Capítulo Onze
- Alô? – atendeu a voz alegre da Kagome-chan. A voz dela é tão animada, que até quem está em um velório, ao ouvir a voz dela, se alegra. – Oi Rin-chan! Há quanto tempo! Como é que vai?
- Eu estou bem! – respondi, sorrindo, mesmo não nos vendo. Eu estava nos fundos na nossa casa, na beira da piscina, molhando os meus pés na água. – E você? Como está?
- Também estou bem. – respondeu Kagome, calmamente. – E aí, quais as novidades?
- Sei lá, eu estava a fim de sair um pouco. – respondi, desanimada. – Tem algum dia livre, aí?
- Vários! – respondeu Kagome, parecendo animada. – Tenho até hoje.
- Hum... Por que eu, você e a Sango não vamos ao cinema, depois passamos para comer em alguma lanchonete? – sugeri, me levantando e espreguiçando.
- Ótima idéia! – disse Kagome. – Em qual shopping?
- No novo que inaugurou? – sugeri novamente, entrando na minha casa.
- Pode ser. – respondeu Kagome, feliz. – Eu falo com a Sango, e a gente se encontra lá... Agora!
- Beleza. – respondi, animada. – Até mais!
- Até! – disse Kagome, desligando o telefone.
Subi correndo as escadas e entrei no meu quarto. Vesti uma blusa preta, uma calça jeans escura, coloquei algumas bijuterias, passei uma maquiagem bem leve, calcei meu all star azul marinho e peguei minha pequena mochila. Guardei tudo o que eu precisava, carteira, escova, espelho, maquiagem e etc. Saí do meu quarto, e como o Takafumi havia saído, deixei apenas um bilhete dizendo onde eu estava, e saí da minha casa correndo. Correndo porque eu estava animada. Porque fazia tempo que eu não me encontrava com as minhas irmãs, que eram como minhas melhores amigas, também.
Quando eu cheguei no shopping, subi até o andar do cinema. A Kagome-chan e a Sango-chan já estavam lá. Cumprimentei-as, e fomos decidir qual filme assistir, enquanto conversávamos sobre tudo o que tinha acontecido entre nós. E pelo jeito, a Kagome e a Sango estavam com muita sorte no amor, diferente de mim, porque a minha história parece mais um conto de terror do que um conto de fadas, mas enfim. Ah, eu também não contei sobre o fato do gravador. Na verdade, eu tinha medo de falar sobre isso com qualquer um, principalmente o Sesshoumaru. Então eu decidi nem comentar sobre o assunto. Fomos escolher o filme.
- Que tal esse filme de comédia? – perguntou Sango, apontando para um cartaz.
- Eu prefiro um filme de romance. – disse Kagome, apontando para outro cartaz.
- Eu um de terror. – eu disse. É que eu adoro filmes de terror! Como seria bom ver um filme de terror ao lado do Sesshoumaru...
- Hum... – disse a Sango, pensando. – Vamos ver então, esse de drama romântico.
- Pode ser. – eu concordei, já que um romance também é bom de vez em quando.
- Beleza! – concordou a Kagome também.
Então fomos comprar os ingressos, porém, o filme era só daqui a duas horas. Então resolvemos comer alguma coisa em uma lanchonete antes, já que estávamos com fome. Entramos na lanchonete que estava com um cheiro gostoso, e sentamos em uma mesa de quatro, pegamos o menu e começamos e analisar o que pediríamos.
- Acho que eu vou pedir esse hambúrguer... – eu disse, apontando para elas.
- Ótima idéia. – disse Sango-chan. – Parece a melhor opção.
- É verdade. – disse Kagome, analisando também.
- Ora, ora. Se não é a Rin? – ouvimos a voz de Brittany atrás de mim.
Eu me virei, surpresa. Cumprimentei a Brittany, normalmente. Não estava a fim de estragar o meu dia conversando com ela. Eu ia me virar novamente para conversar com a Kagome e com a Sango, mas a Brittany colocou a mão dela no meu ombro, me obrigando a me virar para ela. Odiei essa atitude.
- Que é que você quer? – eu perguntei, seriamente.
- Tenho uma surpresa para você. – disse a Brittany, sorrindo.
