Domo pessoal

Desculpem por atrasar tanto o capitulo, mas sexta eu estava muito ocupada e no final de semana essa droga de conta travou e eu não consegui fazer nada. Enfim, vamos deixar esse assunto chato de lado e vamos ao que interesa. Sinceramente espero que gostem desse capitulo, creio eu que os fans de Yuuri e MdM vão curtir, mas depois v6 me contam. Ah! Só mais uma coisa, momentinho propaganda. To com fic nova no Profile, se chama "O Toque de Um Anjo", fic do Kanon com a Saori (não, eles não são um casal). Mas fala sobre como Athena o perdoou no inicio da batalha de Hades e como o marina sobreviveu a destruição do templo, se puderem deêm uma olhada.

Boa Leitura!


Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e genio criativo M. Kuramada.


Legenda:

-"ajs jhssss"; (pensamentos)

-'sjsjsjsmsm'; (diálogos de segunda pessoa)

-dkjks jsjs; (diálogos normais)

--Lembranças-- (em itálico)


Capitulo 10: Inesperado.

I – Surpresas do Coração.

Acabando os treinos da manhã, Yuuri saiu praticamente em disparada do Coliseu, indo diretamente para o observatório colocar algumas coisas em ordem, para que quando a noite chegasse ela não tivesse problemas em identificar o material que deveria usar para fazer o mapeamento de estrelas ou revisar mais alguma coisa, isso se seus pensamentos tomassem o rumo desejado e não fizessem um pequeno desvio na imagem de um certo canceriano que pareciam empenhado em testar seu auto controle.

O observatório tinha dois andares, no de baixo de frente para a porta de entrada tinha uma espécie de biblioteca, onde as leituras eram registradas com as datas, no de cima tinha o telescópio para os estudos.

A amazona trabalhava na pequena biblioteca movendo livros, mudando objetos, até separar em meio à bagunça alguns livros mais pesados que iriam nas prateleiras mais altas.

Com muita dificuldade ela subiu em uma cadeira, pegando o livro pesado para colocar na ultima prateleira daquela fileira, porem sem que pudesse evitar um dos pés da mesma falseou fazendo-a perder o equilíbrio com o peso.

Teria ido ao chão, se um par de braços fortes não houvesse a pegado no colo. Ela apenas ouviu o barulho do livro chocando-se contra a parede, antes de abrir os olhos e ver que não cairá no chão.

-Uh! – ela murmurou confusa, deparando-se com um par de orbes anis a fitando com curiosidade. –Mascara da Morte; ela falou pausadamente.

-Eu mesmo; ele respondeu com um sorriso encantador, deixando a amazona corada até o ultimo fio de cabelo.

-Obrigada! Eu teria caído se você não tivesse aparecido; ela falou sorrindo, embora se sentisse nervosa pela repentina aparição.

-É um prazer ajudar; ele respondeu colocando-a no chão. –Mas, você parece com problemas com isso aqui; ele completou apontando para a pilha de livros. Completamente a vontade na frente da jovem, como simplesmente ignorasse o que fizera no Templo de Posseidon; Yuuri pensou com uma discreta veinha saltando na testa, porem recuperando-se rapidamente.

-Ah! Sim, eles são muito pesados; ela respondeu com um sorriso sem graça, caminhando até o local aonde o livro cairá, abaixando-se em seguida.

-Eu posso te ajudar se quiser; ele sugeriu, num sussurro casual e conveniente ao pé do ouvido, observando satisfeito a reação que obtivera.

-Ah! Não posso te pedir isso, não quero abusar; ela falou com certo nervosismo, levantando-se rapidamente, sem encara-lo.

-Não é abuso nenhum, aonde você quer que os coloque? -ele perguntou indo até a mesa e pegando os livros restantes antes dela.

-Esta bem; ela falou, dando-se por vencida. -Ali em cima; ela falou apontando a prateleira.

O cavaleiro olhou a prateleira analisando o que precisava fazer, pela sua altura teria que de um jeito ou de outro subir na cadeira, mas colocaria os três livros de uma vez sem problemas, porem uma idéia passou por sua cabeça fazendo surgir um sorriso maroto em seus lábios, voltou seu olhar para a jovem a seu lado que pareceu notar a intensidade com a qual ele lhe fitava e corou.

