Domo pessoal
Aqui vai mais um capitulo, sei que vocês querem saber cá o Shura e a Shina, não esquentem, logo vocês vão poder curtir algumas ceninhas especiais entre eles, quanto a Aiolia e Marin, esse capitulo é dele, espero que todos os fans do Leo aproveitem.
Boa Leitura!
Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e genio criativo M. Kuramada.
Legenda:
-"ajs jhssss"; (pensamentos)
-'sjsjsjsmsm'; (dialogos de segunda pessoa)
-dkjks jsjs; (dialogos normais)
--Lembranças-- (em italico)
--Flash Backs-- (normal)
Capitulo 12: Começar de Novo.
I – Nem sempre as desculpas são suficientes.
Aiolia mal terminara de ouvir o que Eros falara e sairá correndo, precisava impedir que ela parti-se. Nunca se perdoaria se ela deixasse o santuário por sua única e exclusiva culpa.
Não demorou muito para que chegasse ao vilarejo das amazonas, ofegante ele procurava controlar a ansiedade que o assolava. Precisava falar com ela, não poderia mais adiar isso, não poderia perde-la.
-"É agora"; ele pensou, parando em frente a porta da casa da amazona, a respiração tensa chocava-se com a porta de madeira.
-Vá embora; a voz da amazona soou fria do outro lado, fazendo com que o cavaleiro parasse a mão a milímetros de chocar-se contra a porta.
-Marin, precisamos conversar; ele falou, tentando controlar a vontade de derrubar aquela porta, para poder ver a amazona.
-Não temos nada que conversar, cavaleiro; ela falou ríspida.
Dentro da casa, Marin checava pela ultima vez as malas. Roupas e os poucos pertences que possuía estavam devidamente organizados para serem levados junto dela. Partiria do santuário sob a autorização da Deusa e sabe-se lá se algum dia voltaria. Sentiria falta dos amigos, isso sem duvidas, mas não podia mais permanecer ali sem se ferir com isso.
-Por favor, Marin; Aiolia pediu em tom suplicante.
-Já disse, alias, porque quer conversar comigo se não acredita nas minhas palavras; ela respondeu ferina.
O cavaleiro engoliu em seco. Ela estava certa, não tinha nem o direito de pedir que ela falasse com ele, quanto mais pedir que ela ficasse, mas não podia desistir agora, não agora.
-Marin, por favor, abre essa porta; ele pediu, embora isso soasse mais como uma ordem.
-Porque eu deveria? –ela perguntou impertinente.
A amazona deu mais uma olhada para o lugar em que por tanto tempo viveu. Tantas lembranças das quais nunca se esqueceria.
-Marin, abre essa porta se não eu vou derruba-la; o leonino falou com certa irritação, queria conversar diretamente com a amazona, não ter uma porta como intermediário.
Um momento de silencio os envolveu, Aiolia já erguia a perna para dar uma voadora e colocar a porta a baixo, mas quando ele moveu o corpo para a frente com esse intuito, perdeu o equilíbrio indo parar caído dentro da casa. No exato momento que ele iria derrubar a porta, Marin a abrira, fazendo-o cair.
-Ai; ele reclamou, massageando as costas.
-Já sabia que era um idiota, mas não pensei que tanto; a amazona falou ríspida, pegando as duas malas e saindo de dentro da casa, passando pelo cavaleiro caído.
-Marin espera, por favor; Aiolia pediu, levantando-se rapidamente para alcança-la.
-Fale de uma vez Aiolia, tenho que pegar um avião ainda; a amazona falou impaciente, voltando-se para o cavaleiro.
Tristeza! Foi a única coisa que viu naquele par de orbes verdes que tinha a sua frente. Não existia mais aquele brilho sagaz e persistente nos orbes do leonino que tanto a encantaram no passado. Passado... Não pode evitar que um imperceptível sorriso brotasse em seus lábios, antes as coisas eram bem mais fáceis, eram amigos, compartilhavam os mesmos ideais. Porem em relação aos sentimentos que ambos tinham, eram completamente distintos... Ou não, mas talvez nunca soubessem.
-Por favor, me perdoa; ele pediu, com os orbes verdes marejados.
A amazona sentiu-se fraquejar por um momento, não esperava que ele lhe fosse pedir isso, mas depois de tudo que ele disse, da desconfiança. Simplesmente não poderia aceitar isso. As coisas não eram tão simples.
-Sinto muito Aiolia, mas você me falou coisas das quais nunca esperei de você, não é tão fácil fazer o que me pede depois de tudo; ela respondeu, com um olhar magoado.
O cavaleiro deu dois passos à frente, com o intuito de aproximar-se, porem a amazona recuou mais dois, afastando-se.
