Amor Policial
Capítulo Um
A Nova Missão
- Vamos! Vamos! - gritava baixo um agente do FBI, enquanto ele e mais o seu bando corriam pelo corredor vazio de um prédio.
Todos os agentes seguravam uma pistola na mão. Quando chegaram no apartamento desejado, pararam em frente à porta. O principal agente fez um sinal com o olhar para outro agente, e este se posicionou em frente à porta. Deu um forte chute, e a porta se arrombou. Todos entraram, em suas posições.
Espalharam-se pela casa. Logo encontraram um homem assustado na sala, que assistia a tv. Ele olhou confuso, e então tentou passar correndo por entre dois agentes, mas eles o seguraram, sorrindo. O homem deu um chute em um, derrubando sua arma, e um soco no outro. Então saiu correndo em disparada, em direção ao corredor.
Os agentes o barraram, mas o chefe do grupo mandou que o deixasse sair, com o olhar. Todos se reuniram em torno do chefe, para entender o motivo, apesar de todos já terem mais ou menos a idéia do que o chefe queria dizer.
- Por que deixá-lo senhor? - perguntou um agente, com a pistola nas mãos.
- A agente Rin toma conta dele. Não se preocupem. - respondeu o chefe, com um sorriso nos lábios.
O homem corria desesperado pelo corredor. Ele não esperava a "visita" do FBI a sua casa. Ele decidiu ir pela escada de emergência mesmo. O homem viu uma garota muito bonita sentada na escada. Ela vestia uma blusa de frio preta, uma saia jeans preta, uma meia-calça preta, botas de salto alto e fino pretas, e para completar o visual, um boné preto. Sem contar que ouvia seu mp3.
- Sai da frente garota! - mandou o homem, descendo as escadas.
- Mas que má educação! - comentou a garota, com um sorriso de lado nos lábios. - Vai se arrepender de ter dito isso garoto.
- Hã? - o homem perguntou.
A garota desceu pelo corrimão da escada, e quando estava no fim, deu um chute no homem, e ele caiu no chão, golpeado. Ele se levantou para atacá-la, mas levou um chute com a perna direita dela, e logo em seguida um com a esquerda. Ele caiu no chão, golpeado, e ela apenas ficou de costas para ele, sorrindo.
- É melhor ficar parado aí, garotão! - disse a garota se virando e apontando sua pistola para ele.
- Droga... - resmungou ele, derrotado.
Logo os agentes que invadiram a casa do homem apareceram, rindo e conversando. O chefe, ao ver Rin, não ficou surpreso. Era comum ver Rin golpeando e derrotando os criminosos. Também, não era a toa que ela era a melhor agente do FBI.
- Bom, vamos levá-lo para a cadeia. - disse o chefe, descendo as escadas.
Ele algemou as mãos do homem, e então todos foram descendo as escadas até o térreo. Rin estava isolada em um canto, calada. Ela não tinha muitos amigos no FBI, mas tinha um namorado, Kohaku. Ele estava em uma categoria inferior a dela, mas ela não se importava. Gostava dele porque ele era um bom companheiro.
O homem foi jogado para dentro do carro do FBI, e Rin foi dirigindo. Em outros carros, estavam os outros agentes. Rin ainda escutava o seu mp3. O criminoso a achou esquisita, já que ela não dizia nada, apenas ficava calada e fazia o seu trabalho.
- Você é estranha. - comentou o homem.
- E o que você tem a ver com isso? - perguntou Rin, se concentrando.
- Nada. Mas até que suas roupas são legais... - comentou o criminoso.
- Você é estranho. - respondeu Rin, o observando através do retrovisor. - Normalmente os criminosos estariam extremamente irritados comigo, por tê-los prendido.
- Eu não ficaria bravo com alguém assim, tão bonita como você. - disse o homem sorrindo.
- É melhor ficar quietinho, porque esse papo não cola em mim não. - respondeu Rin, sorrindo.
- Você é muito fria. - disse o homem, fazendo uma careta.
- E você é muito "alegre". - respondeu Rin, no mesmo tom.
