"Antes da exploração do espaço, da lua e dos planetas, o homem acreditava que o céu era o lar e morada de deuses poderosos que controlavam o vasto firmamento e também o destino terreno do homem. E que o panteão de deidades guerreiras e poderosas era a causa e o motivo da condição humana no passado, no futuro e para os quais grandes monumentos seriam criandos na terra e no céu. Mas com o tempo o homem substituiu esses deuses por deuses e religiões novas que não forneciam respostas melhores ou mais corretas dos que aquelas veneradas por seus ancestrais gregos, romanos ou egípcios. E agora enquanto escolhemos nossos deuses monolíticos e benevolentes e encontramos nossa certeza na ciência, todos crentes esperamos um sinal, uma revelação. Os nossos olhos se voltam para o céu prontos para aceitar o verdadeiramente inacreditável: encontrar nosso destino escrito nas estrelas. Mas como é melhor olharmos isso? Com novos olhos ou antigos?"¹ O olhar de todos era apavorado e descrente, o grito de horror da mãe ainda ecoava na tarde quente do centro de Metropolis, os que fecharam os olhos ou viraram o rosto com medo de ver a tragédia se assustaram ao ver aquele homem de capa vermelha e ar altivo, mesmo os que estavam de olhos abertos ainda estavam pasmos, pois ele surgiu ali em um piscar de olhos, parando um enorme caminhão, usando apenas as mãos, todos estavam entre surpresa, horror, choque e gratidão. Lois Lane, a repórter do Planeta Diário ainda olhava com a boca levemente aberta e cheia de descrença, mas criou coragem e aproximou-se com o gravador já na mão e perguntou: - Quem é você? Como você se chama? Ele apenas sorriu, olhou para todos e depois decolou. Isso mesmo, ele decolou, levantou vôo, partiu voando com seu uniforme azul e vermelho brilhando contra o sol e a expressão decidida, todos ainda olhavam atônitos para a cena, querendo saber quem e de onde tinha vindo àquele ilustre e heróico desconhecido. Ao entrar na redação Lois encontrou o caos, todos queriam saber quem era o herói do dia, mas ela parecia está alheia a tudo, como se ainda estivesse em transe. "Quem é ele? De onde ele veio? Ou melhor o que é ele? Será que deve se chama?" - Lois! Lois! Ela desperta com o grito do Perry. - Sim, chefe. - Estou lhe chamando a horas. – Perry fala impaciente, ele sempre ficava assim quando via um furo a vista e ainda não podia agarrá-lo. – Você sabe algo sobre esse...esse herói que apareceu do nada e está salvando todo mundo? - Não, eu tentei perguntar algo para ele, mas ele não me respondeu e voou. - Então é verdade? Ele voa? – O editor chefe pergunta descrente. - Eu vi chefe, ele voa...Mas não se preocupe, eu descobrirei algo. – Lois fala de forma determinada. Enquanto Perry se afasta ela fica pensativa. "Quem deve ser ele?...Poxa, eu tenho que descobrir, será o furo do ano, se eu conseguir chegar perto dele será tudo. Já vejo até um Pulitzer na minha estante". Mais uma vez ela é desperta pelo grito de Perry a chamando na sala dele, enquanto ela caminhava até a sala dele, encontra Jimmy. - Eu acho que ele te chamou por causa do novato. - Que novato? – Pergunta Lois confusa. - O novato que está na sala dele. – Ele dá um sorrisinho e se afasta dela.

¹ Monologo do personagem Fox Mulder, seriado Arquivo X, inicio do episódio A Paciente X.