-Por favor, Marin! Sei que fui um cretino ao falar-lhe aquelas coisas, mas, o que queria que eu pensasse ao vê-la daquele jeito com um aprendiz; ele tentou justificar-se usando um exemplo completamente contraditório quanto ao que queria expressar.
-Daquele jeito; ela repetiu, relembrando exatamente como tudo acontecera. –Em momento algum você não pensou que eu não lhe devo satisfações? –a amazona perguntou de maneira fria.
-Marin; o nome fora praticamente sussurrado, nem mesmo o olhar triste do cavaleiro parecia comover o coração da amazona, assim pensava ele. Sem saber que aquilo mais a machucava do que a ele, ter de confronta-lo daquela maneira era deveras doloroso.
-Mas não, eu ainda tentei lhe explicar o que aconteceu; ela continuou, deixando que uma lagrima solitária pendesse de seus olhos. –E você nem quis me ouvir, alias, fez questão de deixar claro de que nada que eu dissesse você acreditaria. Aiolia, você desconfiou de mim; ela completou com a foz sofrida.
-Marin, eu sei que agi errado, mas por favor, não vá embora; ele pediu.
-Isso não é uma opção; ela foi direta.
-Me da uma chance; ele falou, a voz saindo mais em tom de suplica do que de pedido.
-Para que? – ela perguntou, abaixando a cabeça não conseguia mais encara-lo sem sentir-se tentada a ceder.
-Juro que nunca mais farei isso de novo, mas por favor, me da uma chance... Apenas uma; o cavaleiro falou, a um passo de distancia da amazona.
-"Como não o senti se aproximar?"; ela se perguntou, erguendo a cabeça, encarando aquele par de orbes que minava suas barreiras, quase a fazendo ceder... Quase. –Aiolia, eu...; Ela mal teve tempo de raciocinar sobre qualquer coisa, quando sentiu os braços do cavaleiro enlaçarem-na pela cintura.
-Marin, eu te amo, nunca me perdoaria se você fosse embora por minha causa, por favor, fica; ele falou, ajoelhando-se na frente da amazona, enquanto permanecia abraçado a cintura da mesma.
Involuntariamente ela prendeu a respiração, nunca imaginara que ele fosse fazer aquilo, alias, nunca pensou que ele fosse capaz de fazer aquilo. Os braços suspensos no ar, acabaram por pousar de forma delicada sobre os ombros do cavaleiro.
-Há coisas que não podemos mudar, Aiolia; a amazona falou, deixando que pelo menos uma vez se deixa se levar pelo que sentia. Numa inocente caricia, ela permitiu que seus dedos afagassem os cabelos quase encaracolados do cavaleiro, fazendo-o erguer os olhos com um brilho esperançoso.
-Mas podemos fazer diferente uma segunda vez; ele completou, erguendo-se do chão, ficando na mesma altura que ela, ainda a segurando-a pela cintura.
-Aiolia, eu preciso...; Ela mal completou a frase quando sentiu os lábios do cavaleiro selarem os seus, a amazona ficou atônita, porem, não conseguiu resistir por muito tempo, acabando por corresponder.
Singelo, porem intenso, quente e esperado. As únicas palavras capazes de definir aquele momento e o sentimento que os envolvia. Com calma eles se separaram, porem antes que a amazona pudesse afastar-se dele, o cavaleiro a abraçou. Deixando que seu queixo ficasse apoiado no ombro dela.
-Sei que te falei coisas das quais não merecem perdão; ele começou, falando-lhe ao pé do ouvido. – Compreendo como se sente, no seu lugar faria o mesmo, se não pior, mas só te peço uma coisa, por tudo aquilo que já vivemos até agora; ele continuou. –Me da uma chance de conquista-la, por favor, vamos começar do zero, ai você julga se pode voltar a confiar em mim e se eu sou pelo menos digno de ter sua amizade; ele falou com confiança, era sua ultima alternativa, não poderia desperdiça-la. Como dizia Kamus, tinha de arriscar-se um pouco.
-Aiolia... Eu; a amazona começou, a quem queria enganar, não era simplesmente pedir aos deuses que apagassem seus sentimentos por ele e pronto, ela mais do que ninguém queria isso. –Esta bem; ela disse por fim, dando um suspiro derrotado. Agora já conseguia visualizar perfeitamente aquela Marin vestida de anjinho pendurada no seu ombro tomando uma surra de uma outra Marin vestida de diabinha que lhe dizia pra correr esse risco, e que já sorria satisfeita por conseguir o que queria.
