Sem falar de amor

Hina

GW – Au – Violência – Estupro – Mpreg

6x2


-Gundam não me pertence.

-O conteúdo é YAOI (Relacionamento entre homens).

-O conteúdo é extremamente violento. Contém cena abusiva e ESTUPRO.


Prólogo

O momento atual não era muito calmo para o universo. Anos após uma terrível guerra foi possível derrubar as barreiras que segregavam as colônias e a Terra. O mundo enfrenta os anos caóticos. Uma fase onde todos tentam deter algum domínio sobre o outro.

No espaço os homens tentam prevalecer pela força, outros pelos princípios

Zechs Merquise era um jovem comandante, um dos muitos que cruzavam o espaço com um pequeno, porém seleto grupo.Zechs não gostava muito de comentar sobre seu passado, mas entre seus motivos para viver como um comandante espacial havia uma antiga mágoa amorosa e um sonho em forma de promessa a seu velho pai.

Merquise era descendente de uma influente família que há anos atrás viveu numa das colônias proximas a Terra. Zechs havia prometido aopai que tornaria sua antiga colônia um lar descente, onde humanos poderiam viver em paz. Era essa sua mais forte razão de lutar.

Para isso o jovem comandante vivia correndo atrás de uma importante aquisição para seu exército. Um homem chamado Heero Yui, um que poderia fazer a diferença naquela batalha pela liberdade.

O fato é que depois do fim da guerra Yui havia sumido. Mas recentemente ele havia sido localizado por Zechs e finalmente aceitara o convite de lhe ajudar nessa nova missão.

Heero Yui era um homem conhecido por sua extrema tática de guerra e frieza. Calado e misterioso o soldado japonês viera da Colônia de L1 e seria uma importante aquisição para o time de Zechs Merquise.


Naquela manhã Zechs estava sentando à sua mesa na última sala do corredor de sua nave espacial Majory, sua assistente Noin entrou séria chamando para si a atenção do chefe. O homem ergueu a cabeça a olhando com curiosidade. Seus olhos azuis se estreitaram com perspicácia e ele sorriu.

-Não me diga que conseguimos nosso homem? – Ele tinha uma voz grave e inteligente.

-Acho que sim, chefe. – A moça mexeu nos curtos cabelos negros e sorriu piscando os olhos grandes.

-Como? – Zechs se levantou sorrido. Ele era um homem de porte avantajado. Os cabelos loiros e lisos chegavam ao meio de sua costas.

-Parece que conseguimos algo que Heero Yui se interessa muito: dinheiro e poder. – Noin sorriu.

-Não sei, garota. Esse homem me parece um mistério ambulante. De certo há mais coisas que interessam Heero nessa história, mas não nos importa. Apenas é interessante a nós e a nosso requintado time de soldados tê-lo ao nosso lado. – Zechs estava radiante. Por anos havia percorrido a oportunidade de ter o soldado de L1 ao seu lado. – Quando ele chega? – O loiro quis saber.

-Parece que ele tem coisas a resolver. Ou não pode sair de L1 agora, pediuuns dois meses. – Noin se aproximou docomandante .

-Dois meses... é muito tempo. – Zechs ficou pensativo. – Mas... isso nos dará tempo para planejar nossas ações. – O loiro sorriu.

-É assim que se fala, chefe. Em dois meses teremos Heero Yui ao nosso lado. – Ela sorriu também.

-Festa! – Zechs gritou a erguendo no ar com facilidade. – Minha, linda. Avise a nossopessoal que teremos festa hoje. – Ele sorriu .

-Nas colônias? – Ela sorriu sem acreditar.

-Aonde vocês quiserem. – Zechs gemeu se lançando em sua cadeira.

Ele estava mesmo feliz. Zechs era um jovem comandante que após o fim das guerras das nações havia conseguido verba suficiente para formar seu próprio exército. Atualmente havia muitos exércitos, e cada um com as mais diversas finalidades. Uns se julgavam os únicos a conseguirem trazer a paz definitiva a uma nação que experimentara mais de cem anos de segregação e morte. Não era esse o caso do Exército espacial de Zechs. O jovem loiro era filho de uma influente família pacificadora, porem a única coisa que o rapaz almejava era resgatar oa colônia Natal de seus pais, ele queria apenas fazer daquela nação uma nação livre e promissora.

