Música: Savage Garden - I knew I loved you
Uma Última Tentativa
Gina entrou em seu dormitório e se largou na cama. Aquele dia tinha sido extremamente cansativo e ela não tinha dormido bem na noite anterior.
Estava no começo de Dezembro, o inverno estava bem intenso. Todos andavam bem agasalhados pelo castelo, e era muito difícil ver pessoas na área do lago à noite.
Já estava pegando no sono quando Hermes, coruja que fora do seu falecido irmão Percy, apareceu na janela. Gina delicadamente soltou a carta da pata da coruja, deu-lhe alguns biscoitos e um pouco de água. Depois se deitou na cama para ler a carta de Stephanie.
Como você está? Eu estou bem. E morrendo de saudades. Já faz um mês que a gente não se vê.
A Emily sempre está aqui na Toca, e é uma ótima companhia. Ela é tão legal quanto a May. A vovó, sempre que pode, nos leva para passear. Às vezes o vovô e o tio Rony também vão. Essa semana fomos todos à casa do Remo. E adivinha só: a Rach deu um vídeo-game a ele. A Michelle, o Gui e a Ashley também foram lá e todos jogaram com o brinquedo. Isso me fez lembrar muito do tio Josh.
Bem, agora eu vou jantar. Depois escrevo mais, ok? Estou morta de saudades.
Da sua filha,
Stephanie Hawkins Weasley.
PS: Te amo!"
Gina sentiu-se melhor ao ler a carta da filha. Dali a menos de um mês, voltaria à Toca para o Natal e a veria. Esse pensamento a deixou mais tranqüila. Escreveu uma carta para a filha e a mandou por Hermes mesmo.
- Argh! O que é agora?! - perguntou irritada. Já estava pegando no sono novamente quando outra coruja começou a bater em sua janela. Pensou que poderia ser carta da Mel, mas ao abrir o envelope, constatou que não era.
A pessoa não tinha assinado, mas ela tinha quase certeza de que tinha sido Draco. Ela decidiu que iria ao encontro, perguntaria onde ele queria chegar e diria que, além de ele carregar aquele maldito nome, ele estava quase casado com Claire Dunst, então era melhor ele esquecer.
No café da manha do dia seguinte ela ficou prestando atenção nele. Sempre que o olhava, ele estava olhando para ela. E a maneira que ele a olhava... Parecia que podia matá-la apenas com aquele olhar.
No almoço ela parou de observá-lo, o olhar dele a deixava desconfortável.
- Você está estranha. - Harry comentou. - Saudades da Stephanie?
- Ela me escreveu ontem. É só que...
- Algum problema? - ele perguntou preocupado.
- Não. Nada. - saiu dos pensamentos e olhou para ele. - Harry, me passa a jarra de suco de abóbora, por favor?
- Claro. - disse sorrindo. Ao entregar a jarra, suas mãos se tocaram de leve, e ambos ficaram constrangidos.
- Obrigada. - disse corada. "Faz séculos que não faço isso na frente dele", pensou.
As aulas da tarde pareciam que não iriam mais acabar. Ela estava ansiosa para o tal encontro. Mesmo desconfiando que fosse Draco, havia pelo menos uma chancezinha de não ser...
Quando o sinal tocou para o término da última aula da tarde, ela foi apressada até seu dormitório. Hermione foi até lá perguntar se ela estava bem, e Gina disse que depois passava na cozinha para comer algo.
Tomou banho, fez um feitiço para secar os cabelos, vestiu uma calça jeans e uma blusa vermelha de manga comprida, depois soltou os cabelos, que estavam presos em um coque.
Desceu para jantar, mas quando chegou no salão, notou que a maioria dos alunos já não estava lá. Viu que Draco ainda estava jantando, então resolveu ir à cozinha. Não iria chegar primeiro no encontro.
Alguns minutos depois, saiu da cozinha e se dirigiu ao lago. A princípio, achou que tinha sido algum tipo de brincadeira, e que estava sozinha ali. Mas, de repente, alguém falou:
- Você está atrasada. - ela se virou assustada, e deu de cara com ninguém menos que Harry Potter.
- Harry? O que você está fazendo aqui? - perguntou nervosa.
- Eu mandei o bilhete. - ele explicou. - Desculpe decepcioná-la.
- NÃO! Não é isso. - ela não quis dizer o que ele pensou. - É que eu pensei que fosse outra pessoa, mas tudo bem. - "Ai, meu Deus", pensou. Não estava conseguindo se explicar.
- Malfoy? - perguntou cauteloso.
- Ahn? Como você sabe? - perguntou atordoada.
- Vi o jeito que o olhou o dia todo. E o jeito que ele respondeu ao seu olhar. - ele falou com uma pontinha de ciúmes.
- Ah! Bem, é que era mais provável... - ela tentou explicar novamente.
- Aham... E aí? Como você está? - ele perguntou.
- Bem, acho. E você?
- Acho que bem também. - disse se sentando na grama. - Senta.
- Harry, por que você me chamou aqui? - perguntou logo depois de sentar-se ao seu lado.