-Obrigado, prometo que não vai se arrepender; o leonino falou, estreitando mais o abraço, com um doce sorriso nos lábios. Sentir o calor que aquele corpo emanava fazia com que se sentisse flutuar, porem tudo que é bom, dura pouco.
-Aiolia, preciso ir; a amazona falou tentando se soltar.
-Para onde? – ele perguntou preocupado, afastando-se um pouco para encara-la.
-Minha casa... As malas; ela respondeu apontando para o chão.
-Ah! Sim, deixa que eu te ajudo; ele falou prontamente, soltando-a e indo na direção das mesmas.
-Não precisa; ela tentou detê-lo.
-Eu insisto; ele respondeu, pegando as mesmas e voltando para a casa da jovem.
-"Não sei se essa é a atitude acerta a tomar, mas não consigo me ver agindo de outra forma, por mais que quisesse isso"; a amazona pensou com ar desanimado, caminhando até alcançar o cavaleiro.
II – Interminável Espera.
Yuuri mal dormira a noite, mas acordara incrivelmente bem disposta nessa manhã. A amazona foi cedo para o Coliseu, encontrando as outras amazonas.
-Boa Dia; ela respondeu com um sorriso alegre.
-Ih! Viu passarinho verde, é? – a amazona de Cobra deu uma alfinetadinha.
-Não apenas estou de bom humor; ela respondeu.
-Não sei não; Shina falou desconfiada.
-Marin, que bom que esta aqui; a amazona de Sextante falou contente ao ver que a amazona não fora embora.
-...; A amazona apenas deu um meio sorriso. –Bom, vamos treinar então; ela disse.
-Vamos; todas responderam juntas, vendo-a se afastar.
-O que aconteceu? – Yuuri perguntou para Aishi e Shina.
-Aiolia pediu pra ela ficar; Shina respondeu.
-Mas porque ela ta assim? – a amazona perguntou confusa.
-Não é tão fácil esquecer uma magoa, acho que ela só precisa de um tempo; Aishi esclareceu. –Mas não comentem sobre isso, a Marin precisa de tempo e se alguém pode consertar isso é o Aiolia, se mais alguém se meter as coisas podem se agravar ainda mais; a amazona completou em tom de aviso.
As outras apenas assentiram entendendo o recado. Logo elas dirigiram-se para um canto do Coliseu que poderiam começar os treinos.
Não muito longe...
-E então? – Mú perguntou para o leonino que parecia um pouco desanimado.
-O que?
-A Marin não foi embora, então porque essa cara de enterro? – o ariano perguntou.
-Mú, seu sentimentalismo me comove; ele respondeu com uma veinha saltando na testa. –Mas respondendo a sua pergunta, não, ela não foi.
-Isso chega a ser meio obvio, afinal ela esta ali treinando com as garotas; o ariano rebateu apontando para onde as amazonas estavam.
-É; Aiolia respondeu, vendo a amazona lutar contra Aishi.
-Aiolia, eu realmente não entendo a fonte desse seu desanimo; Mú falou confuso.
-Eu simplesmente acho que a Marin nunca vai me perdoar; ele respondeu por fim.
-Anh!
-Mú, falei coisas pra ela das quais se fosse eu a ouvi-las nunca perdoaria a pessoa e ela mesmo só aceitou depois de muito insistir; ele falou com ar melancólico. –Acho que ela nunca vai me perdoar, eu só faço as coisas errado; ele reclamou.
-"Por Zeus, a situação é bem mais grave do que imaginava"; o ariano pensou. –Aiolia, porque não da tempo ao tempo, o mais difícil já passou, ela ficou e você se arrependeu do que fez, não queira apressar as coisas, tenha paciência; ele aconselhou.
-Acho que você tem razão; o leonino falou, tentando ficar um pouco mais animado.
III – Armadilha.
O templo de Peixes parecia bem agitado, isso porque um impaciente aquariano tentava persuadir Afrodite de que a idéia que ele tivera era absurda.
-Isso não vai dar certo; Kamus falou com uma veinha saltando na testa.
-Sinto muito, Kamus; Afrodite falou enquanto arrastava uma escada para o seu jardim. –Mas não posso esperar Aishi resolver isso, alem do mais não posso querer que ela fique perdendo tempo com isso, eu mesmo vou resolver;
-Afrodite, o que custa um pouco mais de paciência? – Kamus perguntou, enquanto seguia o pisciano até o jardim e carregava consigo uma rede, semelhante a redes para pesca.
-Kamus, meu caro amigo, não posso permitir que Aaliah venha morar aqui enquanto um sem vergonha ladrão de rosas permanece solto; ele respondeu.
