Capítulo Onze

É Impossível

- Rin, precisamos conversar. – disse Sesshoumaru.

Rin se virou para o youkai. Viu que ele estava sério, então sentou novamente ao lado do amado, e o encarou, para saber o que ele tinha a dizer.

- Você sabe que você é uma humana, e eu um youkai. – começou Sesshoumaru, friamente. – Portanto, aquele beijo foi um erro. Nunca daria certo um youkai com uma humana.

- "Ele tocou no meu ponto mais fraco...". – pensou Rin, tristemente. – "Naquele beijo que mexeu comigo...".

- Por isso, nós não temos relação nenhuma além do trabalho. – disse Sesshoumaru.

Rin ia deixar para lá e concordar com o youkai, mas de repente ela sentiu raiva. Raiva. Raiva por ele ter que ter esse maldito orgulho. Então ela se levantou, muito prestes a chorar, e encarou ele, que estava surpreso com a atitude dela. Ela iria dizer tudo.

- Escuta aqui! Você diz que aquele beijo que você me deu, que mexeu comigo, me deixou completamente apaixonada por você foi tudo um erro? – perguntou Rin, já chorando. – Que tipo de ser você é?

- Rin...

- Ah sim, você é um INSENSÍVEL! – disse Rin, irritada. – Quando você me deu aquele beijo, eu nunca, NUNCA mais parei de pensar em você! Você não sabe como doeu em mim, quando você disse que foi tudo um erro!

- Eu não sabia que tinha sido tão importante para você... – disse Sesshoumaru, assustado.

- Claro que foi! – disse Rin, tristemente. – Eu sou uma garota, tá legal? Eu posso parecer fria, mas no fundo eu sou muito sensível!

- Rin...

- Nem vem! – disse Rin, enxugando suas lágrimas. – Eu te odeio, Sesshoumaru! Você não sabe nada, você só sabe ferir os meus sentimentos!

- Voc... – dizia Sesshoumaru, quando Rin o interrompeu.

- Não diga nada, Sesshoumaru. – disse Rin, desanimada, e pegando sua bolsa. – Eu sei que nós nunca poderemos ficar juntos.

Depois disso, Rin saiu do quarto, e caminhou para fora do hospital. Ela caminhou lentamente até a sua mansão, e quando chegou, largou sua bolsa no sofá, e subiu correndo até o seu quarto. Trancou a porta, e chorou, sem temer nada. Foi até a janela, para respirar um pouco de ar fresco.

- Sesshoumaru... – disse Rin. – Apesar de tudo... Eu ainda te amo...

Sesshoumaru caminhava lentamente pelas ruas da cidade, indo para a sua mansão. Pensava. Pensava em uma certa garota. Pensava em Rin. E da maneira como ela tinha expressado tudo o que sentia. Isso era coragem, sim.

- "Rin... Você me ama?". – pensou Sesshoumaru. – "Por que? Eu sou um youkai, que detesta humanos...".

- Mas isso não significa que eu não possa esquecê-lo. – disse Rin, fechando os olhos. – E você vai ver, eu vou conseguir te esquecer!

Rin reabriu os olhos e foi até o banheiro de seu quarto. Lavou o rosto, e depois o enxugou em uma toalha macia e voltou para o seu quarto. Abriu uma gaveta e tirou um livro de dentro. Era o seu livro preferido. Ela sempre o lia quando estava triste, já que era de romance. Apesar de sofrer por amor, gostava de ler romances.

Quando Sesshoumaru chegou na sua mansão, foi até o seu quarto. E para sua surpresa, viu que Kagura estava sentada na sua cama, passando um gloss de uva. Quando a youkai o viu, fechou o gloss e sorriu, se virando para Sesshoumaru, que estava pasmo.

- Oi Sesshy! – cumprimentou Kagura, se levantando. – Me desculpe aparecer de repente, mas eu precisava falar com você.

- Sobre o quê? – perguntou Sesshoumaru, friamente.

- Sobre a Rin. – respondeu Kagura, séria.

- Eu não quero saber. – disse Sesshoumaru, encarando Kagura.

- Me ouça! – pediu Kagura, feliz por Sesshoumaru não querer saber de Rin.

- Diga logo. Estou cansado. – mandou Sesshoumaru, sentando na sua cama.

- Bom, o que eu queria saber primeiro, é se você ama a Rin. – disse Kagura, se aproximando do youkai.

- Por que quer saber? – perguntou Sesshoumaru, olhando friamente.

- Porque o que eu tenho para dizer é sobre isso. – respondeu Kagura, sentando ao lado do youkai.

- Estou mandando você dizer logo. – disse Sesshoumaru.

- Tudo bem! Eu digo. – respondeu Kagura. – Você sabe que a Rin não te ama. Ela ama o Kohaku. Mas desde que você chegou, você apenas atrapalha eles. Ela revelou isso para mim alguns dias atrás.

- Humpf. – resmungou Sesshoumaru. – Você é uma mentirosa.

- O quê? Como assim? – perguntou Kagura.

- A Rin me disse hoje que não ama o Kohaku. – respondeu Sesshoumaru, se levantando da cama.

- Ela diz isso porque quer ficar com os dois. – disse Kagura, mentindo.

- Kagura, será que dá para você sair da minha casa e me deixar em paz? – perguntou Sesshoumaru, irritado. – Você não vê que não é bem-vinda?

