Domo pessoal

Ah, o amor esta no ar, pessoas com hiperglicemia alta retirem-se da sala por favor, pois esse capitulo é bem açucarado e não me responsabiliza por alguém ter um treco por causa de diabete. Sinceramente espero que gostem do capitulo. Dedico a ele a todos as pessoas apaixonadas: Apaixonadas pela vida, por alguém em especial ou até mesmo pelo simples fato de acordar cedo e ver o nascer do sol da janela do quarto.

Boa Leitura! (que hj estou de muito bom humor).


Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e gênio criativo M. Kuramada.


Capitulo dedicado à Saory-san e Margarida.


Legenda:

-"ajs jhssss"; (pensamentos)

-'sjsjsjsmsm'; (diálogos de segunda pessoa)

-dkjks jsjs; (diálogos normais)

--Lembranças-- (em itálico)

--Flash Backs-- (normal)


Capitulo 14: Uma noite especial.

I – Jantar a Dois.

Yuuri subia com certa pressa as escadarias do santuário, era visível sua crescente ansiedade, ainda mais ao calcular as possibilidades do que um jantar com o italiano iria render. Não que tivesse segundas intenções quanto a essa noite, apenas... Não conseguia pensar em outra coisa.

Sua pressa era tamanha que quase tropeçou num dos degraus de Gêmeos. As sandálias de salto alto lhe davam um ar mais feminino, em contraste perfeito com o vestido que caia-lhe até o pé, com a barra canelada, uma típica vestimenta grega, porem os belos bordados de linha vermelha davam um 'Q' a mais a jovem.

Os orbes delineados por uma fina linha preta, destacavam o verde intenso, uma suave coloração rosa nos lábios completavam o visual, daquela que passaria praticamente sem ser reconhecida pelo santuário como sendo a amazona de Sextante.

-"Droga, preciso me acalmar"; ela pensou se recriminando mentalmente, enquanto suas mãos simplesmente não paravam de tremer. Finalmente chegara a Câncer, mas sentiu seu coração disparar e o característico friozinho na barriga que sempre se manifestava quanto o encontrava por acaso.

Encostado em um dos grandes pilares da entrada do templo o cavaleiro de câncer jazia completamente diferente de como ela o via no dia a dia ou até mesmo encontrara em seus sonhos mais secretos.

Um príncipe negro preso entre os dedos, os cabelos jogados de maneira rebelde, ainda com um leve resquício de umidade e o belo Armani (1) azul marinho que caia lhe perfeitamente.

Não demorou para o cavaleiro sentir a presença da jovem, mas também não podia negar que estava impaciente, sentia-se como um adolescente diante da perspectiva do primeiro encontro. Mesmo que tivesse marcado aquele horário temia que ela desistisse e ponderasse sobre os possíveis motivos para não ir.

Caminhou com calma até ela, os orbes azuis brilhavam intensos... Hipnotizantes e incrivelmente sedutores.

-Pra você; ele falou com a voz branda, estendendo-lhe a delicada flor.

-Obrigada; ela falou, levantando sua mão para pegá-la. Ambas as mãos se tocaram causando um arrepio em ambos. Os olhares se cruzaram, fazendo com que não conseguissem recuar. Como por magnetismo a mão livre do cavaleiro pousou sobre a face corada da jovem, num leve carinho, como se estivesse a pedir permissão.

Yuuri ficou estática, não iria recuar e também não mais o queria. Fechou os olhos como a espera de um não sei o que, mas um não sei o que irresistível e muito bom, mas o cavaleiro não pretendia assusta-la.

-Es una bella moglier; ele falou quase num sussurro, deixando que seus dedos percorressem o canto dos lábios da jovem de maneira suave. –Muito bella, me daria a honra? –ele perguntou afastando-se um pouco, vendo-a abrir os olhos, confusa.

-...; Yuuri ficou observando o cavaleiro, não entendia o que acontecera, quando o viu numa pequena reverencia estender-lhe o braço. -...; Ela apenas assentiu, entrelaçando seu braço no dele.

O canceriano a guiava pelos largos corredores do templo, um ar romântico tomava o ambiente, a única luz que iluminava o caminho era fornecida por velas aromáticas que variavam entre as cores azul e vermelho, o canceriano distribuía toda sua sensibilidade, a quem olhasse aquilo e dissesse que aquele não poderia ser o cavaleiro de câncer, mas essa não era nem metade das mudanças ocorridas no jovem ferido de amor, afinal, a noite estava apenas começando. Uma bela mesa estava exposta no terraço apenas os esperando.

