A boa filha a casa torna! Quanto tempo eu levei desde o fim do segundo capitulo? Só Merlin sabe!
E as minhas desculpas são as mesmas: falta de tempo, faculdade apertando e, claro, BLOQUEIO! Sem idéias boas... Mas eu consegui terminar esse capítulo e já vou começar a escrever o próximo enquanto eu estou de férias.
Como o que me interessa dessa fic na verdade está a partir dos 16 anos da Gina nesse capitulo eu resolvi dar apenas uma pincelada até chegar lá...
Agradecimentos mil à Angelina Michelle que é a criatura que me agüenta todo fim de semana reclamando que eu sou um lixo de escritora e que não consigo terminar os capítulos... Lina sem vc num sou NA.DA!
A Filha do Mal
Capitulo 3
Passagem dos Anos
Depois de tudo o que aconteceu minha família me tratava como se nada houvesse. Eles tentavam desviar o assunto de todas as formas possíveis, como se aquele ano letivo não tivesse existido. Eu, intimamente, agradecia por isso. Não queria que ficassem me investigando a todo instante, falando de Tom. Eu sentia uma falta imensa de Tom. E eu me sentia diferente. De alguma forma (que eu não sei explicar) todos esses acontecimentos causaram grande mudança em mim. Tudo que eu queria era sumir daquela casa o quanto antes. Não suportava ouvir sequer a voz de nenhum dos Weasleys. Olhava no espelho e tinha vergonha da minha imagem: Pele clara, olhos castanhos chocolates, sardas salpicando todo o meu rosto e ombros e finalmente os malditos cabelos vermelhos. Por causa disso eu não tinha nome. Era chamada de "Weasley". Olhava para minhas roupas. De segunda mão. Ou então era um suéter vermelho com uma grande letra G bordada em laranja. Isso era realmente ridículo. Eu era pobre, feia, vivia numa casa apinhada de parentes ruivos, cicatrizes ambulantes e sangues-ruins. Quem eu era? Era uma desgraçada!
Ficava o tempo todo no meu quarto. O ruim da história era que eu tive que dividir meu quarto com a Granger no fim das férias. Eu percebi que ela tinha um certo receio de ficar ali comigo, como se eu fosse atacá-la a qualquer momento. E isso obrigou minha mãe a arrumar um outro canto para ela dormir.
Quando as férias estavam mais ou menos na metade uma grande coruja negra de olhos prateados pousou na minha janela. Examinei-a atentamente e a cor de seus olhos me lembrou alguém. Draco. Abri a janela e ela entrou elegantemente, me estendendo a pata onde havia amarrado um pergaminho.
"Virgínia,
Quase não deu tempo de conversarmos depois de tudo o que aconteceu. Eu queria poder falar com você antes de voltarmos à escola. Seria possível? Responda-me pela mesma coruja.
Draco Malfoy"
Peguei então uma pena e um pergaminho novo e sentei-me na escrivaninha para escrever.
"Draco,
Não é muito agradável eu dizer isso, mas minha família não vai muito com a sua cara. E eles estão no meu pé por qualquer coisa. Não acho que seja uma boa idéia nos encontrarmos. Vejo-te no Expresso.
Virginia Weasley".
A porta do quarto se abriu no mesmo instante em que eu amarrava a resposta na pata da belíssima coruja.
"De quem é essa coruja?" – Era o Rony, só podia ser aquele estrupício.
"Te interessa?"
"Obvio! Da ultima vez que você se meteu em "coisinhas secretas" Tom Riddle quase a matou!"
Não sei como aquilo aconteceu, mas me aflorou um ódio tão gigantesco que eu sentia meu sangue pulsando fortemente nas minhas têmporas e nas pontas dos meus dedos. Instantaneamente os vidros da janela atrás de mim estouraram. Rony se assustou, mas eu mal percebi.
"Fale da memória de Tom mais uma vez e você será morto!"
Ele estava branco.
"Gina, você está diferente... a janela... sua voz... seus olhos..." – ele gaguejava e apontava para mim.
"Saia do meu quarto agora!"
Ele pareceu ter recuperado a coragem.
"Não antes de saber de quem é a coruja!"
Novamente eu me enfureci, dessa vez foi um vaso que explodiu em milhões de pedaços. Um deles atingiu o braço de Rony, cortando-o.
A Família Weasley subiu em peso para o quarto guiados pela gritaria e pelo barulho das explosões. Metade da Família se concentrou no machucado de Rony, a outra metade se concentrou em mim, infelizmente.
"Há algo errado com você mocinha! E nós vamos descobrir!" – minha mãe berrava histérica. Enquanto ela gritava mais objetos iam explodindo no meu quarto.
"Saiam daqui! Agora!" – eu estava começando a ficar perturbada. Era muito criança para me controlar.
Eles se amedrontaram. Meu pai mandou que todos deixassem o quarto para que eu pudesse ficar sozinha. E eles me deixaram, resmungando, mas deixaram.
A coruja já havia partido. Eu nem havia percebido ela levantar vôo. Eu sentei em minha cama, encolhida, com os braços abraçando os joelhos e olhei para o quarto semidestruído. Tentei ordenas os pensamentos para tentar entender o que estava acontecendo comigo. Fui me esparramando pela cama vagarosamente. Os meus agitados pensamentos me levaram num lento torpor que me fez adormecer ali, em meio aos estilhaços de vidros e a bagunça do quarto. Não sei quanto tempo passei ali, quando acordei já estava escuro lá fora. Apesar do calor, estava entrando um vento frio pela janela quebrada que estava agitando as cortinas freneticamente. Ignorei e continuei deitada, pensando. Então era isso, eu tinha descoberto o porquê de toda aquela mudança. Toda aquela troca de energias entre mim e Tom me favoreceu quando ele se foi. Era como se seus poderem tivessem sido transferidos para mim. Eu devia estar no mínimo três ou quatro vezes mais poderosa do que qualquer criança da minha idade. Mas eu não sabia me controlar. Precisava aprender. E eu decidi que começaria já.
Levantei-me e olhei para a janela quebrada. Concentrei-me em não quebrar mais ainda e sim tentar consertá-la. Após inúmeras tentativas os cacos nem se moveram. Decidi que arrumaria a janela no modo convencional mesmo.
"Reparo" – um giro de varinha e os cacos no chão voltaram a compor a janela e as demais coisas no quarto estavam arrumadas. Então decidi continuar tentando, com coisas simples. Peguei uma pena e a coloquei sobre a cama. Mentalizei que queria aquela pena no ar. Ela subiu cerca de 1,5 cm e voltou a cair. Bom, era um começo.
A Família Weasley estava amedrontada. Ouvi uma conversa deles na última semana de férias. Eles estavam cogitando a possibilidade de não me mandar para Hogwarts neste ano letivo. Fiquei furiosa com a possibilidade. Mas havia algo que eu não esperava. Cogitavam também a possibilidade de uma internação "temporária" no Saint Mungus. Então eles achavam que eu era louca, uma doente mental que precisava de tratamento urgente só porque eu não tinha as mesmas idéias que eles! Aquilo era o fim.
"Eu não vou para o Saint Mungus!" – saí de trás da porta e me intrometi na conversa. Imediatamente cacos de vidro voaram das janelas. Mau sinal. Isso só serviu para eles se assegurarem que eu precisava de um tratamento.