-Ahn! A Srta poderia me ajudar e passar os livros; ele falou inocentemente deixando os livros sobre a cadeira que supostamente deveria usar para alcançar a prateleira.

-Uhn! Tudo bem; Yuuri murmurou confusa olhando para os livros em cima da cadeira, ela passou por ele, se aproximou para pegá-los, mas... –Ahhhhhhhhhhhhh! –ela gritou, tentando se agarras nas prateleiras desesperadas.

-Calma! Assim fica mais fácil e eu não preciso subir nessa cadeira; o cavaleiro falou com um tom de voz divertido, logo depois de segurar a cintura da jovem e suspende-la no ar para depois faze-la sentar-se em seu ombro. Dessa forma ele não subiria na cadeira, não correria o risco de cair e ainda tirava proveito da situação, ele pensou.

Yuuri olhou pra baixo, encontrando o cavaleiro que tinha um sorriso nada inocente nos lábios, ela franziu o cenho sem impedir que uma veinha lhe salta-se na testa, ele fizera de propósito; ela concluiu.

-Toma! – ele falou passando pra ela mais um livro, depois o outro até ela colocar todos organizados na prateleira.

-Pronto; ela disse dando um suspiro de alivio, sentir o cavaleiro lhe segurando pela cintura enquanto ela permanecia sentada em seu ombro, não era algo muito propicio para manter-se concentrada. –Ahn! Agora você já pode me descer; ela falou cautelosa.

O cavaleiro foi a descendo com calma, porem a amazona prendeu a respiração sentindo o coração disparar diante do que ele acaba de fazer. Os braços do cavaleiro lhe enlaçava pela cintura de forma suave, a respiração quente e ritmada chocava-se contra a pele desnuda do pescoço, fazendo-a fechar os olhos e pedir aos Deuses para que não perdesse o ultimo fio de alto controle, porem com o que ele dissera era completamente impossível manter a linha de raciocínio.

-Acho que estou apaixonado por você; ele falou num sussurro rouco ao pé do ouvido, causando-lhe um leve tremor.

-E-eu...; Ela não sabia o que responder, tinha uma concepção completamente diferente sobre o cavaleiro de Câncer, mas ouvi-lo dizer aquilo lhe deixava num misto de felicidade e insegurança. Completamente entregue entre seus braços.

-Não espero que diga nada; ele continuou. -Apenas gostaria que soubesse isso; ele falou, a soltando e se afastando sem falar mais nada.

Yuuri ficou estática, sentiu uma corrente de ar gelado chocar-se contra a face ao vê-lo se afastar. Voltou-se para a porta apenas vendo ele sair sem olhar para trás. Não conseguiu conter o tremor nas pernas, caindo de joelhos e ficando ali, com o olhar vago e perdido.

II – Decisões.

Marin estava caminhando na praia do Cabo, procurando colocar em ordem os fatos mais recentes, não conseguia acreditar que tudo aquilo havia acontecido em menos de doze horas, era evidente que o cavaleiro de Leão lhe magoara profundamente.

-"Como pude me deixar levar por isso"; ela pensou, dando um suspiro cansado. –"Não devia ter reagido daquela forma, mas do jeito que ele falou, eu..."; ela pensou cerrando o punho de maneira nervosa. –Porque as coisas simplesmente não podem ser mais fáceis; ela murmurou.

Uma leve brisa fez com que os cabelos ruivos esvoaçassem, por um momento ela permitiu-se fechar os olhos e sentir a paz que aquele ambiente lhe proporcionava. Continuou caminhando até parar de frente para o mar, pouco importava que fosse sujar de areia as roupas, ela abaixou-se até acomodar-se de maneira confortável sobre a areia branca.

