Cap3. Lembranças perdidas

Agora que eu acordei, percebi que estou trancada em meu quarto, sozinha. O primeiro andar está silencioso... Não quero nem pensar no que aqueles bruxos do mal vão fazer comigo. De acordo com o meu livro, eles podem até me matar com um simples feitiço.

Estou ouvindo passos subindo as escadas. Vou escondê-lo, Diário.

Priscila jogou o Diário embaixo da cama e correu para o lugar mais longe da porta, que no instante seguinte havia se explodido em milhares de pedaços.

Um homem de aparência horrível apareceu. Ele era muito alto, não tinha um nariz, tinha uma pele branca como de alguém muito doente e olhos vermelhos, com as pupilas cortadas verticalmente. Parecia um defunto que esquecera de ir ao seu próprio enterro.

--- Qual seu nome? --- ele perguntou, sua voz era mortal e fria.

--- Pri-pri-Priscila Vermont, senhor.

--- Quem você acha que eu sou?

--- Acho que és um bru-bruxo. --- gaguejou.

--- Bom. Agora, você não vai achar mais nada. --- O bruxo de aparência sinistra pegou sua varinha e mirou a garota. --- Obliviate!

Priscila caiu desmaiada e só acordou uma semana depois.

Querido Novo Diário,

Eu perdi meu antigo diário, portanto comprei você.

Estou realmente muito triste, Diário: perdi meu livro, meu Diário antigo e minha avó.

Hoje faz uma semana que as férias começaram e finalmente vim para a casa de meus avós. Ao chegar aqui na fazenda, encontrei meu avô chorando. Ele disse que minha avó havia morrido há uma semana e ontem fora o enterro.

Minha avó tivera um enfarto.

Meu livro sumiu. Eu tinha certeza de o ter guardado aqui no meu quarto, mas não estou com cabeça para procurá-lo, a morte de minha vó fora realmente um choque.Eu não estava muito preparada para isso, mas acho que consigo superar.

O estranho é que mesmo eu tentando, não consigo lembrar do conteúdo daquele livro... só pedaços. Por exemplo, eu me lembro de um pedaço que falava assim: "No mundo não existe gente boa ou gente má. Existe apenas o poder e os fracos demais para entendê-lo"

Estou realmente triste, tudo que existe nessa casa me faz chorar. Do tapete que minha vó limpava à comida que ela queimava. Acho que vou pedir para meu avô me deixar passar essas férias com Cat. Os pais dela vão entender...

Beijos, Pri

---------------------------------------------------

Harry andava de um lado para o outro durante uma reunião no Largo Grimmauld, agora que se tornara maior de idade, ele virara um membro da Ordem da Fênix.

--- Potter, o que você faz aí sozinho? --- perguntou Quim Shacklebolt.

--- Estou só pensando... Acho que já está na hora de ir procurá-los... --- Falou Harry com a responsabilidade pesando no peito --- Acho que já está na hora de cumprir meu destino...

--- Você quem sabe, Potter, só não se apresse muito. --- falou uma voz detrás de Harry.

--- Professora.

--- Potter, ontem nós recebemos uma carta de uma senhora, falando que a srta.Vermont ainda está viva. --- Minerva respirou fundo --- Lembra-se de Dumbledore alguma vez falar o nome dela?

--- Não... mas o sr.Weasley me contou sobre uma profecia que falava de uma menina que me ajudaria a matar Voldemort, mas desapareceu.

--- É, exatamente essa garota. Ela é sete meses mais nova que você, ou seja, Voldemort teve tempo de sobra para roubá-la em seu nascimento e colocá-la sob os cuidados de alguns comensais. Era isso que a carta dizia: Que a menina fora escondida de tudo que fosse mágico para não representar perigo para Voldemort... E o mais importante, a carta dizia que Priscila Vermont está viva e saudável. A história dela parece muito com a sua, Potter; Ela nasceu uma grande bruxa, mas nunca tivera chance de tornar-se essa grande bruxa.

