Título: The Hog's Band.
Autor: Marcos Malfoy.
Betagem: Amy Lupin.

Nota do Autor: Todos os personagens que aparecem nessa fanfic são de exclusidade da J.K Rowling e de todos aqueles ricos e poderosos. Eu sou apenas um jovem escritor que está usando-os para divertir alguns leitores de fics.

Lembre-se: Plágio é crime.

- Capítulo 5 –

Profeta Diário

- Harry, por que raios todos estão olhando para nós?

- "Para nós" nada! Para você. A escola toda já está sabendo de você e da Hermione.

- Oh! - os olhos saltaram para frente com tamanho susto que Rony levou - Sério?

- Aham.

O caminho até a aula de Herbologia foi silencioso. Será que Hermione Granger já estava sabendo do que Harry acabara de lhe contar? O dia estava nublado, nuvens cinzas diziam que iria chover em pouco tempo.

A matéria estava atrasada e um tanto tediosa. Dentro da estufa da professora Sprout, vários alunos estavam muito cansados, com sono, alguns apoiavam a cabeça nas mãos, enquanto a professora ensinava as várias propriedades de várias plantas, todas muito feias e que cheiravam mal, o que fazia com que os alunos não adormecessem. Aquela ressaca pós-baile pegou todos os alunos da escola e infelizmente, todos teriam aula.

Antes de a aula começar, Rony encontrou com Hermione, foi tranqüilo, um beijo rápido para não chamar a atenção e um abraço forte, os dois estavam envergonhados. Não, a palavra não era vergonha. Mas era aquela sensação de "namoro" estava deixando os dois corados, Harry passou grande parte da aula fazendo gracinhas. Hermione não se importava, e Rony não queria ter que ir dar um soco na barriga de Harry.

- Ronald Weasley, preste atenção na aula!

- Mas Mione, eu estou com muito sono. E essa aula está um verdadeiro porre.

- Bom isso é verdade. Mas, tente se esforçar. Olhe só a animação da professora.

Harry esbugalhou os olhos, Rony se assustou e deixou a pena cair no chão. O que estava acontecendo naquele mundo? Hermione Granger dizer que alguma aula estava ruim era algo muito novo e algo muito estranho para eles ouvirem.

- Será isso tudo influência do Rony, Mione?

- Não. Mas é a pura verdade meninos, está muito enjoativa mesmo.

Após a aula de Herbologia, os alunos teriam um teste chato de Poções. Não seria nada complicado demais, porém por ser Poções e ser lecionada por Snape, precisava de muita, mas muita atenção. E para Harry e Rony que precisavam de mais que um milagre para passar na matéria, aquilo significava que seria extremamente exaustivo.

- E ainda vamos ter que encarar aquele imbecil grosseiro do Snape na próxima aula. – Rony quase chorava para não ter que ir até as frias masmorras do professor de cabelo seboso ter que fazer a maldita poção.

- É mesmo e eu não sei de nada para esse teste. Mione?

- Saber da matéria eu sei Harry, mas eu não vou poder passar cola, Snape disse que vai dar poções diferentes para cada aluno. Poções do começo do ano letivo até agora.

Rony apenas acenava com a cabeça enquanto eles iam as masmorras, os três andando junto com os demais alunos da Grifinória que estavam indo para aula que Harry resolveu batizar carinhosamente de tortura do Snape. Todos se sentaram, abriram cadernos e esperaram alguns minutos para a aula começar, a porta se abre e o professor Snape entra extremamente enfurecido. Muito enfurecido. Coisa que assustaria até mesmo Draco Malfoy e seus demais amiguinhos de verde.

- Não teremos teste hoje. - alguns alunos se entreolharam curiosos.

- Oh! Graças a Merlin. – Harry teve que segurar o amigo para que ele não se ajoelhasse no chão para agradecer.

- Mas. Eu darei um trabalho em duplas, ele poderá ser feito com alunos de outras casas também. Valerá 50 da nota final do trimestre, eu ainda não sei o tema, mas me divertirei muito imaginando um bem trabalhoso.

- Estava demorando.

- Alguma observação a mais, Senhor Weasley?

- Na, não, não professor.

- Cinco pontos serão retirados da Grifinória pela interrupção a minha aula. Agradeçam ao Senhor Weasley.

- Não liga não Rony.

- Obrigado Neville. Hey! Fiquei sabendo de você e da Gina, parabéns.

- Err, obrigado. E parabéns pelo seu namoro com Hermione.