-Eu quero apenas fazer do lugar chamado Baltar uma terra livre. Essa foi minha promessa, pai.– Ele falou quando se viu sozinho. Atualmente aquela nação era escrava de tantos outros exércitos e ganhava a falsa proteção do Exercito das nações unidas da terra, que era uma instituição que visava a união entre todas as colônias e o planeta Terra, porem que parecia apenas movido pela ganância humana. Ele tinha que conseguir resgatar Baltar das mãos desse exército chefiado por um homem chamado Treize.

E a aquisição do lendário e frio Heero Yui podia pôr fim àquela situação de seu país Natal, afinal o homem Yui era conhecido por suas ações desmedidas pelo fim da guerra.


Noin correu sorridente até a cabine informando aos amigos da aquisição de Zechs e da festa em qualquer colônia.

Pilotando a nave mãe Majory, estava um oriental chamado Chang Wufei e uma bela moça chamada Sally Pô.

-Sally, Fei! Festa! – Noin se jogou em uma poltrona atrás do par de pilotos.

-A que devemos essa...liberdade? – Sally sorriu de canto, se referindo a bondade do chefe, sempre tão sério e compenetrado.

-À aquisição de Heero Yui ao nosso grupo. – A moça de curtos cabelos sorriu.

-Hn. Yui? – Chang era um misterioso ex-combatente de guerra e o nome Yui não lhe era desconhecido. Já havia cruzado com aquele soldado louco em outro momento. – Não gosto disso. Yui consegue acabar com qualquer espírito de equipe. Ele age sozinho. – Chang cuspiu com escárnio.

-Wufei. Porque acho que se descreveu? – Sally o provocou.

-Deixem de bobagem... o que importa é que nosso chefinho liberou a noitada... E sabe muito bem aonde os rapazes vão querer ir... – Noin sorriu de canto a canto lançando um olhar significativo para Sally.

-L2... O maior recanto de diversão do universo. – Sally sorriu.

-É isso ai. E hoje minha cara... eu vou me dar bem... – Noin provocou.

-Então leve grana... os gatinhos de lá são bem careiros... – Sally caiu na brincadeira.

-Eiii... na última vez eu fiquei com mais de cinco gatinhos... e de graça... – As moças sorriram cúmplices.

-Hn... mulheres! – Wufei girou os olhos.


Zechs era um comandante sério e fechado demais. Não se podia negar que isso lhe inspirava um certo charme e até um certo respeito dentre seus comandados. Mas era interessante quando o jovem comandante se deixava levar pelos subordinados e fazia de conta que eram apenas homens em busca de diversão. Assim era nessa noite. Zechs fora arrastado para uma das mais excitantes e badaladas boates de L2. O jovem loiro estava um tanto quanto deslocado, porém não podia negar que era mesmo excitante aquele lugar.

A música alta e provocante, o cheiro de bebidas e as luzes escuras, os vários corpos suados se contorcendo em todos os corredores dava ao ambiente um clima de extravasada liberdade. Zechs se deixou levar pelas bebidas que nunca deixavam sua mesa e suas canecas. Ele sorriu olhando como seus subordinados estavam descontraídos. Ali todos pareciam apenas homens e mulheres comuns, todos sorriam e bebiam esquecidos dos dias trancados na nave e matando inimigos.

-Relaxe, chefe! É nosso dia de folga. – Noin sorriu quando passou por ele. – Aproveite... – A moça aconselhou sumindo na escuridão abraçada a um desconhecido rapaz.

-Você também, Fei. Pegue umas gatinhas e curta a noite. – Sally também acabara se sumir em algum canto escuro.

-Parece que as meninas não perdem tempo... – Zechs comentou sem graça com o piloto de sua nave.

-Malditas mulheres... – Chang apenas se concentrou na sua bebida.

-Ei... até parece que não gosta delas... das... mulheres. – Zechs arriscou um palpite.

-Odeio. – Wufei o olhou com raiva. – Odeio humanos idiotas que curtem festinhas pessoais... – O rapaz sorveu um gole da forte bebida.

-Que isso, amigo. Devíamos aproveitar a noite.. sei lá... dançar um pouco... – Zechs estava sendo levado pela bebida...

-Chefe. Se quiser vá você. Chang Wufei jamais vai ser visto numa pista de dança... – Ele fechou o semblante pensando na situação de estar como aqueles outros tantos dançando naquela movimentada pista de dança.

-Acho... que você tem razão. – O loiro ficou sério. Por um instante. Talvez tenha sido a bebida, ele se viu se deixando largar naquela pista, mas agora dando importância ao que o amigo lhe falava era mesmo ridículo achar que alguém como ele fora feito para esquecer os muitos problemas e sair curtindo alguma noitada idiota. Então o que estava fazendo ali afinal? Ele não tinha essa resposta. Apenas olhou para sua caneca sorvendo o resto da bebida.