"Gininha, você não está bem..."
"Não adianta falar mansinho comigo como se eu fosse um cachorrinho bravo! Eu já disse que não vou para o Saint Mungus! Eu vou para Hogwarts, como toda criança normal!" – eu berrava a plenos pulmões. Meus pais e meus três irmãos mais velhos, Gui, Carlinhos e Percy se entreolhavam.
"Do que é que vocês têm medo?" – eu continuava meu discurso. – "Que eu ataque vocês de repente?". – Nesse instante eu ergui meu braço e um vaso se ergueu também. Eu joguei o braço para o lado e o vaso acompanhou o meu movimento indo se espatifar na parede oposta.
"Virginia, pare com isso agora!" – meu pai tentava por ordem na bagunça, mas foi meio difícil.
"Vai me mandar para Saint Mungus se eu parar!" – hoje eu sei que naquele dia eu falava como se fosse realmente uma doente mental, cheia de paranóias e medos. E Tom não estava mais comigo para me ajudar. Só Draco poderia me ajudar, mas ele estava longe. Eu nem sabia onde ficava a Mansão Malfoy, e mesmo que soubesse, eu jamais conseguiria chegar até lá.
"Ninguém vai mandar você para lugar nenhum..." – meu pai disse tentando me acalmar.
"Vai sim, vai me mandar para Hogwarts. Eu só saio daqui para ir para lá!" – eu estava com uma ânsia desesperada de ver Draco.
"É. Você vai para Hogwarts..." – meu pai disse derrotado.
E eu fui para Hogwarts. Graças a Merlin eles não me mandaram para o Saint Mungus. Se bem que isso seria uma vergonha maior ainda para a Família Weasley. Além de pobres e cheios de filhos ainda teriam a caçula louca no Saint Mungus. Isso seria humilhante.
No dia do embarque eu queria atravessar a plataforma sozinha, chegar só do outro lado, mas não me foi permitido. Eles ficaram lá no meu pé. Minha única alternativa foi me juntar com as garotas insuportáveis com quem eu dividia o dormitório. Mc'Listen, Storm e Percman. Meus pais ficaram desesperados ao me verem fingir muito bem que era amiga intima das Sonserinas. Quando entrei no trem eu as mandei pro inferno e fui procurar Draco. Encontrei-o numa cabine junto com Crabbe e Goyle. Ele tinha uma aparência bem entediada com a conversinha nojenta dos dois brutamontes. Assim que me viu ele se levantou e largou os dois falando sozinho. Ele estava bem mais bonito do que eu me lembrava. Vestido com as vestes de Hogwarts, olhos prateados intensos, seu cabelo não era mais penteado para trás com grande quantidade de gel, estava agora livre, caindo por sobre o rosto. Parecia um tanto mais alto, era incrível como em apenas um verão Draco havia mudado consideravelmente. Ele me levou para fora da cabine e fechou a porta, ficamos no corredor.
"Olá, pequena!" – ele me cumprimentou sorrindo.
"Oi Draco".– eu estava um pouco sem graça. Senti meu rosto ruborizar quando ele me deu um beijo na face.
"Eu queria muito ter falado com você nas férias."
"Eu também, mas estou vivendo um verdadeiro inferno com a minha família"
"Eu posso imaginar."
"Vamos a uma cabine, tem muita coisa que eu preciso te contar."
Ele concordou e me guiou até uma cabine vazia no fim do corredor, fechou a porta e sentou-se a minha frente.
"O que houve?"
"Eles acham que eu estou maluca" – eu disse em voz baixa. – "Queriam me internar no Saint Mungus"
"Eles são imbecis ou o que?" – Draco berrou perdendo o controle.
"Shiuuu! Eu não quero que ninguém saiba disso, se te contei é porque confio em você."
Ele então se acalmou. Lançou-me um olhar penetrante onde eu li que ele estava agradecendo a confiança.
"Você tem que ficar longe deles."
"Eu sei"
Ele me abraçou. Um abraço tão carinhoso quanto o da volta para casa no inicio das férias. Eu estava a ponto de chorar.
"Draco, há outra coisa que eu gostaria de te contar..." – Eu havia decidido que não faria mais nada sozinha. Confiava em Draco.
"Pode dizer"
"Eu mudei desde tudo aquilo que aconteceu."
"Mudou como?" – ele me olhava com olhos prateados investigativos.
"Eu estou mais ou menos umas quatro vezes mais poderosa que os outros alunos da minha idade. É como se, ao ser destruído, Riddle tivesse passado todos os seus poderes para mim. Ou pelo menos parte deles." – Eu mesma me assustei quando falei "Riddle" ao invés de "Tom". Eu estava aos poucos perdendo aquele vínculo de intimidade com ele.
Draco me olhava com carinho, como se quisesse me acalmar.
"Acha isso bom ou ruim?"
"Ah! É diferente. Eu não consigo me controlar muito bem."
"Como assim?" – ele continuava afagando meus cabelos com seus dedos longos e suaves.
"Por exemplo, se eu fico muito irritada, instantaneamente o que está por perto explode."
Draco lançou-me um olhar de falso medo.
"Merlin! É perigoso ficar perto de você?" – e riu.
"Seu bobo!" – eu dei um tapa nele. – "Eu estou falando sério"
"Eu sei que está." – ele falou mais baixo, o sorriso morrendo.
"Não preciso de varinha."
Ele ficou olhando para mim. Eu li seus olhos. Estava pedindo uma demonstração.
Então pequei um pacote de feijõezinhos de todos os sabores que tinha no bolso. Coloquei-o no acento entre nós e o levitei.
"Isso é esplendido Virginia!" – Draco comemorava – "Aprender a fazer mágica sem varinha pode demorar anos. Você só tem 12 e já consegue isso! Brilhante!"
"É por isso que eu gosto de você Draco, você sabe como me animar."
Nesse momento a porta da cabine se abriu.
"Gina, quero falar com você!" – era Percy. Dei um suspiro desanimado enquanto via Percy e Draco fulminando um ao outro com o olhar. Levantei-me e fui conduzida para fora da cabine. Rony e os Gêmeos estavam lá fora com ele. Um pouco mais atrás estavam o Potter e a Granger.
"Escute aqui mocinha. Isso é só um aviso. Uma gracinha que você aprontar esse ano e a gente te enterra no Saint Mungus!" – Percy estava agressivo.
"E outra coisa, queremos você longe do Malfoy!" – Rony tomara a palavra.
"Longe de qualquer objeto de Magia Negra, como aquele diário infeliz." – os gêmeos.
"Ta. Acabaram? Porque eu preciso entrar e terminar de conversar com o Draco." – provoquei num tom enfadonho.
"Você está pedindo pra voltar pra casa, não é Virginia?" – Percy ameaçador.
"Não escutou? Estou apenas pedindo para voltar para a cabine."
"Não quero que minha irmã mais nova fique sozinha numa cabine com o mente suja do Malfoy!" – Rony dando uma de protetor.
"Acha que eu vou fazer o que com ele lá dentro?"
"Você eu não sei, mas ele... muitas coisas!"
"Ah cala boca Rony! Você e o Potter ficam sozinhos com a Granger e ninguém fala nada. E olha que poderia ser pior, Draco é um só, vocês são dois!"
