Autobiografia

5x2

Au - Drama Romantico

GW


Não há limites. Embora se cai ao fundo escuro, sempre tem luz e calor dentro de um ser humano.

Tenham uma leitura gostosa!


Duo saiu da sala de aula. Como sempre ele era um dos primeiros a terminar aquelas fatídicas provas. Ainda os corredores estavam vazios, uma vez que faltavam mais de duas horas para o término do horário de prova.

Quando finalmente um turbulento Wufei saiu de sua sala caminhando pelo corredor faltavam apenas quinze minutos para soar o sinal anunciando a entrega dos exames.

O chinês sorriu ao ver o jovem de óculos o esperando próximo à lanchonete.

-Às vezes você gosta de esnobar sabia? – Chang o provocou.

-Ahhh... Só porque eu acabei minha prova em meia hora? – Duo sorriu.

-Maldito sabe-tudo. – Wufei sorriu ficando sério em seguida.

-Você devia se esforçar mais. Afinal no fim desse período será a seleção para o estágio na clínica mental help. – Duo comentou.

-Eu sei. Todos não param de falar nisso. – Wufei deu de ombros.

-É muito importante o estágio para um jovem psicólogo. Essa clínica é uma referencia. Será uma grande vantagem no currículo da pessoa escolhida. – Maxwell explicou.

-E para você seria muito importante, né?

-Claro. Eles pagam bem e agente pode aprender tanto. – Os olhos violetas do trançado quase brilharam.

-Acho que essa vaga já deve ser sua. Afinal as melhores notas...

-Classificação não é a único critério. Eles querem alguém que tenha endereço fixo e possa se dedicar de corpo e alma ao estágio. Querem alguém que possa ser auto-suficiente. – Duo informou. – Não é o meu caso, eu dependo da igreja para me manter na faculdade. Acho que não querem isso. – Ele se entristeceu.

Wufei ficou sério demais por um tempo. Eles seguiam sem silencio pelos corredores. O chinês imaginava como a vida daquele seu amigo era difícil.

Duo ia perguntar o que havia acontecido, mas Chang logo o despreocupou dizendo que há muito tempo não se sentia tão leve. Para ele muitas vezes o mundo parecia de uma cor cinza, ou mesmo era como se ele fosse uma peça solta das engrenagens, uma peça que não encaixava no quebra-cabeça.

Afinal quem um dia já não se sentiu assim? Vazio e sem sentido certo? Mas depois de reencontrar aquele amigo ele sentia-se melhor. Ao menos tinha mais vontade de rir e isso já era um ótimo começo.

-Vem. Estou morrendo de fome, hoje. – Wufei o puxou para dentro da lanchonete.

-Ihhh... O cfd. Escuta! Quer um livro com catchup? – Alguns dos rapazes encostados no bar sorriram para Duo.

Maxwell não respondeu apenas se encostou sem jeito no balcão olhando com seus olhos grandes a variedade de salgados e doces dispostos nas prateleiras, tudo parecia bem gostoso, mas ele apenas se manteve calado como se esperasse.

Wufei não era nada tolo. Ele logo viu que Duo não pediria nada, e lembrou-se de que seu amigo era um órfão tentando vencer na vida. Talvez não tivesse grana suficiente para comprar um lanche.

-É tudo bem chamativo aqui, mas nada saudável. Faz dois dias que não como uma comida caseira, sabia? – Wufei falou baixinho próximo ao ouvido do amigo. – Se não se importasse eu queria comer em casa. – Ele completou.

-Claro. – Duo sorriu, mas logo ficou sério. Naquele dia ele não tinha nada em casa, só receberia na próxima semana.

-Se importa se eu te fizer um contive para saborear um bom arroz? – Chang o estava convidando.

É claro que o convite foi aceito imediatamente. E assim eles entraram pela porta do apartamento do chinês. Duo prestou a mínima atenção em tudo descobrindo que o imóvel tinha os aspectos do dono estampado.

Ele fez uns breves comentários sobre a decoração pesada, mas de muito bom gosto.

Quando finalmente sentaram-se à mesa para a simples, mas apetitosa refeição Duo pareceu se emocionar.

