Capítulo Vinte e Oito - O que deveria ser comemorado...
Música: When you say nothing at all – Ronan Keating
Aquele dia estava sendo o mais esperado por toda Hogwarts. Durante todo o dia, cupidos estariam entregando bilhetes de amor por todo o castelo.
Mas uma pessoa estava odiando aquela idéia. Essa pessoa era Draco Malfoy. Ele tangeu vários dos cupidos das suas aulas, mas os bichinhos eram persistentes.
Temos um cartão para o senhor! – berrou um deles na última aula do dia.
Não quero saber. – ele disse expulsando o cupido da sala. – Saia!
Mas eu devo cumprir minha missão! – o bichinho desenrolou decidido um pergaminho e começou a ler: "Draco, você é o melhor professor de toda Hogwarts. Te admiro muito! Espere por minha coruja hoje à noite".
Agora sai! – ele disse com mais raiva. "Era só o que faltava!". – O primeiro que abrir a boca sobre esse bilhete perderá cinqüenta pontos para a sua casa.
Draco mandou que eles fizessem uma poção bastante complicada. A turma era do sétimo ano, e ele pegaria pesado nos N.I.E.M's.
Enquanto eles trabalhavam, Draco ficou lendo um livro de poções que pegara na biblioteca. Ele sempre percebia quando alguém o observava demais, então, levantou a vista a tempo de ver que Jennifer Zimmer olhava fixamente para ele. Somando dois mais dois, ele logo descobriu que ela tinha sido a autora do bilhete. Sorriu malicioso para ela e retomou a leitura.
Ao fim da aula, ele pediu que Jennifer ficasse e ela, obviamente, o obedeceu.
Creio que seja a autora do cartão, Srta. Zimmer? – ele falou, aproximando-se dela perigosamente.
O que você acha? – a sonserina perguntou, olhando-o de cima para baixo. Draco notou que ela tinha muito em comum com ele.
Sabia que é terminantemente proibido relacionamento entre professor e aluna? – ele perguntou.
E quem precisa saber? – ela devolveu, ousada. – Também não é certo um professor praticamente casado fazer visitas ao quarto de uma professora quase todas as noites.
O que você sabe? – ele puxou o braço dela com força.
Mais do que imagina. – ela falou com um sorriso sarcástico.
Me diga! – ele forçou mais ainda o braço dela.
O que eu ganho? – ela perguntou, desafiando-o.
O que você quer? – os rostos deles já estavam a centímetros de distância.
Isso. – ela fechou a mínima distância entre eles com um beijo. A princípio, Draco pensou em afastá-la. Aquilo era muito errado. "Errado! Nada é errado quando se é um Malfoy", ele pensou, e então trouxe o corpo dela para junto do seu.
Ele, ainda no meio do beijo, afastou tudo o que tinha sobre sua mesa e a deitou em cima dessa. Começou a desabotoar sua blusa. Ela, por sua vez, desabotoava a calça dele. Sabiam que estavam fazendo a coisa errada no local errado, mas, cegos pelo prazer, esqueceram do mundo e continuaram o que estavam fazendo.
Draco beijava o pescoço dela e dava leves mordidas no local, enquanto ela desabotoava a sua camisa. Suas mãos estavam deslizando pelas coxas dela quando a porta foi aberta abruptamente.
Eles tomaram o maior susto, e Harry também. Ele imaginava tudo de Malfoy, menos que ele matinha casos com as alunas, ainda mais dentro da sala de aula. "Pobre Claire", foi a primeira coisa que ele pensou.
Potter! – ele disse com raiva, enquanto abotoava a camisa.
Malfoy... – o outro disse chocado.
O que foi, Potter! – perguntou ainda mais furioso. Jennifer se arrumava ao lado de Draco, estava totalmente descabelada.
O que você está fazendo! – ele olhava da moça para Draco.
Preciso mesmo dizer? – perguntou com sarcasmo. – Acho que começa com "t" e termina com "o"... Ou melhor, começaria, se você não tivesse aparecido!
Meu Deus! Nem as alunas te escapam! Sabia que você não prestava, mas tanto assim! Pedofilia é crime... – ele disse rindo e balançando a cabeça. – A Hermione está te esperando na sala dela.
Depois continuamos... – Jennifer disse puxando-o pela gravata e o beijando.
Droga! – ele resmungou antes de sair da sala.
- Gina? – Harry chamou enquanto abria a porta do dormitório dela, lentamente.
Entra, Harry. – ele escutou a voz dela vindo do banheiro.
Já está pronta? – perguntou caminhando até onde ela estava.