Então ela caminhou até o balcão onde serviam as comidas, subiu em cima dele, e todo mundo a olhou. Eu sabia que coisa boa não podia ser... E foi aí que a bomba foi lançada e estourou.
- Pessoal! – disse a Brittany, desfilando. – Sabem aquela garota ali? O nome dela é Rin. Rin Higurashi. Pode parecer que ela é uma garota normal, mas ela não é. Na verdade, eu acho que ela tem problemas mesmo. Porque, ela é uma humana idiota que ama youkais! O pior, ela é a amiga de um youkai. Acho que ela ama esse youkai. O probleminha, é que ele não a ama. Ele ama uma garota muito mais esperta e bonita do que ela. A Rin não se toca disso, e fica sonhando com o youkai, príncipe encantado dela! Como ela é inocente, não? Ela deve é aprender uma lição! E a não mexer com o namorado dos outros!
Todos começaram a rir. Eu me senti envergonhada. Todos olharam para mim rindo, e eu só senti isso da última vez, quando eu era uma estudante do segundo grau. Mas parecia que eu havia voltado aos tempos antigos. E ruins. Saí correndo da lanchonete, chorando. Não era assim, parecia que eu era uma vilã da história, que não me tocava que o herói queria viver com a sua namorada em paz...! Mas não era assim, era? Será que era? E eu estava sobrando... E devia deixar o Sesshoumaru em paz. Não sabia.
Eu havia saído correndo do shopping. Não queria que a Kagome e a Sango se preocupassem comigo, e por isso voltei para a minha casa. E o encontro que parecia maneiro, se tornou o pior de todos. Quando eu estava perto da minha casa, eu vi o Sesshoumaru. Ele estava conversando com um outro youkai. Acho que ele viu que eu estava chorando, porque ele veio na minha direção. Eu não queria que ele me visse naquele estado, por isso fiz o possível para entrar logo na minha casa, mas eu havia esquecido a chave. Então caí no chão, chorando. E confusa. Será que o que a Brittany havia dito na lanchonete era verdade? Eu esperava que não...
- O que aconteceu? – perguntou o Sesshoumaru.
- Não foi nada não. – respondi, sorrindo.
- Me diga. – pediu o Sesshoumaru. – Somos amigos ou não?
- Somos... – respondi, sorrindo. – Olha, não se preocupe comigo. Eu sou uma boba, cheia de problemas. Mas você não precisa se preocupar comigo...
- Rin. Eu quero me preocupar com você, porque eu gosto de você. – disse o Sesshoumaru, me encarando nos meus olhos.
Nesse momento, o meu coração bateu mais forte. O Sesshoumaru gostava de mim... E isso já me deixava mais feliz. Eu sorri e o abracei. Ele era muito especial para mim... Um youkai diferente. E era exatamente por isso que eu gostava dele! Então eu contei tudo. Tudo o que tinha acontecido, menos quem me humilhara, porque... Não sei. Era como se eu estivesse sendo uma dedo-dura. E o Sesshy me apoiou! Disse para mim não ligar, porque o que importava, era as pessoas de quem eu gostava, e que se importavam comigo. Eu sorri. Amava o Sesshoumaru. Ficamos bem próximos um do outro. Porém, eu não quis que acontecesse novamente, e me levantei rapidamente, antes que não conseguisse mais.
- Muito obrigada. – agradeci, sorrindo, vermelha. – Eu vou entrar agora. Quer?
- Não, obrigado. – agradeceu Sesshoumaru.
- Então... Tchau. – eu disse, sorrindo.
- Tchau. – respondeu Sesshoumaru.
E eu entrei na minha casa. Só o Sesshy mesmo para me reconfortar... Foi aí que eu me lembrei do dia da primeira vez em que eu o vi. E ele havia me revivido. Seria possível que ele sentisse o mesmo que eu sinto por ele por mim? Eu não sabia a resposta, mas esperava que sim! Uns dois dias depois, o Takafumi inventou de dar uma festa na nossa casa. Disse que eu podia chamar quem eu quisesse, mas eu só chamei a Kagome-chan e a Sango-chan. Claro, o Sesshoumaru e a Brittany também vieram. Eu me vesti bem, já que o Sesshy estava lá, né? Coloquei um vestido azul bebê, sandálias de salto muito alto e fino, maquiagem leve e jóias.