Comida nunca fora um luxo em sua vida, muitas noites passara sem jantar, e muitas outras chorara por causa disso. Mas nesse momento o que mais emocionava era a sensação confortável de um lar, de comida feita com carinho e pessoalidade. Como precisava disso.

-Desculpe. Nunca havia sido convidado para um almoço assim tão carinhoso. – Ele comentou.

Wufei o respeitou sabendo que Duo era sincero, e era importante para ele aquele momento.

-Para mim também é sempre emocionante. Desde que minha mãe morreu e meu pai se foi, e estou longe do meu avô sempre que posse reviver uma sensação familiar me sinto muito emocionado.

-Acha mesmo que eu posso te trazer essa sensação de família? – Duo piscou seus olhos violetas prestando atenção nas emoções contidas no rosto do chinês.

-Claro. Você é o rosto da minha infância. Todo mundo tem um e você é o meu. Duo. Quando eu lembro das melhores coisas que já passei na vida eu lembro da minha infância e você sempre foi o sorriso da minha criancice.

Duo sorriu. O que seu amigo lhe dizia era tão verdadeiro.

Fizerem um silêncio sério para depois se olharem nos olhos com verdade. As mãos se deixaram tocar.

-Obrigado. – O trançado sorriu baixinho quando finalmente suas mãos estavam seguras delicadamente entre as maiores de Wufei.

A tarde fora bárbara. Parecida com as saudosas tardes que os meninos dividiam.

-Duo. As coisas estão tão ruins assim? Eu não sei se devo, mas percebi que você não tinha dinheiro para comprar um lanche. – Wufei comentou sem querer constranger o amigo.

Não havia vergonhas ou constrangimentos entre eles e Duo passou a contar sua difícil trajetória. Como era duro ter que ser o melhor da classe, ter que trabalhar para se manter, ter que engolir quieto tantas humilhações.

Duo falava sobre sua vida dura e isso só trazia um certo orgulho ao chinês. Ele não sabia o motivo, mas tinha orgulho de ser amigo de um rapaz como Maxwell.

Quando a noite começou a cair Duo se despediu dizendo que tinha que ir trabalhar, na verdade não queria ir, por ele ficaria mais tempo com Chang.

O chinês partilhava desse mesmo sentimento, por algum motivo ele queria Duo só para si, para conversarem mais e ele ver aquele sorriso nos lábios do mais jovem.

O jovem de trança já estava à porta dando as costas com simples aceno de mão, mas Wufei sentiu que queria mais. Sem se dominar ele o segurou pelo braço e seus olhos se chocaram. Fizeram um silencio cúmplice quando lentamente o chinês removeu os óculos de Duo.

-Você tem noção do que está fazendo comigo? – Ele perguntou baixinho ao americano. – Quando eu olho nos seus olhos eu sou capaz de não entender o mundo, mas sou capaz de tentar aceitá-lo como ele é. – Confessou-se.

-Fei. – Duo fez menção ao apelido que enquanto criança usava para aquele amigo querido.

-Duo. Esse momento de estar aqui parado olhando em seus olhos... Eu... Esperei demais por isso. Você nem tem noção de como é poder olhar nos olhos de uma pessoa e ela não desviar o olhar. As pessoas são muito falsas... Sustentam tantas farsas... –Wufei estava desabafando.

-Apenas os olhos contam o que uma pessoa realmente sente. – Duo não conseguiu quebrar aquele contato com as ires escuras do chinês.

-E o que seus olham contam a mim nesse momento? – Chang estava excitado com aquela situação. Nunca havia se sentido tão atraído por ninguém como estava se sentindo por Duo.

-Que sempre te amei. – Duo falou. Estavam no clima afinal, sozinhos e se olhando nos olhos.

Não se fizeram mais palavras. Duo fechou delicadamente os olhos aproximando seu rosto do outro. Beijaram de forma lenta e delicada. Como se suas almas cansadas pedissem por um descanso nos lábios do outro.

Aquele beijo foi bem mais sério e adulto que os infantis selinhos que aqueles dois trocavam em infância, mas ainda tinham o mesmo carrego de verdade e pureza.