II – Acertando as contas.

Algumas horas antes...

Aiolia correu em direção ao vilarejo das amazonas, procurando por Marin que simplesmente parecia ter sumido do mapa. Já estava começando a pensar que ela estava se escondendo dele. Até encontra-la sentada em baixo de uma arvore quase na entrada do bosque. Estava com os olhos fechados e pela postura, parecia meditar.

O cavaleiro achou estranho, nunca a vira daquela forma não que nunca a tivesse a visto meditar antes, apenas não conseguia imaginar que tinha a sua frente uma amazona e sim uma garota normal que parecia dormir, com as costas eretas porem com tranqüilidade.

Ele se aproximou com cautela, não queria atrapalha-la, porem não conseguia controlar o impulso de se aproximar. O cavaleiro parou ao lado de Marin, ajoelhando-se em seguida, para ficar quase na altura dos olhos da amazona. Como se meio hesitante, ele tocou-lhe a face com suavidade, lembrando-se que até dois anos atrás ele veria ali, simplesmente uma mascara fria de prata escondendo toda a graciosidade e inocência que emanavam daquela face quase infantil da amazona que o conquistara desde o começo.

-Aiolia; Marin murmurou, abrindo os orbes verdes e deparando-se com o cavaleiro a fitar-lhe com um olhar terno, fazendo-a enrubescer e tentar se afastar.

-Por favor, Marin... Não; ele pediu, em tom suplicante. –Não se afaste de mim, preciso conversar com você; ele falou.

-...; Marin apenas o fitou, esperando que ele continuasse a falar, não podia negar que se sentia nervosa e um pouco ansiosa, desde o dia que foram interrompidos por Milo e toda aquela confusão acontecera, eles mal conversaram.

-E-eu... Quero saber se o que você sente por mim é o mesmo que sinto por você, independente das regras do santuário, da opinião das outras pessoas e dos nossos longos anos de amizade? –ele perguntou fitando a amazona com intensidade. Não saberia o que ela sentia se não perguntasse.

-Aiolia, eu...; A amazona não sabia o que responder jurara para si mesma não insistir mais no assunto, mas agora depois que conversara com Eros, as coisas pareciam diferentes. Marin fechou os olhos e deu um suspiro cansado, já desistira de ir contra seus sentimentos. –Não posso mentir pra você; ela começou cautelosa.

-Então; ele falou ansioso. Agora era tudo ou nada.

-Sinto algo muito especial por você, eu...; Ela fez uma pausa nervosa. –Eu te amo, Aiolia; ela completou, abaixando a cabeça constrangida.

Uma brisa suave tocava numa leve caricia a face daqueles dois jovens que tentavam depois de muito tempo, dar um rumo novo a suas vidas.

-Eu também te amo; o cavaleiro de Leão, falou quase num sussurro, estendendo a mão para a amazona.

Marin o observava com atenção, não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Sentiu a mão do cavaleiro, fechar-se sobre a sua e comum único impulso, se levantar. Mal teve tempo de responder, o cavaleiro lhe abraçou fortemente, como se temesse que ela fugisse. Não eram mais necessárias palavras para esclarecer que aquele era um novo começo pra eles e ninguém poderia lhes tirar isso.

III – Surpresas do Coração...

-Kamus o que você pretende? –Aishi perguntou, andando com certa dificuldade pelos corredores do templo de Aquário, mas com um pequeno problema, o cavaleiro estava atrás de si, tapando-lhe os olhos com uma das mãos, enquanto a outra jazia em sua cintura, servindo de guia.

-Calma, não vai demorar; ele falou, enquanto a puxava, fazendo-a virar para a esquerda. –Cuidado, aqui tem um degrau; ele falou, fazendo a descer devagar. Depois de três degraus eles chegaram na frente de uma porta, semelhante às portas do templo de Virgem, mas que para quem conhecia o templo sabia que ela não existia ali até pouco tempo atrás.

-Porque paramos, Kamus? –ela perguntou, estranhando a parada repentina.

-Só um minuto e não abra os olhos; ele pediu, soltando-a e afastando-se um pouco.

