Lois Lane, ou melhor, Lois Kent sentia seu corpo leve, calmo, enrolada nos lençóis brancos, rolou na cama e abraçou o travesseiro, aquele sonho tinha sido tão bom que tinha deixado o cheiro dele em volta dela, ainda sentia a nudez do momento, lentamente abria os olhos, encontrando o quarto que se tornava a cada despertar mais familiar. Procurou o homem que a tinha deixado mais calma e feliz em todos os lugares, até que o encontrou sentado em uma poltrona, usando uma camiseta branca que ficava sedutoramente colada no peito e calça de moletom, olhava de forma amorosa e cheia de admiração para ela, como recompensa recebeu um sorriso calmo dela.
- Bom dia. – carinhoso, indo até a cama.
- Bom dia. – carinhosa, observando ele.
- Você está muito bonita, como conseguiu aquilo? – Fala ele acariciando o rosto dela enquanto a olhava.
- Consegui o que? – Sorrindo amplamente, sem entender.
- Me amar como se fosse a primeira vez? – Se aproxima deposita um pequeno beijo nos lábios dela. Depois se afasta dizendo. – Bem vou descer para fazer o almoço das crianças, você dorme mais um pouco se quiser.
- Fazer o almoço?
- Deixei você dormir, as levei na escola, deixei você aproveitar a cama. Aproveite mais um pouco. – Beija a testa de Lois e depois deposita um pequeno selo nos lábios dela e quando ele ia saindo é parado.
- Clark? - Lois fala calmamente olhando para a porta com um largo sorriso.
- Sim?
- Eu te amo. - Ela nem sabe de onde veio aquilo, veio de algum lugar.
- Eu também te amo. - Ele responde de forma natural como se aquilo acontecesse todos os dias.
Depois que ele dá as costas e sai, Lois sorri e fecha os olhos, se entregando ao sono novamente.
- Senhorita...Senhorita. – A voz educada encheu seu ouvido.
A moça abre os olhos lentamente, ela ainda meio perdida. Onde estava o quarto? Onde estava tudo?
- Desculpa...Humm – Meio perdida.
- Senhorita, precisa acordar, reclinar a sua poltrona e afivelar o cinto, nós já iremos pousar.
- Ah tah! – Lois concorda.
Ela se senta, ajeita a poltrona e o terninho, coloca a poltrona em 90° e afivela o cinto, pela janela via Paris através da janela do avião, o Natal tinha arrastado ela até o lado do seu pai, o sonho ainda a atormentava, mas tudo não passava de um sonho, tudo era apenas um sonho.
Sabia que aquele Clark não existia na verdade, aquela família muito menos, era apenas um sonho, um desejo do seu inconsciente, aquela família perfeita não existia além dos seus sonhos, aquele pensamento fez com que sentisse uma pequena dor no peito.
Mas no fundo ela queria acreditar que aquele poderia ser o seu futuro, mas seu gênio difícil e personalidade forte afastavam aquilo tudo, assim como o desejo de ligar para ele, nem que seja só para desejar um "Feliz Natal", ela ignorou tudo aquilo, precisava se manter sã, pois não conseguiria olhar para ele tendo em mente seu sonho, assim usou aqueles dias em Paris se irritando com o seu pai para poder esquecer tudo, aquele sonho.
FIM