- Pensei que não fosse perguntar. - brincou. Ela riu. - Bem, - começou meio nervoso. - Gina, eu sei que muito tempo passou, oito anos, e muita coisa mudou. Você e eu não somos mais dois colegiais descobrindo os prazeres da vida, somos dois adultos. Também sei que você pediu tempo, mas já vai fazer seis meses...
"Durante esses oitos anos, Gina, não houve um dia, um dia sequer, no qual eu não pensasse em você. Desde aquela noite, aqui, você se tornou parte de mim. E agora que você voltou, eu pensei que nós poderíamos..."
Ela estava esperando por aquilo mais cedo ou mais tarde. Ainda tinha receio de se envolver com ele. Tinha um segredo, e mentira para ele. Como iria olhá-lo nos olhos sem sentir remorso? Decidiu que lutaria contra os sentimentos mais um vez.
- Harry... Eu não sinto mais nada por você. Sinto muito. - falou sem olhá-lo. - Eu já vou indo. - ela se levantou. - Me desculpe. - virou-se com os olhos cheios de lágrimas.
Harry não podia deixá-la ir, não depois de tanto tempo esperando. E de alguma maneira, sabia que ela não tinha falado a verdade. Levantou-se e foi até ela. Puxou-a pelo braço, forçando-a a virar-se. A mão dele subiu pela nuca dela e ele começou a acariciar seu pescoço. Gina fechou os olhos, tentou lutar contra aquela mão que lhe trazia lembranças há tanto tempo adormecidas.
Harry levou a mão até o rosto dela, e acariciou delicadamente. Gina já conseguia sentir o hálito fresco dele, sabia que não poderia mais fugir. Por mais peso na consciência que sentisse, o amor que sentia por ele era mais forte. Ele estava ali, oferecendo-lhe tudo. Ele era sua tentação, seu maior desejo, sua maior vontade. Queria ele como em nenhum outro momento. Então, aos poucos, seus rostos ficaram na mesma altura, e numa última tentativa ele sussurou:
- Diga que não me ama. Mas diga olhando nos meus olhos. Então, eu te deixarei ir. Para sempre.
Ficaram se olhando por algum tempo, os olhos deles se encheram de lágrimas. Permaneceram daquela maneira por algum tempo. As lágrimas dela molhavam seu rosto, e ela não lutava contra elas.
- Harry... Eu... - ela não disse mais nada. E ele interpretou seu silêncio de uma forma positiva. Lentamente aproximou mais seu rosto do dela. Ao primeiro toque dos lábios dele, ela se assustou. Não conseguia se mexer e apenas ele a beijava. Estava se perguntando se estava sonhando. Por anos, por longos oito anos, ela ansiou por aquele beijo.
Aos poucos ela foi se acostumando, e correspondeu ao beijo. No início, foi um beijo delicado, mas que foi ficando mais intenso. Ela sentia-se fraca de tanta emoção, suas pernas estavam cedendo. Ele então passou as mãos pelas suas costas, e a trouxe cada vez mais para junto de si. Ela acariciava a nuca dele, e aquele toque o deixava mais excitado.
As mãos dele percorriam suas costas nuas por baixo da blusa. Ela tremia devido àquele toque tão íntimo. Lembranças da noite que passaram ali vieram à mente dos dois. Eles queriam repetir, mas, bem no fundo, sabiam que era cedo demais. Quando ele levou a mão até o zíper da calça dela, ela travou.
- Harry... - ela sussurrou com dificuldade. - É muito cedo para isso.
- Desculpe. - disse cessando o toque e a beijando de leve.
- Não tem do que se desculpar. - disse acariciando-lhe o rosto. - Mas não vamos pular etapas dessa vez, ok?
- Você está certa. - ele a puxou para si. Depois se afastou um pouco, de uma maneira que pudesse olhá-la nos olhos. - Quero te dizer algo.
- Eu também. - ela disse sorrindo. - Mas fala você primeiro.
- Eu te amo. - disse acariciando o rosto dela. Ela fechou os olhos e beijou a palma da mão dele. Depois voltou a olhá-lo.
- Eu também te amo. - novamente eles se beijaram. Mas dessa vez, um beijo mais delicado.
- Esperei tanto para te dizer isso... - disse abraçando-a forte.
- Não vamos pensar mais nesses anos que passamos separados. Vamos olhar apenas para o futuro. - ela pediu.
Os dois estavam aproveitando todo tempo livre para ficarem juntos. Já tinham perdido tempo demais, e agora estavam se curtindo. E assim como Gina pedira, não estavam pulando etapas.
Cho não se conformava com o casal, e fazia questão de demonstrar sua opinião sobre o romance deles, não que essa valesse de alguma coisa. Draco não mudou nada em relação a Gina, e para o desgosto de Harry, continuava a lançar-lhe o mesmo olhar enigmático de sempre. Jurou para si mesmo que agora, mais do que nunca, iria descobrir o que Gina escondia. A felicidade de Harry era a sua infelicidade. Ver "Potter" feliz fazia mal a sua saúde.
