Capítulo 4- Chá e vestidos
No dia seguinte Shigure acorda cedo, dá um beijo suave nos lábios de Akito e a deixa dormindo.
Na porta do quarto encontra Kureno.
- Olá, como está Akito?- pergunta ele
- Ela esta bem, está dormindo ainda, não se preocupe, eu estou cuidando bem dela
- O que vocês vão fazer agora? Vão assumir o relacionamento para toda a família?
- Sim, eu vou me casar com ela e iremos assumir diante de toda família. Quero dar a ela a família que ela nunca teve. Só não sei onde vamos morar ainda, mas depois eu converso com ela e decidimos.
Kureno sorri- Ainda há muitas coisas a serem pensadas e mudadas, e preciso conversar com ela novamente ...
- Sobre a amiga da Tohru?
- Sim, Akito tem que saber que estamos juntos.
- Conversa com ela agora, ela ainda está dormindo, mas creio que irá acordar de bom humor – diz com um sorriso maroto- talvez seja a oportunidade de nos certificarmos de que ela realmente está disposta a deixar o passado para trás.
- Certo, farei isso, agora.
- Só não roube minha mulher, vou ate a minha casa buscar algumas roupas mas já volto.
- Não se preocupe, Shigure-niisan, não amo Akito como achava que a amava, e ela é fiel aos seus sentimentos. Apesar do que aconteceu entre nós, e não a amo, e isso ficou no passado, eu a quero bem como uma irmã e gostaria de continuar visitando ela sempre, de estar ao lado dela como um irmão mais velho deve estar ao lado de sua irmã, espero que não se oponha a isso.
- Não- responde Shigure, se vira e sai
Akito acorda e a primeira coisa que vê ao abrir os olhos é a rosa que Shigure deixou ao lado da cama, pega a flor vermelha e sorri.
Alguém bate na porta e ela vai animada atender, é Kureno que vem lhe trazendo seu café da manhã.
- Bom dia Akito, posso entrar?- pergunta ele educadamente
Ela sorrri- sim, pode entrar. Você viu o Shigure?
- Encontrei com ele agora a pouco, ele foi na sede buscar algumas coisas. Trouxe seu café da manhã, como está se sentindo?
- Estou bem- pega a bandeja da mão dele, coloca na mesinha e começa a comer.
Ele se ajoelha de frente para ela e a observa por instantes tentando descobrir como começar.
- Akito, preciso conversar com você...- começa após um tempo
- Pois fale- diz ela sorrindo- algum problema?
- Não, eu queria te contar uma coisa. Eu estou com uma garota, já tem um tempo que eu a conheci, no verão passado quando sai para te comprar doces, eu gostei dela mas tinha prometido ficar ao seu lado, e você ainda precisava de mim. Mesmo Tohru insistindo para que eu fosse vez sua amiga, eu não a vi por todo esse tempo, eu fui fiel a você por todo esse tempo, apesar de muitas vezes você não acreditar. Então a Arisa foi visitar a Tohru no hospital e como Tohru sabia que eu também estava lá no hospital, levou Airsa até eu, conversamos e nos beijamos, eu a amo. Eu tinha visto que você tinha mudado e estava lutando pela sua felicidade, achei que você não precisaria mais de mim como antes, achei que eu podia lutar pela minha felicidade também e por isso vim te comunicar que estou junto da Arisa Uotani e eu amo ela – diz tudo de uma vez e em fim pára, esperando no mínimo levar um tapa no rosto.
Akito olha para ele e sorri – então é por isso que andou distante de mim nos últimos tempos..- diz pensativa
- Bom, eu nunca vou te abandonar como eu te prometi, mas eu não a amo como e você também sabe disso, você para mim é como uma irmã mais nova, confundimos os sentimentos por muito tempo, mas agora acho que as coisas estão claras.Arisa sabe de você e porque eu não fiquei com ela antes, ela é uma boa pessoa, eu confio nela queria que você a conhecesse. Tohru sabia seu segredo, eu contei para ela e lhe expliquei porque não podia ficar com a Arisa. Mas agora as coisas mudaram..