O que significava aquele beijo? Nenhum dos dois poderia saber naquele momento, e muito menos estavam interessados em planos futuros, o momento era apenas um único, tinha que ser vivido com intensidade. Assim ficaram a se beijar.


Duo caminhou sorridente pelas ruas depois do beijo. Ele sempre sustentara aquele sentimento por Wufei e depois que o reencontrou na faculdade mantivera-se quieto em relação ao que sentia pelo chinês, mas depois dessa tarde maravilhosa, depois disso ele estava feliz. Wufei lhe beijara. Talvez fosse um começo. O começo de uma vida de verdade.

Naquela noite ele trabalhou bem concentrado, estava feliz e dizem que o melhor remédio para qualquer mal é o amor. Assim também à noite de trabalho correu veloz e logo o jovem de trança se viu refazendo o percurso até sua quitinete.

Estava pensando ainda nos beijos que trocara com aquele homem que tanto amava. Os toques tão carinhosos dele em seus lábios, a língua... Era tudo perfeito. Wufei era um homem lindo e o fazia se sentir vivo e amado. Duo não percebeu quando os mesmos homens o seguiram e em um beco o puxaram pelos cabelos o jogando contra um muro.

Exigiam que naquela noite o jovem abrisse as portas da igreja. Não seria difícil, afinal o rapaz tinha livre passagem ali, até mesmo à chave da igreja ele possuía.

Exigiam que naquela noite Duo facilitasse sua entrada na casa sagrada.

-Vamos! Vá para a igreja. Nós ficaremos escondidos e você nos dá um sinal. Ninguém vai se ferir. Queremos apenas uma grana. – Brad falava baixo, porem firme.

-Desculpe. Mas não Será possível. – Duo sorriu. Ele havia planejado tudo de forma a nunca trair a confiança de quem tanto já havia lhe ajudado.

-Como assim?

-Eu... Fiquei com medo. E acabei contando para o padre. – Duo confessou. – Ele ficou muito assustado e trocou a fechadura. Também avisou a polícia contra qualquer movimento entranho aqui pelas redondezas da igreja. – O traçado completou.

-Maldição. Eu devia arrebentar sua cara. – Brad bufou incrédulo.

-Perdão. Não fiz por mal... Eu... Apenas morri de medo de perder minha bolsa. – Duo não falava mentira, porém não foi apenas medo o que o levou a se negar e sim seu extinto de lealdade e respeito.

-Merda. Vamos dar uma surra nesse maldito. – Um dos amigos de Brad deu a idéia.

-Não. – Brad falou. – Escutem. Foi um erro meu envolver Duo nisso. – Ele completou.

-Que foi? Vai recuar agora? – Um dos homens pressionou Brad.

-Não é isso. É só que eu sei bem o que é se ver no mundo sem uma luz. E Duo também... Entendo a gratidão dele em relação a quem o deu essa luz. – Brad estava certo.

-Mas...

-Eu também seria grato assim se alguém um dia tivesse ao menos tentado me resgatar. – Ele completou magoado.

-Ainda há tempo. Sempre há volta. – Duo o olhou com pesar. Talvez o jovem delinqüente tivesse alguma chance.

-Não para mim, Duo. Talvez há algum tempo. Hoje não mais. – Ele sorriu a Duo. – Vamos embora. – Comandou dando as costas.

Duo não pode deixar de se entristecer. Brad podia ter dado certo na vida se alguém tivesse acreditado nele.


Wufei ouviu o interfone insistente, não esperava visitas após a meia noite. Mas quando abriu a porta viu Duo se abraçar a si com força.

Não estava entendendo, mas sabia que o outro estava precisando daquele contato. E como é abençoada essa intuição que os apaixonados têm, sempre sabem o que o outro precisa.

Assim o chinês o levou ainda agarrado a seu corpo para dentro. Ficaram por minutos naquele abraço gostoso, como se pudessem apagar o peso de uma vida inteira.

Quando Duo se sentiu seguro afastou-se do outro rapaz o olhando com tímidos olhos. Ia ensaiar um pedido de desculpa pela visita inesperada, mas Wufei o fez se calar com um beijo.