Por outro lado, Hermione estava muito feliz pelos dois. Sabia que se amavam, e mereciam muito ficar juntos. Os outros membros da família também adoraram a notícia. Gina apenas desconhecia a opinião da sua filha. A menina sabia que eles estavam juntos, mas Gina achou melhor discutir o assunto pessoalmente.
Aquele Natal teria uma coisa diferente, uma novidade trazida por Stephanie e Rachel. Era uma brincadeira que consistia em trocar papeizinhos com nomes do pessoal da família. E, no dia de Natal, trocavam presentes tentando adivinhar quem tinha tirado quem.
- Vocês receberam o papel do amigo secreto? - perguntou Hermione. Molly tinha feito o sorteio na Toca e mandara os papéis para cada um, com a explicação da brincadeira anexada.
- Recebemos sim. - Gina respondeu. - O que vocês acham de irmos ao Beco Diagonal próximo Domingo? Quanto mais tarde formos às compras, mais o Beco estará apinhado de gente.
- Então vamos eu, a Gina, Stephanie, você, Rony e Emily? - Harry perguntou.
- Aham. - Hermione respondeu. - Nem preciso falar que estou com saudades deles.
- E a gente aproveita para conversar sobre nós com a Stephanie. - Gina lembrou.
- Ela não sabe? - perguntou Neville.
- Sabe, mas a gente quer conversar com ela, e saber o que ela acha. - Harry explicou. - Não quero que pense que pretendo tomar o lugar do seu pai. - Gina sentiu-se desconfortável com essa última frase.
- Ah, entendo. - falou Neville.
- Por favor, dá para passar os pãezinhos? - perguntou Cho de forma agressiva a Gina.
- Claro. - a outra respondeu com um largo sorriso. Sabia que assim como a felicidade de Harry incomodava Draco, a sua incomodava a Cho.
- Dor de cotovelo, Chang? - Draco zombou e ela lançou-lhe um olhar cheio de ódio. - Calma, não me morda.
Após o jantar, Harry, Gina e Hermione foram até seus dormitórios. Essa última ficou no primeiro andar mesmo, e os dois seguiram subindo as escadas. Quando estavam no segundo andar, Gina sentiu uma pontada em sua cabeça, e por breves momentos enxergou apenas escuridão.
- O que foi? - Harry perguntou preocupado. Ele a apoiou, quando ela quase caiu.
- Nada. Apenas uma dorzinha de cabeça. - tentou disfarçar, não queria que ele se preocupasse à toa.
- Só isso? - perguntou desconfiado.
- Ok. Eu me senti tonta e vi tudo preto. - ela confessou.
- Vem, meu dormitório está mais próximo. - disse ajudando-a a andar.
- Harry... É melhor não.
- Relaxa. Eu não sou nenhum tarado da machadinha. Juro que vou me comportar. Mas não vou te deixar dormir sozinha.
- Você é um amor. - disse passando a mão delicadamente pelo rosto dele.
- Eu sei. - brincou beijando-lhe em seguida. - Já disse que te amo hoje?
- Hm, não sei... Talvez... - ela brincou também. - Também te amo.
- Eu sei, também me amo. - falou fingindo-se convencido.
- Bobo. - ela tocou o nariz dele de leve.
Ele arrumou os travesseiros de frente ao espelho da cama e a ajudou a sentar-se com cuidado.
- Vou até a cozinha pedir um chá de ervas aos elfos, ok? Ele vai fazer seu mal estar passar rapidinho. - disse levantando-se.
- Não demora, tá? - ela pediu dengosa.
- Pode deixar. - disse pouco antes de passar pela porta.
Harry desceu até o primeiro andar, foi até o quadro da pêra e fez cócegas nela. Uma maçaneta apareceu e ele entrou na cozinha. Os elfos, como sempre prestativos, não demoraram a dar-lhe o que queria. E ele logo estava a caminho do seu dormitório.
- Harry... - uma voz conhecida o chamou. Era Cho Chang.
- Sim? - ele perguntou.
- Quanta formalidade. - disse se aproximando dele. - Onde está indo com tanta pressa?
- Estou levando esse chá para a Gina. Ela não está se sentindo bem. - explicou.
- Nossa, ela te faz de escravo assim!? - perguntou maldosamente.
- Cho, você quer falar algo? Porque caso não queira, eu vou indo. Não quero que ela espere muito.
- Vai lá. - disse indicando o caminho distraidamente. - Sua patroa está chamando.
- Deus, você não muda. - disse balançando a cabeça. - Boa noite.
- Aposto que a sua será mais interessante. - zombou virando-se e descendo as escadas novamente.
- Demorei? - perguntou pousando a bandeja com a xícara de chá na mesa de cabeceira.
- Um pouco. Aconteceu alguma coisa?
- Digamos que encontrei quem não queria no caminho de volta. - ele suspirou cansado.
- Cho!? - ele assentiu. - Ai, sinto muito. - disse o abraçando e beijando seu pescoço.