O sussurro dos dois foi interrompido pelo olhar frio de Hermione que estava próxima suficiente para ouvir. Eles não estavam namorando, era verdade que ela queria namorar ele, mas se Rony pelo menos pedisse, quem sabe. Um papel dobrado chegou às mãos dela, um belo garrancho, mas que para Hermione era uma linda caligrafia de um certo ruivo envergonhado.

"Precisamos conversar Mione",

Com amor, Ron "".

- Creio que ainda não disse o motivo do cancelamento do teste. Aparentemente, algumas novas celebridades dentro desse castelo precisam dar algumas entrevistas, e como os testes seriam aplicados também nas demais casas, a escola optou por cancelar os testes do dia.

- Entrevista? Harry, ele disse entrevista?

- Hein?

- Harry, acorda! Ele falou entrevista!

- Oh! Rony olhe pelo lado bom, pelo menos não vai ter prova.

- Professor Snape, será que posso retirar alguns alunos de sua classe? - a aula foi interrompida quando Minerva McGonagall entrou dentro da sala.

- Mas é claro professora. - o tom do bruxo não poderia ter sido mais seco. Ser interrompido para permitir que alunos saíssem de sua aula para entrevistas, era o cúmulo antiprofissional.

- Ok, obrigada. Senhores Potter, Weasley e senhorita Granger rápido, arrumem seus materiais.

A banda daria uma entrevista para o Profeta Diário na sala de Abílio, a professora Minerva dava instruções de como seria e de como eles deveriam se portar. Rony entendeu como se a professora estivesse chamando os jovens de mal-educados.

Escadas e mais escadas, aquele caminho não acabava nunca, incrível como aquele castelo ainda tinha caminhos desconhecidos para Harry. Mesmo com a capa da invisibilidade e com o Mapa do Maroto em sua posse, jamais tinha visto aquelas escadarias que Minerva estava guiando, corredores e mais escadas, fantasmas e mais escadas, quadros e mais quadros que Harry olhava com curiosidade enquanto subia mais escadas. Finalmente os últimos degraus e enfim o conhecido corredor que terminaria na sala de música havia chegado. Todos entraram na sala e se uniram aos demais membros.

- Enfim o trio de ouro chegou. Pensei que não viessem, seria muito chato dar uma entrevista sem vocês. – Draco estava enfurecido com tamanho atraso.

"Paciência Rony, paciência" – infelizmente autocontrole não era o forte de Rony – Ah cale a boca Malfoy!

- Garotos, por favor! O que irá pensar a jornalista que veio até aqui para entrevistá-los?

Rony parou com seu chilique para analisar a mulher que iria passar uns minutos com a banda, Harry fez o mesmo. Uma jovem e encantadora dama de vestido curto rosa choque, longos cachos loiros com uma franja rente aos olhos castanhos, pele clara e delicada, traços definidos estava segurando uma pena e um caderno nas mãos, sobre a mesa uma pequena bolsa rosa claro.

- Será que vocês dois já pararam de babar? – Hermione controlava os braços e não esbofetear Harry e Rony. Já Cho tentava distrair a mente e não pegar a varinha e lançar algum feitiço que certamente acabaria com aquele cabelo nojento e sorriso tão perfeitinho.

- Olá, meu nome é Janeth Perabo, estagiária do Profeta Diário. Vim entrevistar vocês a respeito da banda.

- Pois bem! Acho que podemos começar, todos prontos? – ela olhou para cada um dos integrantes da banda, pegou a pena novamente e começou a escrever. – Como foi o processo de formação da banda?

- Bom, fomos chamados para uma reunião com a professora Minerva, que nos informou que a escola tinha um projeto de formação de banda. Segundo ela, nós seriamos bem sucedidos dentro dele, aceitamos e começamos a ensaiar aos sábados. O fantasma do professor Abílio Burgs nos ensinou como usar os instrumentos, ao Harry, Cho e Draco, a cantar. E foi mais ou menos isso.

- Como é seu nome queridinha?

- Hermione Granger.

- Quais os nomes de todos os integrantes?

- Eu sou a Hermione, aquele ali é o Harry Potter, ele é o Ronald Weasley, aquela é Gina Weasley, a irmã do Rony, ela é Cho Chang e aquele isolado ali no canto se chama Draco Malfoy.

- Oh minha nossa! – era bem óbvio que ela teria se espantado em saber que Harry Potter, o menino que sobreviveu cantava em uma banda. – Encantada em conhecer todos. Mas voltando, quais são os instrumentos que vocês tocam?

- Eu toco bateria. Cho toca guitarra e também é a vocal, Mione é quem fica no teclado, minha irmã Gina no baixo. Harry e Malfoy no vocal juntamente com a Cho.