Os orbes verdes correram toda a extensão das águas cristalinas da praia. Quando fora a ultima vez que estivera ali. Claro! Com Aiolia no dia que Litus e Saga fizeram o piquenique, fora um dia realmente divertido, quando as amazonas e os cavaleiros resolveram dar aquela bela lição naquelas amazonas despeitadas. Ela permitiu-se sorrir por um momento, lembrando-se das tentativas frustradas do leonino de atacar Saga, mas logo o sorriso sumiu-lhe da face, dando lugar a um olhar melancólico. O que ele fizera era imperdoável.

Duas lagrimas amargas e solitárias penderam dos orbes verdes, mas foram logo amparadas pelas mãos da amazona que procurou tira-las logo dali, não se permitiria demonstrar o quanto aquilo a abalara, se ele não tinha certeza das coisas que ficasse em silencio e a deixasse explicar, mas não, aquelas duras palavras ecoavam em sua mente como um cruel e perverso mantra, fazendo-a a cada segundo lembrar-se da cena. Imersa em pensamentos, ela mal notou a presença do cavaleiro de Aquário, que parecia aproximar-se olhando para os lados como se procurasse por algo, na verdade procurava por alguém. Aishi lhe pedira para ir até a praia ver se encontrava Eros, mas antes disso acontecer notou a presença da amazona solitária ali.

Kamus se aproximou com cautela, depositando a mão sobre o ombro da amazona, chamando-lhe a atenção.

-Tudo bem com você, Marin? – ele perguntou preocupado, vendo a amazona com o olhar triste e um rastro de lagrimas pelo rosto.

-Kamus; ela falou, voltando-se para o cavaleiro que a mirava curiosamente. –Estou bem sim, obrigada por se preocupar; ela falou com um sorriso triste.

-Não! Você não me parece bem, Marin, mas não vou te forçar a falar sobre isso; ele respondeu, sentando-se ao lado da amazona. –Só espero que não seja sobre alguma besteira do Aiolia; ele falou, vendo a jovem ficar tensa. –Pelo visto estou certo não é? – ele falou, voltando seu olhar para o mar. –Não tenho o direto de me meter na vida de vocês, mas porque não conversa com ele, bem... Vocês são amigos há bastante tempo, acho que ambos estão aptos a serem compreensivos com o que estão vivendo no momento; ele aconselhou, sem saber o que aconteceu horas antes.

-Kamus, sinto muito, mas creio que não será possível, é humanamente impossível ter um dialogo decente com o cavaleiro de Leão; ela falou seca, porem magoada.

-"Pelo visto o negocio foi muito serio"; Kamus pensou preocupado. –Nada é impossível Marin, tudo depende da nossa força de vontade; ele completou.

-Sabe Kamus, eu simplesmente cansei; a amazona falou dando um suspiro cansado. –Cansei de esperar o Aiolia tomar uma atitude, cansei de esperar para conversar sobre isso com ele e ele simplesmente fazer-se de desentendido; ela falou num fôlego só. –E no fim, quando eu decido conversar com ele sobre isso, ele simplesmente vem me falar um monte de besteiras das quais ele nem sabe sobre o que esta falando; ela completou, cerrando os punhos nervosamente.

-O que foi que o Aiolia fez? – Kamus perguntou, vendo a amazona falar com tanto amargor sobre isso.

-Ele falou tanta coisa, das quais eu nunca pensei que ele fosse capaz de falar, Kamus ele ficou me acusando de ficar me agarrando com os aprendizes na Encosta; ela falou deixando algumas lagrimas rolarem livremente.

-O QUE? – Kamus gritou, espantado. Conhecia Aiolia, sabia o quão o leonino era impulsivo e rebelde com relação a seus próprios sentimentos, mas não conseguia entender o porque ele fizera isso.

-Isso que você ouviu; ela respondeu, abaixando a cabeça. –Amigo ou não, como ele pode fazer isso. Pensei que conhecesse o Aiolia, mas hoje ele me provou ser uma pessoa completamente diferente da que eu conhecia; ela completou.

-"Por Zeus, e agora?'; Kamus pensou desesperado. –Marin, sinto muito; ele simplesmente não sabia o que fazer diante daquela situação, ainda mais sobre o assunto da aposta dos amigos.

-Não sinta, você não tem nada a ver com isso, o Aiolia é que é um idiota; ela respondeu se levantando. Como por instinto o cavaleiro levantou-se junto.