A noite teria sido normal em L2. Muita bebida, sexo, música alta. Em suma, muita diversão. Senão fosse por um detalhe que por volta das 00:00 horas irrompeu o salão.

-Olha quem acabou de chegar. Chefinho! – Wufei levantou os olhos negros para o pequeno tumulto que se formava no meio da pista de dança.

-Hn... Treize. – Zechs girou os olhos.

-Parece que o rei da noite vai fazer festinha hoje. – Chang comentou.

Treize era um comandante famoso por suas conquistas e talvez mais famoso ainda por sua crueldade. Gostava sempre de deixar marcas em todos os locais que passava e tinha um lado extremamente vulgar e voltado para o sexo.

-Parece que ele está festejando de novo... com alguma ninfeta. – Zechs lamentava esse comportamento. Girou sua cadeira para o outro lado da pista se servindo de mais bebida.

-Parece que é bem bonita dessa vez... – Chang provocou o chefe. Sabia que ele ainda se incomodava com as ações do outro comandante.

-O que ele está fazendo agora? – Zechs perguntou para Wufei. O loiro estava de costas para a algazarra que se formava em torno de Treize.

-O de sempre. Está humilhando e surrando uma... garota... uuuhh – Wufei se encolheu. – Não é uma garota... é um garoto. – Ele completou desinteressado.

-Como sabe? – Zechs estava ficando curioso.

-Ele rasgou as roupas do coitado... está literalmente devorando os mamilos do menino... – Wufei sorveu mais um gole de sua bebida.

-E agora, Fei? – Zechs se entusiasmou.

-Merda. Eles estão o estuprando... Zechs, olhe você mesmo. Eu não sei qual a graça que se pode ter nisso. Provocar dor e humilhação nas pessoas. – Chang lamentou.

Zechs finalmente olhou na direção de Treize. A cena não lhe inspirou ânimo. Havia o que parecia um indefeso garoto sendo jogado de um soldado para o outro. O rapaz chorava assustado tendo seu corpo nu apalpado por muitos. Sobravam socos e xingamentos também. Treize sorrindo em meio a tudo, se divertindo com a humilhação do coitado.

Com certo tempo naquela tortura Zechs pode notar Treize sorrir alto e encher as mãos grandes com os fartos cabelos castanhos da criatura que estuprava com tamanha gana.

-Olhem! Esse é meu troféu. – Exibia o corpo ferido o sacudindo pelos cabelos. Finalmente os olhos cor de mel de Treize se estreitaram fitando Zechs.

-Acho que ele nos viu. – Wufei comentou.

-Vejam! Zechs está dando uma festinha também? Onde está sua diversão? – Ele sorriu se dirigindo para a mesa do loiro. – Quer essa aqui? É quase de graça... uma vez que eu e meus homens já descabaçamos tudo mesmo. – Ele mostrou o garoto quase desfalecido em seus braços.

-Não sou doente como você, Treize. – Zechs se levantou o enfrentando.

-Que doente? Que mal há em comer esses porcos vadios? – Treize sorriu. Sabia como provocar o loiro a sua frente. – Somos melhores que eles, Loiro. Somos humanos.

-Eles também são. – Zechs se enfureceu. Há tempos a colônia de L2 se tornara um refúgio para outras raças, ou mesmo mestiços de humanos, ou experiências frustradas de algum laboratório. Ali era um reduto da subumanidade.

-Ahh... Zechs! Vamos usar esses lixos e fazê-los entender de uma vez por todas que não passam de vermes para nos servir. Vamos! – Ele olhou ao redor e viu que estava sendo incentivados por muitos dos freqüentantes. – Quem quer esse lixinho aqui? – Treize sorriu erguendo o garoto. A resposta foi cheia de vulgaridades e xingamentos.

-Treize... – O loiro que estava com seus olhos azuis enraivecidos pareceu amornar a atitude. Era como se já o tivesse conhecido. Sim. Zechs já conhecera Treize em outro momento. – É apenas uma criança... – O loiro insistiu.

-Sua fraqueza nos separou no passado. Agora diga de uma vez se quer comer esse vadio ou posso dá-lo aos outros! – Treize sorriu ignorando a expressão triste do jovem comandante. – Wufei? Sei que sempre foi mais homem... – Treize sorriu desafiador.

-Passa pra cá. – Chang terminou de tomar o líquido em sua caneca.