- Ei, não me faça pular etapas. - ele brincou. Ela riu. - Que tal tomar o chá?
- Tá bem. - disse recebendo a xícara das mãos dele. - Nossa, que coisa horrível.
- Agora deita. - falou apontando para o travesseiro. Ela deitou, e ele a cobriu.
- Tá bem, papai. - brincou.
- Gi, eu queria te perguntar uma coisa...
- Pode perguntar. - disse enquanto acariciava os cabelos rebeldes dele.
- Como o Ryan era? - perguntou. Ela notou que ele estava curiosíssimo. - Quero dizer, ele era um bom marido? Um bom pai? Como se conheceram?
- Bem, quando eu e a Mel chegamos em Nova York, começamos a trabalhar em um shopping trouxa. Mas então, depois que começamos o curso de Feitiços, nosso horário ficou cheio demais e mudamos de emprego. Fomos trabalhar em um restaurante chamado "Friend's". O Ryan era o dono, e então nos conhecemos. Pouco depois começamos a namorar, e então engravidei. Assim que a Stephanie nasceu, nos casamos. - ela não olhou diretamente para ele ao falar isso.
- E como era o relacionamento dele com a Stephanie? - perguntou interessado. Ela estranhou, mas ele só queria matar a curiosidade, não desconfiava de nada.
- Eles eram muito próximos. Ele era uma espécie de herói para ela. - ela contou sorrindo ao lembrar dos dois brincando juntos. - Sabia que você é um tipo de herói para ela também?
- Eu!? - perguntou sem entender.
- É. Eu falei de você para ela, e ela leu todos os livros que falavam da sua vitória sobre Voldemort. Vivia me perguntou mil e uma coisas, se interessou muito por sua história. - ele sorriu. - Acho que te conhecer foi ter um sonho realizado.
- Nossa! - falou surpreso. - Não sabia disso.
- Há muitas coisas que você não sabe... - pensou alto.
- Como o quê? - perguntou interessado.
- Ahn? - perguntou atordoada.
- Esquece. - disse beijando-lhe a cabeça em seguida. - Boa noite. - ela logo dormiu, ele demorou um pouco mais. Ficou refletindo sobre o que ela dissera. O que será que ele não sabia?!
- Aqui está o Pó de Flu. Peguem um pouco. - disse Molly com um vaso de flor nas mãos.
- Boas compras e até mais tarde. - desejou Arthur.
Era o Domingo que haviam combinado de irem ao Beco Diagonal. Lá iriam comprar os presentes de Natal, incluindo o da brincadeira. Estavam indo ao Beco: Rony, Hermione, Emily, Harry, Gina e Stephanie. Emily não tinha problemas em viajar via pó de flu, já Stephanie, tinha viajado poucas vezes e ainda não tinha se acostumado, odiava.
O primeiro a entrar na lareira foi Harry, que assim como Stephanie, odiava viajar via pó de flu. Estava no sangue, pois, apesar dele não saber, seu pai também odiava. Aquela sensação de ser sugado por um enorme ralo, tudo girando rápido demais, lhe proporcionava um terrível enjôo.
Após ele, foi a vez de Hermione, depois Rony, e logo chegou a vez de Stephanie. Ela fez uma careta e jogou o pó, em segundos desapareceu, e só então Gina acenou para os pais e fez o que a filha acabara de fazer. Ela não tinha nada contra aquele tipo de transporte, mas achava um pouco desconfortável ficar cheia de fuligem.
Assim que saiu da lareira do Caldeirão Furado, espanou um pouco da fuligem se sua roupa antes de caminhar até onde os outros estavam lhe esperando.
- E então..., - começou toda feliz, mas seu sorriso logo se desmanchou quando notou a falta de alguém. - Gente, onde está a Stephanie? - perguntou sentindo o mundo girar ao seu redor.
- Ué! Pensei que ela viria depois de você. - falou Emily inocentemente.
- Essa não! - Rony exclamou.
- Vamos procurar em todas as lojas que tenham lareira aqui no Beco. - falou Harry rapidamente. - Vem, Gi. - Harry segurou sua mão, ela parecia que não agüentaria muito tempo em pé.
- Harry... - sussurrou assustada. - Minha filha...
- Calma. - ele a abraçou.
- Ela está sozinha em um lugar que não conhece. - ele sentiu as lágrimas dela molharem sua blusa.
- Vamos achá-la, eu te prometo. - disse beijando seu rosto.
Primeiro eles foram à Floreios e Borrões, nada dela. Enquanto isso, os outros três foram ao Empório de Corujas. Foram também na loja dos gêmeos, na Artigos de Qualidade para Quadribol, no salão das meninas, foram em quase todas as lojas e nada.
Voltaram desanimados para o Caldeirão Furado meia hora depois e encontraram Rony, Hermione e Emily lá. Essa última chorava e seus pais tentavam consolá-la. Gina não chorava mais, parecia que estava em outra dimensão. Não demonstrava emoção alguma.
- Nada? - perguntou Rony.