Estou só prendendo meu cabelo. – ela respondeu procurando o prendedor.
Não, deixa solto. – ele estava recostado na porta do banheiro, observando-a. – Eu prefiro assim. – completou quando ela deixou os cabelos cairem sobre os ombros.
Então... Vamos? – ela se virou. Harry cruzou os braços e ficou olhando fixamente para ela. – O quê?
Linda... – ele disse suavemente, acariciando o rosto corado dela.
Bobo! – Gina falou, atirando-se nos braços dele em seguida.
Eles pegaram uma carruagem e foram até Hogsmeade. Jantariam no Três Vassouras, que estava com uma programação especial para o Dia dos Namorados. Teria uma banda tocando músicas lentas e, ao invés da Sra. Gray servi-los, teriam vários garçons disponíveis para agilizar o serviço.
Harry, o que você ia me dizendo e parou quando a Mione se aproximou? – ela perguntou assim que eles terminaram de jantar.
Quando?
Hoje, no fim da tarde, quando a gente se encontrou após a última aula.
Ah! Bem, você lembra que a Hermione tinha me pedido para chamar o Malfoy?
Lembro sim. – disse curiosa.
Bem, quando eu cheguei à sala dele, adivinha o que eu vi? – ele adorava torturá-la, sabia que era super curiosa.
Ah, Harry! Diz logo, eu estou me roendo de curiosidade! – ela implorou.
Ele estava se agarrando com uma sonserina do sétimo ano, Jennifer Zimmer. – Gina não conseguia acreditar.
Como assim se agarrando! – perguntou boquiaberta.
Ué... Ela deitada sobre a mesa com a blusa aberta, ele por cima com as mãos na... – ele começou a descrever a cena. Gina estava estática, ainda não estava acreditando.
Já entendi! – disse, cortando-o. – Não precisa de tantos detalhes. – ele riu. – Que absurdo!
É... E uma hora depois, partiu para casa. Foi encontrar a Claire, coitada dela...
Nossa, uma aluna... Nunca pensei isso dele! – ela já não estava mais tão espantada.
Vindo de um Malfoy, pode-se esperar tudo! – Harry ponderou.
Ok, mas vamos esquecê-lo. – ela disse acariciando o rosto dele. – Vamos falar de nós...
Nós... – ele falou pensativo. – Hum... Deixa eu te dar meu presente. – ele tirou uma caixinha do bolso e entregou a ela. Ao abrir, ela viu um pingente de ouro branco em forma de coração com um diamante no meio.
Nossa, Harry! Não precisava comprar algo tão caro... – ela disse encantada com o presente.
Abre... – ele disse sorrindo de orelha a orelha. Adorava fazê-la feliz.
Ela assim o fez e viu que dentro do pingente havia uma foto deles dois juntos. Eles estavam abraçados e sorrindo. A garota ficou olhando algum tempo, então percebeu que uma frase passava de vez em quando. A frase dizia: "Para o meu amor, a melhor parte do meu dia. Eu te amo". Ela sentiu os olhos umedecerem e deixou uma lágrima rolar por sua face. Ele enxugou a lágrima com o polegar. Depois, segurou o rosto dela em suas mãos e a beijou com carinho.
Obrigada. – ela sorriu sincera.
Você merece. E não chora. Hoje nós temos coisas mais interessantes para fazer... – ele disse malicioso. Ela riu.
Mas antes, deixa eu te dar meu presente. – ela disse enquanto abria a bolsa. Entregou um pacote azul a ele. Dentro tinha uma caixinha e, dentro dessa, um relógio muito bonito.
Obrigado. – ele disse segurando a mão dela, que estava sobre a mesa, e beijando-a.
Você merece. – ela repetiu o que ele tinha dito, fazendo-o sorrir.
Eu mereço mais o quê? – perguntou no ouvindo dela, provocando-lhe arrepios.
Não sei... – fingiu-se pensativa.
Eu sei. – completou mordendo o lóbulo da orelha dela, delicadamente.
Você já bebeu demais... – ela disse se desvencilhando dele e rindo, enquanto ele tentava beijar-lhe o pescoço.
Não bebi, não. Garçom, por favor, mais uma garrafa de vinho tinto. – ele pediu, só pra provocá-la.
Não beba muito. – ela o aconselhou.
Hoje a noite é nossa! – ele falou um pouco mais alto e a trouxe para junto de si. – Vamos agir sem pensar nas conseqüências.
Ok! – ela concordou finalmente. – Vale a pena quando estou com você. – completou beijando-o de leve.
