Capitulo 5: O grande banquete
Um mês e passa, Akito e Shigure finalmente tinham se decidido onde morar, outras mudanças também ocorreram na sede e agora parecia ter vida naquela família que há muito tempo havia sido encoberta pela neve e pela escuridão do inverno.
Finalmente havia chegado o dia do casamento do patriarca e Shigure. Apesar de não ter nada a esconder, e indo contra as sugestões extravagantes de Ayame, Akito e Shigure acabaram por se decidir por uma cerimônia simples, no templo budista, apenas para os mais próximos.
Era uma bonita manhã de verão, Akito e Shigure saem da sede de mãos dadas. Ela usa um quimono feminino rosa bem claro, bordado com fios prateados, usa um arranjo com flores no cabelo. Está sorrindo e seu semblante está menos melancólico e mais sereno. Shigure usa um quimono preto bordado com fios em dourado. Ambos entram no carro e o motorista os levam até o templo. Lá já estão Hatori com Mayou e Ayame com Mine, ambos serão as testemunhas do casamento, na ausência dos pais. Ren estava morando em uma propriedade no interior e se recusara a comparecer ao casamento da filha, o mesmo acontecia com os pais do Shigure. Apesar das mudanças terem sido melhores, e de haver alegria na família, nem todos eram a favor da mudanças impostas por Akito. No templo também estavam Kureno junto com Uotani e todos os outros Juunishi, Tohru acabou por convencer todos a irem no casamento.
Todos sorriem ao ver o casal entrando no templo, felizes. Inicia-se a cerimônia que dura cerca de meia- hora e a emoção parece tomar conta de todos. Assim que a cerimônia se encerra, os noivos se retiram do templo, os convidados os seguem. Na porta do templo todos comprimentam os noivos.
Kureno se aproxima de Akito de mãos dadas com Uo, ele abraça Akito afetuosamente- Seja feliz, sempre que precisar de mim estarei por perto- sorri- essa é Arisa Uotani.
Akito ainda sorrindo observa Uo por uns instantes.
- Prazer, Akito Souma.
Uo fica em silêncio observando Akito, lembra-se da história que Kureno lhe contou mas não consegue sentir raiva daquela garota, apenas dó ao se lembrar de tudo o que ela sofreu- mas agora tudo acabou-pensa- ela está feliz com Shigure e eu estou com Kureno, abraça Akito e também lhe deseja felicidade.
Kureno se aproxima de Shigure e o comprimenta- Faça Akito feliz, se eu souber que você a magoou ou a fez sofrer, tomarei atitudes drásticas.
Shigure sorri- não se preocupe.
Agora é Hatori quem se aproxima para comprimentar o casal. Ele abraça Akito e a olha nos olhos- Seja feliz, e se precisar de mim, dos meus serviços médicos, continuarei sendo seu médico particular, queria te apresentar uma pessoa também, essa é Mayou Shiraki.
Akito mais uma vez observa a moça, a professora da escola dos garotos- prazer Akito Souma-diz ela com um sorriso
Mayou sorri e comprimenta Akito e então olha para Shigure- francamente me fazer vir no seu casamento, humf...
Shigure ri- e vejo que finalmente conseguiu o que queria
Mayou olha sem graça para Hatori e sai dali resmungando com Shigure.
Agora chega a vez de Ayame que chega falando alto e se ajoelha diante de Akito- Parabéns digníssima dama, vejo que ficou muito bela no maravilhoso quimono que fiz com minhas próprias mãos, essa aqui é Mine Kuramae, minha assistente
A garota se apresenta para Akito de uma forma super relaxada e informal
- Foram feitos um para o outro- pensa Akito, mas não diz nada, apenas comprimenta a garota de maneira formal.
Ayame se levanta e abraça carinhosamente Akito- seja feliz, mas não se esqueça que cuidarei pessoalmente das suas novas roupas e que continuará degustando do meu magnífico chá. Cuide bem do Shigure, já que ele me trocou por você.
Todos eles tinham encontrado alguém, todos eles tinham decidido seguir seu caminho, e isso lhe dava uma certa tristeza, não estariam juntos como antigamente, mas ao menos tinha a certeza de que não a abandonariam por perto, e agora ela tinha Shigure ao seu lado e eles também tinham decidido por seguirem seu próprio caminho.
Agora os outros Juunishi os comprimentam, Tohru é a ultima. Akito e Tohru se abraçam por um longo tempo, ninguém diz nada, mas as duas são dominadas pela emoção, Tohru sabe que finalmente conseguiu derreter a neve do coração do patriarca daquela família misteriosa e amaldiçoada, e Akito sabe que será eternamente grata á aquela estranha que conseguiu faze-la enxergar a tempo tudo o que tinha feito de errado. Foi graças a aquela garota que a primavera veio e o sol voltou a brilhar.Akito chora nos braços de Tohru.
Os noivos entram no carro, todos os demais entram nos respectivos carros ou partem a pé rumo a antiga casa do Shigure onde será servido um almoço para os noivos.