- Já existe algum repertório de músicas?

- Sim, existem algumas músicas já prontas.

- E como elas são feitas?

- Grande parte é feita pelo próprio Abílio Burgs, ele é nosso compositor. Ele é fantástico sabe, ele diz o que acha que fica bom, nós passamos para o papel e assim elas vão sendo feitas. – Gina estava amando ser entrevistada e falava como uma celebridade do mundo musical. – Outras, nós mesmos escrevemos, às vezes vem inspiração para escrever, alguém escreve alguns versos, outro completa, depois vamos vendo como fica até estar pronta.

- Sei que vocês tiveram apenas uma apresentação, mas o que acharam de tudo?

- Foi perfeito – Harry tentava descrever exatamente o que sentiu e como foi o primeiro show. – Eu me senti muito bem, acho que todos nós. Estávamos preparados, e tudo foi maravilhoso, a aceitação foi boa, e as músicas bem selecionadas. Foram apenas três, mas acho que foram as melhores.

Janeth estava fascinada com a entrevista que estava acontecendo, ela ainda era estagiária, mas acreditava que se a Hog's Band fizesse sucesso, quem sabe uma promoção não viria. Seria muito bom ser promovida logo na sua primeira matéria.

- Draco, para você, o que é ser famoso?

- Nada demais. Você deveria perguntar isso para o cabeça-rachada ali do canto.

- Er, Harry?

- Bom, eu não gosto de ser famoso. Digo, é muito chato ser famoso apenas porque sobreviveu a algo e não por que faz algo. Você consegue me entender?

- Perfeitamente.

- Infelizmente não pude ver a apresentação, mas andei conversando com alunos e outros professores, todos eles elogiaram muito o trabalho de vocês. Professora McGonagall existiria a possibilidade da banda sair da escola e, por exemplo, entrar no mercado fonográfico?

- Eu acredito que isso seria ótimo, mas eu temo que o rendimento escolar dos alunos diminua. Eu precisaria conversar com os responsáveis pelos integrantes. Já pensei nisso, seria maravilhoso. Mas temos que ver o que os responsáveis achariam.

- Perfeito. Para vocês alunos, como é o dia a dia?

Draco achou aquela pergunta idiota, Harry não entendeu, Hermione preferiu ficar calada, Rony não iria falar por que estava babando no decote da jornalista, Gina estava distraída e Cho resolveu começar.

- É comum. Todo o dia da semana tem aula, os calendários semanais são feitos de acordo com as casas. Eu sou da Corvinal, então minha rotina de aulas acaba sendo diferente das dos demais. Aos fins de semana, alguns têm quadribol para praticar, outros preferem passar o dia estudando na biblioteca, muitos passeam pelos bosques, jardins ou qualquer outra coisa. Nós vamos para a sala de música ter aulas com Abílio aos sábados, ele leciona perfeitamente bem, o que não torna chato fazer música.

- Podem me falar mais a respeito de Abílio, Rony?

Rony entrou em choque, será que ela percebeu para onde o ruivo estava olhando? Bochechas coradas, pensando no que responder. Que vergonha! Será que Hermione tinha reparado?

- O Abílio é incrível como professor de música. Ensinou em Hogwarts e morreu faz muito tempo. Então ele ficou aqui pelo castelo mesmo, não sei fazendo o que, porque nunca tive curiosidade de perguntar e só fui apresentado a ele justamente por causa da banda. Ele é como um pai para a Hog's Band, sabe tudo de música, compõe muito bem. É severo quando necessário, mas na grande parte do tempo é brincalhão o que nos faz gostar de aprender música.

- Eu sei que tudo ainda é muito recente, mas vocês têm alguma idéia de como vai ser daqui para frente?

- Eu – Hermione – pretendo continuar estudando, música é incrível e eu gostei de me aventurar por essa área, mas estudo é fundamental, não dá para viver de música a vida toda.

- Eu pretenderia continuar na banda, acho que ela deve durar muito tempo – Gina – Seria incrível ser famosa fazendo música, deve ser o máximo ter que viajar o mundo, dar autógrafos e tudo mais. Sei que posso estar viajando na maionese, mas pretendo continuar.

- Por mim tanto faz. – Draco estava tão animado para a entrevista.

- Eu gostei e não vejo a hora das próximas apresentações, espero continuar na banda também. Cantar é algo maravilhoso e faz bem. – Harry estava empolgado para continuar.