Quando chegaram, Rin estacionou o carro. Ela pegou o criminoso, e o levou até a prisão. Depois de conversar um pouco com o youkai que cuidava dos criminosos mais perigosos, Rin saiu da cadeia, e entrou no seu carro, que estava lá desde que saíra para prender o criminoso.
Ela acelerou o carro, e começou a dirigir até a sua mansão, onde dividia com suas amigas, Kagome e Sango. Kagome era uma jornalista muito famosa, já Sango uma fisioterapeuta muito boa. Elas se conheceram por acaso, um dia, em uma lanchonete, quando compravam os seus lanches. Elas começaram a conversar, e perceberam que os gostos eram os mesmos, e desde aí uma amizade se desenvolveu.
Quando chegou na sua casa, estacionou o carro na garagem. Saiu dele, e entrou na sua mansão. Suas amigas estavam trabalhando, e ela decidiu tomar um bom banho quente. Dirigiu-se ao banheiro do segundo andar, e ligou a banheira. Então entrou, e relaxou.
Depois do banho, Rin foi até a enorme sala. Sentou no sofá e ligou a tv. Não estava passando nada de bom. Mas não importava, logo suas amigas chegariam, e poderiam conversar. Enquanto esperava, decidiu ligar para Kohaku.
- Rin? - atendeu a voz de Kohaku.
- Oi Kohaku! - cumprimentou a namorada. - Você não quer passar aqui? Sei lá, a gente podia locar um dvd...
- Hum... Desculpe Rin. Agora não dá. Eu estou trabalhando em um caso. - respondeu Kohaku, que também trabalhava no FBI.
- Ah... O.k. - respondeu Rin, desanimada. - A gente se fala depois. Tchau.
- Tchau. - despediu Kohaku.
Rin desligou o telefone. Deu um suspiro, entediada. Decidiu desligar a tv, e preparar alguma coisa para a janta, já que não tinha nada para fazer, mesmo. Começou a preparar, um pouco entediada. Ela namorava Kohaku, mas ela não era feliz. Ela própria admitia isso. Ele estava sempre ocupado, querendo passar para a categoria de Rin, e isso deixava Rin triste.
- "O Kohaku pelo menos devia ter um tempo para mim...". - pensou Rin, enquanto cortava algumas cenouras.
Alguns minutos depois, Sango chegou na mansão. Ela viu Rin preparando a janta, e sorriu. Sempre que Rin podia era atenciosa com as amigas. Considerada fria por muitos, mas para Kagome e Sango era a garota mais divertida e estilosa do universo.
- Oi Rin! - cumprimentou Sango, deixando sua bolsa na mesa.
- Oi Sango. - cumprimentou Rin, colocando a comida no forno.
- Precisa de ajuda? - perguntou Sango. - Se quiser eu posso te ajudar...
- Não, obrigada. - agradeceu Rin, sorrindo. - A janta já está quase pronta.
- Então tudo bem. - respondeu Sango, dando um bocejo. - Eu vou tomar um banho.
Sango saiu da cozinha, deixando Rin novamente sozinha. Enquanto pegava algumas latas de Coca-Cola, seu celular tocou da sala. A garota foi até o seu celular, e viu que o número era o do seu chefe. Rin deu um sorriso, alegre. Quem sabe era chamada para mais uma missão?
- Alô? - atendeu Rin, animada.
- Olá Rin. - cumprimentou Naraku, seu chefe.
- Alguma nova missão? - perguntou Rin, voltando para a cozinha.
- Não. Só liguei para avisar que preciso de você amanhã, na minha sala, às sete horas da manhã. - respondeu Naraku, para a decepção da garota.
- Ah. Algum novo criminoso? - perguntou Rin.
- Amanhã conversaremos. É um assunto complicado. - respondeu Naraku.
- O.k. - respondeu Rin.
Rin se despediu e desligou o telefone. Logo Kagome chegou, e veio xeretar na cozinha, já que sentira um cheiro muito bom de comida. Kagome carregava muito papeis, e mal agüentava segurar tudo aquilo.