Granger ficou roxa. Harry colocou a mão no ombro dela solidariamente, mas estava me fuzilando com olhos verdes vivos.
"Mais uma palavra e você volta pra casa!"
"Ta bom. Não falo mais nada." – Virei-me, abri a porta da cabine, entrei e fechei na cara deles.
"Algum problema Virginia?" – Draco perguntou preocupado.
"O de sempre. Vieram me ameaçar."
"Ameaçar como?"
"Uma gracinha que você aprontar esse ano e a gente te enterra no Saint Mungus!" – debochei imitando Percy. Draco riu da imitação, mas estava nervoso.
"Eles acham que são o que?"
"Minha família?" – arrisquei o obvio.
"Eles tem que te aceitar do jeito que você é!"
"Eu não tiro a razão deles..."
"Não!" – Draco ficara surpreso com a minha afirmação.
"Não. E você vai concordar comigo. Raciocina Draco: Se você fosse bonzinho, legal e adorável, assim como o Potter..." – Draco fez uma careta de nojo – "...Acha que seus pais iriam ficar contentes?"
"Nenhum pouco contentes." – ele respondeu de imediato. – "Eles iam no mínimo me abandonar um mês nas masmorras da Mansão sem comida!" – ele dizia horrorizado.
"Então Draco. Eu sou o contrário do que eles esperavam. Eu sou o contrário do que são meus outros seis irmãos."
"É, faz sentido." – Draco disse passando os dedos pelos cabelos loiros.
"Faz todo o sentido! Eu ficaria enojada se tivesse um filho como um dos meus irmãos, ou como o Potter."
"Até eu ficaria enojado de ter um herdeiro parecido com o Cicatriz!" – ele fez outra careta.
Naquele ano em Hogwarts o grande acontecimento era a fuga de Sirius Black, o provável responsável pela morte dos pais do Potter. E adivinha atrás de quem ele estava? Do Potter! Claro! Então as atenções sobre mim já haviam sido abafadas. E isso era uma grande coisa! Claro que alguns ainda olhavam torto para mim, alguns até ousavam falar alguma coisa, mas Draco parecia meu guarda-costas e xingava e humilhava todos que se atreviam a apenas me olhar. Minha admiração e meu carinho por Draco iam crescendo a cada dia. A cada vez eu confiava mais nele. Tanto que ele passou o ano todinho me ajudando a controlar meus novos poderes. E eu estava conseguindo. Algumas vezes eu acabava acertando algum objeto em Draco, aí ele ficava com um grande galo na testa ou com um corte no braço. Mas me perdoava. E ainda me dava uma trufa quando eu me saía bem! Sinceramente, acho que Draco era um poço de paciência. Eu no lugar dele já teria me abandonado às moscas há muito tempo.
Eu tentei me comportar no decorrer do ano letivo. Não queria que meus irmãos tivessem um mínimo motivo para mandar uma coruja para meus pais mandando eles virem me buscar para me internar no Saint Mungus. Tentei parecer a bruxinha mais normal do mundo. E eles fingiam que não me conheciam, afinal eu era a vergonha da família. Eles desistiram de tentar me persuadir a não andar com Draco. Eles sabiam que não iriam conseguir.
Naquele ano nada teve de muito assombroso. Claro que Potter salvou a pátria quando Sirius Black apareceu. E olha só, o Perebas, o rato do Rony, aquela coisa velha e inútil era um fiel do Lorde Voldemort! Sinceramente, eu acho que vou morrer e ainda não vou ver tudo na vida.
Foi tão monótono que o ano passou voando. Quando dei por mim, estava no Expresso rumo ao meu terceiro ano em Hogwarts. Àquela altura ninguém mais lembrava do que havia acontecido comigo, toda aquela coisa da Câmara Secreta. Eu já tinha pleno controle sobre meus poderes, mas eu não ficava demonstrando-o para qualquer pessoa.
As atenções agora estavam viradas para o Torneio TriBruxo. E adivinha (mais uma vez) quem o Cálice de Fogo sorteou erroneamente? Se você adivinhar eu dou um doce... Potter! Obvio! Os campeões de Hogwarts eram Potter e Diggory. Draco estava torcendo por Vitor Krum só porque ele era de Durmstrang. Draco nega até hoje, mas eu tenho certeza de que lá no intimo dele, mas bem no intimo mesmo, ele estava torcendo por Fleur Delacour, uma veela francesinha que era campeã por Beauxbottons e estava jogando seu charme em cima do Draco. Acho que só porque ele parecia um pouco com ela.
"O que acha de Potter ser o campeão da grifinória?"
"Idiotice. Tudo relacionado ao Potter eu acho inútil"
"Eu sei Virginia. Mas, tudo acontece com ele!"
"O que você esperava? Ele é a maior celebridade bruxa de todos os tempos e nós, Draquinho querido, somos meros mortais idiotas!" – debochei.
"Um dia eu vou ter o prazer de destruir o Potter com minhas próprias mãos."
"Não sonhe Draquinho querido. Isso será feito pelo Lorde."
"Dá pra parar de me chamar de Draquinho querido?" – ele olhou para mim nervoso.
"Claro Draquinho querido!" – eu disse sem desviar os olhos da minha redação de Poções.
Eu e Draco vivíamos assim. Ora nos provocando, ora nos defendendo.
"Hey Weasley! Isso aí na sua mão é um diário? Cuidado... ele pode ser alguém tentando roubar suas energias!" – um infeliz da Sonserina mesmo (minha própria casa) caçoou de mim um dia no salão comunal quando me viu escrevendo num caderno. Antes mesmo que meus poderes lançassem um castiçal na cabeça do garoto Draco já havia se intrometido. Agarrou o garoto pelo colarinho.
"Se dirigir a palavra pra Virginia mais uma vez nós vamos mandar o que sobrar de você pra enfermaria em uma pázinha de lixo!" – o rosto de Draco estava vermelho. O do garoto estava branco. Draco estava com os olhos prateados estreitados e ameaçadores.
"Tudo bem Draco. Me larga agora." – o garoto falava com dificuldade. Draco poderia quebrá-lo em pedaços sem muitos esforços.
"Peça desculpas à ela!"
"Ah Malfoy! Corta essa..."
"Peça desculpas à ela!" – Draco repetiu entre dentes apertando mais ainda o garoto.
"Desculpa Weasley!" – o garoto balbuciou.
"Mais alto!" – Draco apertou-o mais um pouco.
"Desculpa Weasley!" – ele berrou.
"Chega Draco." – eu disse entediada.
Draco soltou o garoto, mas continuou olhando-o ameaçadoramente. Deu de dedo na cara do garoto e ameaçou-o de novo.
"Mais uma gracinha, só mais uma..." – o garoto saiu quase correndo.
"Não precisava tudo isso Draco."
"Precisava, antes que você quebrasse todas as janelas e vasos. E eu detesto que falem assim com você."
Olhei para ele. Ele estava agora arrumando uns livros na mochila. Eu ficava pensando o que teria por trás de toda aquela preocupação e cuidado. Eu tinha treze anos, Draco tinha quatorze. Podia muito bem estar nascendo ali algum tipo de interesse mais intimo que a nossa habitual amizade. Mas eu descartava a hipótese. Eu não era capaz de amar ninguém. Eu era seca por dentro.