-Mas Afrodite, isso esta indo longe de mais, o que você acha que vai pegar com uma rede de pesca? –Kamus perguntou curioso.
-Já ouviu falar de como Heféstos pegou a traição de Afrodite e Ares? – ele perguntou, pegando um martelo preso no coldre da calça e começando a pregar no pequeno muro onde o pé de príncipe negros estava.
-Sei, mas se Aishi te ouve falar isso vai ter problemas, sabe como ela fica facilmente irritada quando alguém fala de Ares desse jeito; Kamus alertou.
-Nada pessoal, você sabe que adoro Aishi, mas essa parte da história foi bem instrutiva; o pisciano falou, enquanto amarrava no prego que pregara no muro uma linha fina, quase invisível.
-Ainda acho isso uma besteira; Kamus falou balançando a cabeça cansado.
-Ah! Para de reclamar e me ajuda logo com isso, se não conto para Aishi o que você anda aprontando; o cavaleiro falou com um sorriso maldoso.
-Você me paga; Kamus resmungou impaciente.
-Isso sempre funciona; o cavaleiro falou com um sorriso vitorioso.
IV – Tudo ou Nada.
Milo andava de um lado a outro da sala, estava impaciente e irritadiço. Não se conformava com o rumo que as coisas tomaram. Precisava falar com Aiolia, dizer que aquilo tudo era culpa sua e que se não fosse por seu estúpido orgulho que não admitia perder uma aposta para a amazona de Cobra o amigo já estaria há muito tempo com a amazona.
-Vai abrir um buraco no chão desse jeito; a voz de Kanon soou na sala.
-Ahn! Kanon; Milo assustou ao ver o geminiano ali.
-Primeiro e único; ele respondeu com um sorriso brincalhão.
-Aconteceu alguma coisa? –Milo perguntou preocupado, era praticamente raro ver alguns dos gêmeos passar por seu templo e parar.
-Na verdade vim falar com você; ele respondeu. –Posso me sentar? –ele perguntou apontando o sofá.
-Claro! Fique a vontade; ele respondeu, sentando-se em seguida. –Então, sobre o que quer conversar? – o escorpião perguntou curioso.
-Bem, entre todos os cavaleiros você e Mú são os mais próximos de Aiolia; ele começou. –Acho que agora seria a hora para você conversar com ele;
-Eu já pretendia fazer isso mesmo; o cavaleiro respondeu.
-Não me refiro a contar a ele sobre a aposta e sim conversar com ele como um amigo de verdade; Kanon falou serio, com relação a assuntos como esse o geminiano não brincava. –Acho que ele esta confuso quanto ao que fazer, a Marin pode ter decidido ficar, mas se ela vai realmente perdoa-lo é impossível saber; ele completou.
-Imagino como deve ser difícil pra ele encarar isso; Milo comentou. –Queria poder fazer alguma coisa quanto a isso; ele falou, mas recebeu um olhar de aviso do geminiano. –Não! Não vou fazer nada dessa fez, prometo. Já fiz besteiras de mais; ele completou prontamente.
-A questão é que ele precisa de alguém pra desabafar e no momento você é a pessoa mais indicada; o geminiano falou.
-Entendo! –o escorpião falou.
-Bom agora tenho que ir; Kanon falou se levantando.
-Vai pra onde agora? – Milo perguntou curioso.
-Ao ultimo templo, preciso falar com a Srta Saori; ele respondeu, mas parou ao ver o sorriso malicioso do jovem. –O que foi? – Kanon perguntou com os orbes estreitos.
-Nada não; Milo respondeu prontamente. –Mande lembranças minhas a Srta e ao Grande Mestre; ele falou casualmente.
Kanon apenas balançou a cabeça impacientemente, não seria uma má idéia pedir a Athena que mandasse o Escorpião passar mais uma temporada em Creta; ele concluiu com um meio sorriso nos lábios. Não seria uma má idéia, mas tinha mais coisas com que dispensar seu tempo.
V – Preparativos para o jantar.
O quarto templo parecia bem agitado, isso porque seu guardião resolvera deixa-lo devidamente apresentável para aquela noite. Não havia uma grama de pó em cima de qualquer móvel que fosse. A sala principal do templo estava devidamente organizada, quem visse não imaginaria que aquela era a casa de Mascara da Morte de Câncer, ou melhor, que um dia estivera repleta de cabeças de pessoas.
No centro da sala um belo jogo de sofás de três lugares jaziam postos em forma de L, pelo local. Alguns quadros e vasos com belos desenhos. Cortinas em tom de vermelho adornavam o local, deixando o ambiente extremamente convidativo.