- Tohru me contou que ela sabia meu segredo e sofreu em silêncio por muito tempo. Você tem o direito de ser feliz Kureno, depois de tudo o que eu te fiz sofrer, você tinha o direito de não querer mais nem me olhar na cara e esta aqui me contando tudo com o mesmo sorriso no rosto, eu não vou me opor ao seu relacionamento, não tenho esse direito, não tinha direito de ter te prendido. A única maneira que encontro de te pedir desculpas e não impedir mais sua felicidade. Se ela é amiga da Tohru eu aprovo, ela ira te fazer feliz, mas se fosse outra eu não deixaria- sorri
Ele afaga carinhosamente os cabelos dela- Obrigada. Também quero que seja feliz ao lado do Shigure, apesar de tudo o que aconteceu, ele te ama muito. Vocês vão assumir a relação de vocês diante de toda família?
- Sim, vamos nos casar em um mês, já esperamos por demais. Só não decidimos se vamos continuar aqui na sede, eu não gosto daqui, essa casa me sufoca.
- Vocês podem escolher outro lugar para morar, é ate melhor, vocês começam uma vida nova. Acho que você deveria definitivamente mudar seu jeito de se vestir também, usar quimonos femininos, usar vestidos, agora você não precisa esconder mais nada.
- Verdade, ainda não me acostumei com a idéia – diz pensativa
- Talvez Ayame possa cuidar disso, vou ligar para ele- diz Kureno rindo- mas agora precisamos conversar sobre outras coisas mais serias, sobre sua saúde. Você não precisa tomar mais aquele monte de remédios que Hatori te fazia tomar todos os dias, eu sempre achei que os remédios mais te prejudicavam do que te faziam bem. E você tem melhorado bastante ultimamente, faz tempo que nem fica doente. Devia parar com os anti-concepcionais também.
- Não, esses não, não quero ser mãe.
- Vejo que ainda não mudou de idéia com relação a isso, mas sugiro que pense com carinho nessa possibilidade, ainda mais depois do que aconteceu ontem, ficou claro que Ren sempre quis seu lugar, você precisa pensar no futuro, precisa de um herdeiro.
- Sim, e eu decidi que vou expulsar Ren da sede, vou lhe dar uma propriedade bem longe daqui e me certificar de que ela não saia de lá e fique sendo vigiada.
Então alguém bate na porta do quarto. Kureno se levanta para atender, é Hatori.
- Olá Kureno, olá Akito, onde está Shigure?
- Ele saiu, foi na casa dele buscar suas coisas e eu vim conversar com Akito- responde Kureno calmamente
- Certo, como está Akito? – pergunta ele e se ajoelha ao lado dela.
- Estou bem- responde ela.
- Posso ver o machucado?- pergunta ele
Ela faz que sim com a cabeça. Kureno retira a bandeja e sai do quarto. Hatori abre o quimono da garota e retira a manga e começa a tirar a faixa que envolve o braço dela, desfaz o curativo e observa o machucado.
- Está tudo bem, mas tem que trocar o curativo todos os dias e não deixar molhar. Quer aproveitar para tomar um banho antes que eu faça o curativo?
- Sim
- Certo, estarei te esperando lá fora então- e sai para fora do quarto.
Cerca de uns 15 minutos depois Akito abre a porta do quarto já de banho tomado e com um quimono branco. Hatori entra no quarto e começa a fazer o curativo no braço dela, logo em seguida entra Kureno acompanhado de Ayame.
- Bom dia digníssima dama- diz ele falando alto e entrado no quarto carregado de coisas- finalmente terei o prazer de vê-la usando um dos mais belos trajes feitos por minhas próprias mãos.
Akito e Hatori olham meio indignados.
