Eu ia tratá-la como uma aluna comum. E, se tivesse dignidade suficiente, pediria desculpas pela cantada. Eu ia...
-PROFESSOR!
De um pulo, eu notei uma Lílian parecendo ao mesmo tempo divertida e ligeiramente irritada com a minha distração. Mais uma vez, meus instintos ganharam a batalha dentro de mim e foi mais forte do que eu análise rápida, mas detalhada, que eu fiz de minha ninfeta.
Uma mecha dos cabelos rubros lhe caía suave e sensualmente pela face. Os lábios curvados em um meio sorriso. Uma das sobrancelhas estava levemente arqueada, esperando minha reação. E uma resposta, agora que eu finalmente olhara para ela.
-Sim?
Ela levantou as duas sobrancelhas, parecendo levemente surpresa pela minha descontração, o que deixava claro que eu realmente estivera distraído e não estava debochando dela.
-Eu acabei.
Consultei meu relógio. Não era possível que eu estivesse tão perdido em minhas divagações para notar passar o tempo...
-Já? Mas não passou nem uma hora!
-Bem, não posso dizer que estes arquivos estavam exatamente desorganizados. Eu só...
Peço licença ao leitor para abrir um parêntese aqui. Neste momento, enquanto me explicava calmamente por que terminara tão cedo a tal organização, Li fez uma coisa ao mesmo tempo tão natural e tão... não sei exprimir em palavras o que foi exatamente. Ela estava com o cotovelo esquerdo apoiado na carteira e, instintivamente, enquanto falava, ela apoiou a cabeça na mão do mesmo braço. Delicadamente, colocou a mecha rebelde atrás da orelha, enquanto eu (oh, pobre de mim!) me desliguei completamente de suas palavras para apreciar-lhe tais gestos... gestos tão naturais que me deixavam entorpecido, encantado...
-... coloquei em ordem alfabética.
... Potter, Potter! Que tipo de louco você se tornou? Até o movimento mais simples me dava uma vontade insana de tocá-la, ao mesmo tempo em que os suspiros eram irrefreáveis...
-Professor? Você esta me ouvindo?
Um piscar de olhos. Uma troca de olhares. Um balançar de cabeça incrédulo. Acorde, Potter!
-Sim, sim... me desculpe, Lílian... digo, Srta. Evans.
Ela riu. Um riso cristalino, puro, infantil. Inocente.
-Tudo bem. O senhor pode me chamar pelo primeiro nome.
Eu arregalei levemente os olhos. Onde fora a Lílian ofendida com a cantada?
-Ah... OK – eu respondi vagamente. Ela franziu o cenho, com um aparente ar de dúvida.
-Hum... o senhor está bem?
-Eu? Claro! Estou ótimo! Só estou um pouco... pensativo.
-Confuso, Professor? – Pronto. Lá vinha ela com aquele tom. Não tem pena de mim, Lily?
-É... talvez. Sim, eu estou confuso por que certas pessoas são muito dissimuladas, sabe? – eu sorri ironicamente ao final da frase. Se havia alguém dissimulado ali, só podia ser eu.
-Sei... Como eu sei!
Nós nos entreolhamos. Caímos na gargalhada.
O riso foi cessando aos poucos. Eu me controlei antes dela e pude vê-la, ainda com ares de riso, umedecer rapidamente os lábios com a língua. Eu estava totalmente arrepiado.
-Então... o que eu faço agora?
Eu passei a mão pelos cabelos, indeciso se eu faria e diria ou não o que queria.
Vou. Não vou. Vou. Não vou. Vou. Não vou.
Preciso mesmo dizer que eu fui?
-Primeiro eu preciso ver se você fez o trabalho como se deve...
Eu estava sentado na carteira dela, segurando os arquivos que ela dissera ter organizado. Eu estaria dizendo uma mentira deslavada se dissesse que olhei se ela tinha ou não feito o que eu pedira. Eu apenas aproveitava a proximidade para espiá-la pelo canto dos olhos e para poder sentir o seu cheiro...