Ficaram bebendo e curtindo um ao outro por mais meia hora.
Vamos? – ele chamou assim que pagou a conta.
Vamos! – ela disse se levantando. Estava meio tonta, e Harry a ajudou a ficar em pé.
Eles pegaram uma carruagem, logo já estavam de volta ao castelo. Subiram as escadas rapidamente e chegaram ao quarto. Ela entrou primeiro e ele, após entrar atrás dela, trancou a porta.
Ei! – ele puxou o braço dela, fazendo com que ficasse de frente a ele.
Oi. – ela disse com um sorriso bobo.
Eu te amo! – disse enquanto beijava o pescoço dela.
Também te amo. – sussurrou enquanto se beijavam.
Eu te quero... – ele disse no ouvido dela enquanto suas mãos deslizavam por suas pernas. – Muito. – completou voltando a beijar-lhe o pescoço.
Mesmo? – ela perguntou encostando sua testa na dele.
Mesmo. – disse tentando beijá-la, mas ela afastava o rosto quando ele o fazia.
Então... Vem me pegar! – ela disse de forma maliciosa.
Gina correu até a outra extremidade do quarto e ele quase a alcançou. Depois, ela correu para o banheiro, de modo que não pôde mais fugir. Estava encurralada.
Ele entrou no banheiro, e foi se aproximando lentamente dela.
Te peguei! – os dois riam sem parar. Então, ele apoiou os braços na parede, um de cada lado dela, fazendo com que ela não pudesse sair da onde estava.
E o que você vai fazer comigo? – perguntou em tom de desafio.
Você quer mesmo saber? – ele a puxou para si, de modo que seus rostos ficaram a centímetros de distância.
Aham... – respondeu. Ele a beijou cheio de desejo. Em seguida, derrubou tudo que tinha sobre a bancada do banheiro e a colocou sentada.
Eu vou te levar às estrelas de um modo que nunca fiz... – disse voltando a beijá-la.
E se eu fugir? – ela perguntou entre beijos.
Eu vou atrás de você... – respondeu beijando o colo dela e tentando tirar sua blusa.
Ela o ajudou a se desfazer da blusa, e em seguida ele se desfez da dele. Voltaram a se beijar enquanto ele deslizava as mãos sobre as coxas dela, fazendo com que sua saia subisse cada vez mais. Ela desceu da bancada e eles foram, aos beijos, até a cama. Naquela noite, eles se amaram como nunca tinham feito na vida.
Bom dia. – ela disse ajoelhada sobre ele na manhã seguinte.
Bom dia. – ele disse abrindo os olhos e sorrindo ao vê-la apenas coberta por um lençol.
Vamos acordando. – falou enquanto saia de cima dele.
Não! – ele a puxou de volta. – Quero você assim... – completou acariciando a cintura dela.
Temos que dar aula. – ela apontou para o relógio que estava sobre a mesa de cabeceira.
Ainda temos uma hora. Então, meia hora para nos divertirmos e meia hora para nos arrumarmos. – ele tentou persuadi-la.
Assim você me convence. – ela disse passando as mãos sobre o peito dele.
Eu sou bom nisso, não sou? – ele perguntou, tomando-lhe os lábios em seguida.
Muito... – ela sussurrou enquanto ele acariciava suas pernas. – Não só nisso... – acrescentou, deixando ele mais "empolgado".
Após as aulas daquele dia, Gina e Harry se encontraram na escadaria principal para irem jantar juntos, mas um aluno do quinto ano pediu para que Harry lhe tirasse algumas dúvidas. Harry, que não estava com fome, despediu-se de Gina e Hermione, e seguiu com o aluno.
As duas foram até a mesa dos professores e começaram a colocar o papo em dia.
E ai? Como foi lá com o Rony? – Gina perguntou sorrindo marotamente.
Foi ótimo! Ele me levou para jantar, e quando voltamos para casa, a Emily estava dormindo na nossa cama.
Que lindinha!
É... então, dormimos os três juntos. Como não fazíamos há muito tempo... – Hermione sentia muita falta da família, estava até pensando em deixar Hogwarts.
Você viu a Stephanie? – Gina perguntou.
Vi sim. E mandei seu beijo para ela.
Ela está bem? – perguntou ansiosa.
Relaxa, ela está ótima. Mas como foi sua comemoraçãozinha com o Harry? – dessa vez, Hermione que sorria marotamente.
Foi legal! Fomos ao Três Vassouras, depois voltamos ao castelo e dormimos juntos. – contou sorrindo ao lembrar de certos acontecimentos.
Aproveitaram bastante, hein? – Hermione riu.