--- E o que vocês pretendem fazer? Esperar outra carta dizendo onde essa menina se encontra!

--- Não, Potter. --- dessa vez foi Quim quem falou --- A auror que estava encarregada do caso descobriu onde ela se encontrava, mas por algum motivo, no dia em que fora lá confirmar, Haylin Hony morreu...

--- Mas alguém foi lá! Alguém trouxe o corpo dela! – esbravejou Harry irritado.

--- Sim, alguém foi lá. --- disse McGonagall pesarosa. --- Mas a srta.Vermont já havia sumido novamente.

--- Então... eu ainda devo esperar enquanto Voldemort faz mais vitimas?

--- Sim, Harry. --- Falou Lupin que vinha pelo corredor. --- E Voldemort também parece estar esperando alguma coisa. Vocês perceberam que ele não ataca ninguém faz duas semanas?

--- Sim, Remus...

--- Devem ser as comemorações. --- Harry falou irritado e subiu para o seu quarto --- Ninguém faz nada mesmo... A não ser se casar e me mandarem de volta praquela casa dos meus tios... Ai, Merlin... Bando de incompetentes!

------------------------------------------

Uma semana depois...

Priscila e sua amiga Cat estavam voltando animadas do shopping, quando Priscila percebeu alguém muito estranho as seguindo. Ela o vira por um reflexo da vitrine do shopping, mas agora as amigas já tinham andado mais de três quarteirões, e Priscila o viu novamente, dessa vez por um espelho de um carro.

--- Cat, não olha para trás, mas eu acho que estamos sendo seguidas.

A menina, automaticamente deu uma olhada por cima do ombro.

--- Merda, Cat! Falei para não olhar!

Quando Priscila se virou para ver se o homem continuava lá, ele havia desaparecido.

--- Que estranho... --- Cat relembrou da figura do homem: Ombros largos, alto, cabelo castanho-claro e em seu rosto havia cicatrizes. Foram essas cicatrizes que assustaram Cat na primeira vez que o vira... E isso fazia uma semana...

--- Eu conheço esse cara! --- exclamou Cat --- Já vi aquele rosto em algum lugar! Não me esqueceria daquelas cicatrizes! Eu conheço ele!

--- Cala a boca! --- Priscila estava começando a ficar nervosa. --- Ele tinha alguma coisa na mão...

--- Oh, Meu Deus, uma arma!

--- SShhhh! --- Priscila puxou Cat para dentro de uma loja que nunca vira antes. --- Temos que tomar cuidado, ele me pareceu muito estranho... e se tivesse uma arma de verdade, cuidado redobrado! --- Pri suspirou lentamente --- Agora a gente sai daqui e vamos o mais rápido...

--- O que as duas damas desejam? --- Falou m homem muito feio do balcão. Só agora as meninas repararam nele... e em todas as outras pessoas dentro daquela loja. Loja não, aquilo era um bar muito do mixuruca... Onde só tinha gente estranha fazendo coisas mais estranhas ainda.

O homem voltou a chamar pelas duas garotas, mas elas não o ouviram, estavam contemplando uma família de pessoas muito ruivas e sardentas. Havia a mãe, baixa e gorducha, com cabelos ruivos encaracolados curtos. O pai quase não tinha mais cor em seu cabelo, mas o pouco cabelo vermelho que lhe restava era de uma coloração muito intensa. Havia dois gêmeos com roupas muito escandalosas e cabeleiras idênticas, cada um com um chapéu pontudo na cabeça. E por final, havia uma garota, da idade de Cat e Priscila.

XxX FIM DO CAPITULO XxX

----------------------------------------------------------------------------------------------

Very small chap... Gente, desculpa, mas eu me empolguei além da conta e acabei escrevendo o próximo cap adiantado... Tive que cortar aqui para não cafundir as idéias de vcs...

Gandalf Dumblemore: Vlw, essa fic originou-se de um sonho que eu tive. Legal né? XD Aqui está a continuação, espero que goste!