Sempre existe um caminho

Capitulo 4 – Conflitos internos p.2

Quando se perde tudo que se ama, e nada mais faz sentido. Quando não se tem mais ninguém ao seu lado, e a solidão assombra seu coração. Restam apenas duas soluções: lutar para sair das trevas ou se entregar a elas, desistir... A segunda é muito mais tentadora e fácil...

Estava na sacada de seu apartamento no décimo andar de um refinado edifício. O mundo parecia estar tremendo. Sua cabeça doía. A aparência era a mesmo de algum tempo atrás. Fino vestido preto contrastando com sua pele pálida. Pés descalços e lábios arroxeados pelo vento gélido daquela noite de inverno. A neve caia juntamente com suas quentes e doloridas lagrimas. Lembrava-se de quando descobriu aquele sentimento tão nobre em seu coração dominado pelas trevas.

Flash Back

Inu Yasha parou seu negro carro em frente a um belo edifício. Kagome agradeceu a ele por tê-la ajudado mesmo contra a sua vontade e pela hospitalidade do jovem em deixá-la passar a noite em sua casa. Ele sorriu gentilmente. Aquele sorriso fez com que o coração de Kagome esquentasse. Ela desceu do carro e pediu que ele voltasse para visitá-la. Ele disse que seria um grande prazer e partiu. Kagome adentrou no obscuro aposento e dirigiu-se a sacada de seu quarto.

– "então... é isso que chamam de amor..? É... tão bom..."

Fim do Flash Back

Havia um tempo em que eu vivia

Um sentimento quase infantil

Havia o medo e a timidez

Todo um lado que você nunca viu

– maldito... Maldito seja Inu Yasha! Como pode..? Como pode fazer isso comigo? Por que.. Por que me deixou seu maldito? Agora você não esta aqui pra me impedir! Agora ninguém mais vai poder me impedir!

Flash Back

Fazia duas semanas que ele a havia deixado ali. Aquele apartamento que era tão pequeno, não acabava mais. Sentia seu coração comprimir a cada vez que pronunciava seu nome. – Inu Yasha... – era tudo tão estranho. Ele prometera que viria vê-la, mas passara tanto tempo e nem ao menos tinha telefonado. Segurava em sua tremula mão uma faca que reluzia a pouca claridade em sua lamina. Acuou um pouco se lembrando da ultima vez o tinha visto. Aquele sorriso doce. As lagrimas atravessaram sua face fria. A gélida lamina atravessou seus pulsos. Pode ouvir a porta da sala sendo arrombada antes que caísse desacordada no chão.

Acordou algum tempo depois no hospital. Estava com os pulsos bem enfaixados. Ficou se perguntando o que fazia naquele ali.

– Kagome! Que bom que você acordou! – um rapaz alto trajado todo de preto que estava sentado em uma poltrona levantou e caminhou até ela.

– você de novo, Inu Yasha...

– não vou deixar você se matar... Acho que já havia lhe dito isto... – ele sentou ao seu lado e segurou firme sua mão. – não faça mais isso... – ele roçou seus lábios na mão dela. Kagome sentiu seu coração disparar e o rosto queimar. – fiquei tão preocupado...

– Inu Yasha...

– eu preciso de você... Não me deixe... – entrelaçou seus dedos ao dela e ficou a fitando chorar desconsoladamente. Com a outra mão ergueu seu rosto. Kagome sentiu o hálito quente dele em seus lábios. Apenas fechou os olhos e aproveitou cada segundo daquele osculo. Quando Inu Yasha sentiu o doce sabor daqueles lábios frios teve ainda mais certeza do que sentia por ela. Aquele instante pareceu eterno. Tudo em volta deles sumiu. Quando se separaram Inu Yasha pode ver pela primeira vez um sorriso brotar na face, agora corada, de Kagome.

– você é um anjo... Por favor não finja ser um demônio... – disse ele acariciando ternamente o rosto da jovem. Agora sua face estava quente. Os lábios mais rosados. Era como se tivesse renascido. Puxou-a pela nuca em direção aos seus lábios mais uma vez.

Fim do Flash Back

Agora eu vejo,

Aquele beijo era mesmo o fim

Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim

– faz uma semana desde aquele dia.. – Kagome pousou seus dedos trêmulos sobre os lábios quentes. Desde o beijo eles não voltaram a ser frios. Talvez por que Kagome desejasse manter o sabor dos lábios dele. – cansei de esperar por alguém que não vai vir! – ela senta-se no para-peito da sacada e fita o precipício sob seus pés. – te encontro no inferno meu querido – a triste e ultima lagrima escorregou por sua face e pingou desaparecendo antes que Kagome pudesse vê-la atingir o solo. Inclinou seu corpo para frente, mas algo a fez arregalar os olhos.

E agora eu ando correndo tanto

Procurando aquele novo lugar

Aquela festa o que me resta

Encontrar alguém legal pra ficar

Aquele mesmo som. A porta foi ao chão. Kagome sentiu seu coração disparar. Parecia que ele iria rasgar seu peito e pular pra fora. Voltou seus olhos para a distante calçada e os pequenos carros que passavam pela rua. Pendeu seu corpo mais uma vez para frente e deu o impulso.

Por quê? Por que não estava no chão? Por que ainda sentia seu coração bater?

Dois fortes braços a haviam arrancado do local e a arrastado para dentro do cômodo. Ele apertou seu abdômen com toda sua força. Kagome não conseguia respirar. O que estava passando pela cabeça dele? Iria matá-la assim. Sentiu os músculos do rapaz em torno da sua cintura. Mas não era um abraço carinhoso. Ele a estava sufocando.

E agora é tarde, acordo tarde

Do meu lado alguém que eu não conhecia

Outra criança adulterada

Pelos anos que a pintura escondia

– me solte... – balbuciou, mais parecendo um sussurro.

– não queria tanto morrer? – Kagome sentiu a profunda magoa na voz dele. – então vai morrer em meus braços! – não podia ver mas sabia que estava chorando. Aquele homem que ela podia jurar não ter esse tipo de sentimento estava chorando. Sentiu os braços dele se fecharem ainda mais sobre seu frágil corpo. O ar sumiu.

– inu... Yasha... Solte-me... – usou suas ultimas forças para implorar por sua vida. Mas seu pedido não passou de sopro. O qual se perdeu na escuridão do quarto.

Afrouxou seus braços e transformou aquele ato assassino em um abraço cheio de ternura. Apoiou o rosto em seu ombro e deixou que suas lagrimas molhassem a alça do vestido dela. Kagome colocou suas mãos sobre as dele.

Agora eu vejo,

Aquele beijo era mesmo o fim

Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim

E agora é tarde, acordo tarde

Do meu lado alguém que eu não conhecia

Outra criança adulterada

Pelos anos que a pintura escondia

(Legião Urbana - A cruz e a espada)

Continua...

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Oi amores! Estão gostando da fic? To tisti...Y.Y ninguem deixa review... vou fazer greve! O proximo capitulo só sai se eu tiver mais de cinco reviews nesse cap ò.ó (eu to falando serio...) Bem agora ta tudo explicado sobre a historia né? Vou indu então... Bjoks! Ja ne!

Sanetoki-san

(reviews respondidas por e-mail)