- Olhe, muito obrigado, acho que é só. Não dará uma primeira página, ainda. Mas sairá no caderno adolescente ou de música, algo assim. Espero que leiam e que possamos manter contato. – a dama levantou-se graciosamente, e andou em direção a professora McGonagall – Professora, muito obrigada pelo tempo cedido, foi um prazer conhecê-la! Agora preciso ir, posso usar sua lareira?

- Oh claro! Espero que venha mais vezes, e quem sabe num próximo show, não se incomodaria em ir assistir.

- Claro que irei, me deixe informada. – Janeth acompanhou a professora até sua sala, despendindo-se dos demais.

Rony, Hermione, Harry e Gina caminharam até a Grifinória tranqüilamente, Draco queria ir até a Sonserina (teria que começar a tratar aquela acne e aquela olheira, que por volta das instruções do professor Snape, iria começar a nascer), mas teria aula do Flitwick, feitiços.

"Que se dane! Eu vou cabular".– E assim foi seguindo até o dormitório, sorte dele aquela espinha não ter surgido novamente durante a entrevista, seria hilário, sim, Draco teve que admitir que seria algo muito cômico, mas ele não iria dar risada, falaria milhares de ironias, zombando da pobreza dos Weasleys, de Hermione não ter sangue de bruxos, da morte dos pais de Harry e dele ter um psicopata querendo matá-lo desde então. Não psicopata para os malditos grifinórios, para ele, era Lord das Trevas. De Cho, do que valia a pena zombar de uma menina igual a Cho?

Draco chegou, tudo vazio, estaria sozinho dentro da Sonserina. Maravilha! Chovia lá fora e ele pensou em um banho quente, dessa vez Pansy não estaria para encher a paciência. Se não fosse tão bem de, bem, pensando melhor, era melhor esquecer de Pansy. O que fazer depois do banho? Ah sim, tratar aquela maldita acne e dormir um pouco para tentar aliviar aquelas olheiras. E se alguém descobrisse que ele estava cabulando aula, fda-se!

E assim foi, Draco saiu do banho e foi olhar-se no espelho, que estava embaçado devido o vapor da água, nada que um feitiço simples não resolvesse, ficou olhando a testa, estava começando a ficar avermelhada, logo nasceria novamente. Será que Snape não teria alguma poção que curasse e elas nunca mais voltariam? Se não existisse, Draco se esforçaria para criar uma. Melhor ver isso depois do sono mesmo, ele pegou uma poção cicatrizante e aplicou na testa, esperando que aquela inflamação sumisse e foi dormir.

-------------------

Cho saiu da sala em direção ao Salão Comunal, talvez chegasse a tempo para o fim do almoço e retornar as aulas, a chuva estava piorando e às vezes o som de trovões era tão alto que não se podia ouvir mais nada além daquele ruído alto e que Cho achava assustador. Na porta do Grande Salão, alguém gritou por ela.

- Cho, venha cá!

- Oh Hermione, pensei que vocês tivessem ido para a Grifinória.

- Nós fomos, mas foi para pegar alguns livros para a aula do Binns. Gina ficou por lá, aparentemente vai matar aula. – Hermione olhou para Rony, que entendeu que ela queria saber o porque ele deixou que Gina fizesse aquilo. Depois, Hermione olhou para dentro do Grande Salão em direção a mesa da Corvinal. – Er, Cho, você vai almoçar sozinha?

- Eu, não, eu não!

- A mesa da Corvinal está vazia. Vamos, almoça com a gente?

- Eu não sei Hermione, é que...

- É que nada, vamos, você vai ter a honra de almoçar com os grifinórios, não precisa se preocupar, você não vai almoçar com os sonserinos. – Cho acompanhou Hermione numa risada alta.

Rony estava preocupado, Harry deveria estar chegando e quando descobrisse Cho sentada na mesa teria uma reação não muito agradável. Ele tinha ficado para trás quando esqueceu de que tinha que trocar de camisa devido a uma mancha arroxeada causada por umas das nojentas e fedidas plantas da professora de Herbologia. Rony ficou esperando o amigo que chegou alguns minutos depois, ele vinha descendo as escadas rapidamente para não perder o almoço quando Rony o parou.

- Harry, espera. Cho foi almoçar com a gente.

- Hein?

- É, Mione a chamou aqui mesmo na porta. Eu não pude evitar.

- Não, tudo bem! Eu estou bem?

- Com certeza. Vaidoso a essa altura do campeonato é amigo?

- Não Harry, é que essa camiseta não é gigante.