- Eu liguei para ele, achei que Akito precisaria de roupas novas, coisas mais femininas e chamei Ayame- se explica Kureno se perguntando se agira certo.
Ayame se ajoelha ao lado de Akito e a beija no rosto- Então Akito-san, como está? Como está o seu braço?- olhando para o curativo que Hatori acabara de fazer
Ela sorri- estou bem, não se preocupe
- Ótimo- diz ele se levantando e puxando ela pelo braço que não está machucado- irá vestir um dos meus mais belos trajes hoje, espero que goste. Vamos comece a tirar esse quimono sem graça – desamarra o cinto do quimono dela e começa tirá-lo- e vocês virem-se, não é educado olhar uma dama sem roupas, pervertidos
- E você não é?- pergunta Hatori puxando Ayame pelo braço antes que ele termine de tirar o quimono dela
- Que mau juízo faz de mim, meu olhar é estritamente profissional, vamos Akito, não ligue para o que eles estão dizendo pode começar a se despir, mostre seu belo corpo para mim...
Akito olha com cara de assustada para ele
- Hahaha, não se preocupe, eu me viro de costas também, vista esse vestido- entrega um vestido para ela- depois eu ajudo a fechar os botões. Ah antes do vestido, use essa langerie, tenho certeza que Shigure vai gostar- entrega para ela uma calcinha brancos rendados- suas roupas intimas são muito sem graça.
Akito, Hatori e Kureno olham incrédulos para Ayame.
- Vamos Akito, não faça essa cara, vista-se logo, eu também vou me virar.
Como os três rapazes virados de costas ela retira o quimono, coloca as roupas intimas que ele lhe entregou, o vestido e começa a ri.
Os três se viram- Akito o que foi?- pergunta Kureno.
Eles observa a garota usando o vestido que Ayame lhe deu, um vestido azul-marinho, até os joelhos de mangas curtas e ombros caídos realçando as formas de seu corpo.
- Eu me lembrei de uma vez quando eu era criança, de uma situação parecida, daquela vez do quimono feminino.
Os garotos sorriem se lembrando da ocasião em que Akito quisera vestir um quimono feminino e pedira para que todos se virassem de costas para ela poder se vestir, ela devia ter uns 8 anos, segundo as contas deles.
- Magnífico, perfeito, eu sabia que esse vestido serviria perfeitamente em tão digníssima dama. As belas formas de seu corpo são perfeitas para esse vestido, e as belas formas de seu corpo irão me inspirar para fazer outros vestidos- diz ele que se aproveitou de um momento em que ela estava distraída para olhá-la nua, enquanto se vestia- deixe-me ajudá-la a fechar o vestido- se aproxima dela fecha o vestido nas costas e amara as fitas que tem nas mangas e no decote do vestido, sorri satisfeito- PERFEITO, então cavalheiros, o que acham do nosso patriarca? Ou devo dizer DA nossa patriarca?- ri
Kureno e Hatori olham sem palavras. Nisso Shigure abre a porta do quarto..
- Ora ora, que bagunça é essa aqui? O que estão fazendo com minha mulher na minha ausência... – mas então coloca a mala que trazia no chão e vai até ela..- você, você está linda- diz parecendo tão deslumbrado quanto os outros três, olha hipnotizado para ela. Então ele a toma em seus braços e a beija.
Os outros rapazes ficam ali apenas olhando e segurando vela.
- Então , o que achou da minha obra de arte, Shigure?- pergunta Ayame quebrando o clima
Ainda olhando para Akito completamente apaixonado- Perfeita...
- Ótimo , ótimo sabia que esse maravilhoso vestido feito pelas minhas próprias mãos ficariam perfeito em nosso patriarca. Eu trouxe mais coisas- e começa a mostrar alguns outros vestidos que trouxe e alguns quimonos femininos bordados.- o que acham? E você Akito, o que acha- se ajoelha diante dela- se me permite dizer, ficou muito mais bela assim
Akito cora completamente sem graça e sorri sem jeito.
