Capitulo IV - Ódio

Depois de alguns minutos, Gina entrou e sentou-se no sofá. Ficou ainda um bom tempo sentada, sem reação, só pensando no que tinha acontecido. Pelos menos não podia dizer que ele não tinha aparecido. "Porque ele foi embora? O que será que aconteceu com ele?".

Quando ela finalmente saiu do estado de torpor, se deu conta de que tinha levado um bolo. Ele a tinha feito de boba. DE NOVO! Ela havia se arrumado toda pra ele, e ele...

Estava com tamanha raiva que foi até a cozinha e jogou tudo no chão, reduzindo pratos e taças à montes de caco de vidro.

Ele não ligou, não deu satisfações nem nenhum sinal de vida por longos dias nos quais Gina ia ficando cada vez mais furiosa. Só não sabia se ficava mais furiosa com ela mesma por estar dando tanta importância ao que ele dizia ou com ele por tê-la feito acreditar.

Duas semanas se passaram e então Draco resolveu dar noticias. Estas vieram através de uma coruja negra e imponente.

"Gina,

Sei que te devo muitas explicações e que você deve estar furiosa comigo… visto que isso é um traço típico dos Weasley. Sei que você vai ficar mais furiosa ainda por eu não poder contar o que estava e ainda estou fazendo… mas… enfim…

É só pra dizer que eu não esqueci de você e que se você conseguir me perdoar por esse sumiço não vai se arrepender...

D.M"

A coruja ficou piando incessantemente até Gina perceber que só iria embora quando tivesse uma resposta pra devolver.

"Tudo que eu tenho pra dizer é… SUMA DA MINHA VIDA!"

Gina estava mais furiosa ainda, se é que isso era possível. Mas por mais que relutasse em admitir queria vê-lo novamente… não eram propriamente saudades, se negava a admitir que pudesse sentir saudades dele, afinal só sente saudades de quem se gosta, mas… era um sentimento inexplicável… uma vontade de vê-lo e provar novamente aqueles lábios que tinham dado tanto prazer, mas ela estava decidida a mantê-lo a distancia, pois sabia que ele acabaria por fazê-la sofrer.

Draco reconhecia que tinha sérios problemas e que se aproximar dela novamente não seria uma coisa muito fácil, mas estava disposto a tentar, primeiro por interesse próprio e segundo porque precisa completar o serviço que lhe fora destinado. Fora obrigado a ir a uma missão, um dia antes do jantar com ela, o certo seria ter voltado poucas horas antes do jantar, mas um novato tinha atrapalhado a missão e ainda por cima ao chegar em casa tivera que ir correndo dar assistência a sua filha Emily que estava tendo problemas com a mãe. Sua missão tinha a ver com os irmãos dela e ele não poderia contar nada a ela. No principio havia odiado a missão, só que com o passar do tempo e da etapa de observação tinha acabado por se interessar não só pelo serviço em si, mas pelo objeto de observação. Agora precisava arranjar um meio de conseguir o perdão dela.

Gina estava sentada em seu consultório lendo alguns relatórios dos estagiários, quando alguém bateu em sua porta.

- Doutora? Posso entrar?

- Claro que sim, sua boba!

Gina levantou-se e foi abraçar a amiga que já estava começando a dar sinas de gravidez.

- E então… como está meu afilhado?

- Quem disse que vai ser homem?

- Sexto sentido, já ouviu falar?

Lilá sentou-se em frente à mesa da amiga e esperou que ela se sentasse em sua cadeira.

- E então, o Draco deu noticias?

-Marquei de jantar com ele, mas ele me deu um bolo.

- E isso foi quando?

- Há duas semanas.

- Ele não deu mais noticias depois disso?

- Nenhuma, mas esqueça esse idiota… Conversou com o Simas?

- Ainda não!

- Como não Li!

- Gi... Eu já to grávida de quatro meses…

- O que você ta esperando pra contar pra ele?

- Ele ta viajando, volta amanhã. Por isso vim te ver… to com tanto medo…

- Ele ficou um mês fora?Você já desconfiava que tava grávida há tanto tempo?

- Não... Eu achei que tava de um mês... Porque eu só notei mês passado a ausência da minha menstruação...

-Como você não notou isso Li?

- Eu estava tão atribulada no serviço que nem em dei conta... Gi... To...

- Amiga, se ele te pediu em casamento, não vai ficar bravo por você estar esperando um filho dele pelo contrario vai ficar muito feliz.

- Não sei Gi…

- Esqueça isso por enquanto e vamos almoçar afinal meu afilhado precisa de vitaminas.

Abraçadas saíram do consultório de Gina em direção ao restaurante do hospital.

Depois do almoço Lilá foi embora com a promessa de que contaria para Simas sobre o bebê assim que ele chegasse de viagem.

Gina teve plantão nessa noite e estava tão cansada que não notou que alguém a esperava do lado de fora do seu apartamento.

-Virginia?

- Ahhhhhhhh!

- Calma, sou eu, Draco!

- Seu idiota! Como você aparece assim…

- Eu estava aqui parado, você é que não prestou atenção.

- O que é que você quer? Não da pra ver que estou cansada?

- To vendo… você ta horrível!