Para os demais, Harry era estranho por usar roupas tão largas, mas o problema era que ninguém sabia o por que. Grande parte das roupas que Harry usava eram de seu primo Duda e para ele eram confortáveis e não ficavam apertadas ou do tamanho exato para ele. Mas quando foi a primeira apresentação, quando viu Cho tão linda, pensou bem o porque usava roupas tão folgadas.

Os dois entraram e rumaram direto para a mesa da Grifinória. Para Harry aquilo seria maravilhoso, Rony por estar com Hermione obviamente sentaria do lado dela, e Harry sentaria com Cho.

- Oi Cho! Que bom que veio almoçar conosco. – "Por Merlin, Deus, o que for Harry, não gagueje".

- Oi, vocês se importam se ficar aqui?

- Claro que não. A sua mesa está tão vazia que chega a ser depressivo. – "Isso mesmo Harry, você está na mesa da Grifinória, seu habitat natural, oh Merlin, eu devo ser um doente mental".

- É, é tão triste ficar sozinha! – "Harry, por favor, entenda essa maldita indireta".

- É, é triste ficar sozinho. – "Anda Cho, entenda!".

Rony estava quase vomitando em cima da mesa com tamanha melação que aquele papo estava. Hermione cutucou a barriga dele para que ele parasse de fazer caretas. Hermione se deu conta que Harry estava para Cho e Cho estava para Harry, como em alguma equação de Aritmancia, então...

- Rony, você não disse que queria conversar comigo querido?

- É, sim! Mas, agora – o ruivo entendeu do que se tratava. – na hora do almoço?

- Sim, nas próximas aulas mal vamos poder falar e eu espero resolver esse assunto logo. – a menina terminou a choradeira de Ron com um beijo sem língua. Harry não queria ficar sozinho com Cho, vermes alados nasceriam na sua barriga e com certeza eles tentariam fugir pela sua boca. – Tchau para vocês! Harry, em 20 minutos começa a aula do Binns.

Eles foram embora e Harry respirou fundo, o que eles iriam conversar? Quadribol, aulas, banda, a lula gigante que deve estar escondida por causa da chuva? Era tanta coisa que passava na cabeça de Harry, quando se deu conta que ficou olhando tempo demais nos olhos de Cho.

Cho tomou o queixo de Harry com possessividade, forçando que o menino levantasse a cabeça para que eles se olhassem novamente, segurando com o queixo com o indicador e passando o polegar pelo lábio inferior. Milhares de sensações passaram pelo corpo do moreno, sentiu um formigamento crescendo em suas mãos e passando por todo seu corpo, morrendo nos seus pés, e o coração batia aceleradamente, mas não bombeava sangue suficiente para reaquecer o corpo que tinha ficado gelado com atitude da menina.

Ela não esperou ele entender o que estava se passando ali naquela mesa, e a menina partiu para tomar os lábios de Harry. – "Não adianta ficar com essa cara de besta" – Ele fechou os olhos e se aproximou mais, permitindo que o beijo se aprofundasse, as línguas dançavam alguma coisa quente. Harry abraçou Cho enquanto o beijo rolava e ela sentia como se nos braços de Harry tudo estivesse bem.

- Er, Harry, desculpa.

Depois do beijo, Harry ficou muito encabulado. Por que sempre ficava assim? Ele lembrou do dia que ambos caíram na escada, era aquilo que ia acontecer. Por que Cho estava olhando com aquela cara de que estava arrependida? Ela não deveria estar, já que foi ela quem começou. Harry não queria nem mais saber quando foi para mais um beijo, tomando Cho nos braços e deixando que o clima os levassem. As mãos de Harry desceram para a cintura da menina que permitiu, os dois ficaram trocando carícias e beijos até o momento do sinal tocar e avisar que eles deveriam estar indo para as aulas.

- Hum, acho que nem almoçamos. – Harry tomou o resto do suco e levantou-se, sendo acompanhado pela morena.

- É, bom. Eu, é melhor eu ir.

- Não, fica mais um pouquinho.

- Não dá!

- Cho, você, quer namorar comigo?

- Eu, eu, eu quero. É claro que eu quero namorar você Harry!

- Eu não sei o que falar agora. E se eu tentar eu vou gaguejar.

- Não precisa. A gente se vê depois. – com um beijo na bochecha de Harry, Cho saiu correndo para a sua próxima aula.

"Harry Potter, o que você acabou de fazer?" – era a única coisa que passava por sua cabeça enquanto via uma menina de longos cabelos negros correndo para fora do Grande Salão. Uma menina que agora ele poderia dizer que era sua namorada.