- Isso me lembra os velhos tempos – diz Hatori melancólico- quando Akito era criança e vínhamos sempre brincar com ela aqui nesse mesmo quarto, você se lembra Akito?- pergunta ele
Uma lágrima cai dos olhos dela e ela faz que sim com a cabeça.
- Muito bem, já que estamos os 5 aqui reunidos como nos velhos tempos, que tal nos sentarmos e degustarmos um dos meus maravilhosos chás. Hoje todos terão oportunidade de provar do meu chá- e sai do quarto todo animado.
Shigure abraça Akito e enxuga a lágrima de seu olho.
Quando ele retorna alguns minutos depois trazendo um bandeja com 5 xícaras e o bule com o chá, encontra todos sentados ao redor da mesa já, Akito abraçada a Shigure.
- Pronto aqui está meu maravilhoso já, mas esse não é meu chá especial, meu chá especial somente 3 pessoas tem o privilégio de saborear- diz enquanto começa a servir o chá para todos- e essa pessoas são, essa digníssima dama que se encontra diante de mim, Haa-san e Mine.
- Hum, então a terceira pessoa que tomava o seu chá é a sua assistente Mine? ...Ou devo dizer sua... namorada? - diz Shigure não perdendo a oportunidade da brincadeira.
Ayame fica sem graça, pela primeira vez na vida, com uma brincadeira.
- Hum, vejo que tenho razão diz Shigure, porque não assume logo que vocês tem um caso- insiste Shigure
Ayame fica vermelho- Agente não tem um acaso- responde bravo- ela é minha namorada. Porque não pede para o Hatori assumir o caso dele com a Mayou também...
Agora é a vez de Hatori ficar sem graça. Akito apenas observa se segurando para não rir.
- Certo, certo, então Ayame assumiu que está namorando Mine-cham e você Hatori, está ou não namorando Mayou, agora é sua vez- insiste Shigure- vamos conte a verdade para todos...
Hatroi olha preocupado para Akito sem saber qual será a reação dela, mas então percebe que ela está rindo da confusão que eles armaram.
- Er, sim, estou... ah não interessa para vocês – diz ele sem jeito
- Bem, creio que cabe aos dois agora, Ayame e Hatori pedirem permissão para Aktio não acham? O que você acha Akito, você permite que eles tenham namorada?
- Não me importo mais, eles são livres, não tem porque impedi-los, antes a maldição me preocupava, mas agora não mais- ri
Ayame e Hatori olham para Akito de boca aberta.
- Mas mudando de assunto- diz Ayame se recompondo- fiquei sabendo que vocês vão se casar, é verdade Akito e Shigure?
- Sim- responde Shigure- dentro de 1 mês.
- Então me permitam confeccionar o traje de casamento de vocês... Qual será o modelo do seu vestido de noiva Akito?
- Não vou me casar de noiva, não tem o mínimo sentido para mim, e muito menos na igreja, iremos nos casar em um templo budista.
- Ótimo, então precisarão de quimonos, faço questão de desenhá-los, se me disserem como os querem- se levanta e pega um caderno e começa a desenhar enquanto Akito lhe diz animadamente como irá querer o quimono.
E assim, passam uma tarde agradável como nos velhos tempos, quando os garotos ainda eram adolescentes e Akito criança.
Nota da Autora: ah, não ando muito criativa para títulos...
Bom, um capitulo alegre e engraçado em um dos meus momentos de inspiração, espero que gostem. Rê, espero que esse Ayame esteja de seu agrado. Lá Mayou e Hatori especialmente pra você. Jú espero que goste do Kureno.
Bom, a fic ia ter 5 capítulos mas como me inspirei para escrever esse capítulo que não iria entrar na fic, ela terá 6. Espero conseguir terminá-la até antes de sair o capitulo 127.
