Cap. 2 – O novo professor

Ao chegarem no castelo, encontraram com o gigante que normalmente recebia os alunos de 1ºano. Um rapaz de uns vinte anos que fora expulso de Hogwarts quando tinha dezesseis. Ster desapareceu, pois foi falar com Lily. Ambas pareciam muito amigas. James estremeceu.

Ao entrarem no Grande Salão, o céu encantado brilhava a estrelas. As quatro mesas já começavam a se encher de estudantes. Os marotos se sentaram juntos, na mesa da Grifinória. Lílian sentou longe, do outro lado da mesa.

O antigo diretor de Hoggy ainda era o prof°.Dippet, e Dumbledore ainda dava aulas de transfiguração. James reparou um novo professor sentado na mesa principal. Ele era bonito. Parecia alto, era magro e muito elegante. Era praticamente um garoto, de cabelos negros belíssimos, os olhos brilhavam de excitação.

Houve a seleção... nada de muito importante.

Depois, o prof°.Dippet (um bruxo mirrado e frágil, careca, exceto por alguns fiapos cabelos brancos) se levantou e pôs-se a falar.

--- Vamos dar as boas vindas para nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Nosso antigo teve m probleminha de saúde e faleceu. Dêem boas vindas para o prof°.Tom Riddle!

Alguns alunos bateram palmas. Snape, na mesa da Sonserina, se levantou e ovacionava animadamente.

Riddle se levantou e agradeceu.

--- Ele é o bruxo mais poderoso que já vi na sua idade... --- continuou o diretor --- E olhem que ele só tem vinte e um anos!

Muitas meninas soltaram suspiros demorados.

James viu Lily olhar para o professor, mas felizmente ela o olhava do mesmo jeito que olharia para qualquer outro professor. Potter sorriu aliviado.

--- Agora que já estamos devidamente apresentados, hora do jantar!

As cinco mesas do Salão explodiram em pratos cheios de comida. Pedro foi o primeiro a encher seu prato, e o primeiro a terminá-lo e repetir.

Quando os pratos já haviam se esvaziados e sido trocados por sobremesas, os Marotos estavam tão cheios que nem agüentaram comer os deliciosos doces caramelados. Só Pedro comeu, já que era considerado uma máquina de engolir.

--- Por Merlin! Você come feito um rato! Suja tudo em volta. --- exclamou uma menina do quinto ano, sentada ao lado de Rabicho.

--- Eu diria que a senhoria é muito esperta... --- riu James. A menina corou, mas quando ela olhou para um canto da mesa, chegou a se engasgar. Potter olhou para lá, e viu Lílian se aproximando. Instintivamente, levou a mão aos cabelos e os despenteou.

--- Potter! --- ela já chegou brigando, depois que o Salão começava a ser esvaziado --- O que foi aquilo no trem!

--- Você não viu, por acaso! Ele que me atacou!

--- Não estou falando disso! Eu quero dizer... como você perdeu pro Snape! Para um Sonserino!

--- Ela é mais competitiva do que eu imaginava... --- sussurrou Sirius.

--- Eu... eu não sei como aconteceu! --- exclamou James fingindo irritação, mas gostou muito da atenção e não pretendia perdê-la tão cedo. --- Eu só estava na maior paz e ele me lançou esse feitiço... era Arte das Trevas, não, Evans?

--- Claro que não! --- Lily ficou pensativa --- Só por que você não conseguiu se defender não significa que era algo tão poderoso...

James se calou, e ambos ficaram se encarando. Como aqueles olhos verdes eram tão belos...?

Ster veio vindo e, decididamente, queria falar com Lupin, que estava coordenando os alunos de primeiro ano.

--- Já volto... --- Sirius se virou e não deixou a garota falar com Aluado. A loira sorriu estranhamente e seguiu para fora do salão acompanhada se Almofadinhas.

James se viu parado frente a frente com Lílian... sozinhos (ou quase, exceto por Rabicho, que continuava comendo uns doces escondidos em seu bolso).

--- É melhor eu ir indo, Potter... --- começou a ruiva --- Acabei esquecendo dos meninos de primeiro ano...

Ela se virou e já estava saindo quando...

--- Lily, você quer companhia?

Lílian pareceu acordar.

--- É Evans para o senhor!

As aulas do dia seguinte começaram cedo, mal deu tempo para Rabicho esconder docinhos nos bolsos.

Primeiro foi transfiguração. Eles começaram a ver em teoria as características de um animago. Os marotos se olhavam animados, de vez em quando trocavam piscadas de esguelha, e respondiam a todas as perguntas do prof°.Dumbledore sem hesitar. O professor ria por baixo das barbas brancas e continuava a fazer mais perguntas. Todas respondidas pelos marotos.

Lílian estava um pouco desconfiada. Não conseguiu responder nenhuma.

--- E agora a aula se acaba. --- disse Dumbledore finalmente... E, indo para uma mesa de alunos da Corvinal, falou algo para Ster, que começou a guardar seu material mais lentamente.

Os marotos saíram da sala o mais rápido que puderam. Tinham ainda que aprontar alguma para a "Des-comemoração" do inicio das aulas.

