Capítulo Quatorze

Sabe, eu realmente havia ficado surpresa com a reação do Sesshoumaru. Eu não esperava que ele me beijasse e dissesse que me amava. Simplesmente por eu ser uma humana. Eu nunca na minha vida achei que me apaixonaria por algum youkai... E com o Sesshoumaru é diferente, porque ele me respeita, e me aceita como eu sou. É disso que eu amo tanto nele!

Depois do belo beijo que ele me deu, eu fiquei sem reação. Então eu o abracei. Porque foi a primeira coisa que eu pensei em fazer. Abraçá-lo. Ele se assustou um pouco, porque logo em seguida eu comecei a chorar. Às vezes nem eu me entendo. Então ele retribuiu o abraço, e ele levantou o meu rosto, segurando no meu queixo. E dessa vez eu tomei a iniciativa e o beijei. E foi com todo o meu amor.

- Sesshoumaru... – eu disse, entre as lágrimas. – Eu te amo muito... E nunca quero te esquecer!

- Não se preocupe, Rin. – disse Sesshoumaru, me abraçando. – Porque eu também nunca vou te esquecer...

Então nos beijamos. Acho que era o melhor momento da minha vida. A Brittany já havia ido embora, graças a Deus, e eu e o Sesshoumaru trocamos mais alguns beijos. Tipo, não é por nada não, mas não existe um namorado, quero dizer, um... Espera aí. Mesmo após os beijos, ele não me pediu em namoro! Será que ele pensa que eu sou só uma curtição? Isso não é possível! Calma Rin. Ele vai te pedir em namoro. Pelo menos eu espero que sim.

Naquele momento, o telefone tocou. Nos encaramos.

- Deixa. O InuYasha atende. – disse Sesshoumaru.

- Pode ser algo importante! – eu disse, rindo. – Eu vou atender.

- Rin. – chamou Sesshoumaru. – O InuYasha atende.

- Sesshoumaru! – eu disse, dando um selinho nele. – Temos muitos dias ainda!

Então eu atendi o telefone no quarto mesmo. Como não era uma coisa tão simples assim, eu vou colocar a conversa aqui. Sem minhas opiniões, porque eu estava fraca demais.

- Alô? – eu atendi, toda sorridente e alegre.

- Por favor, eu gostaria de falar com Higurashi Rin. – disse uma voz de um homem que eu não conhecia.

- É ela mesma. – respondi, sorrindo para o Sesshy.

- Aqui é do Hospital Tóquio, e eu queria avisar que a sua mãe passou mal e está aqui agora. – disse a voz.

- Quê? – eu berrei ao telefone. – Como? Quando? Onde? Por quê?

- Calma. – pediu. – Queira se dirigir até aqui. Assim poderemos explicar melhor.

- E ela está bem? – perguntei, chocada.

- Não muito. – respondeu ele.

- Já estou indo! – disse, desligando o telefone.

Eu peguei a minha bolsa e ia sair do quarto, me esquecendo completamente do Sesshoumaru. Mas ele só me olhou com aquele olhar dele, aí eu me lembre, e ri, sem-graça.

- A minha mãe está no hospital. – eu disse. – Preciso ir até lá.

- De carro? – o Sesshy perguntou. – O trânsito está um inferno.

Eu sorri, marotamente. E logo estávamos indo em direção ao hospital, enquanto eu ficava nas costas do Sesshoumaru e ele corria. Às vezes o Sesshy é útil também! Mas é claro que ele é sempre útil e eu amo muito ele! Não tenho mais dúvidas disso!

Quando chegamos, eu entrei correndo, e encontrei a Kagome-chan e a Sango-chan na sala de espera. Elas pareciam muito tensas, e então eu corri e sentei ao lado delas, para saber o que tinha acontecido com a nossa mãe, que apesar de tudo... Eu ainda amava.

- O que aconteceu? – eu perguntei, nervosa.

- Rin-chan... – disse a Kagome, triste. – A nossa mãe teve um ataque cardíaco, e veio aqui direto... Os médicos constataram que ela ainda não morreu, mas está em sérios problemas...

- Mas... – eu disse, sem voz. – Vai ficar tudo bem?

- Não se preocupe, Rin. – disse Sango, sorrindo. – Vai dar tudo certo.

O Sesshoumaru sentou ao meu lado. Viu que eu estava tensa, e me abraçou. Eu nem tinha percebido, mas o Miroku e o InuYasha também estavam lá, dando apoio para Kagome e Sango.

Apesar de todas as minhas brigas com a minha mãe, eu ainda a amava. Porque ela era minha mãe. E mãe é mãe. Me arrependi de ter brigado com ela, fugido de casa... Eu estava tão aflita! E queria muito que a minha mãe ficasse bem...

- Por favor. – disse um médico. – Sua mãe deseja falar com vocês.

Todo mundo se levantou.