Aishi ouviu um barulho, como o ranger de uma porta se abrindo. Apesar de estar acostumada com a temperatura baixa do templo de Aquário, sentiu uma lufada de vento frio, chocar-se contra seu rosto. Sentiu as mãos do cavaleiro fecharem-se entre as suas com delicadeza.

-Com calma; ele falou serenamente, a puxando para dentro do cômodo. –Abra os olhos; ele falou parando ao lado dela.

Os orbes dourados ganharam um brilho mais intenso, extasiado com a maravilha que tinha diante de si. Era simplesmente perfeito. Nem em uma eternidade vira algo tão lindo quanto aquilo; a amazona pensou.

-Lembro-me de uma vez que você me disse que gostava de lugares frio e bem... A Grécia não é o lugar mais indicado pra se encontrar neve se não for aqui; ele falou abraçando a amazona pela cintura, ficando a suas costas. Ela não emitia som algum, apenas deixava que seus olhos corressem pelo ambiente.

-Incrível: ela falou por fim.

Era um jardim de inverno. Não muito distante de onde eles estavam uma pequena mesa com cadeiras em volta jazia com um belo vaso de rosas vermelhas. A esquerda um chafariz com luzes de diversas cores. O mais incrível era a neve que começava a cair sobre a cabeça do casal e que cobria com delicadeza o chão daquele belo jardim, misteriosamente rosas vermelhas começavam a brotar da neve uma cortesia do pisciano. A amazona simplesmente não tinha palavras.

-Fico feliz que tenha gostado; o cavaleiro falou quase num sussurro. –Feliz Aniversario;

-Aniv-; ela parou olhando-o com certa confusão, quando abriu um belo sorriso. –Pra você também; ela completou abraçando-o.

Quem iria imaginar que um ano já se fora que eles estavam juntos, se contasse o tempo em que se conheceram estariam completando vinte e cinco.

Olhando para as paginas da minha vida

Tenho lembranças de você e eu

-Não sabia que o Templo de Aquário tinha um jardim de inverno tão lindo como esse; ela comentou, deixando sua cabeça se apoiar no ombro dele, sentindo-o estreitar mais um dos braços em sua cintura, enquanto o outro jazia erguido, com a mão passado pelos fios dourados.

Alguns erros que você sabe que cometi

Arrisquei algumas coisas, cai de tempos em tempos

Você estava lá pra me ajudar a superar

-E não tinha; ele respondeu. –Mas como essa é uma ocasião especial, gostaria de que ela ficasse marcada; ele falou com uma expressão seria, voltando-se para a amazona que se afastou um pouco.

-Faz um ano já; ela comentou, voltando-se com um olhar terno para ele.

-Ahn! Aishi... Eu; Kamus começou, mas abaixou a cabeça corado.

Já estivemos por aqui algumas vezes

Vou deixar tudo bem claro

-O que foi, Kamus? – Aishi perguntou, erguendo-lhe pelo queixo com uma das mãos, delicadamente.

-"Por Zeus, não pensei que fosse tão difícil"; ele pensou, tomando coragem. –Ahn! Bem... Faz um ano que estamos juntos, sem contar o tempo em que nos conhecemos antes; ele começou, recebendo um terno sorriso dela, como se estimulado a continuar. –Bem... Eu queria... Você... Eu; ele acabou se enrolando.

Me pergunte como chegamos tão longe

A resposta está escrita em meus olhos

-O que tem nós? –ela perguntou, com um brilho divertido nos orbes ao ver o cavaleiro tão enrolado para falar como estava agora, Kamus sempre fora objetivo, mas com relação a seus sentimentos era sempre uma novidade.

Toda vez que olho para você, querida, vejo algo novo

Que me deixa mais animado do que antes e me faz te querer

-Eu...; Ele começou suando frio. –"É melhor fazer direito se não, não vai dar certo"; ele pensou.

Não quero dormir essa noite, sonhar é uma perda de tempo

Quando olho o que a vida vem se tornando

Tudo que faço é amar você

Afastou-se um pouco da amazona, tomando-lhe apenas uma das mãos, Aishi o observava visivelmente curiosa. Mas a face curiosa da jovem deu lugar a uma surpresa, ao ver o cavaleiro ainda segurando-lhe uma das mãos e ajoelhar-se ali, na frente dela.

-Kamus; o nome soou quase como um sussurro, quando uma leve brisa passou, esvoaçando ambos os cabelos.