A campainha tocou, quando eu estava me arrumando. Meu coração bateu mais forte. Eu fui até a janela do meu quarto, e vi o Sesshoumaru e a Brittany lá. Sorri. Desci correndo as escadas, e abri a porta toda animada. A Brittany passou por mim reto, e foi falar com o Takafumi, e eu sorri para o Sesshoumaru. A casa até que já estava cheia, e tocava a música "I'm Not Dead", da Pink, que eu amava. Mas aí eu inventei de ir ao banheiro, para ver se eu estava bonita. Subi as escadas correndo. Quando entrei no banheiro, tranquei a porta. Eu estava bonita, acho, pelo menos melhor do que sempre. Eu ia sair do banheiro, e dei de cara com o Sesshoumaru. Ele entrou no banheiro, e eu saí. Mas foi aí que eu me dei conta. EU TINHA ESQUECIDO MINHA PULSEIRA! E aquela pulseira era muito importante, mas é uma longa história.
Me desesperei. Vai que o Sesshoumaru sem querer derrubava na privada? Então eu bati na porta, pedindo para o Sesshoumaru abrir, e ele abriu. Eu entrei e peguei a minha pulseira.
- Desculpe. – pedi, sorrindo. – Mas é que essa pulseira é muito importante!
- O Takafumi que te deu? – perguntou Sesshoumaru.
- Não! – respondi. – É dos meus pais... Quando eu tinha apenas três anos...
Nesse momento, um cara meio bêbado passou na frente do banheiro, e começou a rir. Eu corei e me assustei ao mesmo tempo.
- O que vocês estão fazendo sozinhos aí? – perguntou ele. – Por acaso vão...
Eu fechei a porta com força, antes que pudesse ouvir o que ele queria falar. Mas acho que não foi exatamente certo o que eu fiz. Me virei para o Sesshoumaru, que me olhava com uma sobrancelha levantada. Eu coloquei a minha mão na maçaneta para sair, mas ele segurou o meu braço e não deixou. Dessa vez eu olhei para ele, com uma sobrancelha levantada.
- Rin... Você ama o Takafumi? – perguntou o Sesshoumaru.
- E você? Ama a Brittany? – perguntei, no mesmo tom.
- VAI DEMORAR MUITO? EU PRECISO USAR O BANHEIRO! – gritou a voz de uma mulher, do lado de fora. Mas ela não sabia que nós estávamos lá.
- E agora? O que agente faz? – perguntei, sussurrando.
- Ficamos aqui. – disse Sesshoumaru.
- Estamos parecendo... Traidores. – respondi, fazendo uma careta. – Tive uma idéia...
E deu certo. O Sesshoumaru arrombou a porta, comigo nas costas, e antes que a Brittany pudesse ver, o Sesshy foi mais rápido, e entramos no meu quarto, e eu tranquei a porta. Desci, aliviada. Pelo menos a Brittany não tinha nos visto.
- Acho que eu vou descer. – eu disse, sorrindo. – Você vem?
- Sim. – respondeu o Sesshoumaru.
Descemos juntos a escada, e eu decidi sair da casa e respirar um pouco de ar livre. Eu abri a porta, e estavam lá o Takafumi e a Brittany se beijando. Sério. Na boca. De língua. Eu e o Sesshoumaru olhamos surpresos. A Brittany e o Takafumi se separaram. Eu não conseguia pensar em nada. Eu estava paralisada.
- Foi ele! – disse a Brittany, desesperada. – Ele é que me beijou!
N/A: Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Me desculpem por não ter postado o capítulo ontem! É que nem deu tempo, e eu ainda tive aula hoje, em pleno sábado... Mas eu espero que tenham gostado do capítulo e muito obrigada pelas reviews! Beijos!
Manu Higurashi: Oie! Tudo bem com você? Pois é, eles tinham que acabar sendo vizinhos, hehe! Espero que tenha gostado do capítulo! Obrigada pela review! Beijos!
Carine: Oie! Tudo bom com você? Hehe, que bom que concorda comigo! Nesse momento eu já estou escrevendo uma nova fic, quer dizer, nesse momento não, porque agora eu estou digitando a resposta da sua review, mas enfim! Espero que tenha gostado do capítulo! Beijos! Obrigada pela review!
