Capítulo Doze
A Revelação
- Falta quantos minutos? – perguntou Rin, ao lado de Sesshoumaru.
- Três. – respondeu o youkai.
Três minutos para que ambos conseguissem capturar InuYasha. Estavam em mais um de seus planos, e de acordo com os agentes, InuYasha sairia para comprar alguma comida, e naquele momento, descia pelo elevador. Rin e Sesshoumaru barrariam InuYasha, e enquanto isso, os agentes ajudariam, tentando capturá-lo.
- Ali está ele. – disse Sesshoumaru.
Rin olhou, e viu InuYasha saindo do hotel. Então os dois correram na direção de InuYasha, com os revólveres nas mãos, e o hanyou, ao vê-los, também sacou a sua arma rapidamente, e ambos ficavam com as armas uns apontados para os outros.
- Feh! Vocês de novo? – perguntou InuYasha. – Já estou cansado de fugir. É melhor eu matar logo vocês!
Naquele instante, os agentes apareceram, e tentaram cercar InuYasha. Como todos apontavam as armas para ele, o meio-youkai não podia fazer nada. Os agentes o cercavam rapidamente, e estavam muito prestes a prendê-lo, porém lâminas de vento da Kagura acertaram um agente, que caiu morto no chão. Todos olharam para a direção que a lâmina veio, e viram Kagura em cima do hotel.
- Mas o que ela está fazendo? – perguntou Rin, se virando para ver onde InuYasha estava, e viu que este já não estava mais lá. Havia fugido, já que os agentes recuaram, com as lâminas de vento da Kagura.
- Rin! – gritou Kohaku, vindo de uma direção.
- Kohaku? – perguntou Rin.
- Você está bem? – perguntou ele, desviando de uma lâmina.
- Sim... – respondeu Rin, recebendo um beijo do namorado.
Sesshoumaru sentiu raiva, e saiu de lá, indo até o telhado, para falar com Kagura. Rin se separou de Kohaku, e então foi caminhando lentamente em direção ao seu carro, ao ver que Kagura e Sesshoumaru estavam conversando "animados" demais para o seu gosto.
- RIN! – berrou Kagura, descendo do telhado com Sesshoumaru.
Rin se virou, antes de entrar no carro, e viu Sesshoumaru e Kagura juntos. Tentou não imaginar o pior, mas de qualquer maneira imaginou, principalmente quando Kagura abriu a boca para falar. Dor. Era o que sentia. Chorar. Era o que ela tinha vontade de fazer. Correr. Era o que ela mais queria no momento.
- Eu e o Sesshoumaru estamos namorando!
Essa era a frase que ela menos queria ouvir em todo o universo. Um vento soprou, levando os seus cabelos para o lado. Pensou em sair correndo, mas não era uma atitude muito digna. Apenas deu um sorriso, como se estivesse feliz. Mas por dentro, era capaz de pegar um punhal e se matar ali mesmo.
- Fico... Feliz por vocês. – disse Rin, abaixando os olhos.
- Também fico feliz por você e o Kohaku! – disse Kagura, sorrindo. – Que tal comemorarmos? Vamos tomar um sorvete!
- Eu acho uma ótima idéia! – disse Kohaku, concordando. – Vamos Rin?
- Não sei... Eu não estou muito bem. – disse Rin, escondendo os olhos com a franja.
- Vamos sim! Vai ser divertido! – disse Kohaku.
- Tudo bem... Eu vou. – disse Rin, levantando os olhos e observando Sesshoumaru, com uma imensa tristeza.
- Vamos no meu carro! – disse Kagura.
Ambos foram até o carro de Kagura, e entraram. Rin fazia o maior esforço para não chorar, mas não agüentaria nem mais um minuto, já que Kagura e Sesshoumaru ficavam trocando beijos. Quando Kohaku a beijava, ela não retribuía. Não estava com vontade de fazer ciúmes em Sesshoumaru. Já que ele agora podia fazer nela. Ou melhor, estava fazendo nela.
Quando chegaram na sorveteria, desceram do carro e entraram. Sentaram em uma mesa, perto da janela, e pediram o que queriam. Enquanto esperavam, o grupo conversava.
- Então, aí eu disse para ele que não, porque eu amava o Sesshy... – dizia Kagura, sorrindo. – E ele apenas me olh...
- Por que você deixou o InuYasha fugir? – perguntou Rin, interrompendo Kagura.
- Eu não deixei ele fugir. – respondeu Kagura. – Eu tentei ajudar, mas vi que só atrapalhei.