Aquele ano também correu. Diggory morreu na final do Torneio TriBruxo. Voldemort havia retornado. Quando ficamos sabendo disso Draco e eu quase tivemos um ataque.
"Está chegando a hora, está quase na hora! Você vai ver Virginia, eu vou me tornar o braço direito do Lorde das Trevas."
"Eu não vejo a hora de tornar-me a mais próxima de suas seguidoras." – falei com os olhos vidrados no fogo da lareira do Salão Comunal. Draco teve um sobressalto.
"Hein? Está louca!"
"Por quê?"
"Sabia que isso é perigoso?"
"Ah Draco, por favor! Não venha dar uma de irmão mais velho e protetor porque dessa categoria eu tenho seis exemplares!"
"Sabe o que significa ser um Comensal?"
"Servir o Lorde..."
"Arriscar a vida!" – ele gesticulava a minha frente.
"E...?" – eu perguntei indiferente.
"E... e... e eu não quero que você arrisque sua vida novamente!" – ele concluiu emburrado.
"Draco, raciocina." – eu ia começar um discurso sonhador. – "Imagina a valia que eu teria para o Mestre com esse meu novo dom!"
"E daí?"
"E daí também que Voldemort é o futuro do que foi Tom Riddle. E eu jurei a Riddle que seria fiel a ele até o fim!"
"Ainda pensa nisso?" – ele disse ligeiramente decepcionado. – "Pensa em Riddle?"
"Penso. Não tem como esquecer o acontecimento mais importante da minha vida Draco!"
"Riddle não existe mais! Riddle era uma lembrança presa num diário! Acabou! Potter o destruiu!"
"Não destruiu! Ele voltou!"
"O que você acha? Que quando estiver cara a cara com o Lorde das Trevas vai encontrar o garoto de dezesseis anos, boa pinta que o Riddle era?" – ele concluiu com um ar vitorioso.
"Eu não estava pensando nisso..."
"Claro que estava!" – ele disse meio chateado. – "Voldemort não tem forma atual. Vive entrando nos corpos das pessoas, usa-os e depois larga a pessoa a esma quando esta não lhe tem mais serventia. Imagine Voldemort como uma fumacinha fedorenta!"
"Deixa de ser idiota Draco!"
"É assim que eu o imagino." – ele sacudiu os ombros indiferente.
"Eu o imagino poderoso! Um ser com o poder que ele tem jamais seria uma fumacinha fedorenta!" – recostei-me na poltrona, mas me inclinei para frente novamente quando pensei em algo que me daria a vitória na discussão. Eu estava a pouquíssimos centímetros de Draco e falei em um tom vitorioso. – "Então, já que Voldemort é apenas uma fumacinha fedorenta, você vai se prestar ao papel humilhante de servir e dedicar sua vida e sua morte a uma reles fumacinha fedorenta? Pensei que você se valorizasse mais, Draquinho querido!"
Draco me olhava com olhos prateados completamente sem expressão. Ele estava sem resposta.
"Te peguei!" – eu empurrei-o levemente com meu indicador.
"Só não te respondo a altura porque é mulher!" – ele estava visivelmente decepcionado consigo próprio.
"Ah corta essa Draco! Admita que eu tenho razão!"
"Não."
"Admita Draco!" – eu me ajoelhei na poltrona e cheguei mais perto dele. Na pura brincadeira. Eu me desequilibrei e caí em cima dele. Ficamos a nos olhar em silencio. Os olhos prateados dele estavam quase me hipnotizando. Então ouvimos um barulho e olhamos ambos para a entrada do Salão. Sarah Percman estava lá, parada, olhando para nós com um ar estranho.
"Ah... podem continuar, eu já vou para o dormitório." – ela disse com um certo tom de desprezo assim que nós olhamos para ela. Subiu para o dormitório. Estávamos sozinhos de novo. Eu me levantei devagar. Draco me ajudou.
"Continuar o que?" – eu perguntei como se estar nos braços de Draco sendo hipnotizada por ele fosse algo anormal. – "E você entendeu o tom com o qual ela se dirigiu a nós?"
Draco não disse nada. Acho que ele sabia o que deveríamos ter continuado e entendeu o tom da garota.
O dormitório estava escuro. Deduzi que todas as insuportáveis já haviam ido dormir. Fui direto ao banheiro, tomei um longo e quente banho e me preparei para dormir. Quando voltei ao quarto e me deitei em minha cama é que eu percebi um vulto um tanto assustador. Estava olhando para mim.
"Acabou a farra com o Malfoy?" – a voz de Sarah tinha um tom provocativo.
"Merlin! É você Percman! Quase me matou de susto!" – disse bufando e arrumando as cobertas.
"A intenção era essa."
"Me assustar?"
"Te matar!" – ela respondeu de volta. Um tom frio e distante na voz. Ela se aproximou de mim. À luz da vela que eu tinha sobre a cabeceira deixava-a com uma aparência assustadora. Seus cabelos negros cacheados estavam soltos cobrindo boa parte do rosto. Estava pálida, branca como giz e seus grandes olhos azuis brilhavam insanamente. Estava vestida numa longa camisola branca.
"Não estou entendendo aonde quer chegar" – eu perguntei sem me intimidar.
"Será que não entendeu, Weasleyzinha..." – ela estava ligeiramente debochada. – "Você se agarra com o Malfoy no Salão Comunal e vem me dizer que não entendeu!" – agora ela estava irritada.
"Ah!" – eu abanei a mão num gesto como quem espanta uma mosca. – "Eu não me agarrei com o Draco, jamais faria isso. Ele é todo seu, querida!"
"Escuta aqui Weasley! Não pense que eu sou idiota, porque eu não sou! Você sabia desde o inicio que eu sempre amei o Malfoy e agora você se agarra com ele na minha frente! Você não vai tirá-lo de mim!"
"Esperaí, número um: Eu não sabia de nada, eu apenas ouvi uma conversinha fútil enquanto eu tentava dormir... 'Ai o Draquinho será meu um dia...'" – imitei-a de um jeito irritante. – "Numero dois: Eu não me agarrei com ele na sua frente, foi você quem chegou depois e... Ah quer saber garota? E daí? Eu agarro quem eu quiser e você não tem nada a ver com isso!"
"Ah Weasley!" – ela empunhou a varinha. Com apenas um olhar eu fiz a varinha dela voar e ir parar do outro lado do quarto, no canto mais escuro. Ela me olhava com grandes olhos azuis arregalados.
"Que espécie de monstro você é?"
"Graças a Merlin, de uma espécie bem diferente da sua!" – voltei a me deitar e deixei-a reclamando sozinha.
Era só o que me faltava! Percman era apaixonada por Draco e estava com ciúmes!
Ela saiu do dormitório. A paz voltou a reinar no ambiente e eu pude finalmente tentar descansar. Mas algo começou a martelar na minha cabeça. Eu havia ficado extremamente furiosa com a Percman. E o que é pior: Me arrepiei dos pés a cabeça pensando se ela havia saído do quarto para procurar Draco.
"Me poupe Virginia! Se o Draco quiser beijar aquela coisa estranha você não tem nada a ver com isso!"
Mas era mais forte que eu. Eu estava com ciúmes de Draco.
Levantei-me. Coloquei meu sobretudo da Sonserina por cima do pijama e desci vagarosamente as escadas. Quando estava chegando bem perto do Salão eu ouvi a voz arrastada de Draco. Ele parecia estar bem nervoso.