No terraço do templo de Câncer, o cavaleiro colocara uma pequena mesa para dois lugares, se desse sorte a noite teria o céu limpo, livre de qualquer sinal de chuva. Pedia aos deuses para que tudo desse certo.
Mascara da Morte caminhou impaciente pela cozinha, o que fazer para o jantar? Ele se perguntou, não era nem hora do almoço ainda e ele não conseguia simplesmente parar de se preocupar. Queria que tudo saísse no mínimo perfeito.
Impaciente ele caminhou até a cozinha, abrindo com brusquidão a geladeira com o intuito de achar alguma coisa que lhe inspirasse. O cavaleiro parecia assistir televisão, com a cara emburrada ele fechou a porta novamente.
-"Que inferno, como posso cozinhar desse jeito"; ele pensou irritado. –"É, não tem outro jeito, o negocio é sair pra comprar as coisas e preparar algo decente, em vez de perder tempo aqui"; ele pensou saindo do templo, com o intuito de ir a feira.
VI – Revelando Segredos.
O treino acabara e as amazonas cada uma seguia para suas casas. Aishi fora para o ultimo templo e Yuuri para o observatório. Apenas Marin e Shina caminhavam juntas para o vilarejo das amazonas.
-Marin; Shina começou cautelosa.
-O que foi Shina? – Marin perguntou sem muita emoção.
-"Não acredito, tudo isso por culpa minha, que droga, como posso ser tão estúpida"; a amazona pensou se recriminando. –Preciso te dizer uma coisa; ela começou cautelosa.
-E o que é? – a amazona perguntou demonstrando um pouco de curiosidade.
Mal perceberam quando chegaram ao vilarejo, haviam parado na frente da casa de Marin.
-Se importa de conversarmos lá dento? – Shina perguntou apontando para a casa.
A amazona deu de ombros, enquanto ia abrir a porta para que ambas entrassem. Shina parecia mais nervosa do que o comum, Marin pensou, vendo a amazona estralar os dedos nervosamente.
-Shina tem certeza de que você esta bem? – Marin perguntou preocupada.
-...; A amazona apenas assentiu, respirando fundo. Precisava contar logo aquilo que a estava matando, não podia esconder mais. Aquilo não ajudaria, mas pelo menos aliviaria. –A culpa é minha; ela falou por fim.
-Do que você esta falando? – Marin perguntou, puxando uma cadeira próxima a mesa para sentar-se, vendo a amazona fazer o mesmo.
-O que esta acontecendo entre você e Aiolia; a amazona respondeu.
-Shina, não vejo no que você pode ter culpa. O que aconteceu entre Aiolia e eu digamos que foi uma... Fatalidade; ela completou depois de uma pausa calculada. –Não foi você a falar aquilo, então porque diz ter culpa?
-Marin, duvido muito que você vá me perdoar por isso, mas eu preciso te falar; ela começou. –Ahn! A mais ou menos cinco dias atrás eu e Milo fizemos uma aposta; ela falou.
-E em que consiste essa aposta? – Marin perguntou.
-Bem, eu apostei com o Milo que o Aiolia não era capaz de tomar uma atitude, por isso se alguém fosse se declarar, seria você; ela falou com um sorriso nervoso, vendo a amazona cerrar os punhos por sobre a mesa.
-E?
-E ele apostou o inverso; ela respondeu. –Só que bem... Acho que você percebeu algumas coisas estranhas esses dias não foi?
-Uhn! – Marin murmurou, lembrando-se das duas vezes que estivera com Aiolia e que ou era Shina ou Milo que apareciam justamente quando um dos dois tinham algo importante para falar. A amazona estreitou os orbes de maneira perigosa, fazendo Shina engolir em seco. –Continue...; Ela falou fria.
-Bem, na primeira vez juro que originalmente não foi minha intenção interrompe-los, mas isso facilitou um pouco as coisas, depois o problema começou, não sei o que o Milo fez ao interromper vocês, que você ficou daquele jeito; ela completou, recordando-se do que a amazona falara sobre desistir do leonino.
-Deixe-me ver se entendi; Marin começou. –Você e Milo apostaram sobre Aiolia e Eu? – Marin perguntou mais para si do que para ela.
-Isso; Shina respondeu mesmo assim.
-Shina, em outros dias você não sabe o quanto eu teria ficado feliz ao saber disso, mas agora acho que não adianta mais; ela respondeu com um suspiro desanimado.
-P-pporque? – Shina perguntou preocupada.
-Depois do que aconteceu, não sei nem mais o que to fazendo aqui; a amazona falou.
-Porque não admite que o ama e que quer tanto quanto ele uma segunda chance; uma voz misteriosa soou atrás da amazona.