- Caham... Só as filhas. – completou ele.

Os rapazes sentaram. Nós três entramos no pequeno quarto, e nossa mãe estava deitada na cama. Primeiro ela chamou a Kagome. A Kagome se dirigiu até ela, e a abraçou.

- Mãe! Vai ficar tudo bem, não vai? – perguntou Kagome chorando.

- Não querida... – disse a minha mãe. – Eu posso morrer a qualquer momento...

Todas já estávamos chorando nessa hora.

- Eu quero que você saiba Kagome, que eu te amo muito... E você sempre vai ser a minha filha que eu amo muito... – disse mamãe, chorando também.

- Mamãe... – disse Kagome.

- Sango... Digo o mesmo a você. Te amo, minha filha. – disse mamãe, abraçando Sango.

- Eu também te amo muito, mamãe... – disse Sango.

- Rin-chan... – disse mamãe. – Eu te amo.

Isso foi tudo o que ela disse a mim.

- Eu também, mãe. – eu disse.

Eu senti uma dor enorme no peito. Sério. Tipo, você tem noção do que é ser rejeitada pela própria mãe, apenas por ser amiga de youkais... E ainda... Mãe é mãe...

Enquanto isso, em meio ao silêncio, mamãe já não respirava mais. Olhei para o aparelho ao lado dela. O coração já não batia mais. Ela tinha morrido. Eu não podia acreditar nisso. Minha mãe tinha morrido! A minha dor aumentou mais ainda, e eu caí no chão, chorando. A Kagome e a Sango me abraçaram, chorando também. Era o pior momento da minha vida.

Nesse momento, o Sesshoumaru, Miroku, InuYasha e o médico entraram no quarto. Ao verem a nossa situação, ninguém disse nada. Quando eu olhei para o Sesshoumaru, ele já havia tirado a Tenseiga dele, a espada, e cortou os emissários do outro mundo. Mamãe acordou. Eu sorri, espantada. O Sesshoumaru havia me salvado novamente. Todas abraçamos minha mãe.

- Mas que espada... – disse o médico, espantado.

- Obrigada Sesshoumaru. – eu disse, sorrindo ternamente.

Depois de umas meia hora, mamãe se vestiu, e todos saímos do hospital. Papai também estava lá. Ele só havia ido ao banheiro. Eu estava muito feliz. Paramos em frente ao hospital, e mamãe e papai encararam Sesshoumaru, que os encarou também.

- Muito obrigada, youkai. – disse mamãe. – Mas isso não deixa de mudar nossa relação. Eu continuo odiando youkais.

- Humpf. – resmungou Sesshoumaru. – Faça o que quiser.

- Mamãe... – eu disse, decepcionada. – Ele salvou a sua vida...

- Deixa Rin. – disse o Sesshy. – Vamos embora.

- Mamãe! – eu disse, chorando. – Será que você não pode pelo menos ser mais compreensiva? Eu amo o Sesshoumaru! Entenda isso!

- Isso não me importa. – disse mamãe.

- Mamãe! – gritaram Kagome e Sango.

- Seja mais educada! – disse Kagome. – O Sesshoumaru podia ter deixado você morta!

- Mas ele fez isso porque ama a Rin! – completou Sango.

- Ah! Mas ora, agora vão ficar me dando lição de moral? – perguntou minha mãe, furiosa. – Não sou mais criança!

- Eu já estou cansada de tudo isso. – eu disse friamente. – Das nossas brigas. Eu não agüento mais essa minha vida. Eu não agüento mais essa cidade! Eu não agüento mais ninguém!

Então eu saí correndo. O que eu poderia fazer? Já estava cheia de tudo aquilo. O Sesshoumaru me alcançou logo, logo, e segurou o meu braço.

- Me deixa em paz! – eu gritei, nervosa.

O Sesshoumaru me soltou, e eu logo voltei para a minha casa. E a do Sesshy. Entrei no meu quarto e comecei a jogar todas as minhas roupas nas minhas malas. Eu iria mudar de cidade. E começar tudo de novo. Quem sabe assim eu seria mais feliz?

- Eu me odeio... – eu disse, fechando a minha mala. – Eu odeio a minha vida! – eu chutei a mala no chão, de raiva.

Carine: Oie! Beleza? Que bom que gostou do capítulo anterior! Ah, também fico muito contente que você esteja lendo, ou já acabou de ler, né? Conhecendo o Amor! Obrigada pela review! Beijos!

Manu Higurashi: Oie! Tudo bom? Que bom que gostou do capítulo anterior! Eu espero que tenha gostado desse! Muito obrigada pela review! Beijos!

Leila: Oie! Tudo bem? Legal que tenha gostado daquela cena! Espero que tenha gostado desse capítulo também! Me desculpe, mas eu não entendi o seu OS XD Não liga não, é que eu sou meio besta mesmo... o.Õ Mas obrigada pela review! Beijos!