-Aonde vai? – ele perguntou curioso.

-Vou falar com Athena, pedir a ela uma dispensa; ela respondeu, sem voltar-se para o cavaleiro. –Acho que vou para o Japão, Thouma esta vivendo por lá agora que esta fazendo faculdade e eu quero rever meu irmão e sair um pouco daqui; ela completou.

-Entendo; o aquariano falou. –Quanto tempo pretende ficar por lá?

-Não sei, mas é bem possível que eu nem volte; ela sentenciou. –Kamus, vou lhe dar um conselho; ela falou, voltando-se para o cavaleiro de Aquário, que esperava pacientemente ela falar. –Não importa o que você veja, não importa o que falarem para você, acima de tudo acredite sempre em primeiro lugar em Aishi, nem sempre o que você vê é o certo e nem tudo que lhe dizem é verdade, por isso se você ama ela como sempre demonstrou não cometa o erro de desconfiar dela por nada; ela falou dando as costas para ele e saindo. –Até algum dia.

-Até; ele falou meio vago, vendo a amazona se distanciar. –"Não acredito que o Aiolia fez isso, preciso falar com Aishi urgente"; ele pensou desesperado, correndo de volta ao santuário.

III – O oposto de mim.

O cavaleiro de Câncer andava com calma, o jardim anexado a Encosta de Bejunte no templo de Apolo era realmente um lugar agradável para colocar os pensamentos em ordem, sairá em completa disparada do observatório, também depois de falar com Yuuri apenas não se sentia mais à vontade para permanecer ali.

-"A quem quero enganar de que ela se interessaria por alguém como eu"; ele pensou com certa decepção, enquanto recostava-se em um dos pilares tombados do jardim do templo, lembrava-se perfeitamente de já ter estado ali antes, não fora há tanto tempo assim, a ultima luta que travara contra o cavaleiro de dragão fora exatamente ali, logo a sua frente um chafariz praticamente destruído permanecia, com algumas vitórias-régias nas extremidades. Pelo menos ali não era mais um campo de batalha, cujo único objetivo era eliminar dessa Era o Deus do Sol e salvar Athena... Mais uma vez.

-"Uhn! Pelo menos não posso me recriminar, eu mesmo procurei por isso, minha fama não é lá muito aceitável, também não é por menos, mas colecionar cabeças na época era algo interessante. Que eu saiba egocentrismo é mal do signo, não posso fazer nada"; ele pensou com ar conformado. –"Mas duvido que ela se importe com esse fato, alias, nem deveria ter me aproximado dela, ainda mais porque não consigo entender o que aconteceu na praia aquele dia, quando esse inferno começou"; ele pensou com certa irritação. –"Isso sim deve ser expiação pelos meus pecados";

Imerso em pensamentos ele mal se deu conta da aproximação de um cavaleiro, era surpreendente como justamente ele encontrava-se ali, mantendo o ar calmo e o olhar sereno.

-É interessante como o tempo passa e cada um adquiri uma perspectiva diferente sobre justiça ou até mesmo sobre a forma mais correra de viver a própria vida; o homem mais próximo de Deus falou se aproximando, chamando a atenção do cavaleiro que pareceu se sobressaltar.

-Shaka; Mascara da Morte falou, olhando com ar espantado para o cavaleiro. –O que esta fazendo por aqui?

-Estava sem nada para fazer e resolvi dar uma volta; ele respondeu displicente se aproximando da pilastra que o cavaleiro estava encostado. –Se importa? – ele perguntou apontando para o local.

-Não; Mascara da Morte respondeu, fitando curiosamente o cavaleiro que sentava-se próximo a ele só que sobre a pilastra e não no chão gramado.

Ambos os cavaleiros ficaram em silencio por alguns minutos. Era incrível como duas personalidades extremamente distintas conseguissem parecer tão pacificas dessa forma. Mascara da Morte franziu o cenho ao ouvir o virginiano abafar o riso.

-Não sei no que vê graça; ele falou quase num resmungo.

-Você; o virginiano respondeu, vendo uma veinha saltar na testa do cavaleiro.