- Não vem com esse papo, Kagura. – disse Rin, fechando os olhos e os abrindo. – Eu por acaso tenho cara de idiota?
- Não foi isso, Rinzinha... – dizia Kagura, olhando falsamente.
- Não me chame de Rinzinha. – disse Rin friamente, se levantando e saindo da mesa.
Foi então que teve uma idéia. O garçom vinha trazendo os sorvetes, e Rin sorriu, marotamente. Sesshoumaru, ao ver o sorriso de Rin, sabia que algo engraçado aconteceria, e então deu um sorriso também. Rin colocou o pé na frente do garçom, e ele tropeçou, derrubando a bandeja com os sorvetes em cima de Kagura, que ficou melecada com tanto doce.
Rin riu disfarçadamente, e saiu da sorveteria. Enquanto caminhava em direção a sua mansão, ficou triste novamente. Pelo jeito ela nunca ficaria com Sesshoumaru...
- Ahhh! Como eu estava precisando de um bom banho! – disse Rin para si mesma, na sua banheira. – Com a água quentinha, em um dia de inverno!
- A Rin está estranha. – disse Kagome, sentada no sofá, conversando junto com Sango.
- Sim... Quando ela está alegrinha, é porque ela está tentando disfarçar. – disse Sango, comendo um pão de queijo.
- Sim, está tentando disfarçar porque na verdade está triste. – completou Kagome, pegando um punhado de confete em um pequeno vidrinho, e colocando em seguida na boca.
- O que nós fazemos? – perguntou Sango, bebendo um gole da sua xícara de café. – Deixamos ela ficar sozinha um pouco, ou vamos falar com ela?
- Não sei... – respondeu Kagome. – Vamos falar com ela. Ela deve estar precisando de apoio agora.
- Sim. – disse Sango.
Rin se enrolou na sua toalha branca, e deu um suspiro, se olhando no espelho. Analisou seu rosto, e depois o seu corpo. Não era tão feia assim. O que Kagura tinha a mais que ela, para Sesshoumaru a pedir em namoro? Apenas olhos vermelhos, um corpo bem feito, lábios bonitos, pernas bonitas... Não era pouca coisa assim...
- Ah... Eu sou tão feia assim, Sesshoumaru? – perguntou Rin, dando outro suspiro.
A garota saiu do banheiro e entrou no seu quarto, fechando a porta. Vestiu o seu pijama e deitou em sua cama, apesar de não estar com sono. Fechou os olhos, tentando dormir, mas foi interrompida por duas batidas na porta. Rin abriu os olhos, e se levantou, indo até a porta, e a abrindo.
- Kagome? Sango? – perguntou Rin, ao vê-las. – Aconteceu alguma coisa?
- Sim. – respondeu Kagome, entrando no quarto de Rin, junto com Sango. – Mas com você.
- Como assim comigo? – perguntou Rin, fechando a porta novamente.
- Rin, nós te conhecemos. – respondeu Sango, sentando no sofá, ao lado de Kagome. – Sabemos que alguma coisa ruim aconteceu com você.
- Não aconteceu nada. – garantiu Rin, sorrindo. – Não precisavam ter se preocupado.
- Não minta Rin. – pediu Kagome, em um tom sério. – Conta para a gente. Nós somos suas amigas.
- É. Confia na gente! – concordou Sango, gentilmente.
Rin ficou muito feliz, já que agora sabia que podia contar com suas amigas para tudo o que precisasse. Ela sorriu, e logo em seguida começou a chorar, tristemente. Kagome e Sango abraçaram a amiga, dando um apoio muito especial, e de que Rin estava precisando há muito tempo.
- Eu amo o Sesshoumaru! – disse Rin, entre os soluços. – Mas... Hoje... Ele pediu a Kagura... Em namoro...
- Como é? – perguntou Kagome, indignada. – E ele não te ama?
- Eu... Não sei. – respondeu Rin, confusa. – Quando ele me beijou, por um momento, eu realmente achei que ele me amasse... Mas depois não. Ele disse que era um youkai e uma humana. Nunca daríamos certo. E isso realmente doeu. Mas... Eu não sabia que ele amava a Kagura...
- Espera um momento. – pediu Sango, um pouco pensativa. – Você voltou a namorar o Kohaku para fazer ciúmes nele, certo?
- S-sim. – respondeu Rin, soluçando.
- Ah, Rin! – exclamou Kagome, sorrindo. – É muito simples! Você não precisava nem se preocupar!