Com um suspiro, eu me levantei e me dirigi ao armário em que os papéis deviam ser guardados. Eu já tinha outra coisa em mente.
Dirigi-me para a cadeira em frente à mesa em que ela se sentava e me virei para encará-la. Lily tinha uma expressão confusa. Eu sorri.
-Eu quero te propor uma coisa.
Definitivamente confusa. E um pouco temerosa. Eu realmente teria de ir devagar.
-O quê? – as coisas seriam mais fáceis se ela não estivesse com os lábios carmim entreabertos – Professor.
Eu ri e acenei com a mão, dispensando o tratamento formal.
-Não precisa me chamar de professor. Nem de senhor. Eu sou Tiago.
Ela pareceu espantada, mas consentiu. Eu continuei calado, me divertindo intimamente como embaraçado e o espanto dela. Não nego que era um divertimento cruel e egoísta. Se ela podia me deixar tão nervoso e confuso, por que eu não poderia deixá-la embaraçada e espantada? Por fim, ela quebrou o silêncio.
-E então... o que queria propor... Tiago?
Você não deveria falar meu nome de maneira tão doce, Lily...
-Bom, eu confesso que não tenho nada programado pra você fazer enquanto está detida. Então eu pensei que nós poderíamos... conversar.
O embaraço desapareceu. Animada, Lily concordou. E, sem mais, ela começou a me bombardear de perguntas.
-Por que está aqui?
Franzi o cenho.
-Hã?
-Por que voltou para Hogwarts como professor?
-Ora, porque... Por que havia uma vaga e Dumbledore me chamou...
-E por que aceitou? Não poderia estar mais óbvio que você não é um professor!
Sempre admirei a sutileza de Lily. Não posso negar que me senti levemente ofendido com tais palavras. Além de preocupado. Será que eu não estava correspondendo às expectativas dos alunos?
-Você acha que eu não sou um bom professor?
Certo, eu confesso que nem me lembrei que dava aula para centenas de alunos. Eu queria saber o que a ruiva a minha frente achava das minhas aulas. Quem se importa com a educação de todos esses jovens?
-Bem, eu diria que sua aula é normal.
Normal? Normal?
-Como assim, normal? – eu a interpelei, dessa vez preocupado comigo mesmo. Como pode um maroto ser normal em algum aspecto?
Ela pareceu considerar a pergunta por alguns instantes antes de responder em seu habitual tom alto e descontraído.
-Assim... tipo, nada diferente das outras, entendeu? – não, Potter não entendeu. Ela percebeu que eu estava reagindo negativamente às suas argumentações. Retomou um tom sério. – Olha, eu não quis dizer que suas aulas são ruins. Em todo caso, é realmente difícil, ao meu ver, encontrar algum professor incompetente aqui. O que acontece é que todas as aulas me parecem iguais! Isso entedia a gente...
Então fez-se a luz. Aquela era uma ótima alternativa para mantê-la perto de mim. Contei-lhe a idéia. Ela aceitou, radiante, e aparentemente esquecida de minhas indiscrições anteriores. Levantou-se, empolgada, falando sem parar.
-Isso é o máximo! Sempre achei que as coisas aqui eram legais e tudo o mais, e o Dumbledore também é um ótimo diretor, mas tipo, algumas coisas simplesmente tinham que mudar! Esse sistema de ensino velho e cheio de teias de aranha sempre me incomodou... E agora eu tenho a chance de fazer alguma coisa a respeito... Sabe que é essa é a melhor detenção que eu poderia ter?
Ela virou-se para mim, os olhos brilhando de euforia diante da perspectiva de ficar trancada comigo nas próximas tardes de sábado preparando minhas aulas, numa tentativa de acabar com a rotina e com aquele "sistema de ensino velho e cheio de teias de aranha". Quanto a mim, pouco me importava as maluquices que ela me faria aprontar nas aulas, contanto que ela cumprisse as tais detenções e que eu pudesse ficar em sua companhia adorável.
Quanto mais faltaria para você me enlouquecer, Lily?