Shina deu um grito, assustada. Caindo da cadeira ao ver aparecer de repente em cima da pia o irmão de Aishi. Marin levantou-se assustada, olhando para trás e qual não foi à surpresa da amazona ao reconhecer o belo jovem de orbes dourados.
-F-freyr; ela falou num murmurou.
-Srta Marin; ele falou com calma, aproximando-se da amazona e pegando-lhe uma das mãos, e como da primeira vez a surpreendendo a depositar ali um cálido beijo. –Peço que me perdoe por não ter dito a verdade desde o começo; ele se desculpou, voltando a fitar a amazona.
-O que mais estão escondendo de mim? – Marin perguntou de maneira nervosa, voltando a sentar-se.
-Na verdade não me chamo Freyr e sim Eros; ele respondeu, ajudando a amazona de Cobra a levantar-se do chão, ainda abalada pelo susto.
Eros caminhou com calma até sentar-se na terceira cadeira em volta da mesa, ao lado de Marin.
-O Deus do Amor; a amazona de Águia murmurou, recebendo um leve assentir do jovem. –De tudo aquilo que me falou o que mais não era a verdade? – ela perguntou, voltando-se para o jovem.
-Nada; ele respondeu com calma, já imaginava que ela fosse perguntar aquilo e isso não o abalou. –Tudo que lhe disse era a verdade, até mesmo o exemplo que citei; ele falou vendo-a adquirir um ar pensativo. –A jovem a que me referia era Psique creio que você deve conhecer a história, não é? –ele perguntou.
-Afrodite queria a morte da jovem que ousara achar-se mais bela do que ela, porem Psique nunca havia afirmado tal coisa, e sim as pessoas que viviam ao seu redor blasfemavam, dizendo que sua beleza era igual ou maior do que a Deusa do Amor, isso se não fosse a própria disfarçada de mortal; Marin começou como se lembra-se com cada detalhe a lenda. –Afrodite querendo uma retaliação, mandou Eros a terra para que com suas flechas punisse a jovem, porem quando foi atirar ficou confuso quanto ao verdadeiro propósito da mãe ao desejar aquilo, ao atirar a flecha à mesma voltou-se contra ele; a amazona falou, recebendo do jovem um aceno para que continuasse. –Eros foi ferido de amor e apaixonou-se por ela, sendo até mesmo capaz de pedir a Apolo que forjasse a previsão do oráculo de Delfos para que quando o pai de Pisque lhes procurasse dissesse a ele que a maldição sobre a jovem só cessaria quando a mesma fosse desposada por uma serpente gigante. Sem pestanejar a jovem aceitou tal destino, somente assim suas outras irmãs poderiam continuar suas vidas; Marin fez uma pausa, mas foi Eros que continuou.
-Durante muito tempo eles viveram o que qualquer casal mortal vivia, de problemas conjugais a desconfianças; Eros acrescentou.
-Mas não desistiram, Eros enfrentou até mesmo a ira de Afrodite para ficar com ela, descendo até o tártaro para busca-la e pedindo a Zeus que a tornasse imortal; a amazona concluiu.
-Bem, vamos cortar aquele lance de felizes para sempre que a vida real nunca é assim; ele falou torcendo o nariz. –Marin, não vim aqui para falar de mim e sim de você; ele falou com serenidade.
-Eu? – a amazona murmurou confusa.
-É normal que você fique confusa, afinal, você é mortal. Tem o direito de cometer erros, corrigi-los e principalmente sentir-se perdida quando não sabe se o caminho que escolher é o que seu coração deseja ou o que é mais conveniente; ele começou. –Sabe porque você aceitou dar mais uma chance a Aiolia? – ele perguntou, vendo a amazona assentir, esperando ansiosa a reposta. –Você o ama e não pode negar isso, tente entender que a reação de Aiolia por mais estranha que tenha sido foi à única forma de extravasar o medo que ele tinha;
-Medo? – a amazona perguntou meio descrente.
-Marin, ninguém que se apaixona pode evitar de passar por isso; o jovem explicou. –O amor é um sentimento complexo, imprevisível e inevitável; ele falou.
-Como assim?
-Complexo, porque ninguém é capaz de defini-lo sem alguma vez o sentir, não é algo que se cria, se molda ou se transforma e sim que nasce e se desenvolve com o tempo e a paciência. Imprevisível porque não se manda no coração, você simplesmente não pode falar pro seu coração 'pare de ama-lo porque é uma ordem'; ele falou. –Inevitável, exatamente por isso, não da para impedir, quando você vê, já foi flechado; ele brincou, fazendo um doce sorriso brotar dos lábios da amazona.