Beijaram-se ao sofá sentindo que as carícias ficavam cada vez mais ousadas, mas eram adultos e queria muito viver aquele momento e quem diria que estavam errados? Tinham o direito de ser feliz, afinal tanto Wufei quanto Duo não conheciam o significado pleno dessa palavra.

-Quero entregar-me a você hoje. – Duo falou corado quando deparou aquele beijo. O fato era que havia passado muito tempo, desde que revira Wufei na faculdade em se aproximar dele.

-Eu te aceito. – Wufei sorriu retirando os óculos do jovem. Ele ficava lindo sem eles.

Quando foram para o quarto do chinês Duo já estava sem camisa e com a calça e cueca aos calcanhares, os cabelos soltos e os lábios atracados aos do chinês.

Wufei estava sentindo o falo num latejo de excitação. Duo era perfeito demais. Era lindo. A pele tinha um toque macio e um cheiro gostoso, os cabelos sedosos davam gosto de acariciar. O chinês o beijava com gosto, sentindo o calor daquela boca, sentindo aquela língua brincar contra a sua. Como estava gostoso aquele beijo.

Duo se deitou na cama respirando fundo. Seu coração estava a mil. Pela primeira vez na vida estava nu diante de um homem sendo isso uma opção sua. Ele mesmo havia dito na sala que nessa noite queria ser de Wufei.

O Chinês viu o belo amante já nu o esperando sobre o colchão. O desejava muito para essa noite. Sua blusa foi parar em um canto qualquer, bem como as outras peças, e assim, completamente nu ele se deitou sobre Duo tendo todos os pelos de seu corpo se arrepiar com o contato íntimo das peles.

Novos beijos. As línguas buscavam sentir cada vez mais o gosto das peles.

Duo gemeu baixo se abrindo na cama. Wufei estava sobre seu corpo chupando com afinco um de seus mamilos e isso o estava deixando louco.

-Wufei... Como esperei por isso. – Finalmente confessou. Desde que havia despertado sua necessidade sexual o jovem órfão dedicava ao chinês os maiores desejos. Jurara um dia se entregar a ele como estava fazendo nessa noite. Aproveitando o momento pelo qual esperou tanto tempo Duo o empurrou levemente o fazendo sentar-se sobre a cama.

-Duo... Hummm... – Wufei se deixou gemer quando seu amante lhe beijou com dedicação os mamilos. Aquela língua tão gostosa desceu pelo seu abdômen definido, passou levemente nos pêlos pubianos, e parou sobre um falou ereto.

Um choque percorreu a espinha de Chang quando a língua quente de Duo passou a lamber ao redor de seu falo, ora passando pelos testículos, ora passando sobre a extremidade do falo. Aquele jogo era excitante, mas Duo não queria perder muito tempo, na verdade aquilo em nada soava apenas sexo. Mesmo fazendo coisas ousadas o jovem órfão lembrava um garotinho apaixonado, e não era mentira. Afinal durante tanto tempo gostava daquele outro rapaz. Assim apenas cumpria a vontade de seu corpo aliada à vontade de seu coração nessa noite.

O chinês soltou um grunhido rouco quando finalmente sua glande estava na boca de Duo que o chupava com gosto. Wufei largado na cama com o mais jovem entre suas pernas sugando com prazer seu falo era uma cena excitante demais. Passaram bastante tempo assim, até Duo sentir os primeiros jatos quentes dentro de sua boca, se espalhando por sua língua e descendo lentamente por sua garganta. Ele fora pego de surpresa, mas não negara que sorver o creme de seu amado lhe fora como um gesto de carinho. Confiava tanto naquele homem que sentia de alguma forma feliz por poder prová-lo tão intimamente.

Wufei também se assustara, afinal nem pudera se conter a ponto de tentar evitar que Duo tomasse sem sêmen, mas quando sentiu o jovem relaxar e voltar a lhe sugar ele também relaxou se entregando a cada sensação daquele sexo.

-Duo... – Wufei gemeu esgotado se jogando sobre a cama. – O que foi isso?

Duo sorriu passando a língua pelos lábios.

-Pervertido. – O chinês brincou o puxando para deitar sobre seu corpo. –Graças a Deus estamos juntos. Nem quero saber o que te fez tomar a iniciativa de bater na minha porta, mas graças a Deus você veio.