-------------------

Algumas semanas passaram e Rony e Hermione estavam declarados como namorados. Harry e Cho também. Quando Rony ficou sabendo, quase faltou dar um beijo no amigo, finalmente ele iria ter alguém para desviar sua atenção. Sabe como é, Rony e Hermione, e Harry, três é demais. Agora Harry estava namorando, e com Cho Chang, também apanhadora, também vocalista. Eles combinavam praticamente em tudo.

- Tá namorando, tá namorando! – Fred e Jorge caçoavam de Harry no Salão comunal da Grifinória, e ele ficava muito vermelho.

- Parabéns cara! Olha, já cansei de falar, mas você e a Cho são perfeitos.

- Rony deixa o Harry em paz!

- Ah qual é Mione? Harry tá encalhado desde que chegou nesse castelo.

- Rony, eu acho melhor você ficar bem quietinho, ok? – agora Harry tinha se ofendido.

- Hunf!

- Então Harry, que tal se formos para Hogsmeade em dois casais, eu, Mione, você e Cho?

- Eu acho uma boa idéia.

- Porque em dois casais? Não pode ser três? – Gina queria saber se não poderia ir com Neville junto com eles também.

- Claro que pode! – Hermione sempre a salvadora de Gina.

- Neville, que você acha? Fala logo homem!

- Por mim tudo bem!

- Ótimo.

Simas entrou correndo na Grifinória e quando viu tantos alunos esparramados pelo Salão Comunal espantou-se.

- O que todos vocês estão fazendo aqui?

- O mesmo que praticamente a escola toda... NADA.

- Muito engraçado Jorge! Vocês não ficaram sabendo?

- Espera aí, ficamos sabendo do que?

- Fizeram algum tipo de como dizem, piscina, lá fora.

- Piscina? – Harry nunca tinha entrado em uma e seria maravilhoso poder tomar banho de piscina com o calor tão intenso do dia.

- É verdade! Acho que foi Dumbledore ou sei lá quem. Parece que ele deixou lá para os alunos, também com o calor que está!

- Harry, vamos cara, vai ser divertido.

- Com certeza Rony. Mione vem com a gente, eu chamo a Cho, a Gina vai com o Neville.

- Claro que eu vou, eu estava quase derretendo aqui. Vem Gina, eu tenho alguns biquínis pra te emprestar.

- Biquíni não! Gina Weasley, você vai pro seu dormitório, abrir seu guarda roupas e pegar um maiô.

- Rony, deixa de ser tonto.

- Mas Hermione...

- Chega de "mas". Gina você vem comigo.

As duas subiram para os dormitórios em busca de algo para usar. Uma piscina, em Hogwarts! Incrível. Mas, deveria estar lotada, com tantos alunos. Mas era quase certo que Dumbledore já teria pensado naquilo e teria aumentado-a. Bom, não custava nada ir até lá e ver o que estava acontecendo. Ele e Rony subiram também e foram procurar o que usar. Bermudas, claro. Chinelo rasteira, camisetas de surfe. Prontos, eles desceram e esperaram por Hermione e Gina, que provavelmente estariam terminando.

- Ron, enquanto isso eu vou chamar a Cho, ok?

- Vai lá cara.

Rony pensou duas vezes depois que Harry saiu, quando viu Hermione e Gina cheia de frascos de poções de proteção solar, guarda-sóis, cangas, óculos de sol e tudo mais que se possa imaginar. Provavelmente sobraria para ele e Neville levar tudo.

Harry correu até a Corvinal, um caminho complicado demais, achou. Quando chegou, procurou por Cho, a menina desceu, saindo do Salão Comunal, Harry avisou para ela do que estava acontecendo e convidou-a para ir com ele, Hermione, Rony, Neville e Gina. Ela aceitou e pediu um tempinho para se arrumar, mulheres! Precisam se arrumar até para ir à uma piscina. Quando Cho desceu, Harry não pode deixar de reparar nas curvas da morena, o Quadribol fazia com que o corpo dela ganhasse forma. - "E que forma!" – Harry não deixou de escapar esse pensamento.

- Vamos?

- Claro. – eles começaram a andar em direção aos jardins, onde Simas disse que estava.

- Harry, eu sei, começamos a namorar agora, mas... – ela estendeu a mão e Harry segurou. Que cena linda! Harry Potter e Cho Chang andando de mãos dadas pela escola. – Harry, eu te amo.

- Eu também Cho. Eu te amo também.

