Capítulo Nove
Namoro Reatado
Rin sentiu uma pontada no seu coração. E doeu. Então tudo não passou de um erro? O beijo, as emoções, o amor... Tudo fora como uma brincadeira para Sesshoumaru. Mas para Rin não. O beijo fora muito mais que um sentimento, fora algo inesquecível, algo que ela nunca sentira antes. Mas para Sesshoumaru não passou de um simples erro.
- Então é isso? - se perguntou Rin, prestes a chorar. - "O Sesshoumaru não me ama... Ele apenas agiu por impulso... Foi isso o que eu ouvi?".
Ela não agüentou, as lágrimas caíram, e a dor tomou conta de si. Mas também não podia fazer nada. Apenas sofrer por um amor não correspondido. Rin saiu correndo do corredor, porém acabou esbarrando com Naraku, que saía de sua sala.
- Rin? - perguntou Naraku, ao ver a garota. - O que aconteceu?
- Nada que te interesse! - respondeu Rin, descendo as escadas de emergência, o que no caso, realmente era uma emergência.
A garota chegou até a garagem e entrou no seu carro. Acelerou, mesmo com a vista embaçada por causa das lágrimas, e saiu do FBI, querendo ir para um lugar longe. Longe. Longe onde não pudesse sofrer. Longe de Sesshoumaru.
Rin não sabia para onde estava indo, só sabia que não queria ver ninguém que conhecesse. Ela ia dirigindo sem rumo, apenas com a sua solidão.
- "Ela se foi". - pensou Sesshoumaru, observando da janela o carro de Rin saindo do FBI.
- E então, Sesshoumaru, você aceita ficar comigo? - perguntou Kagura, se aproximando do youkai.
- Humpf. - resmungou Sesshoumaru, sentando na sua cadeira. - Você pode ser uma youkai, mas é tão ridícula quanto um humano.
- Como é que é? - perguntou Kagura, indignada. - Não sou ridícula! Sou muito melhor do que aquela "mulherzinha".
- Está se referindo a Rin? - perguntou Sesshoumaru, se irritando.
- E quem mais? - perguntou Kagura, sentando-se à mesa de Rin.
- Se quer saber, você é pior que ela. - disse Sesshoumaru, friamente. - Agora saia daqui e me deixe trabalhar.
- Você ainda vai ser meu, Sesshoumaru. - disse Kagura, saindo da sala.
- Humpf. - disse o youkai.
Rin já estava um bom tempo dentro do seu carro, chorando. Não adiantava nada chorar. Isso não iria mudar nada. Mesmo que quisesse parar, as lágrimas não cessavam. Era difícil viver assim. Decidiu voltar para a sua mansão, e ter um pouco de privacidade.
Quando chegou, estacionou o carro na garagem, e entrou na casa. Estava vazia, já que Kagome e Sango haviam ido trabalhar. Rin subiu as escadas e se trancou no quarto. Depois deitou em sua cama, chorando mais ainda. Por que as malditas lágrimas teimavam em não parar de cair?
Ela era assim. Sofria por dentro, e se fechava, mas não queria que ninguém percebesse isso. Então se escondia através da frieza, e por isso muitos a consideravam fria. Mas Rin não era fria, ela era apenas uma garota indefesa, que se protegia através das emoções e atitudes.
- "Por que Sesshoumaru?". - pensou Rin, tristemente. - "Por quê?".
O dia foi se passando lentamente. Umas seis horas da tarde, a campainha tocou. Rin não sentiu a mínima vontade de atender, mas poderia ser alguma coisa importante, então enxugou as lágrimas, colocou seus óculos escuros e desceu as escadas, indo até a porta.
- Kohaku? - perguntou Rin, após atender a porta. - O que você está fazendo aqui?
- Rin, eu vi a maneira como você saiu do FBI, e eu vim ver como você está. - respondeu Kohaku, sorrindo. - Toma, eu comprei para você.
Então Kohaku lhe estendeu um buquê de flores. Apesar do que ele fizera cedo, Rin achou uma graça sua atitude, e recebeu as flores, sorrindo. Pelo menos significava que ele se preocupava com ela.
- Obrigada. - agradeceu Rin, abrindo mais a porta. - Entre.
Kohaku entrou na casa, e Rin fechou a porta. Os dois sentaram no sofá da sala, e ficaram sem saber o que dizer. A garota estava realmente magoada com Sesshoumaru e com Kohaku, mas o último a fizera ficar melhor. Levara flores para ela, se preocupava com ela. Já o youkai apenas dizia que tudo foi um erro.