Já vivi, já amei, já perdi, já paguei dividas

Já estive no inferno e voltei

-Eu queria aproveitar esse dia especial e torna-lo mais ainda, só que agora isso vai depender de você; ele começou, fitando-lhe diretamente, embora a altura entre eles fosse bem grande. –Já passamos por tantas coisas juntos, coisas das quais qualquer outra pessoa duvidaria; ele falou dando um meio sorriso. –O que eu quero dizer é que desde que você entrou na minha vida, não consigo me ver vivendo sem você ao meu lado, junto comigo, dividindo comigo todos os nossos momentos. Por isso eu queria saber se você aceita...; Ele parou respirando.

-O que? – Aishi perguntou ansiosa.

E dentre tudo isso você sempre foi minha melhor amiga

Por todas as palavras que eu não disse e todas as coisas que não fiz

Hoje vou encontrar um jeito

-Se você aceita passar o resto da sua vida comigo, eu quero dizer, Aishi você aceita casar comigo? –o aquariano perguntou num fôlego só.

-Casar; Aishi murmurou ainda absorvendo a declaração.

-Sei que pode parecer algo meio precipitado, mas...; Kamus falou meio constrangido, mas parou atônito quando a amazona lançou-se em seus braços, fazendo a ambos caírem na neve.

-É claro que eu aceito; a amazona falou o abraçando.

-Te amo; ele falou estreitando mais o abraço e deitando de costas no chão, com a amazona por cima se acomodando entre seus braços.

-Eu também; ela respondeu.

-Nossa, quase me esqueci; Kamus falou sentando-se no chão, com a amazona sentada em seu colo.

-O que foi? –Aishi perguntou curiosa.

-Isso; ele falou tirando uma pequena caixinha de veludo azul, de dentro do bolso. –Pra você; ele falou entregando a ela.

Aishi observou curiosa o pequeno objeto entre as mãos. Até encontrar o pequeno fecho e abri-la. Um pequeno brilho foi emanado de dentro da caixinha assim que foi aberta.

A amazona olhou encantada para a pequena preciosidade ali dentro, sentiu a mão do cavaleiro sobre a sua, ao erguer seus orbes para ele, encontrou-o com um sorrio encantador.

-Deixa que eu coloque; ele falou tirando o anel da caixinha, com a outra mão pegou os delicados dedos da jovem entre os seus, tendo um fácil acesso ao anular. Kamus colocou com delicadeza a pequena argola dourada com uma solitária pedra verde na ponta, lembrando exatamente o colar que dera a namorada em seu próprio aniversario meses antes. Por um momento ele deixou que a parte interna do anel brilhasse revelando uma inscrição.

-Eternamente Seu; ela sussurrou ao ver o que estava escrito, vendo-o coloca-lo completamente em seu dedo.

-Sempre; ele completou.

-Kamus, é lindo; ela falou olhando para a própria mão com o anel.

-Não, ele não é capaz de comparar-se a você; ele respondeu galante, puxando a jovem para um caloroso beijo.

Mesmo que a neve caísse sobre suas cabeças num país tão quente como era a Grécia ali era o único lugar a ter um jardim de inverno feito para aquele casal viver seus doces momentos.

IV – O Romance esta no Ar.

Na entrada do bosque, um casal permanecia sentado abaixo de uma arvore apenas conversando sobre coisas banais. Pouco se importando se iriam sentir sua falta ou não.

-E então Marin, quanto vamos contar para os outros? – o leonino perguntou abraçando mais forte a amazona.

-Não sei; ela respondeu vagamente. – Podemos fazer uma surpresa; ela falou animada.

-É, gostei da idéia, podemos fazer um almoço no domingo, ou um jantar no sábado e convidamos o pessoal; o cavaleiro falou empolgado.

-Pode ser; ela respondeu. –Mas agora temos que ir, larguei a Shina lá em casa antes de sair; ela falou, lembrando-se do pequeno episodio da amiga caindo da cadeira quando Eros apareceu de repente.

-Isso me lembra uma coisa; o leonino falou com o cenho franzido.

-O que? –ela perguntou curiosa.

-Aquela aposta; ele comentou com desagrado.

-Entendo, mas não podemos culpa-los por quererem ajudar; a amazona falou em defesa dos dois.

-"Detesto quando ela sempre ta certa"; ele pensou exasperado. –Realmente; ele respondeu vagamente.

-Bem, mas agora tenho que ir; ela falou se levantando.