- Não. - Harry respondeu.
- Não quero perder a Stephanie. - Emily choramingou.
- Não vamos perdê-la. - disse Hermione confortando-a.
- Gina, você está bem? - Rony perguntou segurando uma das mãos dela. Ela o olhou sem emoção, e ele a abraçou.
- Fiquem aqui. Eu e o Harry vamos vasculhar esse Beco, e vamos achá-la. - falou Rony.
- Ela não pode ter saído tão longe. - Harry falou beijando o topo da cabeça de Gina antes de ir à procura de Stephanie com Rony.
- Não fica assim, Gi. - Hermione a consolou. - Se não a acharmos, o Ministério vai, ok? - Gina, novamente, não demonstrou emoção alguma. Ela sabia que eles queriam apenas ajudar, mas como ela iria ficar calma? A sua filha tinha sumido. Ela poderia estar em qualquer lugar. E pensamentos horríveis lhe cruzavam a mente.
Rony e Harry voltaram nas lojas que estiveram, mas novamente os vendedores lhe informaram que não haviam visto nenhuma garota com tais descrições. Já fazia quase duas horas que eles estavam rodando o Beco Diagonal quando Rony lembrou de algo.
- Não procuramos lá! - ele exclamou apressando o passo.
- Lá? Lá onde? - Harry perguntou sem entender, mas o seguindo na mesma velocidade, estavam quase correndo. Rony não respondeu, apenas fez sinal para que o seguisse.
Próximo ao Gringotes, eles entraram numa ruela. Uma velha placa de madeira, pendurada acima de uma loja que vendia velas envenenadas, informava que estavam na Travessa do Tranco. Harry lembrou do seu segundo ano, e só então entendeu onde o amigo queria chegar.
- Borgin & Burkes! - Harry exclamou, agora correndo.
Entraram apressados na que parecia ser a maior loja do Travessa do Tranco. Viram um senhor no balcão, e esse, ao reconhecer Harry, olhou com nojo para eles. "Tanta gente boa morreu, e esse aí ainda vive", pensou contrariado.
- Vieram revistar minha loja? - o Sr. Borgin perguntou ferozmente.
- Não. Queremos saber se viu uma garota de sete anos, de cabelos negros e olhos verdes. - Rony respondeu impaciente.
- Sua filha? - ele perguntou para Harry, olhando-o friamente.
- Não. - respondeu com raiva. - Apenas responda. - disse fechando os punhos ameaçadoramente.
- Vi. Há algumas horas ela saiu por minha lareira. Ficou assustada e saiu daqui correndo. - respondeu displicentemente.
- Você não fez mal a ela, fez? - Rony perguntou. Harry o fuzilava com os olhos.
- Nada, apenas mostrei um dos meus artigos. Achei que ela tinha vindo comprar algo. - ele mentiu para provocá-los.
- Foi!? - Harry segurou seu braço com forca. - O que uma garotinha de sete anos faria em uma loja como a sua? Não é óbvio que tinha saído na lareira errada?! - cada vez ele apertava mais o braço do velho.
- Você ficaria impressionado com o que vejo. Cada ano que passa fica mais precoce o envolvimento dos nossos jovens com as artes negras. - ele provocou. Aquilo foi o suficiente para que Harry e Rony, ao mesmo tempo, estuporassem o homem.
Fazia tempo que Harry não sentia uma raiva como aquela. Mas eles ainda não a tinham encontrado, então não demoraram a sair da loja. Foram na loja ao lado, e não a encontraram. Mas quando já estavam indo à loja da frente, viram ela saindo de uma loja mais adiante. Ela olhava para tudo muito assustada, e quando os avistou, uma sensação de alívio tomou conta dos três.
Stephanie correu até eles e abraçou a Harry primeiro. Ela chorava assustada e ele esfregava suas costas tentando acalmá-la, mas nem ele mesmo estava calmo. E ao ouvir o choro da menina, ele também chorou.
- Que bom que a achamos. - disse Rony a abraçando também.
- Pensei... Pensei que não os veria mais. - ela disse soluçando.
- Calma. - Harry a abraçou enquanto caminhavam até a saída daquele lugar horrível.
- Onde está a mamãe? - ela perguntou.
- Está te esperando, e vai ficar muito feliz quando te ver. - Rony respondeu.
- Desculpem... - falou num fiozinho de voz.
- Isso já aconteceu comigo, não é sua culpa. - Harry falou enxugando rapidamente as lágrimas.
- Sério? - perguntou, olhando-o curiosamente.
- Sim. Foi no meu segundo ano. - ele respondeu.
- Ele nunca tinha viajado via pó de flu. Estava passando férias na Toca, e sempre que íamos ao Beco, era via pó de flu. Então ele teve que viajar assim também, só que ao invés de sair no Beco, saiu na Travessa do Tranco, assim como você. - Rony contou. Notaram que ela estava se sentindo melhor ao saber que mais alguém passara por aquilo.
- Você saiu naquela loja horrível também? - ela perguntou fazendo careta.