-Realmente, inevitável; ela falou.
-Você não era a única a ter medo de como ele reagiria se não fosse correspondida, Aiolia passava pela mesma coisa, afinal, foram longos anos de amizade para que tudo fosse perdido com uma concepção errada; Eros falou. –Aiolia apenas ficou com medo de que tivesse perdido a única chance de contar o que sentia por você, é normal sentir ciúmes, alias, até os deuses passam por isso às vezes; ele comentou com um sorriso nervoso. –Me diga o que Aiolia te pediu? –embora já soubesse, ele ainda queria ouvir da própria amazona.
-Me pediu perdão e se nós poderíamos começar do zero; ela respondeu.
-E você aceitou não foi? – Eros perguntou, vendo-a assentir. –Então porque não faz isso? Começar do zero significar esquecer as magoas passadas, não é fácil, mas desde quanto o amor é fácil. De uma chance a você, a ele e a vocês dois; Eros aconselhou. –O que vocês sentem um pelo outro é forte de mais para deixar que se perca assim;
-Entendo; ela murmurou como resposta.
-Bom agora tenho que ir, antes que papai aparece por aqui de novo; ele comentou com um sorriso sem graça. –Srta Shina; ele falou, voltando-se para a amazona que estava literalmente de boca aberta. –Espero que tenha aprendido a lição, porque eu aprendi a minha, mas só para não esquecer disso, lembre-se que você perdeu uma aposta para minha irmã e ela não vai te deixar esquecer do que é a paga; ele falou com um sorriso maroto, vendo a jovem involuntariamente ruborizar.
-Mais uma aposta? – Marin perguntou, voltando-se para a amazona que sorria sem graça.
-Até algum dia; Eros falou despedindo-se das duas com uma cordial reverencia antes de desaparecer.
-Ahn! Marin acho que eu preciso ir; Shina falou apontando para a porta de maneira nervosa.
-Não se preocupe Shina não vou fazer nada; a amazona falou rindo de maneira aliviada.
-Não?
-Não, só preciso descansar um pouco; a amazona completou.
-Marin, mais uma vez peço que me desculpe; Shina falou.
-Tudo bem, afinal a intenção era boa; ela respondeu.
Logo as amazonas se despedem, Marin ainda pensava em todas as coisas que Eros lhe havia dito, não pode reprimir um sorriso ao pensar nisso.
-"Agora já sei o que o Deus do Amor faria na terra se passando por um aprendiz"; ela concluiu.
VII – Tenshis
Pareciam anjos, os três jovens estavam em pé sobre os pilares do Templo de Posseidon no Cabo Sunion observando o mar quebrar-se nas rochas, quem visse diria que eram anjos. Uma jovem de longos cabelos dourados ao lado de um rapaz muito parecido porem de cabelos curtos e não muito distante um outro jovem de cabelos negros que caiam lhe até os ombros de orbes dourados.
-Agora as coisas estão caminhando da maneira certa; o jovem Deus do Amor Incorrespondido falou de maneira serena.
-Assim faz-se o equilíbrio; a Deusa do Amor movido pela Razão completou de maneira enigmática.
-Fala sério, admitam que pelo menos uma vez eu fiz uma coisa certa; o impulsivo Deus do Amor movido pela Emoção falou com um sorriso vitorioso.
-Agradeça aos céus por ter dado certo se não...; Aishi falou de maneira perigosa.
-Nem assim vocês me dão folga; Eros reclamou, fazendo-se de ofendido.
-Maninho admita que dessa vez as Deusas do Destino tiveram piedade de ti; Anteros brincou, sem conseguir evitar o riso. Até mesmo Aishi divertia-se com a cara indignada do irmão.
-As Deusas do Destino sempre estão ao lado daqueles que almejam mudar o seus caminhos; a jovem falou de maneira enigmática. –Até mais meus irmãos; ela falou, sem esperar resposta desapareceu em seguida.
Continua...
Bem pessoal o capitulo chega ao fim, não disse pra v6 que guardei o melhor pra esse capitulo, hein? enfim, o Leo não é o tipo de leonino que eu curto, sabe, sedutor, possessivo e nem um pouco inocente e 100 por cento descarado, mas convenhamos que é meio complicado fazer o Leo desse jeito, ainda mais que eu to tentando manter o padrão da personalidade dos cavaleiros o mais semelhante possível com o original. Mas um dia eu ainda escrevo uma fic dele com essas características, mas não se preocupem, ele ainda vai demonstrar numa parcela pequena tudo isso que falei acima.