Pois é, foi maravilhoso...
Imagino...
O Malfoy voltou? – Gina perguntou, mudando o rumo da conversa.
Não sei, não o vi o dia todo, mas creio que sim. Por quê? – perguntou interessada.
Ah, porque o Harry o pegou com aquela sonserina do sétimo ano, Jennifer Zimmer, se agarrando na última aula de ontem... – Hermione se engasgou com o suco.
Mentira! Meu Deus! – ela não conseguia acreditar.
Estavam quase, lá... Mas, vindo do Malfoy, né? – perguntou sorrindo e balançando a cabeça.
Sinceramente, aquela menina se atirar para todos! – Hermione não costumava falar dos alunos, mas não pôde se conter dessa vez.
É... A Lisa comentou comigo uma vez... Ela que não se atreva a dar em cima do Harry! – falou olhando para a mesa da Sonserina e fuzilando Jennifer com o olhar. Essa não viu, pois estava muito entretida conversando com os amigos.
O Harry não deve corresponder qualquer provocação dela... – Hermione falou tentando deixar Gina tranqüila.
O quê! – Gina olhou incrédula para Hermione. – Ela dá em cima dele!
Gina, minha cara, ela dá em cima de TODOS! – Gina riu.
Agora além da Chang tem uma aluna! – Cho, que estava perto delas, quando ouviu seu nome olhou naquela direção. Gina acenou sorrindo falsamente para ela, que retribuiu o gesto.
Ai, Gina. O Harry te ama, você sabe disso.
Eu sei, Mione. Eu vou para o meu dormitório, ainda tenho que escrever para a Mel. – disse levantando-se. As duas seguiram juntas até o primeiro andar.
Bem, eu fico aqui. Boa noite. – Hermione falou.
Gina, de repente, começou a enxergar tudo escuro e sentiu o mundo girar. Suas pernas fraquejaram e então tudo apagou. Hermione, vendo o estado dela, correu para socorrê-la.
Gina, você está bem? – Hermione perguntou preocupada.
Gina acenou que não e Hermione a levou até seu dormitório, já que estava bem mais perto. Ao chegar lá, colocou Gina na cama. Ela ficou algum tempo deitada lá. Depois, levantou-se e foi até o banheiro. Ajoelhou-se de frente à bacia sanitária e pôs todo o jantar para fora.
Quer que eu chame o Harry? – perguntou Hermione.
Não, eu estou bem. – disse levantando-se. – Obrigada, Mione. Boa noite, e não fala disso com ele, por favor.
Ok. Mas tem certeza de que está bem mesmo!
Tenho, sim. Até amanhã. – disse apressando-se em sair de lá.
Mas ela não subiu escada alguma, andou até um dos corredores do primeiro andar mesmo. Foi até a ala hospitalar e assim que entrou lá, a Sra. Glew, a enfermeira, foi atendê-la.
O que a senhorita tem? – perguntou guiando-a até uma das muitas camas do lugar. – Está pálida. O que houve?
Me senti tonta e devolvi todo o jantar... – falou respirando com dificuldade. Depois, teve nova ânsia de vômito e a enfermeira conjurou uma bacia. Gina devolveu o restante do jantar.
Pronto. Agora deite que irei fazer alguns exames para descobrir o que você tem. – mandou arrumando os travesseiros e ajudando-a a deitar-se.
Tudo bem. – disse assim que encostou a cabeça nos travesseiros fofinhos.
Nem mais uma palavra foi dita. A velha senhora deu algumas poções a Gina e pronunciou algumas palavras desconhecidas. A moça acabou adormecendo. A enfermeira saiu com um largo sorriso e foi até sua saleta, teria uma ótima notícia para dar à professora quando acordasse. Na verdade, não tão ótima considerando as circunstâncias em que sua paciente estava vivendo.
Assim que Gina acordou, o que aconteceu no meio da madrugada, ela aproximou-se da sua cama para dar-lhe a notícia.
O que eu tenho? – Gina perguntou, atordoada, enquanto sentava-se na cama.
Parabéns! Você vai ser mamãe! – a Sra. Glew disse com um largo sorriso.
O quê! – perguntou sentindo seu mundo desmoronar.
Bem, você está grávida de quatro semanas... – ela disse desconcertada. Não imaginava tal reação.
Não... – sussurrou enquanto lágrimas caíam dos seus olhos. – Não posso...
Sinto muito se a gravidez não é bem-vinda... – ela tentou consolá-la.
Deus! – ela soluçava. – Agora, mais do que nunca, eu tenho que contar! Ai, meu Deus!