-Ah não, vamos ficar mais um pouco, depois eu te levo; o leonino falou manhoso.

-Você é impossível sabia; ela falou com um doce sorriso deixando o cavaleiro encantando.

-Você me força a isso, Marin eu te amo, não vou deixar você sair da minha vida nunca mais; ele falou abraçando-a possessivamente, mas de maneira carinhosa.

-Mas que gatinho ciumento; ela brincou, dando um selinho no leonino.

-E como não ser, não é todo dia que se começa a namorar uma ruiva de olhos verdes como você; ele falou com um sorriso sedutor, tomando-lhe os lábios de maneira inesperada.

Não muito longe dali...

-Você viu; Eros apontou para o irmão.

-Confesso que dessa vez você deu sorte, mas não abuse. Da próxima vez o estrago pode ser maior; Anteros falou meio rabugento.

-Deixe de ser chato, até você sabe que dessa vez eu fiz certo; ele falou com um sorriso vitorioso.

-Chega disso e vamos logo embora, nosso trabalho aqui já acabou; Anteros falou desaparecendo e arrastando o irmão consigo.

V – Musica e Vinho.

O jantar transcorria com certa calma, passando a tensão inicial. O canceriano e Yuuri conversavam como bons amigos, porem não era essa a intenção. Pelo menos não do cavaleiro e estava na hora de virar essa balança.

-Aceita mais uma? – o cavaleiro perguntou apontando para a taça vazia da jovem.

-Ah não, obrigada; ela falou acenando já sentia a face queimar devido a bebida começar a subir.

-Vamos só mais uma, garanto que não vai se arrepender, esse vinho é o melhor de sua safra, seria um desperdiço toma-lo sozinho, sendo que tenho una bella companhia; ele completou com um olhar sedutor.

-Uh!- ela pareceu ponderar, mas como resistir aquilo. –Um pouco não vai fazer mal; ela completou com um sorriso.

Meia taça cheia, a face de ambos já adquiria um leve rubor e a temperatura começava a aumentar, como por mágica uma bela melodia começou a soar no Templo de Câncer, atingindo o terraço. Como estimulado pela suave melodia o cavaleiro levantou-se. Caminhou com calma até parar ao lado da jovem, estendendo-lhe a mão.

La notte scivola sul mondo, che si addormenterà

A noite deslizará sobre o mundo, que se adormecerá

E la luna vestirà d'argento, il mare e le città

E a lua vestirá de prata, o mar e as cidades

-Me daria a honra? –ele perguntou com um brilho intenso nos orbes.

-...; Yuuri deixou a taça com uma gota solitária no fundo do cristal. Dispensando total atenção ao misterioso cavaleiro a sua frente.

E tu mi mancherai più ancora

E você me fará falta mais ainda

Quanto non lo sai

Não saber o quanto

Afastando-se um pouco da mesa, inesperadamente ele a enlaçou pela cintura, fazendo com que a amazona ficasse um pouco tensa, porem um suspiro relaxado saiu de seus lábios, ao sentir-se acolhida pelos braços do cavaleiro e a quente respiração chocar-se com a pele descoberta do pescoço, deixando-a completamente entregue.

Continuerò a credere che siamo un'anima, io e te

Continuarei a crer que somos uma alma, eu e você

E ti amerò comunque lo so, anche se non sei con me

E te amarei de qualquer maneira o sei, ainda se não estás comigo

Io ti amerò

Eu te amarei

-Guilherme; ela falou num sussurro, enquanto ambos começam num movimento ritmado pelo som da musica.

-...; O cavaleiro parou por um momento, balançando a cabeça para os lados, começando a acompanhar a melodia.

-Guilherme; a amazona chamou de novo.

-...; Agora sim ele ouvira o nome chamado pela amazona, depois de tanto tempo usando outro completamente o oposto a suas origens, esse lhe soava como se fosse o de outra pessoa, porem agora soava como uma bela melodia pronunciada pela jovem que arrebatara-lhe o coração. –Sim; ele respondeu num sussurro.

Ti porterò con me nel sole nei sogni che faro

Te levarei comigo no sol, nos sonhos que terei

Ruberò i colori del mattino, e un cielo limpido

Roubarei as cores da manhã e um céu límpido

Su cui dipingerò il tuo viso e sorriderò

Sobre o qual pintarei o seu rosto e sorrirei

-Você me surpreendeu; ela começou com certa timidez, chamando a completa atenção do cavaleiro, que inebriado pela essência de rosas emanadas pelas madeixas prateadas da amazona, estava completamente perdido em pensamentos.