A casa de Shigure fica lotada com os convidados. Parece um verdadeiro banquete dos Juunishi, só que agora com mais convidados. As garotas vão para a cozinha preparar o almoço enquanto os garotos ficam na sala conversando. Akito também está na cozinha, apesar de ninguém permitir que ela faça nada, então ela fica apenas observando. È a segunda vez que vai na casa do Shigure. A primeira vez foi quando Tohru tinha se machucado, mas ela não chegou a entrar na casa, ficou apenas na varanda. Era a primeira vez que entrava, aquela casa lhe parecia confortável e alegre, parecia haver vida ali dentro, ela se sentia bem e feliz ali, mas não iriam morar ali, decidiram morar em outro lugar, que parecia ter tanta vida como esse.
O almoço fica pronto e é servido, todos comem animados conversando, o clima é alegre e tranqüilo. Encerrado o almoço todos brindam aos noivos, os menores brindam com chá enquanto os maiores de idade brindam com saquê.
Akito pega um copo com saquê para brindar também mas é impedida por Hatori.
- Akito você é fraca para bebida, brinde com chá- diz ele
- Não, é meu casamento, e só uma copo de saquê não fará mal nenhum- replica ela.
- Deixe ela Hatori, só um copo não lhe fará mal- diz Shigure
Hatori decide pro não discutir. Dessa forma todos brindam, já estão terminando o brinde quando uma mulher entra na sala aos prantos...
- Shigureeeeeeeeeeee como você consegue ser tão cruel comigo... – chora Mi-chan desesperada- você ainda me deve os textos, hoje é o ultimo dia, eu vou perder meu emprego, como você se atreve a casar bem no dia que tem trabalho para me entregar.
- Você não fez isso de propósito, fez Shigure?- pergunta Hatori com reprovação
- Lógico que não.. eu simplesmente me esqueci- diz Shigure tranquilamente
- Como você pode se esquecer.. com licença, vou me matar, acho que dessa vez não consigo sobreviver...e ainda por cima nem me convidou para o seu casamento...- continua chorando ela
Todos olha para o desespero da garota. Akito já a tinha visto uma vez com Shigurei, em um compromisso de família que tiveram.
- Shigure- diz Akito brava- entregue os textos agora e acabe com isso...
- Certo Akito, nem bem nos casamos e você já está assim, não precisa ficar brava comigo, eu vou buscar os textos- sai da sala e volta correndo com os textos- aqui está, aproveite e nos faça companhia agora.
Mi-chan sorri satisfeita e se vira toda feliz com os textos, então tromba com Ritsu e os papeis se espalham todos pelo chão se misturando
-Nãoooooooooooooo, gomenazaiiiiiiiiiiiiiiiii- grita Ritsu atrapalhado ajudando a pegar os papeis enquanto a garota começa a chorar- eu sou insignificante mesmo.. só atrapalho as pessoas... GOMENAZAIIIIIIIIIIII VOU AGORA MESMO PEDIR DESCULPAS AO MUNDO...
Continua juntando as folhas, a garota o ajuda, então seus olhares se cruzam, ele olha nos olhos da garota e enxuga as lagrimas dela- não fica assim, pronto, está tudo aqui
A garota olha para ele e sorri...Ritsu também sorri e acaricia o rosto dela.
A paz volta a reinar na sala, todos conversam animados, Akito parada na porta observa de longe, ela não parece bem, está corada e parece meia distante. Shigure se aproxima dela, ela se sente tonta e quase cai, ele a ampara
- Akito, o que foi?- pergunta preocupado
- Estou me sentindo tonta- diz ela
- Não devia ter bebido, sabe que é fraca para bebida, venha, vamos embora, vamos para nossa casa, você precisa dormir um pouco, assim passa o efeito da bebida.
Hatori que percebera que Akito não estava bem, se aproxima- o que houve, Shigure?
- Nada, ela só está um pouco bêbada, eu não devia ter deixado ela beber, mas é só ela dormir um pouco que logo ela melhora.
Hatori olha para ela, mede o pulso dela- sim, ela só esta um pouco embriagada.
- Vou aproveitar e vamos para nossa casa
- Certo, qualquer coisa é só ligar.
Então Shigure, e uma Akito um pouco embriagada, se despedem de todos. Shigure a coloca no carro e dirige em direção á Sede. Ela adormece na metade do caminho. Chegam na sede, ele a pega no colo e a leva para sua nova casa.
Eles tinham decidido continuar morando dentro da sede, mas não mais na casa principal. Tinham optado por morar na antiga casa onde Shigure morava antes de ter sido expulso da sede. A casa ficava perto da de Hatori, era uma casa de dois andares, aconchegante e de frente para um belo jardim florido. Shigure leva Akito dormindo até a nova casa deles. Quando a garota acorda já de noite, está deitada em sua cama e tem uma rosa em suas mãos. Shigure, na sacada, observa as estrelas no céu. Então ela se levanta, se aproxima dele e o abraça carinhosamente. Ele se vira e a beija nos lábios, pega ela no colo e a leva para dentro do quarto. Percebendo que o efeito da bebida passara ele começa a retirar o quimono dela enquanto a beija. Os dois se amam...pena primeira vez em sua nova casa, Akito se sente feliz, se sente amada ...
