Dalijah: Oi! Obrigado a todas pelas inscrições e, em breve, as vossas personagens aparecerão na fic...

Flora: Olá fãs! Como é que... Será que estou a ver bem?

Bibi: Para onde é que estás a... Será que estamos...

Solsol: ...a ver bem?

Dalijah: Estão sim! Finalmente foi revelado o nome da fic!

De repente começam a cair confettis, e serpentinas cruzam o estúdio.

Flora (apontando-me um dedo): Olha lá, porque é que a fic não se chama: "Ojamajo Flora"? Porque é que tem o nome de uma vadia qualquer?

Kairy Takagi: Há algum problema?

Uma rapariga alta, de olhos de um verde tão vivo e brilhante que era comparável à beleza de uma esmeralda, e um cabelo comprido e negro que caía pelas costas, ondulando à medida que Kairy dava um passo, aproximava-se de Flora.

Flora: Quem és tu?

Kairy: Eu sou: "A Kairy Takagi"!

Flora: Ah! Então tu és a tal vadia!

Kairy: Não sei qual de nós será mais vadia: se eu, ou tu, com esse cabelo todo oleoso e cheio de pontas espigadas!

Flora (muito preocupada): Oh não! Alguém me traga um espelho, rápido!

Dalijah (a sussurrar no ouvido): Deixa ela aí com as gémeas e vem comigo.

Kairy (subitamente envergonhada, ao dar-se conta que havia mais gente na sala): Eu... Nós... Para onde?

Dalijah: Para uma sala aqui ao lado.

Kairy: Bem... Acho que posso ir...

Dalijah (pegando na mão dela): Anda!

Flora: As pontas estão mesmo espigadas? E o cabelo está oleoso?

Bibi: O que queres...

Solsol: ...saber?

Flora: A verdade!

Solsol: Bem... Se queres mesmo saber...

Bibi: ...a Kairy tem razão.

Flora: O QUÊ?

Entretanto, noutra sala...

Kairy: O que foi isto?

Dalijah: Não te preocupes... Foi a Flora... Então... Que tal apresentares-te?

Kairy: Tem... Tem mesmo de ser? Eu enviei uma ficha com os meus dados... Podes lê-la...

Dalijah: Eu sei que enviaste. Mas eu queria conhecer-te melhor.

Kairy: Bem... Sendo assim...


Capítulo IV

Botões de Rosas

O dia amanhecia calmo, e o Sol rapidamente cobriu toda a cidade. Nova Iorque era uma cidade muito bonita, e a luz solar reluzia em todo o seu esplendor nas altas janelas dos arranha-céus.

Para alguns iniciava-se um novo dia, para outros, uma nova vida e, no caso de Kairy, uma nova viagem.

Sra. Takagi: Já estás pronta? Temos de partir imediatamente.

Kairy (cabisbaixa): Sim, mãe. Já estou pronta... Para onde vamos desta vez?

Sra. Takagi: É uma surpresa!

Kairy: Vamos para algum sítio onde já estivemos? Portugal? França? Inglaterra? Itália? Grécia? Espanha? China? Rússia?

Sra. Takagi: Não, não, não e não.

Kairy (alegrando-se de repente): Vamos voltar para Kyoto?

Sra. Takagi: Não.

Kairy: Oh... Está bem... Vamos lá para o aeroporto.

Derrotada, Kairy seguiu com a sua mãe para o próximo local dos seguintes... Dois meses, no máximo.

Devido ao trabalho da Sra. Takagi, Kairy e a sua mãe viajavam pelo mundo fora, e em dez anos de vida, Kairy já havia visitado mais países do que aqueles que podia contar pelos dedos das mãos. De certa forma era uma rapariga privilegiada, pois conhecia a maior parte dos países, assim como a sua cultura, costumes, entre outras coisas. Mas, por outro lado, nunca permanecera muito tempo no mesmo sítio, logo, nunca conhecera ninguém o tempo suficiente para poder chamar-lhe amigo.

A viagem para o seu novo lar decorreu calmamente e, ao fim de algumas horas, o avião aterrou.

Hospedeira: O avião vai aterrar dentro de alguns minutos. Esperemos que gostem de Tokyo. Obrigado pela vossa preferência na nossa...

Kairy (despertando do seu mau humor): Tokyo? Tokyo? Nós viemos para o Japão?

Sra. Takagi (sorridente): Sim. Nós viemos para o Japão.

Kairy (perdendo o seu sorriso): Quanto tempo vamos cá ficar?

Sra. Takagi: Por muito tempo. Consegui um emprego fixo em Tokyo.

Kairy (aos pulos): Estamos em Tokyo! Estamos em Tokyo!

