Disclaimer: Cavaleiros do Zodíaco e seus personagens relacionados pertencem ao mestre Masami Kurumada e às editoras licenciadas (mas eu seqüestrei o Yo de Scylla e não vou nem pedir resgate, ele é meu agora!).
Bom, faz tempo que eu prometi para um certo marina que faria uma fic com ele e a idéia me veio na cabeça durante o almoço, em um shopping de Santo André. A rádio de lá tocou a música tema bem enquanto eu comia e a fic pintou...
Capítulo I
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I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
Eu machuquei a mim mesmo hoje
Para ver se eu ainda sinto
Eu me concentro na dor
É a única coisa real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember every thing
A agulha abre um buraco
É a velha picada familiar
Tento matá-la de todos os jeitos
Mas eu me lembro de tudo
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Estava tudo calmo naquele lugar. Silencioso. Frio, muito frio. E um rapaz de cabelos compridos e cor de rosa, os olhos cor de mel, estava de joelhos à frente de uma imensa coluna, que parecia sustentar o céu sobre sua cabeça. Um céu de água, já que ali era o fundo do mar. Ele vestia uma espécie de armadura dourada, que tilintava com a brisa que se fazia presente.
De joelhos, mas não porque rezava ou prestava reverências a alguém. Deitado sobre os primeiros degraus de uma pequena escadaria, jazia o corpo de uma garota. Uma menina ainda, não devia ter mais do que quinze anos. Os cabelos prateados estavam espalhados pelos degraus, emoldurando o rosto pálido e frio, os lábios arroxeados. O vestido rosa estava molhado e manchado de sangue em alguns pontos.
Com lágrimas nos olhos, o rapaz pegou o corpo da garota em seus braços e passou a subir os degraus da escada, caminhando em direção à coluna. Notava-se, então, uma espécie de porta em sua base. E, a cada passo que dava, lembranças vinham em sua mente...
-Eu vou voltar para te buscar, eu prometo. Você pode esperar por mim...
-Eu quero acreditar em você, mas não consigo...
-Por favor, acredite... Eu jamais mentiria para você...
Com um leve chute, a porta da coluna se abriu, revelando seu interior. Parecia uma sala, com uma mesa de mármore ao centro. Muito sério, lutando para que as lágrimas não caíssem por seu rosto, ele depositou o corpo por ali, ajeitando os cabelos sobre o tampo, cruzando as mãos da garota sobre o peito dela. Suspirando, ele olhou ao seu redor, tentando não se deixar levar pela emoção que sentia.
-Uma vez, quando o barco em que eu viajava passou pela Grécia, eu conheci um velho marinheiro grego que me contou muitas histórias antigas.
-É mesmo? Que tipo de histórias?
-De heróis, deuses e do povo grego. Sabe por que os templos e cidades gregas estão de pé até hoje, mesmo depois de se passarem tantos milênios que foram construídos?
-Não faço idéia...
-Quando construíam suas casas e templos, os gregos encerravam na coluna principal da construção uma pessoa, para que a coluna absorvesse a energia dessa pessoa. Dizem que as colunas mais fortes eram habitadas por jovens belas e puras.
-Credo, que horror! Essa história é terrível...
"Não deixar de ser irônico o seu destino... E cruel também. Esta coluna será o seu lar agora... Infelizmente não foi como prometi, mas estamos juntos. E eu juro que nada poderá nos separar. Nada mais...".
Com delicadeza, o rapaz fez um carinho naquele rosto sem vida. Sabia que aqueles olhos azuis claros que tanto o encantaram não se abririam nunca mais. Fechando os seus, ele finalmente deixou que as lágrimas corressem, enquanto caía de joelhos ao lado da mesa. Não tinha mais como evitar a emoção que sentia, nem as lembranças que começavam a aflorar...
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Bom, eu não coloquei nome, mas pelo aviso do começo e pela descrição, o marina desta fic é o Yo, né? Pois é, eu amo o Sorento acima de todos os outros marinas, mas o Yo tem um lugar muito especial no meu coração. E faz tempo que eu tinha prometido uma fic para ele.
Yo: Isso quer dizer que já posso sair do cantinho?
Margarida: Já sim, Yo... Mas de bico calado, entendeu? Nada de dar palpite no andamento da fic.
Yo: Mas nem unzinho?
Margarida: Ai, meu Deus... Tá bom,um só, hein!
Yo: Essa fic não tem final feliz?
Margarida: Por que a pergunta, não está na cara?
Yo: Malvada...
Margarida: Yo! Já para o cant...
Yo: Desculpa, desculpa, eu prometo que fico quieto...
Margarida: Eu mereço... Bom, continuando os avisos, o nome da fic é também o nome da música tema dela, "Hurt". Essa música é de uma banda de rock que não me recordo agora, mas a versão que me inspirou a fic é a que o Johnny Cash gravou, eu choro toda vez que ouço (eu amo Johnny Cash, tá! E, contrariando o que minha irmã diz, não é sertanejo, é country americano misturado com rock dos tempos de Elvis Presley!).