-Nem sei o que deu em mim, mas eu tive medo que você recusasse. – Duo falou baixinho enchendo o beijo do chinês de beijos molhados.

-Nunca. Eu quero muito esse teu corpo... Essa tua pele cheirosa. Nossa... Como é bom estar com você assim deitado sobre meu corpo. Respirando junto a minha respiração... – Wufei rebater falando manhoso enquanto acariciava os cabelos de Duo.

-Você é um romântico enrustido, sabia? – Duo implicou o beijando mais uma vez.

O falo do órfão estava ainda ereto quando ele separou o beijo para respirar e esfregou contra o de Wufei provocando.

Entendendo o pedido o chinês o deitou sobre a cama com delicadeza. – Você é maravilhoso. – Ele gemeu e passou a mão contra o falo de Duo. O apertando levemente.

-Feii... – Duo gemeu se esticando na cama enquanto a mão de Wufei trabalhava sobre seu falo com maestria. Logo estava gozando nas mãos do outro.

Já para Chang, ver Duo corado e gemendo eroticamente com um falo duríssimo o estava excitando mais uma vez. Assim quando o mais jovem estava trêmulo preste a gozar o chinês o puxou para si o beijando com paixão.

-Vem... – Separando as bocas Chang o chamou o deitando de bruços. – Gosta assim? – Ele perguntou preocupado.

-Eu... Não sei. – Duo gemeu sem jeito afundando o rosto no travesseiro.

-Vai ser maravilhoso. – O chinês falou passando a mão nas nádegas redondas do jovem, sentindo seu falo saltitar ao apertar aquelas carnes macias.

Sem se conter ele abriu aquela nádega apetitosa fazendo o ânus escondido ali se mostrar timidamente. –Excitante. – Chang gemeu vendo o furinho róseo se reprimir.

-Cuidado... – Duo pediu baixinho envergonhado e temeroso.

-Vou tratá-lo com todo o carinho que merece. – Sem mais Wufei passou a lamber o orifício achando delicioso o toque de sua língua molhada contra a pele hipersensível daquele local.

Duo gemeu sentindo seu corpo tremer de forma incontrolável. Estava nervoso de início, mas com o tempo e aquela língua lhe acariciando ele foi se deixando relaxar e logo movia seu quadril, como que implorando por um toque mais ousado.

-Vou passar isso aqui... Vai ficar mais fácil. – Wufei comentou pegando um creme na gaveta. Abrindo o tubo derramou nos próprios dedos, para em seguida ir entrando com o indicador em Duo.
Chang estava completamente concentrando em por aquele dedo no interior de Duo. Ele sentiu seu falo chuchar, sentia que a cada momento ficava mais excitado, sem se conter soltou um gemido quando estava com o dedo dentro do esfíncter de Duo. Era quente ali de uma forma confortável. Aos poucos o músculo delicioso ia relaxando aos toques de seus dedos.

Maxwell afundou o rosto no travesseiro deixando que vários gemidos se perdessem ali. Estava tomado de prazer. Aqueles dedos dentro de si era a coisa mais erótica que já lhe havia acontecido, uma vez que quando criança não passara de vergonhas e humilhações.

Ele mordeu a ponta do travesseiro com força quando sentiu um espasmo passar por sua espinha o fazendo apertar o dedo de Wufei dentro si.

O chinês sorriu vendo que Duo estava pronto. Assim os dedos foram retirados com cuidado. Seu falo estava duro demais. Buscando na mesma gaveta ao lado da cama um preservativo ele agiu rápido, logo seu pênis estava pronto, devidamente seguro.

Duo gemeu ao sentir-se dilatando. Ele sentia as paredes do esfíncter se esticando à passagem do órgão do outro rapaz. Havia uma pequena dor que ia se espalhando como uma câimbra pelas nádegas e virilha. Ele gemeu rezando para que passasse.