Kairy integrou-se rapidamente na sua nova vida em Tokyo, pois, para além de ficar por lá durante muito tempo, Tokyo não era muito diferente da sua cidade natal, Kyoto.

No entanto, como tudo o que é bom acaba depressa, passados alguns dias começaram as aulas, e era isso que ela mais temia.

Kairy: Porque é que tínhamos de morar numa casa tão longe da escola? Por este andar, vou chegar atrasada no primeiro dia. Ah! Já está ali a escola.

Professora Yume: Sentem-se, meninos! Hoje temos duas alunas novas.

Kairy: Duas? Pensei que era só eu.

Prof. Yume: Queres apresentar-te Kairy?

Kairy: Tem mesmo de ser? Eu... Eu sou a Kairy Takagi...

Prof. Yume e turma: Sim...

Kairy: E... E sou de Kyoto...

Prof. Yume: Hum... Muito bem Kairy... Já vi que esta miúda não é muito sociável... Bem... Podes sentar-te naquela mesa do fundo. E agora, a nossa segunda aluna. Podes entrar Wendy.

Num instante, os olhares mudaram de Kairy para a porta, por onde era suposto a Wendy sair.

Wendy: Posso entrar?

Baralhada, a turma voltou-se para a porta de trás.

Prof. Yume (a rir): Podes, podes. Mas não era por essa porta.

Wendy: Peço desculpa...

Prof. Yume: Não faz mal. Já que estás aí, podes sentar-te ao lado da Kairy.

Kairy: Não é justo. Eu tive de me apresentar! E para ajudar à festa, ela vem sentar-se ao meu lado! Estava tão bem sozinha...

Wendy: Posso?

Kairy: Sim...

Apesar de ninguém ter reparado, as duas raparigas, ambas muito tímidas reservadas, sentaram-se o mais longe possível uma da outra. Contudo, nenhuma das duas conhecia a turma que, pelo que parecia, também não as queria conhecer. Excepto, talvez, uns quantos...

Prof. Yume: Está na hora do almoço.

Ao som destas palavras, um barulho ensurdecedor de arrastar de cadeiras preencheu a sala. Todos eles corriam apressados para as suas lancheiras, ansiosos para descobrir o que as suas mães lhes haviam preparado. No entanto, uma certa rapariga não se movera do seu lugar.

Takada: Não vais comer?

Wendy olhou para o rapaz. À vista de qualquer pessoa, não passava de um rapaz simpático, bonito, inteligente e sociável, mas aos olhos de Wendy era um possível agressor.

Takada: O que se passa contigo?

Kairy, que se encontrava a alguns metros de distância, junto da sua lancheira, observou a cena. Takada avançava para Wendy, enquanto esta se afastava cada vez mais dele, sem sequer se levantar da cadeira. Kairy até tinha simpatizado com Wendy, apesar de não terem trocado uma única palavra durante a aula, então, decidiu agir.

Kairy: Importaste de nos deixar em paz? Gostávamos de comer descansadas.

Takada (confuso): Como quiserem.

Wendy: O-Obrigado.

Kairy: Não tens de quê. Olha, porque não vais buscar o teu almoço?

Wendy (espantada com a simpatia da rapariga): Eu não sabia que tínhamos de trazer comida.

Kairy (mostrando preocupação): Na tua escola faziam-vos passar fome?

Wendy (sorrindo): Não, não. Na minha antiga escola havia um refeitório onde íamos almoçar.

Kairy: Ah... Então quer dizer que não tens aí mesmo nada para comer, não é?

Wendy: Sim...

Kairy (sorrindo): Então vamos dividir o meu almoço!

Wendy: Ora, não é preciso.

Kairy: Claro que é! Nos Estados Unidos as pessoas acreditam que o cérebro não trabalha de barriga vazia.

Wendy (admirada): Já estiveste nos Estados Unidos?

Kairy (contando pelos dedos): Já! E também já estive em Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Brasil, China, Rússia, Angola, - emprestas-me os teus dedos? - Austrália, Venezuela, Mongólia, Índia, Irão, Turquia e... Está-me a faltar um.

Wendy (de queixo caído): Já estiveste assim em tantos países?

Kairy (a pensar alto): Qual é que me falta mesmo?

Wendy: Kairy?

Kairy (gritando): Nigéria! A Nigéria é o último país!

Wendy (a rir): Sim, sim. Não precisavas de gritar.

Kairy olhou à sua volta e todos os olhares estavam postos em si.

Kairy (embaraçada): Pois... Acho que tens razão...

A partir daí, as raparigas tornaram-se grandes amigas. Wendy era como um diário para Kairy, ouvia os seus problemas, alegrias, tristezas e tudo mais, enquanto que Kairy afastava todos os rapazes da amiga, num raio de dois metros.