-Por acaso sou alguma espécie de palhaço? – o canceriano perguntou irritado.

-Pelo contrario meu amigo, você não é nem um pouco complexo; o virginiano respondeu, vendo a veinha sumir e dar lugar a um olhar confuso do canceriano. –Sempre ouvi dizer que os cancerianos fossem pessoas sensíveis, nostálgicas e caprichosas. Arrisco a dizer até que sejam um pouco frágeis e mau humoradas; ele comentou, vendo a veinha voltar a saltar na testa dele e dando um meio sorriso continuou. –Porem você é uma exceção a regra, não, na verdade todo canceriano é exceção a regra, pois já vi muitos cancerianos persistentes, sagazes, dispostos a tudo para defenderem as pessoas que amam e aquilo que acreditam; o virginiano falou. –Vi também muitos que agiam movidos apenas pelo fogo do momento, mas também aqueles que agiam com responsabilidade medindo os perigos que uma decisão errada poderia acarretar, mas também já vi aqueles que por diversas vezes se viram perdidos entre uma multidão e se sentiram solitários.

-Não sei o que isso tem a ver comigo; o canceriano falou, acomodando-se melhor na pilastra tentando parecer indiferente.

-Você não vê porque tem medo de acreditar que você não é somente uma exceção a regra e sim parte dela; o virginiano falou de forma enigmática.

-Não entendo; o canceriano falou confuso.

-Uma vez conheci um garotinho, que se quisesse hoje seria o dono de um dos maiores impérios do mundo, mas naquela época a única coisa que ele desejava era tornar-se um cavaleiro; Shaka começou, como se lembrasse de algo que aconteceu a muito tempo. –No começo eu me perguntava o que esse garoto queria ao se tornar cavaleiros, na verdade essa era uma das poucas duvidas que tive a minha vida toda; ele comentou vagamente.

-E você descobriu? – o canceriano perguntou, engolindo em seco.

-Sim, 18 anos depois; o virginiano respondeu.

-Como? -o italiano perguntou confuso.

-Sabe, às vezes algumas coisas precisam ser da forma que são, creio eu que somente assim somos capazes de saber distinguir qual o caminho mais certo a seguir; ele falou. –Descobri a resposta para a minha duvida exatamente no dia que se iniciou o batalha contra Hades; ele completou.

-Contra Hades; ele repetiu.

-Exatamente, mesmo para um cavaleiro admitir que esta errado requer muita coragem, passar-se por errado para agir certo sempre é o mais difícil; Shaka falou. –Entendi isso exatamente no momento que você e Afrodite lutavam contra Mú no primeiro templo. Apesar de ter começado seguindo pelo caminho errado. Chego até a concordar com aquele ditado 'A justiça às vezes é sega', talvez seja, não importa quanto tempo leve, ela sempre nos guia para o caminho certo; Shaka falou sabiamente.

-Entendo; o canceriano falou vagamente.

-Agora, porque você não para de se prender ao passado e tenta tocar sua vida pra frente, você tem força suficiente para fazer isso e parar de bancar um medíocre derrotado; o cavaleiro falou com um ar de censura.

-...; Mascara da Morte apenas arqueou uma sobrancelha.

-Guilherme, Guilherme; o cavaleiro falou balançando a cabeça, imitando o sotaque do italiano.

Mascara da Morte, Virgem. Sabe que detesto esse nome; o canceriano reclamou, fazendo uma veinha saltar na testa. –Guilherme Firenze era aquele fedelho que dependia daquele bando de hipócritas para viver e morreu no dia em que eu, Mascara da Morte nasci; ele falou visivelmente incomodado ao deparar-se com fatos que a muito pensara ter esquecido.

-Como eu dizia, meu caro Guilherme, porque tem medo de ter uma vida diferente, o mais difícil já aconteceu, você estar vivo novamente, agora no caminho certo; ele completou.

-Shaka; ele murmurou espantado.