"Por que você não volta para o dormitório?" – ele estava enxotando alguém.
"Eu já disse que não vou dormir enquanto não acertarmos nossa situação!" – era Percman.
"Que situação?" – Draco perguntou irritado.
"Como que situação? A nossa situação. Nós estamos juntos! Tem que falar isso para a Weasley!" – meu coração deu um salto. Então ele estava mesmo com ela!
"Está viajando garota? Eu não vou falar nada pra Virginia, porque não há nada a falar pra ela!" – ele estava cada vez mais irritado.
"Dá pra parar de chamar a Weasley de Virginia?" – ela estava histérica.
"Quer que eu a chame de que? É o nome dela!"
"Chamar pelo primeiro nome demonstra intimidade!"
"Eu tenho intimidade com ela! Entenda isso! Ela é minha amiga! Ficamos juntos quase que o dia todo! E vai dormir porque você já me torrou por hoje Percman!"
"Ah! A mim você chama de Percman! Ela é Virginia!"
"Entende uma coisa garota!" – eu cheguei mais perto e podia vê-los agora. Draco agarrou-a pelos punhos. – "Eu não gosto de você. Eu não vou namorar uma garota histérica como você!"
Ela estava chorando.
"Prefere ela não é?"
"Isso não é da sua conta!" – ele a soltou violentamente contra uma poltrona. Ela se levantou rapidamente.
"Sabe de uma coisa Malfoy" – percebia-se um certo desprezo em sua voz ao pronunciar o nome dele. Seus olhos azuis brilhavam insanamente e seus cabelos negros estavam com os cachos desalinhados. – "Você nunca vai ficar com ela, sabe porque? Porque você não passa de um reles amiguinho pra ela. Ela me disse no dormitório há meia hora atrás que jamais ficaria com você! Você vai ficar tentando, tentando, e ela pisando em você porque ela não é capaz de amar ninguém! Ela é seca!".
Draco estava jogado em uma poltrona. Seu rosto começava a ficar vermelho e ele tinha os olhos prateados estreitados de puro ódio.
"Não fale do que você não sabe!"
"Do que eu não sei? Eu sei sim, melhor do que você. Alias, você sabe, mas não quer enxergar. Seu ego não deixa! A Weasley ainda sonha com Riddle! Ela passa a noite toda murmurando o nome dele!"
Eu fiquei furiosa por ela ter falado uma particularidade minha. Tão furiosa que um vaso explodiu atrás deles. Percman se assustou, mas Draco sabia exatamente de onde veio a explosão. Olhou em direção da escada, olhos prateados faiscantes a minha procura. Eu estava fora do campo de visão deles. Saí correndo para o dormitório.
O dia seguinte seria o da nossa volta pra casa. Com toda aquela confusão na final do Torneio TriBruxo, a volta do Lorde das Trevas e a morte de Diggory, Hogwarts inteira estava com os nervos a flor da pele. Eu passei a manhã toda do embarque fugindo de Draco. Eu desci para tomar café antes que ele e me misturei aos alunos dos outros anos na hora do embarque.
No trem, eu estava numa das ultimas cabines. Sozinha. Estava até estranhando o sossego. Mas durou pouco. Ouvi um barulho na maçaneta e ergui os olhos do livro para ver quem era. E pelo vidro fosco da porta eu vi um vulto loiro.
"O que você ouviu ontem, Virginia?" – Ele estava sério.
Voltei os olhos para o livro, evitando encará-lo.
"O suficiente."
"Suficiente para que?"
"Para saber que você e a Percman são um lindo casal. Aliás, ela deve estar te procurando!" – Só depois que eu havia acabado essa frase foi que eu me toquei da burrada que fiz. Estava com ciúmes, e demonstrei isso.
"Ahh Virginia! É uma Weasley mesmo, não nega a raça... burra!" – pensei.
"Bebeu? Eu e a Percman?" – ele parecia estar enojado.
"Foi o que eu ouvi!" – eu ainda mantinha os olhos no livro. Draco se aproximou e tomou o livro das minhas mãos bruscamente e jogou-o no chão. Olhou-me com olhos pratas faiscantes e estreitos.
"E você e Riddle?"
"O que tem?"
"Sonha com ele, não é? Está esperando ele voltar num belíssimo cavalo negro para lhe resgatar?"
"Penso em seguir o Lorde. Só isso."
"Não estou falando do Lorde das Trevas!" – ele quase berrava – "Eu estou falando de Tom Riddle!"
"Eles são a mesma pessoa."
"Podem até ser a mesma pessoa. Mas de alguma forma, que eu não sei explicar qual, eles são diferentes!" – ele agora falava bem próximo a mim. Eu podia sentir um ódio crescente em seus belos olhos pratas. E frustração também.
Eu o empurrei e levantei-me bruscamente. Draco foi mais rápido e me agarrou pelos punhos.
"Virginia! Quando vai crescer e deixar de ser burra?"
"Draco, você está me machucando!" – eu sibilei tentando não demonstrar que ele estava me magoando.
"Pouco me importa se eu estou te machucando! Com o machucado que eu tenho aberto dentro de mim você não se importa, não é mesmo? Um machucado onde você é a única culpada!" – ele buscava o meu olhar e eu fugia. Desviava meus olhos para todos os cantos possíveis, menos para os olhos prateados dele.
"Não sei de que machucado você está falando!" – eu estava me debatendo.
"É claro que você sabe, não se faça de cínica!" – ele intensificou o apertão no meu punho. – "Ele não vai voltar! Ou melhor, se tivesse dado certo o retorno de Riddle, acha mesmo que ele iria lhe trazer de volta?"
"Ele me prometeu que iria!"
"E você acreditou? Por Merlin Virginia! Na sua casa nunca te ensinaram a não confiar em Sonserinos?"
"Ensinaram e eu não quis aprender! Ou acha que eu confiaria em você? Você é um deles Malfoy!"
"Eu sou diferente! Posso não ser uma das pessoas mais confiáveis do mundo, mas com você eu sou diferente!" – ele tinha um tom frustrado na voz, quase desesperado.
"Eu sei..." – eu apenas murmurei. Não tinha o que dizer.
Draco soltou os meus punhos e virou-se para a janela, passando os dedos longos pelos cabelos loiros. Encostou a cabeça no vidro da janela.
"Me desculpe, eu não queria te machucar." – .No mesmo instante em que falou isso eu estava esfregando a mão no punho dolorido.
"Tudo bem Draco, não te culpo por isso... Eu só acho que..."
"Você não acha nada Virginia." – ele me interrompeu, a voz retomando o tom calmo e arrastado. Ele se virou para mim novamente. – "Sinto muito dizer isso, mas você é criança demais para entender alguma coisa do que está acontecendo. É fantasiosa, indiferente e infantil! Eu gostaria que você fosse diferente." – eu nem tinha forças para me defender. Continuava ali, de pé, parada, imóvel e impotente, apenas ouvindo Draco falar verdades sobre mim.
"Sabe, Eu detesto ter que dizer isso, mas Percman está certa. Você é seca! Incapaz de dedicar um instante de afeto para alguém. Nunca irá amar ninguém sabia? E você não merece o amor que eu tenho por você." – ele fez esse discurso com olhos brilhantes, sinais de possíveis e futuras lágrimas que eu não cheguei a ver. Ao terminar a frase ele bateu a porta atrás de si ganhando o corredor e me deixando ali sozinha.