Acalme... – a senhora estava perdida, não entendia o que estava acontecendo.
Eu vou para o meu quarto... – ela se levantou e calçou a sandália.
Aconselho que durma aqui. – disse a Sra. Glew firmemente.
Me dê uma poção, qualquer uma, mas me deixe voltar ao meu dormitório... – Gina pediu suplicante.
Está bem. – a velhinha foi até um dos armários e entregou-lhe um frasco cheio de uma poção que Gina desconhecia. Se tinha uma matéria que ela odiava, essa era poções.
Saiu cambaleando da enfermaria e foi ao terceiro andar. Assim que entrou em seu dormitório, jogou-se na cama e caiu no choro. Por quê! Por que ela tinha que engravidar? Por que ela não podia ficar feliz por estar grávida como qualquer mulher normal?
Ela sabia que não poderia mais manter aquela mentira. Não seria justo Harry reconhecer apenas aquela criança como filho, ou filha. Ela teria de contar, não podia mais fugir daquilo.
Após algum tempo deitada, e chorando, ela foi até a escrivaninha escrever a Mel. Precisava desabafar com alguém, mesmo que esse alguém não pudesse lhe dar respostas imediatas.
Molhou a pena no tinteiro e começou a escrever.
"Oi Mel,
Na verdade, evoluímos demais. Acabei de passar mal e fui à ala hospitalar. E adivinha só? Estou grávida. Supostamente era para eu estar comemorando junto ao pai dessa criança. Mas não, eu estou aqui, chorando, desesperada sem saber o que fazer.
Desculpa não ter te ouvido, desculpa. Agora eu não tenho mais como me enganar, não posso mais continuar com essa mentira. Não posso, Mel. Como eu vou dizer a ele que estou grávida e não dizer que ele já tem uma filha? Como! Eu não sou tão fria a esse ponto. Vou contar as duas coisas a ele, só preciso de forças. Forças... Eu esperei por isso durante meses, e jamais tive força o suficiente para enfrentar a realidade.
Mas eu quero participar da sua felicidade, mesmo que eu não esteja feliz. Você deve estar muito bonita grávida, queria poder te ver. Sinto muita falta de vocês... Nem imaginam como! Venham para cá... Volta para a Inglaterra, Mel. Por favor!
Você me fez chorar falando do Ryan. Lembrar dele dói, sabia? Muito. Tempos bons... sim, Mel. Mas tempos que eu vivi com uma mentira. Eu não sou totalmente feliz desde que aquela maldita guerra aconteceu! Eu não tenho a consciência leve desde que tinha dezessete anos! Eu não conheço o sentimento de paz, Mel... Nem lembro como é sentir paz...
Desculpa, eu não estou em estado para escrever nada... Vou dormir e organizar meus pensamentos.
Amo vocês,
Virgínia Weasley."
When you say nothing at all
It's amazing how you can speak right to my heart
(É incrivel como pode falar direto ao meu coração)
Without saying a word you could light up the dark
(Sem dizer uma palavras, você ilumina a escuridão)
Try as I may I could never explain
(Que eu tente o quanto puder, eu nunca poderei explicar)
What I hear when you don't say a thing
(O que escuto quando não diz nada)
The smile on your face lets me
(O sorriso em seu rosto me faz)
know that you need me
(saber que precisa de mim)
There's a truth in your eyes saying
(Há uma verdade em seus olhos)
you'll never leave me
(dizendo que nunca me deixará)
The touch of your hand says you'll catch me
(O toque da sua mão diz que vai me pegar)
wherever I fall
(onde quer que eu caia)
You say it best when you say nothing at all
(Você diz isso da melhor maneira quando não diz nada)
All day long
(Durante todo o dia)
I can hear people talking out loud
(Posso ouvir as pessoas falando alto)
But when you hold me near, you drown out the crowd
(Mas quando me segura juntinho, você abafa o som da multidão)
Try as they may, they could never define
(Que tentem o quanto pudere, eles nunca poderiam definir)
Whats being said between your heart and mine
(O que está sendo dito entre o seu coração e o meu)
The smile on your face lets me
(O sorriso em seu rosto me faz)
know that you need me
(saber que precisa de mim)
There's a truth in your eyes saying
(Há uma verdade em seus olhos)
you'll never leave me
(dizendo que nunca me deixará)
The touch of your hand says you'll catch me
(O toque da sua mão diz que vai me pegar)
wherever I fall
(onde quer que eu caia)
You say it best when you say nothing at all
(Você diz isso da melhor maneira quando não diz nada)