-Como assim? – ele perguntou, com certa curiosidade.

Continuerò a credere che siamo un'anima, io e te

Continuarei a crer que somos uma alma, eu e você

E ti amerò comunque, lo so anche se non sei con me

E te amarei de qualquer maneira o sei, ainda se não estás comigo

-Quanto cheguei ao santuário, sempre tive curiosidade de conhecer os lendários cavaleiros de ouro; ela começou como se lembrasse de fatos antigos. –Lembro-me quando te vi pela primeira vez, confesso que na época te achei muito arrogante, diria que ate cruel; ela falou sentindo o cavaleiro ficar tenso. –Mas hoje vejo que estava errada, você é diferente; ela completou.

-Diferente? – ele repetiu como uma pergunta ecoando em sua mente.

Mi manchi più che mai stasera, quanto non lo sai

Me faz falta mais que nunca esta noite, quanto não o sabes

-Durante um tempo a única imagem que eu tinha do cavaleiro de Câncer era como alguém cruel e sem piedade; ela falou. –Mas hoje não é isso que eu vejo; ela falou, parando e voltando-se para o cavaleiro com um brilho intenso nos orbes verdes.

-E o que você vê? – ele perguntou fitando-a com a mesma intensidade.

-Vejo um homem misterioso, que demonstra seus sentimentos através de pequenas coisas, mas que fazem uma grande diferença. Vejo um honrado cavaleiro que se importa com os amigos, mesmo que alguns sejam meio levianos às vezes; ela falou, deixando que sua mão fizesse um leve carinho na face do cavaleiro, vendo-o colocar a mão sobre a sua e fechar os olhos. –Vejo o homem por quem me apaixonei; ela completou, vendo o cavaleiro abrir os olhos.

Continuerò a credere che siamo un'anima, io e te

Continuarei a crer que somos uma alma, eu e você

E ti amerò comunque lo so, anche se non sei com me

E te amarei de qualquer maneira o sei ,ainda se não estás comigo

-Yuuri; o nome saiu com um sussurro, enquanto o cavaleiro aproximava-se da jovem.

Os lábios a milímetros de distancia, o doce cheiro de rosas misturando-se com o cheiro do vinho empreguinado nos lábios de ambos, que uniram-se num cálido beijo, uma leve pressão na cintura da jovem, fê-la aproximar-se mais do cavaleiro, tomando a liberdade para enlaçar o pescoço dele com os braços.

As mãos da amazona prenderam-se nas madeixas azuladas aproximando-os mais ainda, fazendo com que os corpos ficassem completamente colados, enquanto o beijo tornava-se mais urgente e profundo.

A temperatura em volta de ambos parecia aumentar gradativamente. Um leve sorrir entre lábios, fê-los recobrar o fôlego, recomeçando tão agradável atividade, porem separaram-se ao sentirem alguns flocos de neve cair sobre suas cabeças.

-Neve; Yuuri falou olhando para um floquinho sobre o nariz do cavaleiro. Com a ponta dos dedos retirou-o da li, mas antes de retirar o cavaleiro segurou-lhe.

-Io ti amo; ele falou aproximando-se da jovem, roubando-lhe um beijo.

Io ti amerò

Eu te amarei

-Eu também; ela respondeu sussurrando-lhe ao pé do ouvido, recebendo um abraço apertado do cavaleiro.

Continua...

Bem pessoal gostaram do capitulo? Heinnnnn, sinceramente acho queesse foi um dos que mais gostei de escrever, isso é claro alem do encontro da Shina com o Shura, mas logo vocês vão poder avaliar pessoalmente.

Enfim, vou deixar que vocês me digam o que gostaram nesse capitulo, porque eu sou suspeita pra comentar, mas cá pra nós, estou perdidamente apaixonada pelo Kamus. Ele é lindo, não acham?

Bem, antes de ir, quero deixar um obrigada especial a todos que acompanham essa fic e principalmente quem comentou no capitulo passado: Margarida e Saory-san.

Até mais

kisus

ja ne...


Nota:

Trilha sonora parte III – Surpresas do Coração.

Musica: All About Loving You – Bom Jovi.

Trilha Sonora parte V – Musica e Vinho.

Musica: Io Ti Amerò – Il Divo.