Alguns olhares curiosos e alguns cochichos enquanto andavam, Harry estava se sentindo incomodado com aquilo tudo, era normal para ele ser olhado e de pessoas cochichando sobre ele. Mas dessa vez era porque ele estava com Cho. Será que a menina estava se sentindo confortável, claro que não, foi a primeira coisa que lhe passou pela cabeça. Mas será que ela realmente se importava?

- Cho, você está vendo todo mundo nos olhando?

- Aham.

- E você não...?

- Não me importo Harry!

- Sério?

- Claro, eu me sinto bem do seu lado e não ligo pra que eles pensam. Não devo nada pra ninguém, concorda comigo?

- Hum, hum. – É talvez Cho tivesse razão. Porque se preocupar por tão pouco? Eles estavam namorando e ninguém tinha nada a ver com o relacionamento deles. – Adoro seu jeito de pensar.

Cho riu e Harry sentiu-se corar a face. Cho tinha esse poder sobre ele, de deixá-lo sem reação, sem armas, como se tudo fosse lindo e maravilhoso ao seu lado. Estavam chegando na piscina, e Harry não pode deixar de notar que muitos alunos estavam lá. Era agora, os alunos fofoqueiros ficariam sabendo que eles estavam juntos e fariam o favor de espalhar pela escola. Ótimo! Realmente, ele não estava sendo irônico consigo mesmo, seria bom até.

Procuraram pelos demais, viram três guarda-sóis, os dois primeiros ocupados por Hermione e Rony, e, Gina e Neville, respectivamente, e o terceiro estava lá, esperando por Harry e Cho. Harry tirou a camisa e não pode deixar de ver que estava branquelo demais. Talvez um sol perto de uma piscina, ao lado da namorada ajudaria a tomar um bronzeado. Cho cumprimentou todos e deitou-se na espreguiçadeira.

Harry ficou maravilhado com o que estava vendo, uma enorme piscina do tamanho de um campo de quadribol inteirinho, caberiam todos os alunos de Hogwarts e ainda teriam espaço de sobra. Alguns alunos estavam tomando sol, outros conversavam sentados com os pés na água, Cho virou-se para Hermione e pediu o protetor solar emprestado, passou em si, e depois pediu para Harry passar em suas costas. O mesmo Cho fez com as costas dele.

Estava tudo muito bom, aquele "momento típico em família numa praia" que Harry sempre sonhou estava acontecendo com seus amigos e com sua namorada. Rony levantou e convidou Harry para uma competição de mergulho, Harry aceitou e os dois pularam na água.

- Crianças!

- Liga não Hermione, meninos demoram mais para amadurecer. – Cho estava dando risadas em ver um ruivo e um moreno competindo para quem chegava até o outro lado da piscina.

- É, eu sei. Parecem dois moleques. – Hermione saiu de sua espreguiçadeira e foi para a de Harry, vazia, que estava ao lado da de Cho. – Escuta, você e o Harry, como estão?

- Bem! Ele é um menino que vale ouro sabe.

- Que fofo!

- E você e o Rony?

- Ahh! Estamos indo bem, ele é meio lerdo para entender as coisas, mas talvez é isso que eu gosto nele. Meio bobão quando se trata de relacionamentos sabe? Mas eu gosto disso.

Cho entendia o que acontecia com Hermione, aquilo se chamava amor, coisa que ela só conheceria graças a Harry, que estava na piscina igual uma criança que não queria saber de mais nada.

-------------------

Harry e Rony foram interrompidos na piscina, quando viram na outra margem um garoto branquela, raquítico e de cabelo loiro aguado andando com uma menina estranha e de cabelos pretos e mal cortados. O casal-maravilha da Sonserina, Draco e Pansy.

- Escuta aqui Pansy, eu não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei vir até a piscina com você. – Draco andava tranqüilamente enquanto Pansy carregava bonés, protetores solares, um guarda-sol verde prateado e muitas bugigangas dela. – Você é uma retardada mesmo! Onde já se viu usar um biquíni deste tamanho, quer mostrar aquilo que eu já conheço faz tempo é?

- Ai Draco, para de gritar, a escola inteira está vendo.

- Dane-se a escola! Eu quero que todos eles saibam que eu não vim me jogar nessa água imunda igual o Potter e o Weasley estão fazendo ali. Que nojo. A água que todos esses nojentos ficam não serve para um Malfoy.

Harry entendeu que poderia fazer um plano maligno e foi até Draco. Pegou uma toalha com Cho e secando-se foi em direção aos dois.

- Malfoy, a água está uma delícia, eu acho que você deveria experimentar!

- Ráá Potter, primeiro que você não capacidade nenhuma de me sugerir algo. Depois, essa água está imunda, nota-se em ver seu amigo favelado ali, e terceiro, eu não vou entrar e pronto.