-Você é forte para achar seu caminho sozinho, o fato de errar uma vez não lhe da o direto de desistir das coisas, só espero que você não deixe para despertar esse seu lado de canceriano persistente e sagaz quando for tarde de mais; ele disse se levantando. – O tempo não para, você tem a chance de acertar a sua vida e concertar o que fez errado na primeira vez, não desperdice com duvidas desnecessárias; ele concluiu se afastando. –Até mais.

-Shaka; ele chamou, vendo o cavaleiro virar-se.

-Uh!

-Obrigado; o canceriano agradeceu, também se levantando.

Logo o virginiano sumiu da sua vista, perdendo-se entre as folhas verdes e bem distribuídas daquele pequeno bosque que ligava a encosta com o santuário. Mascara da Morte ficou mais um pouco andando pelo templo.

-"Agora sou eu que tenho dupla personalidade"; ele pensou balançando a cabeça. –"Ou eu sou cruel ou eu sou sensível, será que sofro de dupla personalidade e não estou sabendo ou bati a cabeça forte de mais quando desmaiei na praia?"; ele pensou passando a mão nervosamente pelos cabelos. –"Bem, pelo menos já sei o que fazer"; ele concluiu com um meio sorriso formando-se em seus lábios.

IV – Um pedaço de Paraíso.

-Saga eu vou cair desse jeito; Litus reclamava, enquanto tentava tatear o nada para apoiar-se.

Isso porque o geminiano não quisera revelar a surpresa que pretendia fazer a namorada e fora extremamente critico quando resolvera venda-la, agora a jovem tentava tatear o nada, e eles ainda não haviam nem saído da entrada do templo de Leão.

-Não se preocupe, estou aqui; ele falou ao pé do ouvido da jovem, fazendo-a estremecer, enquanto o sorriso do cavaleiro alargava-se mais. –Pronto, já esta bem preso; ele falou, terminando o nó da pequena fita que vendava os olhos dela. –Segure na minha mão e não cairá; ele completou, entrelaçando seus dedos nos da jovem.

-Mas Saga...; Ela foi interrompida, por um dos dedos do cavaleiro, que pousou com suavidade sobre seus lábios.

-Você confia em mim?

-...; Ela apenas assentiu com a cabeça.

-Então vamos; ele falou, começando a puxa-la com suavidade até as escadarias que levariam ao templo acima. –Vamos chegar rápido não se preocupe; ele completou, como se lesse os pensamentos da jovem.

Não tiveram muita dificuldade para subirem as escadas e chegarem ao templo seguinte.

-"Ainda bem que o Shaka me deixou mostrar o jardim pra Litus"; ele pensou, enquanto entravam no templo de Virgem.

A porta em forma de um belo e bem trabalhado nenúfar jazia aberta, com a autorização do próprio guardião que por sinal jazia ausente. Saga foi guiando a jovem para dentro da sala das arvores gêmeas.

Uma cálida brisa fez com que seus cabelos esvoaçassem, Litus parou confusa, não conhecia nenhum local do santuário que pudesse sentir uma essência de flores daquela maneira tão suave. Apertou com mais força a mão do cavaleiro que jazia entrelaçada na sua, sentiu-o parar. Eles haviam chegado em algum lugar.

-Não abra os olhos ainda; Saga falou, colocando-se atrás da jovem para desamarrar o nó da fita. Assim que o fez, enlaçou a jovem pela cintura, sentindo-a prender a respiração. –Pode abrir; ele sussurrou.

Os orbes violeta brilhavam extasiados com a maravilhosa visão que tinha das belas e imponentes árvores gêmeas. Nunca vira algo do gênero, em que parte do santuário estariam? -ela se perguntou.

-Essa é Twinsall, ou Sala das Arvores Gêmeas; ele explicou, como se lesse seus pensamentos.

-É lindo; a jovem murmurou, virando-se para o cavaleiro com ar encantado. –Mas porque me trouxe aqui? – ela perguntou curiosa, enlaçando os braços pelo pescoço do cavaleiro.

-Espero que você não tenha esquecido que dia é hoje; ele falou com um olhar enigmático e um sorriso sedutor, fazendo a jovem corar.

-Hoje; ela murmurou, como se pensasse o que aquele dia representava.