- Como assim? – perguntou a garota, mais confusa do que já estava.
- O Sesshoumaru te ama. – respondeu Sango, com um mesmo sorriso. – Ele só começou a namorar a Kagura para fazer o mesmo que você: ciúmes.
- Mas como vocês podem ter certeza disso? – perguntou Rin, com o coração batendo mais forte.
- Quando ele te beijou, você sentiu que o beijo foi verdadeiro, não foi? – perguntou Kagome, animada.
- Sim... Eu senti. – respondeu Rin, se recordando do beijo. – Ou achei...
- Está na cara Rin. Ele também te ama. – completou Sango, como se fosse a coisa mais simples do mundo. – O problema é os dois não discutirem sobre isso e não se entenderem. E também o orgulho de youkai do Sesshoumaru.
- Por que eu fui me apaixonar por um youkai? – perguntou Rin, dando um suspiro, mas mesmo assim contente.
- Ah Rin! – disse Kagome, rindo da amiga. – Você vai ver! Pode apostar que essa história vai ter um final feliz!
- Eu espero né? – perguntou Rin, abraçando as amigas. – Muito obrigada pelo apoio e por me ajudarem! Como sempre, né?
- Rin, todas nós somos amigas. – disse Sango, sorrindo.
- E cada uma tem o dever de ajudar a outra! – completou Kagome, sorrindo também.
- Bom, eu acho melhor deixar a Rin dormir. – disse Sango, se levantando. – Amanhã ela tem que levantar cedo.
- Sim, é verdade. – disse Kagome, se levantando da cama de Rin. – Boa noite, Rin.
- Boa noite. – disse Sango.
- Boa noite. – disse Rin, quando as duas amigas saíram do quarto. – Obrigada...
Então Rin deitou em sua cama novamente, e se cobriu com a coberta, e fechou os olhos, mais tranqüila. Ao menos já estava melhor, por saber que existia a possibilidade de Sesshoumaru a amar, e estar apenas fazendo ciúmes nela... E estava conseguindo.
- Eu te amo Sesshoumaru... – disse Rin, adormecendo.
O dia tinha amanhecido chuvoso. Caía uma chuva forte, e todo o céu estava cinzento. Estava frio também, e não havia quase ninguém nas ruas, apenas poucas pessoas de guarda-chuvas, alguns carros e mínimas pessoas sem guarda-chuvas, correndo, para tentar achar um lugar protegido da chuva.
Rin acordou com o toque do despertador, e o desligou, ainda com sono. Se levantou, e lavou o rosto no banheiro. Vestiu uma blusa de lã preta, uma jaqueta jeans, calça jeans e botas de salto alto pretas. Passou uma leve maquiagem, e colocou alguns acessórios. Carregou seu revólver, e pegou a sua bolsa, saindo do quarto.
Pegou a chave do seu carro e saiu da mansão, indo até a garagem. Entrou no seu carro, e ligou o rádio, pisando no acelerador, e dirigindo com cuidado até o FBI.
- Sesshoumaru... – disse Rin, virando uma esquina. – Você realmente me ama?
Quando chegou, estacionou o carro com cuidado, e subiu de elevador, até o seu andar. Caminhou pelo corredor, calmamente, e quando chegou na sua sala, ouviu a voz de Sesshoumaru. Ela estava com a mão na maçaneta, mas não abriu a porta, ao ouvir a voz de Sesshoumaru, parecendo falar no celular.
-... Não, não faça isso. É arriscado demais, seu idiota. – disse Sesshoumaru, parecendo tenso. – Escuta aqui, InuYasha, se tentarmos te atacar hoje, seja o que for, vá pela saída leste, porque provavelmente nenhum agente vai estar lá. E procure outro hotel para ficar. Não, não vai demorar muito. Logo descobrirei porque Naraku quer te capturar. Vou desligar. E vê se não faz nenhuma idiotice.
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Otaku Koorime: Oie! Beleza?Bom, já que você ama tanto a Kagura, eu espero que tenha gostado que ela tenha reatado com o Sesshy! To brincando, eu sei que você odeia a topera! E então? Você entendeu o final da fic? Próximo capítulo vou explicar melhor! Bjs
Tempestade de Isis: Oie! Tudo bem? Que bom que gostou do capítulo anterior! Eu espero que também tenha curtido esse! É verdade, o Sesshy tem que parar de fingir que não gosta da Rin, e deixar o orgulho de lado! Pode apostar que vai ter beijo sim! Bjs