E durante um ano, essa amizade fortaleceu-se, tornando-as inseparáveis.

Prof. Yume: Podem sair.

Kairy: Finalmente... Estas aulas são tão cansativas.

Wendy: E não temos que nos mexer muito, imagina se tivéssemos que correr…

Kairy:

Wendy: Bem, e se nos despachássemos? Temos um bosque para visitar!

Kairy: Pois é! É hoje que vamos lá… O que achas que está lá escondido?

Wendy: Eu nem sei se há alguma coisa escondida…

Kairy: Bem, resta partir à aventura e descobrir!

Takada: Vão partir à aventura para onde?

Kairy (furiosa): Takada! Estiveste a escutar a nossa conversa!

Takada: Não estive nada! Vocês é que falam muito alto!

Lírica: Eu ouvi elas dizerem que iam para o bosque.

Kairy (a deitar fumo pelas orelhas): Ora seus… Vocês…

Wendy (sorrindo): E agora começa o Show da Wendy! - e, repentinamente, salta para cima de uma mesa iniciando uma série de acrobacias. - E um, dois, upa! Agora observem o duplo salto mortal! Aqui vai!

Lírica (olhando com desdém): Isso não é nenhum salto mortal… É uma dupla pirueta.

Wendy: E depois? Nem meia pirueta sabes fazer.

Lírica: Eu tenho demasiada classe para fazer macacadas!

A Lírica não vos faz lembrar ninguém? Pois imaginem a Reika, mas com cabelo negro e um vestido azul claro.

Wendy olhou à volta. O seu plano tinha resultado. Enquanto ela distraía os seus colegas, Kairy saiu da sala, antes que, alguém pusesse os seus planos em causa.

Wendy: Well, got to go!

Takada: O que é que disseste?

Wendy: Desculpa, ainda estou muito ligada ao inglês. Eu disse que tenho de ir. Cya!

Lírica (depois de Wendy sair): O que é que ela disse agora?

Takada: Sei lá eu!

Entretanto, na entrada da escola…

Wendy: Kairy!

Kairy (curiosa): Então?

Wendy: O teu plano foi perfeito! Como sabias que eles iam-se meter nos nossos assuntos?

Kairy (sorrindo): Chamo-lhe "Intuição Feminina"!

Wendy: Bem, vamos partir?

Então, sem mais demoras, as duas raparigas dirigiram-se para o sombrio bosque que se situava, nada mais, nada menos que, atrás da escola.

As altas árvores cobriam todo o céu, impedindo, assim, as flores e plantas rasteiras de absorverem os calorosos raios solares.

Wendy (a tremer ligeiramente): O ambiente não é nada convidativo...

Kairy: Não me digas que estás com medo?

Wendy (indignada): Claro que não! Mas diz-me uma coisa: o que viemos fazer ao certo?

Kairy (baralhada): Viemos... Viemos... Sei lá! Quando encontrarmos, vamos sabê-lo.

Wendy: Eu acho é que andas a ver muitos filmes...

UHUH

Kairy (histérica): O que foi isto?

Wendy: Tipo... É apenas uma coruja, ya?

Kairy: ¬¬ Deves ter a mania, tu...

Wendy (embaraçada): Desculpa...

Depois de um momento de medo, quer dizer, por parte de Kairy, as raparigas continuaram a avançar calmamente, cada vez mais para o interior do bosque, sem saberem que, mais à frente, encontrariam algo que mudaria as suas vidas para sempre. Ou, pelo menos, até ao fim desta fic...

Kairy: O que é aquilo ali à frente?

Wendy (com os olhos semicerrados): Não sei... A luz é tão pouca que não consigo ver.

E, foi com este sentimento de curiosidade que, ainda que a medo, as raparigas avançaram até, ao que parecia, um templo.

Kairy: Um templo no meio do bosque?

Wendy: Se estivéssemos em Inglaterra, ou na Escócia, podia ser o templo de Druidas, apesar de nunca ter sido encontrado nenhum templo de Druidas, pois eles eram ligados à natureza, e não aos bens... Kairy?

Kairy (com um bolha no nariz): Zzzzz... Zzzzz...

Wendy (inspirando IMENSO ar): KAIRY!

Kairy: Hã? O quê? A resposta é dois!

Wendy (depois de levantar-se da sua queda estilo anime): Kairy, estamos no meio do bosque, e não na aula de Matemática.

Kairy: Vamos entrar no templo ou não? Já nos fizeste perder demasiado tempo!

Wendy: ¬¬ Sim, vamos.