-Vem comigo; ele disse a puxando para mais perto das arvores gêmeas, onde uma bela toalha xadrezada estava estendida e em uma das pontas uma cesta, semelhante àquela usada por eles no piquenique na praia quando eles começaram a namorar.

Litus parou atônita, não era possível. Ela pensou, olhando de forma indagadora para o cavaleiro que apenas meneou a cabeça em resposta, antes de continuar a puxa-la para lá.

-Acho que você se lembrou, não é? –ele perguntou, ajudando-a a sentar-se sobre a toalha e sentando-se ao lado dela em seguida.

-Nossa já faz um mês; ela comentou sorrindo.

-O melhor mês da minha vida; ele respondeu, abraçando-a. –Espero que tenha gostado; ele comentou.

-Como eu não gostaria, qualquer lugar é o paraíso com você; ela respondeu, aconchegando-se mais nos braços do cavaleiro. Quando o sentiu colocar alguma coisa em volta do seu pescoço. –O que é? – ela perguntou, colocando a mão no local.

-Espero que goste; ele respondeu sorrindo serenamente.

Litus abaixou os olhos, vendo pender do pescoço um delicado cordão dourado e do mesmo um lindo pingente em forma de coração com o as letras S e L gravadas em grego.

-É maravilhoso; ela respondeu, jogando-se nos braços do namorado, fazendo a ambos caírem no chão. –Her! Desculpa; Litus falou com um sorriso tímido.

-Tudo bem; ele respondeu sorrindo, tendo a jovem a seu lado e sem esperar que ela dissesse qualquer coisa, ele deitou-se de costas para o chão, puxando-a para junto de si.

Litus descansou a cabeça sobre o peito do cavaleiro, dando um suspiro relaxado.

-Feliz aniversario de um mês; ele falou, entrelaçando seus dedos nos dela.

-Pra você também; ela respondeu, levantado-se um pouco para fitar aquele par de orbes esmeralda que a encantaram desde o primeiro dia que chegara ao santuário. –Te amo; ela murmurou.

-Eu também; ele respondeu, enquanto deixava que seus dedos brincassem com alguns fios rebeldes do cabelo dela que caiam de forma displicente pela testa, até a mão descer com suavidade até a nuca e ele puxa-la para mais perto de si, selando seus lábios com os dela.

Continua...

Bom pessoal, antes de qualquer coisa preciso explicar algo. Quanto ao nome do MdM, bem é um nome fictício e o sobrenome também. Não se preocupem, vai ter um dos capítulos mais a frente vai explicar um pouquinho o passado dele. Outra coisa, todo mundo já deve estar acostumado com o nome de Giovanni tão bem escolhido pela Juliane-chan. Bem, eu também adoro esse nome, mas quis diferenciar. Logo abaixo vocês vão entender o porque dei esse nome pro MdM.

Ah! Tem mais, lembram quando disse que outros casais passariam por aqui, pois bem, espero que tenham gostado da ceninha full love do Saga com a Litus. Sem falar no MdM com a Yuuri.

Bom, melhor parar por aqui, se não é bem capaz de eu contar o que vai rolar no próximo capitulo e ai eu estrago a surpresa. Enfim, gostaria de agradecer a todos que perdem um pouquinho de tempo lendo essa fic, em especial as meninas que comentaram no capitulo passado: Anna Held e Margarida.

Kisus

Já né...


Nota:

Significado do Nome: Guilherme: Indica um homem que se orgulha da sua força (física, mental ou moral) e se vale dela para auxiliar a pessoas de quem gosta.

Significado do Signo: Câncer: são sentimentais, sensíveis e nostálgicos com tendência a caprichos, mau humor, mudanças variadas (devido ao fato de ter a Lua como regente). O nativo de Câncer, mesmo tímido e retraído, deseja intensamente executar suas próprias idéias à sua maneira. Os cancerianos possuem uma imaginação fantástica e uma excelente memória. Os familiares são de suma importância para eles. No amor é sensível, embora às vezes rabugentos, orgulhosos e egocêntricos. Passam por momentos de timidez, porem mostram-se atrevidos e sedutores quando interessados em alguém.