-Tudo bem... – Chang fez uma pausa quando estava com seu falo pela metade dentro do rapaz. Abriu com pouco as nádegas do menino e sorriu ao ver como era perfeito aquele encaixe. Era com se tivesse mesmo reservado para ficar ali dentro de Duo. –Vou fazer com calma. Confie em mim. – Ele foi falando enquanto passava a encher de beijos e mordicadas as costas do rapaz.

A dor se deu por esquecida em certo momento deixando o lugar vago para o prazer mórbido e Duo se remexeu na cama gemendo.

Wufei sorriu e sempre com muito carinho foi se afundando mais dentro do mais jovem, sentindo como era quente e macia a entranha do belo amante.

Quando aquele membro rijo acertou a próstata de Duo ele girou os olhos violetas erguendo o tronco. As mãos de Wufei passaram ao redor da cintura fina dele, e assim buscando apoio o chinês passou a entra e sair, fazendo um atrito gostoso entre suas carnes.

Assim se deixaram entregar naquele oceano de prazer. Gemendo atracados naquela dança erótica.

Duo agora estava de quatro sobre a cama tendo um chinês de olhos fechados preste a gozar. Ambos estavam beirando o limite.

-Duo...

-Fei...

Foi feito um breve silêncio, para em seguida eles liberaram seus fluídos.
Maxwell gemeu vencido se jogando sobre a cama, enquanto terminava de gozar contra a própria mão que massageava seu falo.

Wufei removeu o preservativo se deitando sobre o corpo de Duo terminando de ejacular sobre as costas do rapaz.


O sentimento de plenitude que assaltou os dois rapazes na manhã seguinte foi imenso. Wufei nunca soubera até hoje como era acordar numa manhã e se sentir vazio de todo aquele peso que trazia consigo, um peso que havia surgido na infância, se intensificara na adolescência e se mantivera constante na fase adulta, porém nessa manhã quando sentiu aquele corpo morno a seu lado sentiu-se tomado por aquele sentimento de proteção e felicidade.

Wufei se virou na cama olhando por um tempo indeterminado a face relaxada de Duo, era belo e delicado. O chinês sorriu para si, feliz de verdade.

Ele nem soube quanto tempo ficou quieto olhando o amante dormir, apenas se deu conta que Duo estava acordando quando aqueles olhos grandes piscaram lentamente mostrando um violeta vivo. Ele lhe sorriu genuinamente.

-Que horas são? – Duo olhou pela janela vendo que o dia claro já havia se levantado.

-Não importa. Fique um pouco mais. A propósito, fique para sempre comigo. – O chinês sorriu.

-As coisas não são assim, Fei. Como vai ser agora? – Duo o beijou num selinho tímido.

Não havia maiores problemas, uma vez que eram ambos adultos e solteiros, e se gostavam, podiam ficar juntos até o momento que desejassem e se isso fosse uma vida inteira, também não fazia diferença.

Duo ficou em silencio abraçado ao chinês, sentindo como era gostoso ficar ali agarrado ao perito forte e protetor daquele homem. Ele apoiou a cabeça sobre o tórax de Chang suspirando pensativo.

-O que houve ontem? Você estava tão nervoso quando chegou aqui? – O chinês não o removeu de seu peito, apenas acariciou os cabelos macios do mais novo.

-Fei... Eu queria tanto poder te contar coisas boas. Eu não quero ficar ter alugando com meus trágicos problemas de órfão coitadinho. Soa tão chato esse papo sempre. – Duo gemeu contra o peito gostoso.

-Não seja tolo. Eu adoro te ouvir falar. E somos amigos demais para eu te deixar com problemas sozinho. – O chinês o encorajou.

-Lembra do Brad?

-Um que te batia? Que dividia o quarto no orfanato com você? – Wufei prendeu a respiração temendo que aquele monstro tivesse retornado e feito alguma coisa contra Duo.

-É. Ele havia voltado. E estava me pressionando para eu ajudá-lo a assaltar a igreja. Ontem ele e os amigos dele me prensaram contra a parede e eu disse que não ia fazer. Que havia dito ao padre e a polícia já estava avisada. – Duo falou.

-Duo. – Wufei se incomodou. – Foi muita coragem sua. Mas ele te fez algo? – Não suportaria alguém machucando seu Duo.