- Saí. - respondeu. - Me diz uma coisa, aquele velho nojento te fez ficar com medo?
- Só de olhar para ele já fiquei com medo, mas ele não fez nada. Perguntei onde estava e ele respondeu. Olhei para aquelas coisas estranhas que tinham lá e então saí correndo. Vi que não estava no Beco. - ela contou.
- Bem, vamos apressar o passo. - falou Rony. - A Gina deve estar desesperada.
Assim que chegaram ao Caldeirão Furado e Gina viu a filha, correu e a envolveu num abraço forte e cheio de amor. Ela beijava o rosto da menina várias vezes e chorava emocionada.
- Deus! Pensei que tinha te perdido para sempre. - disse ainda abraçada à menina.
- Eu também. - disse beijando a mãe.
- Você se machucou? - perguntou, arrumando o vestido dela, que tinha saído um pouco do lugar depois do abraço.
- Não. - respondeu.
- Onde ela estava? - Gina perguntou finalmente.
- Travessa do Tranco. - Rony respondeu. Gina ficou espantada.
- Não é a primeira vez que isso acontece... - Hermione olhou para Harry e sorriu. - Ficamos feliz que esteja bem. - completou abraçando a sobrinha.
- Graças a Deus você está bem. - falou Emily a abraçando também.
- Que tal um sorvete? - Harry sugeriu para quebrar o clima melancólico. Agora que tinham achado Stephanie, tinham de ir às compras, afinal, se deixassem para o outro fim de semana, iriam encontrar um Beco Diagonal abarrotado de gente.
- Posso tomar mais um? - Stephanie pediu.
- Não, filha. - disse Gina. - Você já tomou quatro! Vai acabar pegando um resfriado e passando o Natal doente.
- Ah, ok. - se conformou.
- Mãe... - chamou um pouco depois. Gina, que estava com a cabeça apoiada no ombro de Harry, olhou para ela. - Me diz quem você tirou?
- Não posso, meu amor. - disse afagando os cabelos dela. - Se eu te contar, a brincadeira vai perder a graça.
- E você, Harry? - a menina perguntou com os olhinhos pedintes.
- Também não posso. - negou com o coração pesado.
- No dia você saberá. - disse Gina.
- Eu tentei... - Stephanie murmurou para a prima.
- Eu também, mas eles não dizem de jeito nenhum. - a outra sussurrou em resposta.
- Essas duas... - Hermione riu.
- Vamos? - Rony chamou. - Qual é o nosso próximo destino?
- Floreios e Borrões. - Gina falou. - Meu presente ideal está lá.
- Talvez o meu também esteja... - disse Hermione. - Mas nem sei se vou comprar lá mesmo...
Passaram exatamente uma hora dentro da Floreios e Borrões. Apenas Harry e Gina compraram seus presentes lá, e não deixaram ninguém ver os títulos dos livros, pois daria muito na cara.
Depois foram até a Artigos de Qualidade para Quadribol, e apenas Stephanie comprou seu presente lá. Ela deixou todos verem, afinal, na família Weasley viciados no jogo era o que não faltava, e o presente podia ser para qualquer um.
- Difícil comprar presente para essa pessoa. - Rony confessou. - Não tenho a mínima idéia.
- Que tal irmos à Madame Malkin agora? - Hermione sugeriu.
- Vamos. - Rony concordou.
Novamente, Hermione não achou seu presente, já Rony comprou o seu. Os outros aproveitaram para comprar alguns presentes que dariam fora da brincadeira. Na verdade, eles tinham separado uma outra tarde para fazer isso, mas, já que as lojas estavam tão vazias, resolveram aproveitar.
Já passava do meio dia quando saíram da loja de roupas, então pararam no Caldeirão Furado para almoçarem.
- Nossa, meus pés estão arrasados! - Hermione comentou.
- Ainda temos a tarde toda, mãe. - falou Emily.
- Eu nem estou cansada. - Stephanie falou. - Apesar de tudo...
- Vamos esquecer isso, ok? - Gina beijou-lhe o topo da cabeça. - Você já está segura conosco.
- Hum, que tal irmos à Gemialidades? - sugeriu Rony quando eles acabaram de almoçar.
- Vamos. - Harry se levantou, mas Gina olhou para ele e indicou Stephanie com a cabeça. - Ah, vão na frente, a gente se encontra lá...
- Claro. - Hermione falou após entender o que o amigo quis dizer. - Vamos, Rony, Emily...
- Por que ficamos? - Stephanie perguntou sem entender o que se passava.
- Porque precisamos conversar com você. - Gina respondeu. - Senta aqui. - ela a pôs no colo.
- E sobre o que seria? - a menina perguntou.
- Sobre nós. - Harry respondeu.
- O quê? Que vocês estão namorando? - perguntou como se não fosse novidade alguma.
- Sabemos que você já sabe, meu amor. - Gina falou. - Mas queríamos saber o que você acha disso.
- Ah! Bem, eu acho que se você está feliz, eu estou. - respondeu sorrindo sincera.