- Um conselho Malfoy, nunca diga a uma mulher que ela está horrível, principalmente se você esta interessado nessa mulher.

- E quem disse que eu to interessado?

Gina ficou vermelha com a alfinetada dele e isso a deixou irritada.

- Já que você não está interessado... Boa noite Malfoy!

- Virginia Weasley, não se atreva a bater essa porta na minha cara.

- Senhor Draco Malfoy aprenda a não destratar uma pessoa na casa dela e depois conversamos.

Sem mais uma palavra Gina entrou me casa e bateu a porta, lançando logo um feitiço imperturbável. Ela foi para cozinha preparar alguma coisa pra comer, mas percebeu que já não tinha fome.

Draco ficou parado olhando para a porta, já estava virando hábito deixá-lo falando e isso o estava deixando muito irritado. Sem muito esforço descobriu o feitiço lançado na porta e o desfez, entrando logo em seguida. Ele a encontrou deitada no sofá.

- O que é que você ta fazendo?

- Você não disse que eu não te interesso? Então por que você invadiu meu apartamento?

- Por que eu sabia que você não ia abrir a porta pra mim.

- Malfoy... Eu to cansada, to irritada e ficando deprimida... Será que você podia sair da minha casa e me deixar descansar?

- Assim que você me disser por que você esta irritada e deprimida.

Dizendo isso ele caminhou até o sofá e sentou-se esperando que ela começasse a falar.

- Droga Malfoy! Eu não quero conversar... Por favor... Vai embora.

- Você não tem escolha minha querida. Eu vou ficar e pronto.

- Você sabe ser chato, hein!

- Quanto mais rápido você me explicar o que ta acontecendo, mais rápido eu vou embora.

- Eu… não…

Sem mais explicações, Gina sentou-se e começou a chorar. Ele ficou estático por algum tempo, somente olhando-a chorar, quando finalmente tomando coragem sentou-se ao lado dela e a abraçou fazendo com que encostasse a cabeça em seu peito. Assim ficaram até que Gina finalmente se acalmasse.

- Me desculpe… é que… Tive um problema com uma das pacientes. Ela chegou quase morta e eu quase a perdi…

- Ela ficou bem no final? - Ele acariciava os cabelos sedosos enquanto ela se aconchegava nele.

- Ficou, mas eu não sei se ela var resistir… estava tão fraca quando deixei o hospital e te ver não me ajudou nenhum pouco.

- Quer dizer que minha presença te faz chorar?

- Ora seu…

Gina levantou a cabeça do peito dele e o encarou.

- Por que você não pode ser mais sensível… tem sempre que estragar o momento!

Gina ia levantar quando ele a puxou fazendo com que caísse em seu colo, antes que dissesse qualquer coisa teve seus lábios selados por um beijo intenso.

Quando ele finalmente a deixou respirar Gina ficou encarando aqueles olhos verdes, profundos como o mar.

- Por que você faz isso comigo?

- Fazer o que?

- Você fica brincando comigo...

Ela levantou-se e foi para cozinha deixando-o com cara de bobo na sala.

- VIRGINIA WEASLEY ESSA É A TERCEIRA VEZ QUE VOCE ME DEIXA FALANDO SOZINHO!

- NÃO ME IMPORTO NEM UM POUCO!

Ele saiu do sofá e foi até a cozinha, a encontrou sentada no chão abraçada aos joelhos e de cabeça baixa.

- Virginia...

- Vai embora, por favor... Você não vê que tudo que você faz só me deixa triste?

- Me deixa explicar o que aconteceu na noite do jantar...

Nessa hora os olhos dela queimaram e ele pode ter uma leve noção de como é o temperamento Weasley.

- Aquela noite você me deixou esperando como uma boba e...

Ele a interrompeu antes que ela começasse a brigar com ele.

- Eu tive que ir ver minha filha...

- FILHA! EU TINHA ME ESQUECIDO DELA!

- Emily tava tendo problemas com a mão dela e eu precisei ir ajudar.

- Por falar nisso quem é a mãe dela Malfoy?

- Ela é... Na verdade eu não queria falar sobre isso...

- Draco Malfoy ou você me conta quem é a mãe da sua filha ou nunca, nunca mais deixo você me beijar.

Ela já estava em pé e o encarava com expressão seria.

- Não acredito muito em você, mas... Ta bom vou te contar quem é a mãe da Emy.

Sem mais palavras ele a puxou da cozinha e levou-a de volta pro sofá onde estavam se beijando. Tentou roubar um beijo, mas Gina estava atenta.

- Começa logo...

- Bom... Lembra quando nos encontramos no bairro trouxa? Eu estava levando a Emy pra casa dela.

- Você ta querendo me dizer que você tem uma filha com uma trouxa?

- Ela não é exatamente trouxa...

- Então o que ela é?

- Ela é um aborto!

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N.A: Oi!

Espero que gostem...

Respondendo os reviews...

Lou: Eu ainda não sei... to escrevendo...

Jessy: Jamais ela iria se contentar com um caso... A Virginia... é simplesmente d!.

È verdade ela nem parou pra pensar se ele tem alguém... mas se ele esta correndo atrasa dela ele esta de boa...

Mika:Continue a ler , muitas aguas irão rolar...

Espero que acompanhem ate o fim...

Bjks