Os meses se passaram, assim como os anos e o namoro de Bruce Wayne e Lois Lane continuava, já sofrendo pressão da família e amigos para um noivado, mas o casal não se preocupava com isso, pelo menos Bruce fingia não se importar, Lois vivia um dia após o outro, aproveitava a relação e a cada dia sentia-se mais envolvida por seu namorado, pois ele era atencioso, carinhoso, dedicado, mesmo sempre tendo um ar misterioso, de alguém que não lhe conta tudo, e às vezes aquilo a intrigava, mas bastava ele surpreende-la com algo carinhoso que ela esquecia. Um dia, ela desceu as escadas, e ao pé dela estava ele, a olhando com um olhar grave e preocupado, notou o mesmo olhar em sua governanta, ao sair da sala, deixando o homem a sós com Lois. A casa agora era apenas de Lois, pois o pai dela estava para a Europa, a guerra havia começado a alguns meses para os Estados Unidos, e o general não poderia estar fora de tamanha festa. Ela caminha lentamente até ele, ao parar diante do homem e analisar seu semblante preocupado, ela pergunta: - Algum problema? Aconteceu alguma coisa, Bruce. - Amanhã eu parto com uma tropa para a Europa. – Ele fala com a voz sombria e fria. - Como? – A voz da mulher mostrava o choque. - Isso mesmo. Recebi um telegrama do seu pai, ele me exigiu como comandante de uma das tropas da sua enfrentaria. Disse que não confiava em outro nome para a missão que ele tem. – A expressão do homem era gélida, fria, ela nunca tinha visto ele assim antes. - Por que meu pai faz isso?...Que missão é essa?...Desde quando você é comandante?...Vamos Bruce! Me fale! – Ela esmurrava o peito dele e brigava enquanto ele ficava parado e imóvel. - Eu não posso falar Lois. Infelizmente este assunto ele é classificado, eu só posso dizer que farei de tudo para retornar. – Ele fala calmamente, com uma calma de quem ia tomar um sorvete e depois voltaria. - Você é louco! Louco como eles! Idiota como eles! – A voz era completamente transtornada, Lois não escondia sua fúria. - Desculpa, mas não posso dizer não, se falar que não será pior. Ele baixa a cabeça e coloca o quepe, só ai Lois notou que ele usava sob o sobretudo negro a farda verde de gala do Exercito. Então ela notou que não era brincadeira, que era tudo verdade, antes que ele saísse pela porta ela o chama, baixinho, ele se vira para encará-la, ela anda a passos largos até ele e o beija intensamente, e depois fala com todo o carinho que poderia exprimir: - Eu te amo!...Volte para mim, por favor. Eu necessito de você! Ele segura o rosto dela entre as mãos e a olha longamente nos olhos e fala cheio de carinho: - Não se preocupe, eu voltarei, voltarei para você... E quando voltar você será minha noiva. - Eu aceito ser sua noiva. Aceito me casar com você. Então volte inteiro para isso. Não pense em se engraçar com aquelas espanholas ou italianas oferecidas! – Ela exige com os olhos cheios d'água. - Juro que não olharei para elas... Por que uma americana sangue quente estará aqui me esperando. Ele a beija intensamente, deixando o coração dela acelerado, a batidas tão rápidas que ela pensava que ia passar mal ou desfalecer. Então o beijo é dissipado aos poucos, ele dá as costas para ela e se afasta, saindo pela porta e para longe dela, deixando o coração dela cheio de duvidas, incertezas e para sua surpresa, medo, medo de que ele morresse.
