bbbCapitulo IV

 Impaciente, Shoran moveu-se na cela. Estava cavalgando havia horas, tendo passado por uma sucessão de estradas estreitas do interior, nas vizinhanças de Tomoeda, a fim de alcançar a estrada principal que seguia daquela cidade portuária até Giko, mais de cinqüenta quilômetros para o norte. Era estranha a sensação que trazia no peito, que o comprimia, enquanto seus pés pressionavam as laterais do inquieto cavalo que Hiiraguizawa lhe emprestara.

 Um forte vento sudoeste soprou com força, lançando no ar a crina comprida do animal e ameaçando levar o chapéu de Shoran. Ele o segurou com uma mão no lugar e continuou sua cavalgada.

 Parecia que uma voz interior lhe repetia que não devia ter deixado Sakura partir sozinha de Tomoeda. E esse aviso repetia-se já havia horas, praticamente desde que iniciara a viagem, enchendo-lhe a mente de preocupação.

 A lua cheia brilhava no céu lançava sua luz sobre a Terra, formando espectros de sombra e luminosidade pelo caminho. E, neste, Shoran ansiava por encontrar algum sinal da carruagem de Sakura.

 Imaginava se tinha chegado à estrada antes dela ou se ela já estava a quilômetros adiante dele, naquela jornada solitária e perigosa.

 Mas não precisou mais divagar a respeito, pois quando passou por mais uma curva e atingiu um ponto mais alto do caminho, quase uma colina, sua visão se abrui e pode divisar uma luz enfraquecida na distancia. Pediu a Deus que aquela luz viesse da lanterna pendurada na boleia da carruagem de Sakura. Quando percebeu estar certo quanto a isso, chegou a ensaiar um sorriso, mas este desapareceu quase de imediato ao perceber, com um certo aperto no peito, que a luz parara de repente de se movimentar.

 Tal parada poderia significar muitas coisas, porem, no momento, Shoran pensou em apensas uma. Esporeou o cavalo mais uma vez, numa tentatuva de se aproximar quanto antes à carruagem. Em seu íntimo, temia chegar tarde demais para o que nem conseguia imaginar ao certo. Seu coração batia tão descompassado que o sentia na garganta.

 Quando atingiu uma distancia suficiente para poder ver melhor, reconheceu o veiculo e sentiu-se aliviado, mas ao mesmo instante percebeu que um homem, um estranho, entrava na carruagem. E o homem tinha algo em seu rosto; algo muito parecido com um lenço amarrado à nuca, provavelmente um salteador!

 Acelerou ainda mais a marcha do animal, num impero de chegar que o fazia esquecer até de respirar. E, sem pensar, lançou-se sobre o sujeito, caindo, junto com ele, para dentro da carruagem, enquanto um grito de mulher ecoava na noite.

 A falta absoluta de movimento sob seu corpo garantiu a Shoran que o salteador estava sem sentidos. Mas para garantir sua segurança, Shoran passou a mão pelo chão da carruagem, tateando em busca do imaginou ser uma pistola.

 -Fique longe de mim!- Sakura gritou, ainda sem perceber o que estava acontecendo.- Fique longe, entendeu bem?!

 Shoran tentava falar, pelo menos para garantir a Sakura que tudo estava bem, melhor do que estivera momentos antes, mas o golpe que dera no salteador acabara-o deixando meio zonzo.

 E, sem conseguir proferir as palavras mais alto do que um sussurro, levantou-se com dificuldade, na intenção de tomar Sakura nos braços e conforta-la de alguma forma. Porem, ao estender os braços em sua direção, ela gritou novamente, e com tamanha estridencia que seus ouvidos doeram. No mesmo instante, ela se defendia, erguendo a perna e desferindo uma terrível joelhada contra Shoran, fazendo-o dobrar-se em dois de tanta dor. Ele deu dois passos atrás, cambaleou sobre o homem ainda desfalecido no chão da carruagem e caiu sentado no banco oposto.

 Antes que pudesse se recuperar da dor, sentiu que Sakura avançava contra ele mais uma vez, agora para arranha-lo, esbofeteá-lo, violenta como a mais hostil das criaturas. Com as mãos erguidas, para defender-se melhor, Shoran mal articular-lhe o nome:

 -Sakura!

 Mas o ataque não diminuiu. Ela parecia dominada por uma raiva cega e surda, atingindo-o sem piedade e, ao mesmo tempo, gritando.