-Ele se foi sem me tocar. Mas... Rever Brad me fez lembrar de tudo. – Duo gemeu apertando-se contra o corpo de Chang.

-Tudo bem. – O chinês o tocou com mais carinho ainda. Ele conhecia aquela história. Sabia que Duo havia sido molestado quando criança. –Isso passou. – Ele falou com confiança.

Ficaram apenas ali abraçados. Não trocaram muitas palavras, afinal tudo que Duo precisava naqueles momentos era ficar abraçado sentindo a força e calor verdadeiro de outra pessoa. Ele só precisava disso para se acalmar e entender que os sofrimentos pelos quais passou quando criança não mais voltaria.

-Eu... Amo você. – O órfão falou. Sabia que era precipitado dizer algo daquele tipo. Afinal ele sabia que havia sido uma noite de sexo, e embora seu coração saltasse com isso para o amigo havia sido sexo, nada de futuros compromissos.

Wufei não respondeu. Desde quando brincava com o menino de olhos violetas próximos ao bairro chinês ele sabia que os sentimentos deles eram bem mais que uma amizade infantil. Atualmente quando revira Duo soube disso, noite passada quando estava dentro de Duo sentira que estava exatamente dentro do lugar que estava reservado para si, porem sabia que era bem cedo para aquele tipo de declaração.

Quando os raios de Sol insistiram em romper a barreira que eram as pesadas cortinas do quarto do Chinês Duo se levantou do peito do outro olhando curioso para a mesinha de cabeceira e vendo uma pequena peça quadrada. Era um relógio. Seus olhos piscaram várias vezes. A peça não lhe era estranha.

-Fei? Onde conseguiu isso? – Ele apontou para a peça prateada.

-Uma velha. Mas o que foi? – Chang se ergueu na cama encarando o rapaz. –Você está bem? Está pálido? – Se preocupou.

-Eu... Esse relógio. Eu lembro dele. Eu nunca conheci meus pais... Mas as freiras diziam que uma vez uma senhora foi ao orfanato dizendo que conhecia meus parentes e havia deixado aquela peça, segundo ela, era uma peça de família. – Duo falou se esticando para trazer o pequeno relógio entre seus dedos. Era a mesma peça. O mesmo peso, os mesmo detalhes.

-Duo. Não podia ser outra? – Wufei o olhou assustado. Duo estava pálido.

-Não. – Duo foi incisivo. – É uma peça trabalhada demais. Pelo amor de Deus, me diga aonde você conseguiu isso? Wufei! – Duo estava agora trêmulo. As lágrimas caiam de seus olhos com pesar.

-Duo... – Wufei não respondeu. Depois com calma diria a ele que conseguira numa loja, mas por hora o jovem estava tão descontrolado. Tremia com a peça nas mãos. –Poe isso aqui. – Ele o abraçou com carinho tanto carinho retirando de suas mãos o despertador.

-Fei... – O mais jovem sempre tivera na vida a grande vontade de saber mais sobre si mesmo. Ele estava bem abalado. Assim se deixou ficar nos braços no chinês até exausto pegar no sono.

Wufei o pôs com cuidado na cama o cobrindo com delicadeza. Era muito preocupante a ligação de Mandy com aquela pessoa que se dissera conhecer Duo, mas talvez a cigana tivesse apenas comprado aquela peça de alguém, ou mesmo roubado. O chinês por hora deixaria o rapaz descansar.


Continua>>


Seus olhos são de mel

Bate o vento que leva embora as folhas caídas.
Vai-te à olhos nus,
Sem vida,
Som dor,
Sem sorrisos.

Vai que vem um ecuro de dúvidas e um barulho de choro.
Vem da chuva fria que molha a alma quente.
Alma sem carne,
Sem sentimentos,
Sem humano pesar.

São sempre seus olhos cor de mel que vêm à noite vazia.
É seu sorriso feliz de menino homem que sabe o que quer.
Que sabe que não me quer...
Mas te deixo sorrir e passar.
Seu andar de homem formado, lindo, exaltado.
Formoso sabe que o é.

Sorria-me e seja meu Sol, nas noite vazias.
Sorria, apenas continue a sorrir.
Me basta... saber que você sorrir.

Hina