- Você não vê problema algum? - Harry tentou se certificar.
- Não. - respondeu como se fosse a coisa mais óbvia. - Por que veria?
- Eu não quero que pense que estou aqui tentando tomar o lugar do seu pai. - ele explicou. - Jamais.
Gina novamente se sentiu incomodada. Já tinha ouvido Harry falar aquilo para Neville, mas vê-lo falar para a própria filha que não queria tomar o lugar do pai dela... Deus! Ele o pai dela! Queria ser forte para contar, sabia que a cada dia que passava, o circo se fechava. Sabia que tinha que contar, tinha que seguir o conselho da Mel. Mas agora que estava com Harry, ela temia perdê-lo de novo.
- Eu sei. - a menina sorriu para ele. - Mas eu adorei. Quero dizer, eu confio em você. - Harry sorriu.
- Bom saber disso. - ele disse.
- Quer dizer que você não vai se sentir mal por eu estar com outra pessoa, não é? - Gina perguntou.
- Não, mãe. Acho até que vocês demoraram. - eles se olharam espantados. - Eu sabia que a mamãe gostava de você desde aquele dia na sua casa, no seu aniversário... Notei o jeito que vocês se olharam...
- Nossa, você é mais esperta do que eu pensei. - Gina brincou.
- Quero que sejam felizes. - a menina acrescentou.
- Eu farei sua mãe muito feliz. - disse acariciando a mão de Gina.
- Sei que fará, mas, hum... Vocês namoravam antes da mamãe ir embora? - perguntou, como sempre muito curiosa.
- Não realmente. - falou Gina confusa.
- Sua mãe sempre me amou. - Harry disse fingindo-se convencido. Gina bateu em seu ombro de leve e ele beijou-lhe a cabeça.
- Por que não casaram? - Stephanie voltou a perguntar.
- Porque fui embora, e por motivos que somente quando estiver mais velha irá entender. - Gina explicou-lhe.
- Tá, mas agora podem me dizer quem tiraram? - perguntou esperançosa.
- Espertinha! - Gina riu. - Mas não podemos.
- Só falta uma semana. - falou Harry acariciando-lhe os cabelos.
- Ok! Eu desisto. - disse saltando do colo da mãe.
- Vamos? - Gina chamou.
- Graças a Deus ela não ficou contra. - Harry disse no ouvido de Gina enquanto puxava sua cadeira.
- Impossível ela não gostar de você. - Gina sussurrou no ouvido dele, beijando-o em seguida. Stephanie sorriu ao ver a cena.
- E aí? - Rony perguntou assim que se encontraram em frente à Gemialidades.
- Como ela reagiu? - perguntou Hermione.
- Ela não se opôs. - Harry respondeu feliz.
- Bem, ela adora o Harry, vocês sabem... - Gina acrescentou; ele sorriu para ela.
- Aham... - Stephanie pigarreou para chamar a atenção deles. - Vamos nos mexer?
Foram até uma joalheria que ficava próxima ao Gringotes. Harry e Emily comparam os presentes lá, depois passaram o resto da tarde comprando presentes para o resto do pessoal, já que além do Amigo Secreto, eles também presenteariam os outros integrantes da família, que não eram poucos.
Quando o sol já se punha, era hora dos três irem embora. Rony iria embora para a Toca com as duas meninas e todas as compras, enquanto os outros pegariam uma chave do portal para voltarem a Hogwarts.
- Você já vai... - disse Stephanie enrolando uma mecha do cabelo da mãe que estava agachada à sua frente.
- Tenho que ir. - disse acariciando o rosto da filha. - Mas daqui a uma semana a gente se vê. Esse Natal será especial.
- O segundo sem o papai, e o primeiro sem o tio Josh e a tia Mel. - falou triste.
- Não fica assim. - Gina a abraçou. - Falando nos seus tios, vou escrever a eles perguntando se ela realmente está grávida e se é menino ou menina, há essa altura eles já devem saber.
- Quando eles vêm nos ver? - Stephanie perguntou.
- Não sei, meu amor. Mas prometo que nas próximas férias nós vamos visitá-los, ok?
- Não vejo a hora de voltar a Nova York. - a menina confessou. - Mas não quero mais morar lá agora que tenho uma família...
- Também não quero voltar a morar lá, mas tem lugares de que sinto falta. - Gina falou.
- Eu também, o zoológico principalmente. - Gina sorriu. - Mas falar disso traz memórias tristes...
- É verdade. - disse Gina. - E podemos levar a Emy conosco! - Stephanie se animou.
- Vocês deixam eu ir? - Emily perguntou, também animada.
- Claro que deixamos. - Hermione respondeu. Rony sorriu.
- O tio Harry vai também? - Stephanie perguntou. Harry que estava um pouco distante delas, se aproximou.
- O que você acha? - perguntou à Gina.
- Acho que seria perfeito se você fosse. - disse o abraçando.
- Então essa viagem promete! - Stephanie exclamou.
- Faltam cinco minutos. - Rony avisou.
- Até daqui a uma semana. - Gina abraçou e beijou a filha várias vezes.