- Ah deveria.

- Obrigue-me cabeça de trovão! – Draco não deveria ter dito aquilo, foi a primeira coisa que pensou quando viu que estava de costas para a beirada da piscina e quando sentiu a mão de Potter tocando seu peito e seu corpo inclinando para trás. – Potter seu maldito!

SPLAAASH!

- Meu cabelo seu infeliz!

- Oh Draco, a água não está fresquinha, agradabilíssima para um Malfoy não? Se quiser, eu te empresto minha toalha, só que ela tem um leãozinho no meio, acho que você não vai querer não é? Até mais! - Harry notou que boa parte da escola, inclusive seus amigos estavam rindo da cena. Draco estava muito nervoso e se amaldiçoou várias vezes por ter esquecido a varinha em cima da cama.

- Pansy sua anta, ta esperando o que pra entrar? - "Ah Pottinho, vai ter volta, vai ter! Eu só não sei o que".

- Eu não. Você mesmo falou que está nojenta.

- Ou você entra aqui agora ou eu espalho pra metade da escola que você é frígida.

Ao ouvir isso Pansy entrou rapidamente na água. Talvez ela tenha usado seus neurônios em conjunto e descoberto que para Draco, se ela entrasse na água também, aquele mico seria menor. Bom, não custava nada ajudar o coitado. A água não estava nojenta, estava muito agradável, Pansy pode reparar que Draco pensava a mesma coisa. Pansy aproximou-se de Draco e ele abraçou-a pela cintura e Pansy colocou suas mãos sobre os ombros dele, dando início a um beijo quente.

Próximo ali, Harry e Cho estavam conversando animadamente sobre o próximo passeio a Hogsmeade, estavam planejando tudo, iriam a Dedosdemel, passeariam pelo Beco Diagonal, entre outras coisas. Cho estava animada ao pensar que iria passar um dia fora de Hogwarts com ele.

- Harry, porque você está embaixo daí? – Cho referia-se ao guarda-sol. – Vem tomar um pouco de sol.

Harry soltou um resmungo que Cho fingiu não ter ouvido, onde já se viu, uma piscina enorme daquelas e ele tomando solzinho, pelo menos teria a menina do seu lado. Sendo assim, deitou-se ao lado de Cho e fechou os olhos, o sol aquecia sua pele e a sensação era muito boa. Hermione e Rony faziam o mesmo, enquanto Gina e Neville estavam na água aos beijos.

"Poxa, está tudo sendo tão perfeito, Cho e eu, Mione e Ron, Gina e Neville, todos nós aqui, curtindo um dia tão lindo na piscina. Dumbledore é um gênio!".

-------------------

Nota do Autor: Ebaa! Capítulo cinco online!

Bom, eu espero que vocês tenham gostado do capitulo anterior. E eu esqueci de dizer, mas a música que a banda canta é Iris do Goo Goo Dolls. Pra quem ainda não lembrou, faz parte da trilha sonora de Cidade dos Anjos.

Ahhh, Harry e Cho juntos. O amor é lindo! Hehehe!

Confesso que não vou muito com a cara da Cho, mas fazer o que né? Veremos como fica nos próximos capítulos.

Um a zero pra McGonagall, por ter feito com que Snape cancelasse seu teste.

Cara, o Rony é tarado hein! Muahahahaha!

Momento família feliz na beira da piscina. Kakaka, a vingança de Potter! Sim, sabem porque? Para quem ainda não leu, vai uma sugestão. Green Eyes (escrita pela minha beta, a dona Amy Lupin). Em um dos capítulos, Draco joga Harry sem dó nem piedade dentro da piscina. Então eu resolvi fazer a vingança grifinória.

Bom, é isso aí...

Eu ainda não consigo responder as reviews. Sorry. Mas eu vou tentando.

Mas o jeito é responder por aqui mesmo:

- Bem te vi: Que bom que você gostou do cap.04 e eu te dou razão quando você diz que o Harry é meio, tapado! Mas olha esse capítulo, ele acelerou hein! Sem contar que ele empurrou Malfoy na piscina e a escola inteira viu. Vamos ver se ele começa a ser menos bobinho e inocente.

------------------

Se você não sabe como mandar a sua review, é fácil. É só clicar em Go, correspondente à "Submit Review" no final dessa página e mandar seu recado. Deixa e-mail, ou alguma forma para que eu possa responder. Ok?

------------------

Obrigado e até o próximo capítulo,
Marcos Malfoy.