Eu não conseguia definir qual era a parte mais indigesta do discurso de Draco. Não sabia se era a parte em que ele me chamava de infantil, se era a parte em que eu era incapaz de amar ou se era a parte de que eu não mereço o amor dele. Minha mente ficou num turbilhão de idéias desorganizadas sobre tudo que tinha acabado de acontecer. Eu estava perdendo Draco de alguma forma. E ele me amava, naquela época eu não entendia bem como e porquê. Ele tinha razão. Eu era muito criança para entender. Draco não. Ele era precoce pra idade dele. Tinha apenas 14 anos e agia como se tivesse 20 ou mais, com um senso de segurança incrível. Eu não era como ele. Era insegura e me escondia atrás da minha muralha de arrogância e indiferença.
Enquanto fiquei jogada na poltrona da cabine, chorando e tentando organizar pensamentos, eu só consegui entender uma coisa: Havia feito uma grande burrada. E não tinha como procurar Draco. Pelo menos não naquele momento. Eu teria que me conformar de ficar as férias inteiras sem noticias dele, porque eu sabia que Draco era muito orgulhoso e não me mandaria um bilhetinho sequer.
Quando chegamos na Estação King Cross eu saí da cabine e me encaminhei para a porta de saída onde muitos alunos já se empurravam procurando sair do trem. Do outro lado eu vi um par de olhos prateados que me viam, mas fingiam não me conhecer. Draco passou por mim sem nem virar o rosto na minha direção. Saiu mau-humorado e empurrando alguns alunos do primeiro ano que estavam em seu caminho.
"Onde está o seu braço direito?" – Rony me perguntou irônico vendo Draco sair do trem sem mim. – "Será que foi ele que te fez chorar assim?"
"E quem ta chorando aqui seu idiota?"
"Você. Pelo menos deve ter passado boa parte da viagem chorando. Seus olhos estão vermelhos."
"Faz um favor?"
"É só dizer irmãzinha." – Ron sorriu
"Vai se ferrar!" – empurrei-o e me precipitei pela saída. Eu queria ir embora dali o mais rápido possível, mas tinha uma necessidade de ver Draco mais uma vez antes de ir embora. Só que ele já havia sumido.
E como eu já havia imaginado, eu passei as férias inteirinhas sem uma noticia sequer de Draco. Foram as piores férias da minha vida, mas serviram para me fazer pensar sobre quem eu sou. Se eu continuasse daquela maneira eu ia perder tudo que eu amava. Mas eu cheguei a conclusão de que eu só amava Draco. Naquela época eu não sabia se o amava como Homem, mas eu o amava de alguma forma. E eu não podia perder a única coisa boa que eu tinha. Era ele quem me fazia rir, me protegia quando eu estava com medo, fazia minhas lições de poções e teimava em me fazer aprender aquilo. Era o único que poderia ficar horas olhando para mim sem eu me irritar, brincava com minhas sardas batendo o indicador no meu nariz. Enfim, eu acabaria se perdesse Draco. Já havia perdido Riddle, não suportaria perder Draco também.
Por muitas vezes eu sentei-me na minha escrivaninha para tentar escrever algo a ele, mas eu morria de vergonha da minha imensa estupidez. Eu tinha medo de que ele atirasse minha carta na lareira sem nem ao menos ler. Mas quando faltava apenas 3 dias para o embarque eu resolvi escrever alguma coisa.
"Draco,
Eu sei que fui uma tremenda idiota. Mas eu não quero perder você. Você é a única pessoa que acredita em mim e é com quem eu me sinto bem.
Eu só queria que você me desse mais uma chance. Eu sei que tendo a ser insegura, mas isso não importa mais... Só me importa a sua resposta e o que será daqui a diante.
Virginia Weasley."
Fiquei aflita a noite toda. Não dormi. Fiquei na janela, olhando para o céu na direção de onde a coruja de Draco poderia vir. Quando estava amanhecendo eu desisti de esperar e caí na cama sem nem trocar de roupa. Adormeci imediatamente.
Acordei com leves batidas no vidro da janela. Quando esfreguei os olhos e olhei na direção das batidas meu coração deu um salto. Era a coruja de Draco. Abri a janela e ela adentrou meu quarto indo pousar na cabeceira da cama. Eu acariciei-lhe as penas negras brilhantes morrendo de agradecer por ela ter trazido o que eu tanto esperava.
Peguei a carta e a abri com as mãos tremendo. Meu coração bateu forte no meu estômago quando eu vi meu nome escrito com a caligrafia de Draco.
"Virgínia,
Eu passei as férias todas esperando por esse bilhete seu. Eu sabia que você não ia deixar um sentimento tão forte morrer. Não sei qual é esse sentimento que parte de você pra mim, mas mesmo assim sei que é forte.
E eu estou te esperando, como sempre esperei. Eu é que tenho que te pedir desculpas, fui muito duro com você no Expresso. Espero que você esqueça isso.
Te espero no Expresso, na "nossa" cabine
Draco Malfoy."
Nem preciso dizer que eu quase enlouqueci achando que estava demorando muito pra chegar o dia do embarque. Eu ia começar meu quarto ano ao lado de Draco e mal podia esperar.
E quando o dia chegou eu me arrumei mais do que o normal. Enquanto eu fazia isso eu me sentia uma idiota, mas mesmo assim continuei. Eu estava ansiosa por vê-lo, saber se ele havia mudado muito. Era incrível como Draco sempre mudava alguma coisinha nas férias. Um mês era o que ele precisava para parecer um pouco mais adulto.
Era incrível pensar em como as minhas conversas mais interessantes desses anos com o Draco se passaram a maioria no Expresso. Os momentos em que estávamos no Expresso eram a primeira ou a ultima vez em que nos víamos no ano letivo, talvez por isso fosse importante.
A estação parecia estar mais lotada e barulhenta que o comum. Parecia de propósito, só para dificultar a minha procura por Draco. E mais de propósito ainda: Minha família fazia questão de me atrasar.
"Gininha querida! Não saia correndo assim na nossa frente. Fazemos questão de te levar no trem!" – minha mãe, pouco escandalosa, tentando correr atrás de mim que já ia ganhando a multidão. Ela conseguiu me alcançar e apertou a mão no meu ombro até uma das entradas do trem.
"Gininha, eu já te disse né. Não se misture." – ela se referia aos sonserinos. Os sonserinos que estavam por ali nos olharam torto.
"Molly, isso é impossível!" – há muito tempo eu havia perdido o costume de chamá-la de mãe.
Virei-me p/ entrar no trem quando ela me puxou de volta. Arrumou a gola do sobretudo que estava torta e me deu um barulhento e babado beijo na bochecha.
"Tenha um bom ano letivo minha caçulinha!"
Entrei no trem sem nem olhar para trás. A cada dia que passava os Weasley's ficavam piores. Enquanto eu ainda estava em Hogwarts tudo bem, mas eu pensava no que seria de mim quando eu me formasse. Provavelmente teria de ficar lá n'A Toca, morando com eles.