- Sesshoumaru, de qualquer forma. Saiba que eu sempre te amarei. – disse Kagura, saindo do quarto.

- Humpf.

- Se ele pensa que eu vou chorar por ele, ele está muito enganado! – disse Rin para si mesma, enquanto dirigia seu carro até o FBI. – Eu vou provar que todos os homens, ou youkais, são todos iguais! Só fazem as mulheres sofrerem...

Quando chegou, estacionou o carro e subiu até o seu andar. Ela ia caminhando até a sua sala, quando viu Kagura, que não estava com uma cara muito boa. Assim como Rin, que não estava nada alegre. As duas iam passando nas direções opostas, com um olhar mortal.

- Que foi? – perguntou Kagura, parando de andar.

- Que foi digo eu! – respondeu Rin. – Você passa com esse olhar idiota! O que você queria?

- Ah, você é que é uma idiota! – disse Kagura, nervosa. – Merece morrer com as minhas lâminas de vento!

- Ah é? – perguntou Rin, irritada. – Pois tente me matar, porque quem vai acabar morrendo aqui é você!

Então Rin tentou acertar um soco na cara de Kagura, mas ela desviou e foi para trás de Rin, e tentou chutá-la, mas Rin acertou um chute antes, e Kagura caiu no chão. Aquele dia, Rin estava de TPM.

- Dança das lâminas de vento! – gritou Kagura.

As lâminas vieram na direção de Rin, e a garota teve que correr para o lado, para que não se cortasse, porém uma raspou no seu braço, fazendo um leve corte, que Rin ignorou totalmente. Ela pegou uma arma e atirou para o teto, e uma corda saiu, fixando no teto. Rin tomou impulso, e desviou das outras lâminas de Kagura que vieram, e acertou um chute na youkai.

- Escuta, fica parada, ou eu atiro! – gritou Rin, apontando o seu revólver para ela.

- Idiota! Você é uma humana! Não vai conseguir me vencer! – disse Kagura, rapidamente sacando o seu revólver e apontando para Rin.

As duas ficaram com o revólver uma apontando para a outra. Kagura deu um leve sorriso, e Rin estava morrendo de vontade de atirar, mas sabia que não podia fazer isso.

Então Kagura atirou. Mas Rin não sentiu nada. Porque nenhuma bala saiu do revólver. Porque não havia bala no revólver. Então Rin começou a rir, e só apontava a arma para Kagura, deixando ela com medo.

- Droga! – gritou Kagura, jogando sua arma no chão.

- Dessa vez você pode viver mais um pouco. – disse Rin, guardando o seu revólver, e caminhando em direção até a sua sala.

- Não pense que vai sair livre dessa! – gritou Kagura. – Dança das lâminas de vento!

Rin estava despreparada. Foi então que quando viu, estava do outro lado do corredor, nos braços de Sesshoumaru. Ele fora mais rápido, e conseguira salvá-la a tempo. Rin odiava ter que admitir, mas sua vida fora salva justo pelo youkai que ela amava e ao mesmo tempo odiava.

- Não precisava ter me salvado. – disse Rin, corando, e descendo dos braços de Sesshoumaru.

- Você queria ter morrido? – perguntou Sesshoumaru. – Pelas mãos da Kagura?

- É claro que não. – respondeu Rin. – Mas também não queria ser salva por você.

- Que gratidão. – disse Sesshoumaru.

- Por que salvou essa idiota Sesshoumaru? Ela deveria ter morrido! – perguntou Kagura, se aproximando dos dois.

- Idiota aqui é você! – disse Rin, apontando para a cara de Kagura. – Você é uma covarde! Você é uma youkai, e eu humana, mas não que eu não possa te vencer.

- Ah, é? – perguntou Kagura, colocando as mãos na cintura. – Quer lutar novamente? Vai ser um prazer te estraçalhar!

- Rin, não temos tempo para isso. Precisamos pensar em um plano. – disse Sesshoumaru, antes que a coisa piorasse.

- Espera aí! Você pode ir armando um plano sozinho! – disse Rin.

Para a surpresa de todos, Sesshoumaru pegou Rin nos braços e foi a levando até a sala dos dois, enquanto Rin tentava se soltar, mas não conseguia. Kagura ficou se corroendo de ciúmes, mas resolveu ficar na sua, e voltar para a sua sala. Ou não...

- Me larga! – disse Rin.

- Rin, isso é trabalho. Não brincadeira. – disse Sesshoumaru, mas gostando da situação.

- "Não que eu não esteja gostando que você me leve nos braços...". – pensou Rin, se acalmando. – "Mas você não me ama quanto eu te amo...".

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Otaku Koorime: Oie! Sim, estou bem. E você? E falando no capítulo dez você me enganou direitinho, hein? E eu também nem desconfiei que era o exército dos sete! Pois é, o Sesshy tem que correr atrás da Rin feito um cachorrinho! Bom, espero que tenha gostado do capítulo! Bjs

Tempestade de Isis: Oi! Que bom que sua páscoa foi boa! Também estou bem! Ah, que bom que gostou da atitude do Sesshy, de salvar a Rin! É verdade, a Rin podia dar um chifre no Kohaku com a ajuda do Sesshy! Ótima idéia! Espero que tenha gostado do capítulo! Bjs

Renee: Oie! Tudo bem? Obrigada pelo elogio às minhas fics também! Ahh, que bom que também gosta de um romance, comédia e ciúmes! Eu espero que tenha gostado desse capítulo! Bjs