- Rin... Você me perdoa pelo o que aconteceu de manhã? – perguntou Kohaku.
- Claro. – respondeu Rin, sorrindo. – Você é um ótimo amigo, Kohaku.
- É, mas eu queria ser muito mais além disso... – disse Kohaku, sorrindo.
- Ah, Kohaku, você sabe que nós nunca vamos dar certo... – disse Rin, tristemente.
- Mas pelo menos podíamos tentar... – pediu Kohaku, segurando as mãos de Rin.
- Kohaku, já namoramos. – disse Rin, dando um suspiro. – E não deu certo. Nenhum de nós estava feliz.
- Rin, vamos tentar novamente! – disse Kohaku, com os olhos brilhando.
- Não dá Kohaku... – disse Rin, abaixando os olhos.
- Rin! Por favor! Me dê pelo menos mais uma chance! – implorou Kohaku. – Se não der certo, eu juro que te deixo em paz!
- Kohaku... – disse Rin, observando o amigo.
- Por favor... – pediu Kohaku.
- Eu... Vou pensar. – respondeu Rin, sorrindo. – "Kohaku...".
- Obrigado Rin! – agradeceu Kohaku. – Eu tenho que ir a um jantar agora... Tchau!
- Tchau. – despediu-se Rin, se levantando. – Até amanhã.
- Até. – despediu-se Kohaku, saindo da mansão.
Um pouco mais tarde, Kagome e Sango chegaram do trabalho. Rin contou para elas tudo o que tinha acontecido, e como ela se sentia triste e magoada. As amigas deram o maior apoio para Rin, e tentaram consolá-la. Era por isso que Kagome e Sango eram suas amigas: porque elas eram verdadeiras.
Depois, Rin tomou um bom banho, e deitou em sua cama, arrasada. Ela não ia mais chorar por Sesshoumaru. Ele nem a amava, por que ela choraria por ele? Decidiu que mudaria, e não ia mais ligar para Sesshoumaru. Mas logo as lágrimas caíram novamente. Era impossível não pensar no youkai que mexera com o seu coração...
- Ahhh! Eu estou atrasada! – berrou Rin, ao consultar o despertador.
A garota se levantou rapidamente, e tomou uma ducha fria. Vestiu suas roupas pretas, se maquiou um pouco e pegou sua mochila. Então saiu correndo da mansão entrando no seu carro. Decidira que não iria namorar Kohaku. Amava Sesshoumaru. Se ela namorasse Kohaku, só feriria os sentimentos do amigo.
Quando chegou no FBI, estacionou o carro e subiu correndo as escadas, correu pelo corredor, e abriu a porta de sua sala, ofegando. Ela viu Sesshoumaru, observando algo em seu computador. O youkai a encarou, e ela fez o mesmo. Os olhos não conseguiam se desgrudar.
- Olá. – cumprimentou Rin, sentando em sua cadeira.
- Oi. – cumprimentou Sesshoumaru, friamente.
- Sabe, eu não sabia que você gostava de brincar com os sentimentos dos outros. – disse Rin, sorrindo.
- Do que você está falando? – perguntou Sesshoumaru, arqueando uma sobrancelha.
- Você me beija daquela maneira e depois diz que foi tudo um erro? – perguntou Rin, decepcionada.
- Foi um erro. – disse Sesshoumaru. – Você é uma humana.
- Algum problema? – perguntou Rin, prestes a chorar novamente. – Sim, eu sei, sou mais fraca que você. Mas isso não influência em nada!
- Escuta, eu vim aqui para trabalhar com você. – disse Sesshoumaru mais friamente. – E não para arranjar um amor.
- Então se eu não fosse do FBI você me namoraria? – perguntou Rin, irritada.
- Não. – respondeu Sesshoumaru. – Humanos são seres inferiores a nós. É impossível um youkai e uma humana se apaixonarem.
- Ótimo. – disse Rin. – Pois saiba que... Eu vou reatar com o Kohaku! Ele pelo menos se preocupa comigo! Ele me ama! Não me rejeita e nem brinca com os meus sentimentos...
- Tem certeza? – perguntou Sesshoumaru.
- O quê? – perguntou Rin, confusa. – Como assim?
- Olha o que eu vi nas câmeras de segurança do FBI. – disse Sesshoumaru, apontando para o seu computador.