Pus-me a procurar Draco. O trem já estava em movimento e eu ainda não o tinha achado. Revirei o trem inteirinho e nada. Desisti de procurar e fui na ultima cabine que Draco chamava de "nossa". Ele não estava lá. Sentei-me e comecei a ler. Mas eu não conseguia me concentrar. Ficava pensando em como seria encontrá-lo, se ele estaria tão bonito quanto antes. Só que meus pensamentos foram interrompidos por um barulho na porta. Era ele.
"Demorei, pequena?"
Ah como estava lindo! Ele encostou-se no batente da porta, sorriu e passou a mão pelos cabelos loiros. Seus olhos pratas brilhavam mais do que o normal.
No mesmo instante eu joguei o livro de lado e pulei no pescoço dele. E pulei mesmo! A diferença de altura entre nós era algo absurdo onde eu tinha que olhar para cima pra olhar em seus olhos. E ele me apertou em seus braços afagando meus cabelos com um carinho imenso.
"Por que demorou? Onde estava?"
"Olha isso!" – ele disse mostrando um emblema em seu sobretudo. Era uma insígnia de monitoria. – "Você está falando com o novo monitor da Sonserina!" – ele disse cheio de orgulho.
"Que o Lorde nos salve!" – eu suspirei.
"Por que?"
"Se ninguém te suportava antes, imagine agora!" – e sorri. Ele sorriu de volta. – "Parabéns Draco!"
"Obrigado pequena."
"E.. Draco.."
"Hum?"
"Eu queria falar com você."
"Sobre?" – ele já estava sentado no acento do trem e estava folheando o livro que eu outrora estivera lendo. Eu me sentei ao seu lado.
"Sobre a nossa ultima discussão..."
"Eu não quero falar sobre isso." – ele disse indiferente.
"Mas Draco! É importante..."
"Shhhh! Escuta pequena. Você é importante pra mim e eu jamais deixaria você sozinha!" – parecia até que ele estava adivinhando os meus pensamentos. – "Tudo o que eu quero é pegar a sua dor e levá-la embora!"
Eu comecei a chorar. Ele passou os dedos levemente pelo meu rosto e beijou-me a pouquíssimos milímetros da boca. Um arrepio intenso percorreu meu corpo. Pensei que ele se aproveitaria do momento e beijaria minha boca. Seria o meu primeiro beijo. Mas ele não fez isso, apenas abraçou-me forte.
Quando chegamos a Hogwarts e nos sentamos juntos à mesa da Sonserina o Trio Maravilha começou a nos encarar. Draco percebeu isso e literalmente leu os pensamentos do meu irmão, pois instantaneamente ele enlaçou minha cintura me puxando para mais perto fazendo as orelhas de Rony ficarem tão vermelhas quanto os cabelos. Isso me assustou também.
"Que isso Draco?"
"Nada. Só estou te abraçando, não posso?" – ele falou indiferente.
"Poder, pode. Acontece que o Salão todo está olhando pra gente."
"Ignore-os." – foi a resposta que ouvi dele.
Não deu outra. Quando íamos saindo do Salão Principal para irmos ao Salão das Casas um Rony furioso, uma Hermione histérica e um Cicatriz calado nos atravessaram o caminho.
"Ta querendo o que com a minha irmã Malfoy?"
"Hein? Sai da minha frente Weasley!" – Draco seguiu caminho sem olhar pra trás, me puxando pela mão. Rony foi atrás.
"Não ouse encostar um dedo nela seu pervertido!"
Draco revirou os belos olhos pratas, passou a mão nervosamente pelos cabelos e me deu outro puxão em que eu quase tropecei. Rony ficou vermelho de novo.
"Ron, vamos embora. É melhor." – Hermione tocou o ombro direito de Rony e este agarrou a mão dela com violência tirando-a de si.
"Não se mete Mione!"
"Não brigue com sua namoradinha Sangue-Ruim por nossa causa Weasley." – Draco disse indiferente. Hermione arregalou os já grandes olhos castanhos e empalideceu.
Rony avançou em Draco que rapidamente me jogou para trás para que eu não fosse atingida. Como já era de se esperar, Rony que era uma negação em brigas apanhou de Draco. Granger berrava desesperada em busca de um monitor até se lembrar de que ela mesma era uma monitora. E ainda dizem que ela é inteligente! Harry foi apartar os dois que a essas alturas já rolavam pelo chão de pedra onde já havia um aglomerado de alunos curiosos assistindo.
"Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?" – Eis que surge a voz fria e irritada do Professor Snape. Então eu tive certeza de que nada sobraria para Draco. A cena que Snape encontrou ao chegar foi meu irmão caído no chão com sangue no canto da boca e no nariz. Draco estava sentado em cima dele socando-lhe a boca e não tinha um fio de cabelo fora do lugar, apenas estava um pouco suado, com a pele pálida um pouco rosada pelo esforço.
Snape analisou a cena e dirigiu um frio olhar para mim.
"Senhorita Weasley. Pode me explicar o que está acontecendo aqui?" – Então eu olhei para a cena de novo. Draco havia parado um soco no ar ao ouvir a voz de Snape. Meu irmão limpava o sangue da boca, Granger me olhava com um olhar suplicante e Potter apertava a varinha em seu bolso. Granger deve ter pensado que eu defenderia meu irmão.
"O Weasley agrediu Draco gratuitamente." - eu disse de uma maneira indiferente. Granger me olhou decepcionada. Rony também. O único que não se abalou foi Potter.
"Professor Snape..." – Granger tentou dizer algo mais foi cortada por Snape que fingiu nem vê-la ali.
"Conte-me como foi Senhorita Weasley."
"Eu e Draco estávamos indo ao Salão da Sonserina quando Eles três chegaram e Rony começou uma discussão sem fundamento. Draco se defendeu e Rony partiu pra cima de Draco."
"Sai de cima dele seu nojento!" – Granger empurrava Draco que ainda estava em cima do meu irmão. Draco saiu de cima dele e passou a mão pelos cabelos.
"Confirma isso Senhor Malfoy?"
"Sim Professor. Esse adorador de Sangue Ruim veio pra cima de mim sem nenhum motivo aparente."
"Como sem motivo?" – Rony ainda limpava o sangue da boca.
"Weasley. 20 pontos a menos a Grifinória por essa confusão toda que você armou. É mesmo uma vergonha que uma pessoa como você tenha sido escolhida pra monitoria". – Snape falou com desprezo. Virou-se novamente pra Draco. – "Trate de por esse bando de curiosos pra dentro do Salão." – disse se referindo ao alunos que ainda estavam por ali. Nem foi preciso que Draco desse ordem nenhuma, pois todos já haviam sumido ao ouvir a ordem de Snape.
E assim começou o meu quarto ano letivo, quinto de Draco.
Passemos logo ao dia especial daquele ano. Meu aniversário. Eu nunca tinha falado sobre um aniversário meu, sempre achei que eles nunca tinham importância nenhuma, mas esse teve.
Meu aniversário é no mês de Setembro. Naquele dia eu estava completando catorze anos. Meus irmãos fizeram uma pequena festinha pra mim, só pra não passar desapercebido. Eles fingiram que nós todos éramos normais e iguais para que tudo corresse bem. Mas quando voltei ao salão da Sonserina Draco me esperava com um pequeno bolo de chocolate com fagulhas verde e prata flutuando em volta.
"O que é isso Draco?" – perguntei rindo.