- Hum... Que cheiro bom! - comentou Kagome, fechando os olhos.
- Você quer jantar agora? - perguntou Rin sorrindo.
- Quero, sim. Estou morrendo de fome. - respondeu Kagome, deixando seus papeis em um canto.
Alguns minutos depois, Sango entrou na cozinha, também sentindo um delicioso cheiro de comida. Elas se sentaram à mesa, e começaram a refeição, enquanto conversavam sobre os mais diversos assuntos.
- Aí eu disse para o Kouga que era melhor esperar. - disse Kagome, bebendo um gole de seu refrigerante.
Kouga era um homem que trabalhava com Kagome. Todos já haviam percebido que ele era afim de Kagome, mas esta apenas deixava o tempo passar, e nunca respondia ao amor do garoto, que a amava. Kagome também comentara um dia, que Ayame gostava de Kouga, e exatamente por isso não ficava com ele, já que ambas eram amigas.
- Fez muito bem, amiga. - comentou Sango. - Acho que você e o Kouga não combinam.
- É, eu também acho. - comentou Rin.
- Eu não gosto dele... - disse Kagome, suspirando. - Mas ainda não encontrei ninguém melhor.
- E como vai o Miroku? - perguntou Rin a Sango.
Miroku era um homem que trabalhava junto com Sango. Eles eram bastantes amigos, apesar de Miroku ser um pervertido. Ele também demonstrara que era um pouco afim de Sango, mas esta ficava quieta em relação a isso.
- Hum... Pervertido como sempre. - respondeu Sango. - E o namoro com o Kohaku?
- Ah, vai mal. - respondeu Rin, tristemente. - Nós não temos muito tempo um com o outro.
- Que pena... - comentou Kagome. - Apesar de você já saber a minha opinião em relação ao Kohaku.
- Que ele é fofo e tal, mas não serve para a Rin. - disseram Rin e Sango ao mesmo tempo.
- Isso aí! - comentou Kagome rindo. - Pelo jeito já decoraram!
- Eu concordo com a Kagome... - disse Sango. - Acho que você ainda vai encontrar o seu par perfeito.
- Espero, né? - perguntou Rin, sorrindo.
Depois de jantarem, Kagome e Sango ajudaram Rin a lavar a louça. Depois disso, Kagome foi tomar um banho, já Rin e Sango cada uma foi para o seu quarto. Rin vestiu seu pijama preto com corações vermelhos, e deitou na sua cama, se enfiando embaixo das cobertas, já que era inverno.
Ajeitou o seu despertador e adormeceu rapidamente...
No dia seguinte, acordou com o alto barulho do despertador. Rin o desligou calmamente e se levantou. Tomou uma ducha quente, e vestiu uma saia jeans preta, uma blusa de lã preta, meia-calça e bota de salto alto preta. Amarrou os cabelos em um rabo de cavalo alto, e colocou suas luvas pretas, que deixavam os dedos de fora.
Pegou sua mochila com os seus pertences e saiu do quarto. Pegou uma cópia da chave da mansão e saiu desta. Entrou no seu carro, e foi dirigindo até o departamento do FBI. Quando chegou, estacionou o seu carro na garagem, e foi subindo até a sala de Naraku.
Enquanto passava pelo corredor, encontrou Kohaku, andando com a cabeça baixa. Quando o namorado a viu, levou um susto, e ficou pálido. Rin não entendeu a reação do namorado, apenas o olhou, estranhando.
- Aconteceu alguma coisa, Kohaku? - perguntou Rin.
- N-nada. - respondeu o garoto.
- Bom, eu vou falar com o Naraku. - disse Rin. - A gente se vê depois.
- O.k. Tchau. - despediu Kohaku, sem ao menos dar um beijo.
Rin continuou a caminhar. Já estava cansada do relacionamento com Kohaku. Não era como antes, agora ele simplesmente parecia ser apenas um amigo dela. A garota tinha saudades de quando eles começaram a namorar...
Quando chegou na sala de Naraku, bateu na porta. Naraku mandou que entrasse, e Rin abriu a porta. Havia várias pessoas lá, inclusive Kagura, uma mulher com quem Rin não se dava bem, já que ela vivia tentando convencer Naraku de que Rin era uma péssima agente.