Rin caminhou até Sesshoumaru, e olhou a tela do computador dele. Sesshoumaru clicou em Play, e o vídeo começou a rodar. No corredor da sala de Rin, Kohaku apareceu andando, um pouco tenso. Então ele encontrou Kagura, vindo na direção oposta dele, com um sorriso no rosto. Os dois se encararam, e conversaram alguma coisa. Então se beijaram.
- Quê? – berrou Rin, ao ver a cena.
Depois disso, os dois entraram na sala de Kagura. Rin olhou para ver qual o dia que isso ocorreu, e viu que foi há muito tempo. Ela se surpreendeu mais ainda, quando Sesshoumaru a mostrou mais vídeos, ao longo do dia, dos dois se beijando. Rin não agüentou mais ver aquilo, e simplesmente fechou os olhos, dando um suspiro.
- Eu não acredito nisso... Então foi por isso que o Kohaku me pediu desculpas aquele dia! – disse Rin, dando um sorriso forçado.
- Você está me dizendo que vai perdoá-lo? – perguntou Sesshoumaru, arqueando uma sobrancelha.
- É claro! Ele estava arrependido! – respondeu Rin, forçadamente, apesar do ódio que estava sentindo de Kohaku.
- Incrível como você consegue ser assim. – disse Sesshoumaru, irritado.
- Eu sou eu mesma, falou? – perguntou Rin, normalmente. – Me empresta o celular? O meu quebrou.
Sesshoumaru estendeu seu celular para Rin. Era a hora da vingança. Rin pegou o celular e discou o número de Kohaku. A voz do ex atendeu, e Rin deu um enorme sorriso forçado, e falou na sua melhor voz.
- Olá! Kohaku, vem aqui agora, na minha sala! – pediu Rin, docemente.
- Rin? Mas...? – perguntou Kohaku, não entendendo.
- Vem! É urgente! – respondeu Rin, animada.
- Tudo bem, eu estou indo. – disse Kohaku, desligando o celular.
Rin desligou o celular e estendeu para Sesshoumaru, satisfeita. Sua vingança estaria feita daqui a alguns minutos. O youkai olhava indignado para Rin, mas pegou o celular e se levantou. Rin ao ver que ele sairia da sala, o impediu, com um simples olhar pidão.
- Por favor, não há motivos para você sair. – disse Rin, o provocando. – Aliás, nosso beijo foi tudo um erro certo? Então o meu namoro com o Kohaku não influência em nada. Continuaremos sendo amigos.
Sesshoumaru sentou na sua cadeira, e nesse momento Kohaku entrou, ofegando. Rin o olhou, sorridente. O garoto não entendeu a reação de Rin, apenas a olhou, confuso. Rin sabia que era o pior erro de sua vida fazer aquilo, mas ela só pensava em provocar Sesshoumaru. Deu um suspiro. Então se dirigiu até o amigo e o beijou. Kohaku ficou surpreso, mas rapidamente retribuiu o beijo, deixando um youkai extremamente irritado.
- Eu aceito reatar com você! – disse Rin, sorrindo.
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Tempestade de Isis: Oi! Que bom que você está bem! Eu também estou! Pois é, as coisas entre a Rin e o Sesshy se complicaram... Ainda mais agora que ela resolveu reatar com o Kohaku! Hehe, que bom que gostou do beijo! É, infelizmente o Kohaku atrapalhou... Ah, de nada, foi até legal eu escrever como a Kagome e o Inu se conheceram! Bjs
Otaku Koorime: Oi! Eu estou bem, e você? Nossa, é verdade! Já faz mais de uma semana! Eu estou com saudades! Já ganhei ovos, e já comi alguns...! Ahh, você trocou os ovos pelo dvd de Naruto? Normal, eu também trocaria por InuYasha! É, muitas pessoas gostam de Fruits Basket, até hoje não vi ninguém falar mal! Pode me chamar de malvada, eu não ligo não! Sim, no orkut eu já vi essas comunidades a favor da Kagura... O pior é que existem comunidades mais a favor da Kikyou e Sesshoumaru, e Kagura e Sesshoumaru do que Rin e Sesshoumaru! Eu também fico inconformada... Ohh! Meu Deus! Sua previsão deu certo! Eu voltarei no cap 10 da sua fic? Que bom! Sim, eu estou escrevendo uma nova fic já! Mas ainda estou no capítulo 3 dela! Bjs