"Ora essas. Ninguém da Família Weasley me convidou para a grande festa nos jardins da escola, então eu resolvi dar uma festinha para a pequena Weasley também. Só que não tão animada quanto a deles." – ele falou se levantando da poltrona e me dando um abraço.
"Draco, você não existe!"
"Ah eu existo sim pequena. E sou só seu!" – ele riu.
Olhei em volta, o salão estava vazio. Nada estranho para um dia de sábado, visto que todos estavam no jardim aproveitando o sol.
Passamos boas horas ali. Conversamos sobre tudo. Nossos planos, desejos, ilusões. E eu pensei novamente em tudo que havia acontecido na ultima viagem pra casa. Eu realmente não sei o que aconteceria comigo se eu perdesse a amizade de Draco.
"Cansei de ficar aqui. Vamos dar uma volta nos jardins. Tomar um pouco de sol." – ele falou por fim se levantando.
"Hã? Sol Draco? Você detesta sol." – estranhei.
"Detesto mesmo. Mas eu adoro ver como seus cabelos ficam sob a luz do sol." – ele disse simplesmente. Então não tive argumentos para contrariá-lo.
Aquele dia estava ensolarado em demasia. Quente. Se Draco não fosse tão legal comigo provavelmente eu o largaria andando sozinho pelo jardim. Ele me chamou para sentar embaixo da sombra de uma árvore, agradeci mentalmente por isso.
Sentamo-nos um tanto afastado dos outros. Draco permaneceu calado um bom tempo e aquilo me pareceu um tanto estranho. Estava pensativo, olhando fixamente algum ponto a sua frente. O silencio já estava ficando constrangedor.
"Eh... Draco?" – passei a mão na frente dos seus olhos numa tentativa de fazê-lo acordar daquele torpor.
"Diga." – ele se limitou a responder arrastadamente ainda olhando para a frente.
"Eu só queria saber no que estava pensando."
"Virginia, eu não sei se vou saber explicar..." – foi como ele começou nervosamente. Percebi que ele queria dizer algo importante. – "... não sei se você vai me entender."
"Se você parar de olhar para o nada e olhar para mim talvez melhore as coisas." – eu disse divertida, tentando quebrar o clima.
Ele então se virou e aproximou-se um pouco mais de mim. Meu alerta de perigo foi acionado. Aquela proximidade toda fez com que eu sentisse melhor o perfume inebriante de Draco. Os olhos pratas dele sobre os meus pareciam que queriam buscar algo dentro de mim, lá no fundo. Como algum tipo de sentimento...
Ele passou os dedos longos por sobre meu rosto. O silencio estava constrangedor de novo. Eu até poderia ter tentado dizer algo, mas se eu tentasse não sairia nada decente, então fiquei de boca fechada. Ainda bem. Se eu tivesse dito algo poderia ter estragado uns dos momentos especiais da minha vida.
Draco passou o braço pela minha cintura puxando-me para mais perto e colou seus lábios nos meus. Oh! Sim Ginny Weasley! Aquele foi o seu primeiro beijo! Eu nunca havia sonhado com romances e etc, mas quando ocasionalmente isso me passava pela cabeça eu jamais imaginava que meu primeiro beijo seria com o Draco. Eu o via como um amigo e nada mais. Daqueles que é tão intimo seu, tão amigo, que você não conseguiria beijá-lo direito sem pensar nisso. Mas, voltando ao beijo, lembrar dele é como senti-lo novamente. Minha mente apagou na hora. Eu sempre achei que na hora de um beijo a gente pensasse em mil coisas ao mesmo tempo. Depois de tanto tempo eu acabei beijando outras pessoas, mas só com o Draco que minha mente apagava. Com os outros acontecia exatamente como eu imaginava antes.
Durou longos minutos. Nenhum de nós queria cortar aquilo de repente. A língua dele passeava lentamente sobre a minha e ele acariciava meus cabelos enquanto me beijava. E eu também sempre achei que beijo fosse algo nojento e eu pensava em jamais fazê-lo, mas aquilo foi melhor do que eu jamais esperei no auge dos meus catorze anos. Draco beijava surpreendentemente bem e talvez por isso meia Hogwarts estava nos pés dele. Inclusive a nojenta da Percman. Na hora doeu pensar que ela teria beijado-o antes de mim, mas eu resolvi esquecer aquilo durante aquele momento. Surpreendi-me comigo mesma quando eu passei a minha mão pela nuca dele enquanto a outra deslizava pelas suas costas. Mas antes que o ar nos faltasse ele terminou o beijo com uma leve mordida em meu lábio inferior. Continuamos com os rostos colados (a testa, mais precisamente) e Draco agora me olhava com olhos cinzas escuros. Eu deveria estar vermelha, pois sentia meu rosto extremamente quente. Nenhum de nós disse nada e depois de mais esse longo silencio nos beijamos novamente. Só que dessa vez fui eu quem começou tudo. (E não é que eu tinha gostado da coisa!...). Quando acabou não tocamos mais no assunto. Aquilo não se repetiria tão cedo.
Huumm.. e aí? Gostaram?
Eu não resisti, eu PRECISAVA fazer essa action! Já estava na hora né?
E eu fui tão otimista em relação ao primeiro beijo da Gina (obvio! O primeiro beijo dela foi com o Draco!)... o meu foi péssimo! Mas se meu primeiro beijo fosse com o Draco eu tenho certeza que teria sido bom... acho que o Draco não baba pra beijar e ... ops! Minha vida pessoal não vem ao caso agora! rs
Hora de agradecer as reviews...
Faz tanto tempo que eu deveria ter postado isso que eu estou confusa com as reviews que estão no fanfiction e as que eu tenho guardadas no meu email. Então se eu agradecer a mesma pessoa duas vezes ou esquecer alguém , por favor, me perdoem! xx
Mariana fan-sister: Pronto! Taí o "bjinho entre os dois" que você pediu! Espero que tenha gostado paixão!
Lua Malfoy: É. Essa coisa de reescrever a história dá trabalho. Mas isso só aconteceu com mais intensidade no segundo cap mesmo com toda aquela coisa da Câmara. Agora eu só estou dando pinceladas. Continue acompanhando!
Pekena: Xará de nick! Pode ter certeza que vou contar a parte adulta. É justamente ela que me interessa na fic. E eu tb gosto mais do Tom Riddle que do Voldie. E eu chorei quando o "gostoso" do Sirius morreu.. (que alias, no filme PdA num colocaram um Sirius nada gostoso.. prefiro o que eu imaginava antes)... Prometo não demorar mais.
Gabi: Filha! Orgulho saído de meu ventre virtual! Só não me dá mais orgulho ainda porque é Grifinória (mas tem gosto pra tudo!)... Obrigada pelos elogios! Posso aproveitar o espacinho pra te puxar a orelha? Atualiza seu blog filha! Um blog com um template não lindo não pode ficar abandonado as moscas!
Estrelinha W. M: Eu quis tentar uma coisa diferente. Na maioria das fics a Gina é um docinho e o Draco é o vilão... resolvi mudar. Não que o Draco agora seja o mocinho, mas eu tentei deixar os dois num patamar de igualdade (mas eu acho que a Gina ta um pouco mais vilã que ele..). Continue acompanhando!
Bjus a todos vocês! Desculpa se esqueci alguém!
..: Pequena Kah :..