- Ótimo. Agora podemos começar. - disse Naraku, ao ver Rin.
Rin notou a presença de um youkai lá. Ele tinha os cabelos prateados, era alto, os ombros eram largos, e os olhos eram dourados. Rin havia se impressionado com tanta beleza em um só youkai, mas se tocou de que já tinha um namorado.
Quando Rin entrou, ele percebeu algo de diferente nela. Ela tinha um ar um pouco frio, mas era muito bonita para uma humana. Cabelos compridos, delicada, e fria. Mas ela não parecia ser fria... Parecia ser... Um pouco triste... E através disso se tornava fria...
- Bom, eu chamei vocês aqui, para dar um anuncio. - disse Naraku, calmamente, sentado em sua mesa.
Rin não sabia o por que, mas o tempo todo dava uma olhada para aquele youkai diferente. O mesmo ele fazia. Os olhares se encontravam, e Rin tinha certeza de que quando o viu, algo novo dentro dela floresceu. Era como se um sentimento novo tivesse desabrochado dentro dela...
- Um novo agente fará parte da nossa equipe. - disse Naraku. - Este é o Sesshoumaru.
Todos o olharam. Foi como se Rin tivesse dado um sorriso com os olhos para ele, e ele a olhou do mesmo jeito. Kagura, ao perceber o jeito como que os dois se encaravam, caminhou até o lado de Sesshoumaru, e sorriu.
- Seja bem-vindo Sesshoumaru! - cumprimentou Kagura. - Meu nome é Kagura.
Sesshoumaru deu uma olhada para ela, mas logo depois voltou a observar a humana. Era como se algo nos dois não permitisse que ambos parassem de se encarar... Isso nunca tinha acontecido antes com nenhum dos dois.
Após todos se apresentarem, chegou a vez de Rin. Ela disse seu nome. Sesshoumaru se encantou com a voz dela. Era doce... Mas com um tom frio... E o tom que ela usava para falar era verdadeiro. E não falso, como de muitas pessoas.
- Bom, todos estão dispensados. Só quero que fiquem aqui a Rin e o Sesshoumaru. - disse Naraku.
As pessoas que estavam lá foram saindo da sala, até restarem apenas Rin, Sesshoumaru e Naraku. Rin e Sesshoumaru não paravam de se encarar, e pareciam estar se divertindo com a situação.
- Bom, Rin, um novo caso para você. - disse Naraku. - E você trabalhará junto com Sesshoumaru.
- Vocês, juntos, irão trabalhar em um caso mais sério e perigoso. Irão capturar esse criminoso. - disse Naraku, mostrando a foto de um meio-youkai muito parecido com o Sesshoumaru. Porém ele tinha duas orelhas no topo da cabeça. - Ele é o seu irmão, não Sesshoumaru? Mas pelo que sei vocês se odeiam.
- Humpf. - resmungou Sesshoumaru. - Meio irmão.
- O nome dele é InuYasha. - disse Naraku. - Foi comprovado pela polícia que ele matou um morador do prédio Ghent's. Vocês devem capturá-lo.
- E as provas? - perguntou Rin, cruzando os braços.
- Apenas a fala da polícia. - respondeu Naraku, em uma fala curta e um pouco preocupada. - Agora, aqui estão algumas informações sobre ele.
Naraku entregou um bloco fino de folhas para Rin. A garota o pegou, e deu uma folheada. Depois de algumas dicas de Naraku, os dois foram dispensados. Ficou claro que Sesshoumaru ficaria na sala de Rin, pelo menos até capturarem o assassino.
- Então... Vamos começar! - disse Rin, caminhando até a sua sala, e sendo seguida por Sesshoumaru.
N/A: Olá! Aqui estou eu novamente! Bom, eu sei que o primeiro capítulo não está lá grande coisa, e que provavelmente ninguém está lendo, mas não custa nada postar, né?Bom, espero que quem esteja lendo (se tiver) esteja gostando! Beijos!