- Eu te amo! - a menina disse passando a mão por seu rosto.
- Eu também! - disse sorrindo.
- Tio, até Domingo. - Stephanie o abraçou e ele, meio desajeitado, acariciou os cabelos dela.
- Tchau, princesa. - ele disse.
- Odeio deixá-la para trás. - falou Gina enquanto caminhavam até Hogwarts.
- Odeio te ver assim. - Harry a puxou para si, ela sorriu. - Assim é melhor.
- Você já me disse isso... - ela lembrou de oito anos atrás.
- Você ainda lembra. - falou sorrindo.
- Eu lembro de cada segundo daquela noite. - sussurrou no ouvido dele. - Cada um... - ele sorriu marotamente.
- Não me faça pular etapas. - ele brincou, ela sorriu.
- Desculpa por não está sendo tão... Tão completa. - falou melancólica.
- Eu não estou te cobrando nada. - disse levantando seu queixo delicadamente. - Eu espero você estar pronta.
- Você é tão especial. - disse olhando nos olhos dele.
- Ow, desculpa interromper o momento romântico. - falou Hermione, que andava com dificuldade por conta dos pés que doíam. - Mas poderiam andar?
- Desculpa, Mione. - Gina falou corada.
- É, desculpa. - Harry falou; Hermione sorriu e continuou andando.
Desculpa a demora também, mas dar aula em Hogwarts é muito cansativo, e o pouco tempo que tenho, fico com o Harry, ou dormindo. Sim! Com o Harry... Deixa eu te contar tudo.
Recebi um bilhete anônimo e fui ao lago, quem encontro lá? Ele... Conversamos e ele falou que nesses oito anos não me esqueceu por um dia sequer... Enfim, começamos a namorar. É maravilhoso tê-lo de novo, Mel. É como ir ao céu sem sair do lugar, entende?
Eu nem te contei, mas o Malfoy me beijou a força. Isso foi no meu primeiro dia de aula aqui. Ele não pára de olhar para mim de um modo, nossa, parece que ele pode ver tudo o que sinto, ler meus pensamentos apenas com o olhar... Acho que ele está desconfiado, não sei, pode ser coisa da minha cabeça...
Ainda não contei nada ao Harry. Sei que adiar não é a solução, mas eu não consigo, Mel. Eu não tenho forças, tenho medo de perdê-lo de novo, ainda mais agora que estamos juntos... Mas eu vou tentar não demorar muito, juro.
Sinto muito pelo o que estão passando... Espero que já tenham resolvido isso. É horrível ter uma pessoa se metendo no seu relacionamento. Nem preciso dizer que a Cho está um saco. Ela sempre dá um jeito de me tratar mal, de dar certas indiretas... Não estou mais agüentando.
A Stephanie está muito bem adaptada. É super amiga da minha sobrinha, filha da Hermione e do Rony. Todos gostam bastante dela, inclusive o Harry. Mel, eles se adoram, apesar de se conhecerem a tão pouco tempo. Eu me sinto péssima vendo que estão tão juntos e não sabem que são pai e filha...
E quanto a vocês? Você está mesmo grávida? Se estiver me conta qual o sexo e qual nome vão pôr. Eu darei um jeito de ser a madrinha, está bem? O batizado será daqui a um ano aproximadamente, então se a cerimônia for na época do Natal, eu poderei ir.
Não demora tanto a me responder, está bem?
Um beijão pra vocês dois,
Gina Weasley".
Maybe it's intuition
(Talvez seja intuição)
But some things you just don't question
(Mas algumas coisas não são questionadas)
Like in your eyes
(Como em seus olhos)
I see my future in an instant
(Eu vejo meu futuro num instante)
And there it goes
(E lá se vai)
I think I've found my best friend
(Acho que encontrei minha melhor amiga)
I know that it might sound more than a little crazy
(Sei que pode parecer um tanto louco)
But I believe
(Mas eu acredito)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I think I dreamed you into life
(Acho que sonhei com você toda minha vida)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I have been waiting all my life
(Estive esperando toda minha vida)
There's just no rhyme or reason
(Não existe rima ou razão)
Only this sense of completion
(Apenas essa sensação de completude)
And in your eyes
(E em seus olhos)
I see the missing pieces
(Eu vejo as partes perdidas)
I'm searching for
(Que estou procurando)
I think I've found my way home
(Acho que achei o caminho para casa)
I know that it might sound more than a little crazy
(Sei que pode parecer um tanto louco)
But I believe
(Mas acredito)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I think I dreamed you into life
(Acho que sonhei com você em minha vida)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I have been waiting all my life
(Estive esperando toda minha vida)
A thousand angels dancing around you
(Mil anjos dançando a sua volta)
I am complete now that I've found you
(Estou completo agora que a encontrei)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I think I dreamed you into life
(Acho que sonhei com você em minha vida)
I knew I loved you before I met you
(Eu sabia que te amava antes de te conhecer)
I have been waiting all my life
(Estive esperando toda minha vida)
