CAPITULO 9

As batidas na porta fizeram Sam Lane acordar. O homem levanta-se da grande cama impaciente, coloca o hobby sobre o pijama e caminha para atender a porta, ao abrir Mary Anne Sullivan entra pela porta como uma tempestade: - O que foi desta vez Mary Anne? – Pergunta Sr. Lane entediado. - Como você pode dormir enquanto sua filha está lá fora até essa hora da noite? – Pergunta a Sra. Sullivan de forma inquiridora. - Pensei que Lois já estivesse dormindo. – Ele fala perturbado. - Vamos homem, se vista e saia deste quarto. Vá procurar a sua filha, defenda a honra da nossa família, não é por que casei que recebi o nome dos Sullivan que esquecerei que sou uma Lane acima de tudo. Vamos Sam! – A mulher cobrava de forma enérgica. - Cale-se Mary! – Grita o homem irritado – Nem sabemos onde ela está para procurá-la, vou esperá-la na sala, enquanto isso eu quero que você e os empregados arrumem as malas, quero o carro pronto, ela vai embora comigo hoje mesmo, antes que aquele caipirazinho faça algo, ele traiu minha confiança...Onde eu estava com a cabeça, agora ela vai se casar com quem eu quero e nunca mais pisará no sul, nunca mais, nem que eu tenha que prende-la dentro do meu quartel. O homem falava e andava de um lado para o outro impaciente, até que nota Mary parada o observando. E fala energicamente com a mulher: - O que está me olhando até agora? Não lhe disse que tem algo para fazer?...Já conseguiu o que queria, conseguiu me deixar desse jeito, seu plano foi bem executado, mas não pense que está no meu comando, estou fazendo isso pela minha família e não para agradá-la, saiba muito bem disso Mary, se alguém aqui me obedece, esse alguém é você, pois se o imbecil do seu marido não soube lhe impor limites, eu saberei. Agora suma daqui! Vá fazer o que mandei! Enquanto ouvia tudo aquilo o sorriso presumido desapareceu do rosto da mulher, e esta saiu furiosa para fazer o que lhe foi ordenado, Sam Lane fechou a porta e trocou de roupa enquanto ouvia as ordens sendo gritadas por Mary no corredor, pois ela descontava toda a sua raiva nos pobres empregados, enquanto isso o homem ficava preocupado com a sua filha, e agradecia que sua mais nova estava no internato na Suíça. Neste momento o homem sentia falta de sua mulher, pois ela saberia dominar a situação e certamente indicar a melhor forma de agir com Lois, talvez a rebeldia da garota se devesse a isso, nunca tivera uma mãe para ensinar a forma de uma dama comportar-se e ser disciplinada, ela a ensinaria a ser uma moça educada e obediente, consciente de que um casamento bem feito era com um homem honrado e de boa família, e que deveria guardar-se para esse afortunado que a traria conforto. Ah! Como Joan fazia falta.