Youko está no jardim brincando com as flores, ele colocou as mãos na terra preta e uma linda flor amarela brotou dê-la, a raposa só usava seu poder para jardinagem, ele ainda não sabia do que era capaz.
-KURAMA! Uma voz feminina chamou youko
-mamãe, estou indo! Ele se levantou e correu para dentro de casa. Ao entrar ele viu um kitsune velho de cabelos grisalhos que mostrava que a muito tempo foi um belo ruivo, esse senhor estava ao lado de sua mãe.
-o senhor zen quer que você arrume a lenha pra ele, vá e ajude-o. ela ordenou, o kit encarou o homem. O senhor zen foi aquele que quebrou seu braço, youko nunca gostou do homem, ele o olhava de um jeito estranho e gostava de bater no kit. Sua mãe o alugava para os moradores, ele trabalhava para eles em troca de dinheiro (mesmo sendo apenas uma criança), ele era o único dos irmãos que trabalhava desse jeito, kuronue nunca soube.
-devemos ir. Zen disse se retirando da casa. Youko olhou para sua mãe que apenas apontou para a porta com raiva.
-x-x-
Youko estava cortando madeira para fazer lenha, ele estava exausto se passou uma hora desde que ele começou a cortar "eu preciso descansar". Ele cortou por mais vinte minutos ate que seu corpo não aguentou e ele desabou no chão suado e ofegante "não dá, não aguento mais é muito esforço", o sol também não ajudava, o kit estava tão cansado que nem percebeu que acabou dormindo.
Zen estava dentro sua casa sentado bebendo, ele tinha deixado o filhote do lado de fora trabalhando enquanto ele relaxava no conforto de sua moradia, o dia estava quente por isso ele pediu pelo serviço de kurama, ele estava perto de cochilar ate que ouviu o silencio.
-aquele pirralho imundo parou de trabalhar! Ele rosnou se levantando, ele caminhou ate a porta para ver o menino jogado no chão, ele ficou furioso e pegou o balde com água que estava na frente da porta e foi ate a criança. Zen levantou o balde e derramou o conteúdo no kit adormecido, youko acordou espantado e com medo ele tossiu desesperadamente.
-seu pirralho inútil, estava dormindo em vez de trabalhar, eu não estou pagando para você dormir! Zen gritou agarrando youko para força-lo a ficar de pé.
-des... desculpe, eu fiquei cansado! Youko gritou quando o homem o arrastou para dentro de casa.
-você precisa aprender uma lição moleque!
-espere! Zen jogou youko no chão, o menino se apertou na parede com medo colocando os joelhos no peito. -por favor eu não vou fazer de novo. Ele chorou. Zen pegou uma corda que estava pendurada na parede e ficou na frente do garoto.
-por que você sempre consegue tirar a minha paz!? Ele chicoteou o menino, youko deu um grito estrangulado cheio de dor. –PARE DE GRITAR SEU FILHO DA PUTA! Ele o chicoteou novamente o kit se contorceu no chão.
-POR FAVOR, EU NÃO VOU FAZER DE NOVO! Youko gritou e tossiu e chorou, mas o homem nunca parou os golpes, muitas marcas vermelhas apareciam no corpo pequeno do menino, youko estava ficando sem ar, seus gritos eram fracos e agonizantes. Quando terminou youko estava deitado quase inconsciente zen ajoelhou na frente dele e agarrou o queixo do menino puxando pra cima para que o kit pudesse ouvi-lo.
-da próxima vez eu vou fazer coisa pior com você, é melhor aprender onde é seu lugar garoto, você não passa de uma putinha inútil igual a sua mãe. Ele sussurrou no ouvido do menino, zen empurrou a cabeça para o chão. -vai terminar o seu trabalho. O corpo tremulo do kit prateado se esforçava para levantar pois sabia que o homem poderia ficar novamente irritado, quando conseguiu youko se arrastou para fora ele manteve seu rosto atraz da franja para que zen não visse seu rosto enquanto saia da casa. Ele pegou o machado e voltou a cortar a madeira. Zen observou o menino por um momento e adormeceu.
As feridas ardiam a cada esforço de cortar que ele fazia, lagrimas caiam de seus olhos âmbar, youko estava cansado, cansado da vida que ele vivia na aldeia, ele era tratado como um verme um lixo um nada todos o viam assim "exceto kuronue..."
#flashback on#
-vamos fugir, pode não ser hoje mas nós vamos.
#flashback off#
Lembrou-se do que kuronue prometeu a um dia atrás "fugir com o meu melhor amigo" um pequeno sorriso escapou dos lábios da raposa, ele encarou o machado em suas mãos "eu devo estar ficando louco" pensou virando-se para olhar o homem adormecido, "eu realmente estou perdendo a cabeça". Youko sorriu e caminhou até a casa.
-senhor zen.
-...
-senhor zen!
O homem abriu os olhos
-seu pirralho o que você quer? Ele rosnou, youko o encarou profundamente.
-ei idiota me responda! Zen estava ficando irritado com a falta de resposta do kit
-você... youko sussurrou, zen ficou confuso e mirou nas mãos do menino, ele de repente ficou assustado com o machado e o jeito que o kit o olhava, zen encarou os olhos âmbar.
-você não vai- foi tão rápido que zen nem sentiu quando o machado perfurou sua cabeça.
Essa foi a primeira vez que youko matou alguém, ele uma vez leu num livro que porcos comiam qualquer coisa até mesmo corpos, ele jogou o corpo de zen para eles
-x-x-
Já era de noirte quando youko voltou -estou de volta! gritou ao entrar em casa e como sempre ninguém estava ligando pra ele, suas feridas haviam se curado pois tinha pegado um remédio na casa de zen, ele foi em direção a porta do quarto e entrou para descançar.