A algazarra estava formada. Treize sorriu abertamente jogando o corpo ferido e nu do rapaz sobre a mesa. Wufei não pareceu muito excitado com o que ia fazer, porem parecia agir sem nenhuma sombra de caridade, na verdade ele parecia não saber o significado dessa palavra.

O ser que fora lhe oferecido já estava fraco por demais. A luz era confusa naquele ambiente, mas de perto se via que o corpo na mesa era pequenino e delicado. Era um macho de alguma espécie parecida com a humana. A pele extremamente delicada estava coberta de sêmen e sangue, demonstrando que a violência sexual começara bem cedo naquela noite.

Wufei abriu sua calça e puxou o garoto pelas coxas o arrastando sobre a mesa. Logo estava entrando naquela fenda com tonta força, empurrando seu falo pelo ânus no menino. A entrada vigorosa rasgara algumas carnes no percurso, mas Chang não se importava muito, afinal o que conhecia de Treize, aquele garoto não chegaria a ver o Sol no dia seguinte.

Wufei fechou os olhos sentindo que embora a vítima já devesse ter sido de muitos homens naquela noite era bem confortável dentro dele. Rápido Chang o encheu com seu sêmen cremoso e o deixou aberto sobre a mesa.

-Outra bebida. – Chang Wufei se retirou apático do local ganhando outra caneca de bebida.

Zechs por sua vez estava parado olhando o corpo ferido que se debatia debilmente sobre a mesa. O pobre e desamparado menino era digno de pena.

-Sua vez. – Treize sorriu mostrando o meio das pernas do jovem ao loiro.

-Vai pro inferno. – Zechs deixou a multidão enquanto ouvia os gemidos de dor do rapaz sobre a mesa. O loiro queria ir para algum local onde não sentisse tanto nojo, mas era impossível. A noite havia sido transformada em uma noite de sexo pesado e para muitos, bem vulgar. Regada com sêmen e sangue e embalada pelos urros de dor que aquele garoto deixava sair de sua garganta a cada estocada que levava.


Quando o dia raiou Zechs nem soube onde todos estavam. Na certa todos seus homens haviam se arrumado com alguem naquela noite. Apenas ele ficara sentando num canto escuro nas ruas fétidas daquela colônia esperando o dia chegar. Até muito tarde da noite ele pode ouvir os gritos daquela criatura que seria estuprada por quem quisesse dentro da danceteria, a cada grito de dor e desespero Zechs sentia nojo dos seres humanos.

-Talvez não tenha muito valor nosso esforço. – Zechs comentou frustrado consigo mesmo. O Sol estava se levantando.

-Eu acho que você espera muito dos seres humanos. – Wufei se sentou ao lado do chefe.

-Porque transou com aquele pobre coitado? – O loiro o encarou.

-Para te mostrar que não deve esperar coisas boas dos seres humanos. – O rapaz de tendências orientais o olhou com seus olhos escuros. – Zechs, já se feriu extremamente com isso no passado, mas é nossa natureza. Destruir, passar por cima dos outros, devorar os mais fracos e apenas pelo prazer de se mostrar mais fortes e melhores. – Os olhos de Wufei brilhavam quando ele falava nessa sensação de força e poder.

-Eu sempre acreditei que existe espaço para todos no mundo, amigo. – O loiro se levantou.

-Unf. O que aquele vermezinho podia fazer? – O rapaz olhou para o chefe. – Nada. Ele apenas deve saber dar. Apenas deve saber abrir bem as pernas para quem pagar qualquer trocado. – Wufei deu de ombros.

-Ainda assim... ele merecia uma chance. – Zechs olhou o pôr do Sol. Era lindo, mesmo sendo vislumbrado de L2.

-Então... porque não o salvou? – Chang sorriu.

-Vá para nave e espere todos os outros reagruparem. – Foi a ordem dura de Zechs.

Wufei não o questionou. Mais uma vez o lindo e jovem chefe havia posto sua máscara de insensibilidade. Agora que o dia nascia ele era somente mais um dos milhares de comandantes cruéis que havia no espaço.

-Apenas devia deixar o que tem de bom sair, Zechs. É claro que existem seres humanos podres, que por mais que se rastejem nunca vão se erguer da lama, por mais que finjam o quanto são bons nunca serão de verdade... mas existem outros que não deviam se esconder... comovocê faz... – Wufei saiu falando consigo mesmo. Tinha o ímpeto de expor umas verdades a seu jovem comandante, porem achava que não lhe cabia esse papel idiota de conselheiro.

Zechs caminhou de volta a boate. Algo em seu coração queimava. talvez apenas fosse curiosidade em saber se o menino que fora violentado ainda estava vivo.


04/2006

Hina