Bom, a Saory-san perguntou da Shina e do Shura, preparem-se pro próximo capitulo. (sorrisinho safado)mais isso é surpresa o/
Um obrigado especial a Margarida e Saory-san pelo comentário do capitulo passado e pela torcida pro MdM, afinal, ele merece.
kisus
ja ne...
Nos bastidores de "Tempesdade de Verão"...
Milo (invadindo o quarto da Dama 9): Isso não é justo, o que você tem contra mim?
Dama 9 (sorrisinho cínico): Eu nada, apenas uma legião de amigas que torcem pra você quebrar a cara. Quem manda ser um pervertido.
Milo (indignado): O QUE?
Dama 9 (impaciente): Isso que ouviu, mas fala logo o que você quer aqui, tenho ainda que revisar alguns capítulos que tenho que postar ainda hj.
Milo (ofendido): Já sei, você me odeia e quando ninguém ta olhando fica mimando aqueles dois desocupados e só me ignorada.
Kamus e Saga (entrando no quarto arregaçando as mangas)
Saga: Espero que não esteja se referindo a nós, Escorpião.
Kamus (veinha saltando na testa): Isso mesmo, a Dama 9 ainda foi boazinha de mais com você da ultima vez, porque convenhamos, depois do que você me aprontou na Toca do Baco, até Aishi esta querendo te mandar pra ilha da rainha da morte.
Milo (suando frio):Você sabe que aquilo foi só brincadeira.
Dama 9 (sorriso de orelha a orelha): É por isso que eu amo vocês dois.
Milo (indignado): Viu, eu estava certo.
Saga (sorrisinho maligno): Milo, você não esta numa situação muito boa pra ficar irritando a Dama 9, ainda mais depois do que ela tem em mente.
Milo: Você me assusta.
Dama 9: Meninos fiquem calmos, sei que o Milo anda pisando na bola, mas compreendam que ele anda tendo pouco incentivo dos fans de Saint Seya.
Milo (sorrindo aliviado): Isso, isso mesmo, não levem a sério as pisadas na bola que eu dou.
Kamus (olhar ameaçador): Nada justifica.
Dama 9: Kamus querido sabe que adoro suas visitas, mas você ainda não tem que terminar uma coisa lá na sua casa?
Kamus (pensativo): Tenho, mas não posso te deixar sozinha aqui com esse pervertido.
Saga (falando casualmente): Pode ir, se ele tentar algo eu solto aqueles dois cachorros que estão ali na porta em cima dele.
Milo: Você não teria coragem?
Saga (sorrindo maldosamente): Pergunte outra vez.
Mil (sussurrando pra Dama 9): As vezes eu me pergunto, qual das duas personalidades é a dominante;
Saga (estreitando os orbes): O que você disse?
Milo (engolindo em seco):Nada.
Dama 9: Meninos, vocês não me disseram porque vieram me visitar (sorriso maroto), não é Saga?
Milo: Puff! Não disse.
Saga (corando): Melhor falarmos disso depois, mas e você Milo, ta fazendo o que aqui?
Milo (engasgando): Eu... Bem;
Dama 9: Não esquenta Saga, já sei o que ele quer.
Milo (assustado): Sabe?
Dama 9: Sei, você quer saber como vai ser a continuação da saga após Ariel, não é?
Milo (aliviado): Isso.
Dama 9: Bem assim aproveito e falo pra todo mundo, mais duas fics estão planejadas para serem postadas após Ariel, mas acontece o seguinte, como algumas coisas meio reveladoras vão rolar no final de Tempestade de Verão e Ilyria eu resolvi dar um tempo em Ariel, quando o ultimo capitulo de Ilyria for ao ar, eu vou começar a postar de novo Ariel, isso é pra não confundi-los com a ordem das coisas, e ao contrario do que o Milo ta pensando, as Deusas do Detino, minhas mentoras da inspiração me deram uma idéia bem interessante para uma fic dele, mas isso é surpresa. Enfim, era isso que eu tinha pra falar.
Milo (fazendo cara de menino carente): Você não vai mesmo me contar o que preparou pra mim?
Saga: Você não ouviu o que queria, agora vaza;
Milo (sorriso safado): Porque toda essa pressa Saga?
Saga (preparando-se pra usar o Explosão Galatica)
Dama 9 (chutando o Milo pra fora do quarto): Porque vai ser ele que vai me ajudar com o reteiro.
Milo (gritando enquanto foge dos cachorros): O QUE?
Saga (sussurrando): Você acha que ele acreditou?
Dama 9 (dando de ombros): Por mim, quando ele descobrir qual vai ser a paga da aposta pra Shina, (sorriso safado) ele vai ver que o que tenho preparado pra ele vai ser férias no paraíso.
Isso ainda continua...