Assim, as duas raparigas, entraram no templo que, por dentro, tinha apenas uma única divisão. No centro, duas colunas se elevavam, sustendo, no topo, cada uma delas, uma bacia. Ambas as bacias continham água, água cristalina e límpida, e no fundo de cada uma das bacias, dois medalhões brilhavam. Ambos os medalhões tinham a forma de um botão de rosa, mas, um era branco, e o outro preto.

Kairy: Que medalhões tão giros! Será que podemos levá-los?

Wendy: Tenho a sensação de que nos estão a observar.

Kairy: Tu e as tuas sensações. Olha para os medalhões! São lindos!

Quando Kairy terminou a frase, os dois medalhões elevaram-se no ar e brilharam, espalhando a sua luz pelo templo negro. Antes que Kairy ou Wendy pudessem fazer o mínimo movimento, num rápido acto, ambos os medalhões entraram no corpo de cada uma das meninas.

De seguida, apesar de nenhuma delas alguma vez tivesse visto aquilo, ambas executaram os mesmos passos. Num incrível salto atlético, as duas raparigas executaram um salto mortal na perfeição, sendo circundadas por uma luz amarela e, quando finalmente colocaram os pés no chão, vestiam fatos estranhíssimos.

Kairy: Ipti ipti Kairiliti!

Wendy: Ipti ipti Wendiriti!

Kairy (boquiaberta): Uau! Tu estás...

Wendy (sorrindo): …igual a ti, mas de branco!

Kairy: Estes fatos são...

Wendy: ...lindos!

Kairy: Podes parar de me repetir?

Wendy: Desculpa...

Kairy: E agora? Não podemos andar por aí, vestidas desta maneira...

Wendy: Isso é verdade, mas o que vamos fazer?

E, antes que as duas raparigas percebessem, começaram a girar e, rapidamente os fatos desapareceram.

Kairy: Boa... Acho eu...

Wendy: Pelo menos já podemos partir.

Kairy (confusa): Isso é verdade, mas... O que aconteceu aqui? E que fatos são estes?

Wendy: Não faço a mínima ideia... - sorrindo de repente. - Será que é magia?

Kairy (sorrindo também): Magia?

Kairy e Wendy: Sim!

Wendy: Agora só temos de saber como usá-la...

Kairy (perdendo o sorriso): E é se a magia não se resume apenas ao fato.

Wendy (também cabisbaixa): Pois...

Kairy: Bem, depois vemos isso. O que achas de irmos para casa?

Wendy (sorrindo): Não podia estar mais de acordo!


Desconhecido/a 1: O plano corre como planeado.

Desconhecido/a 2: Muito bem. Continua a vigiá-las.

Desconhecido/a 1: Acha que foi a melhor solução?

Desconhecido/a 2: Não sei se foi a melhor, mas foi a que escolhemos. Agora, esteja correcto ou não, aguentaremos as consequências.

Desconhecido/a 1: Tem toda a razão. Se me dá licença, vou partir.

Desconhecido/a 2: Sim, sim. Vai.


Kairy: Oi! O que acharam da minha apresentação?

Wendy: E da minha?

Flora (a um canto amuada): Agora o protagonismo é só delas... Não é justo...

Dalijah: Espero que tenham gostado da participação das vossas personagens!

Bibi: Se queres que te diga...

Solsol: ...não foi nada de especial.

Flora: Quando é que volto a ser a protagonista?

Dalijah: Acho que a resposta a isso está no título, não?

Flora (voltando para o seu canto): Oh, faz como quiseres. A fic é tua, por isso não me culpes se começares a perder leitores!

Dalijah: Porque é que havia de perder leitores?

Flora: Porque eu já não sou a protagonista!

Kairy (convencida): Não te preocupes, querida.

Wendy (também convencida): Nós iremos manter os leitores.

Kairy: E se for preciso, até vamos ganhar mais!

Flora (ainda amuada): Estas não completam frases, mas completam ideias... Que irritante... Olha lá, Dalijah, porque é que não te estás a babar por mim, como é hábito?

Dalijah: Porque estive sempre a fingir.

Flora (pasmada): O QUÊ?

Dalijah: É isso mesmo... Foi tudo fingido...

Flora (completamente furiosa): Fica sabendo que não venho no próximo capítulo!

Dalijah: Nem precisas. Nenhuma de vocês as três - disse, apontando para a Flora, Bibi e Solsol. - vai aparecer no próximo capítulo.

Flora: Vamos embora, meninas. Sei muito bem ver quando não sou desejada.

Bibi: É isso mesmo. Nós...

Solsol: ...concordamos com a Flora:

Wendy: Good bye!

Kairy: Tchau personalli!

Dalijah: O que é que estás aí a dizer?

Kairy: Eu? Nada, nada...