--- Acho que ainda sobraram umas bombas de bosta na minha mochila --- disse Siris --- Mas acho que estão fora da validade... capaz de não explodirem.

--- A gente dá um jeito com outra coisa! --- exclamou James --- Não quero cair na rotina! Sempre usamos bombas de bosta!

--- Que você está pensando em fazer? --- indagou Lupin desconfiado.

--- Vamos inventar alguma coisa.

--- Eu acho que as mandrágoras da estufa dois estão pedindo que nós as visitemos... --- disse Sírius.

---Boa idéia... elas ainda não matam com o grito, só deixam as pessoas desmaiadas por um bom tempo! Quem as ouvir gritando vai perder a primeira semana de aula inteira!

Sírius olhou para os lados e verificou que Di-Lua estava saindo da sala de Dumbledore, mas, para a infelicidade do Maroto, ela foi para o outro lado do corredor.

Duas horas depois, teve intervalo logo após uma chata aula de História da Magia, os Marotos se encontraram na porta da estufa do 2ºano (menos Lupin). Ainda restavam alguns alunos arrumando a sala (provavelmente como castigo), mas a professora estava levando o resto da turma para dentro do colégio.Estava na hora de agir. Decidiram agir como bons alunos:

--- Com licença? --- começou Sírius --- Onde está a professora? Sprout?

--- Ela acabou de sair. Não viu? --- respondeu um menino pequeno e mal humorado --- Se correr vocês alcançam ela.

Sirius sorriu maliciosamente.

--- O que estão fazendo?

--- Arruado a bagunça --- respondeu uma menina suja de terra --- Hoje a gente replantou as mandrágoras.

--- Arrumando sem magia? --- Sírius retrucou --- Limpar! Pronto, podem ir, e não precisam me agradecer. A professora não precisa nem saber que não foram vocês que limparam. A gente fica e espera a professora, pra falar com ela.

Os garotos saíram alegres da estufa dois.

--- Que grande idéia, Almofadinhas! --- exclamou James, que só agora percebera o plano --- Eles não vão contar que nós fizemos o trabalho, eu digo castigo, deles para a professora. Ela não vai saber nem que a gente esteve aqui!

--- Olha que esses chifres não atrapalham muito no seu pensamento, hein, Pontas?

--- Haha, vamos ao que interessa. --- James pegou três abafadores de ouvido na mesa da Sprout enquanto Pedro fechava a porta da estufa.

Quando os três estavam devidamente seguros, cada um se dirigiu a um vasinho, puxando um bicho nojento que parecia um anão, de dentro da terra.

O bicho começou a se contorcer e a gritar, mas nenhum dos marotos ouviu seu grunhido.

Sirius a atordoou com um feitiço e ala pôs-se a dormir.

Saíram correndo com a Mandrágora em baixo da capa de Hogwarts, passando pela professora Sprout e dando tchauzinho.

De volta à porta da sala de história da magia, eles colocaram a planta atrás da porta. Ela ainda estava inconsciente, mas eles deixaram um balde flutuando acima de sua cabeça. Quando estiverem longe o bastante, desfariam o feitiço de levitação e a mandrágora receberia um banho de água gelada.

--- Prontos? Os novatos de primeiro ano estão vindo! --- exclamou James --- Vamos ralar daqui!

Ao chegarem nos jardins, viram Lupin sentado na beira do lago, acompanhado... ACOMPANHADO! COMO ASSIM?

--- Oi, Aluado, oi, Di-Lua. --- disse Sirius.

--- Ola --- disse a loira, os cabelos ao vento.

--- O que vocês fizeram? --- reclamou Lupin

--- Nada, querido Aluado. Você sempre trata a gente com quatro pedras na mão! Por que és assim, tão temperamental? --- disse James revoltado

--- Prongs, tá na hora. --- alertou Pedro nervoso.

--- Certo. --- James fez um movimento de varinha e ouviu-se um pequeno e agudo apito.

--- O que é isso! --- perguntou Lupin se levantando e tirando um abafador de ouvido do bolso de Sirius.

--- Um presente pra você! Feliz aniversário! --- gritou Padfoot, abraçando o amigo fortemente.

James deu outra sacudida de varinha e o apito cessou.

Segundos depois, uma multidão de alunos veio correndo dos portões do castelo. Todos apavorados.

Uma menina da Grifinória (amiga de Lílian) veio na direção dos marotos.

--- Vocês não vão acreditar! Alguém esqueceu uma mandrágora na porta da sala de História da Magia! Os alunos de primeiro ano que estavam tendo aula e ouviram o grito estão desmaiados! Quem estava por perto também foi afetado!

--- Que horror! --- Lupin começou a soar. --- Quem foi o estúpido que conseguiu esquecer uma mandrágora?

--- Não sei... --- Sirius fez cara de pensativo --- Realmente, essa pessoa é muito idiota mesmo!

A menina saiu correndo, havia acabado de avistar Lílian.

--- O que você fizeram! --- Lupin sacudiu Sirius pelos ombros --- O QUE VOCÊS FIZERAM?

James puxou a orelha de Lupin. --- Trote de Primeiro ano...

Ster se levantou, entediada.

--- Vou ver o que aconteceu. Vocês têm uma má fama, hein?

E saiu andando, contra a correnteza de desesperados.