 -Sakura, sou eu, Shoran!- disse ele, em voz mais alta, segurando-a pelos pulsos e sacudindo-a para que voltasse a ter bom senso.- Está em segurança agora!

 Ela parou de repente.

 -Shoran? É realmente você?!- duvidou.

 -É claro que sou eu! Conhece outro alguém idiota o suficiente para segui-la pelos campos durante a noite?

 -Shoran...- Sakura murmurou, pasma. E entao, com toda a força e a paixão com que havia avançado contra ele momentos antes, lançou-se entre seus braços soluçando.

 Shoran apertou-a contra si, sabendo que ela necessitava daquele conforto. Sensações intensas o dominavam. A paixão por ela, a desesperada busca pelos campos aquela hora da noite, temendo por sua segurança, depois encontra-la daquela forma, sendo vitima de um salteador de estrada... Seu sangue estava fervendo, ainda mais agora com Sakura em seus braços, sentido sua respiração acelerada, seu perfume, seu temor cedendo aos poucos. A proximidade entre seus corpos era convidativa e ardente. E, naquele momento, Shoran teria dado tudo para poder estar com ela novamente em seu quarto, em sua cama... e não ali, no meio do nada naquela noite escura e fria, numa carruagem em cujo chão um bandoleiro começava a despertar do desmaio.

 -Sr. Li?- ouviu-se uma voz tremu-la o lado de fora do veiculo.- É mesmo o senhor? O que houve?!

 -Aconteceu algo com a lady Kinomoto, senhor?- perguntou outro homem, com voz mais grave.

 -Alem do susto, acredito que esteja bem- Shoran explicou aos criados, sentindo ainda o temor terrível de imaginar que algo sórdido poderia ter acontecido a ela.- Mas acho que vocês dois não foram de grande valia- acusou.

 -Mas ele tinha uma arma de fogo, senhor!- protestou o rapaz que seguia o cocheiro na boléia.

 O cocheiro não se desculpou, porem sua voz soava contrita:

 -Há algo que possamos fazer agora, sr. Li?

 O saqueador gemeu e tentou se levantar. Shoran aplicou boa parte de sua força no pé direito, que mantinha sobre as costas do criminoso, mantendo-o no chão, imóvel. E ordenou para o cocheiro e o rapaz, que tentavam espiar pelo lado de fora:

 -Arranjem um pedaço de corda para amarrar este homem.

 -Está bem, senhor. Agora mesmo!- respondeu o rapaz, solícito.

 -E amarrem-no ao cavalo em que ele veio, se puderem controla-lo. Caso contrario, amarrem-no no meu. Depois prendam o animal nos fundos da carruagem. Vamos entregar este sujeito às autoridades o mais rápido possível, para evitar que algum companheiro deste traste venha a nos encontrar.

 Os dois criados, diante de tal perspectiva, apressaram-se a fazer o que lhes fora ordenado, a fim de amarrar o criminoso, que mesmo acordado, parecia ainda muito inconsciente da realidade.

 Pouco depois, com tudo feito como Shoran dissera, a carruagem já seguia novamente rumo ao norte, e os soluços de Sakura se acalmaram aos poucos. Mas ela não parecia disposta a se afastar de Shoran. Para ele, te-la assim, tão junto de si, era o paraíso. Fazia-se perceber claramente quanto sentira sua falta no curto espaço de tempo em que haviam estados separados.

  Shoran chegava a imaginar se o incidente com o saqueador teria feito com que ela mudasse de idéia quanto a sua separação prematura. Poderia ser uma esperança vã, essa, mas era a única que Shoran tinha e agarrou-se a ela como um náufrago a uma tábua de salvação.

 Ela deveria afastar-se de Shoran, manda-lo sair da carruagem, ou, pelo menos, ralhar com ele por te-la feito assustar-se tanto. Mas a carruagem seguia seu rumo, e Sakura não conseguia encontrar forças para aquilo que sua mente a mandava fazer.

 Haveria ainda muitos anos futuros nos quais teria de ficar sem o abraço de Shoran, analisava. No momento, precisava estar junto dele desesperadamente. Mais do que jamais precisara de alguma coisa na vida. E sua vida tinha sido cheia de regalias.

 Mas não se lembrava de um momento em que tivesse passado tanto medo. Seu coração ainda batia apressado dentro do peito, e, apesar de estar aconchegada por Shoran, começou a tremer.

 -Calma- ele a consolou, apertando os braços ao redor. E, dando-lhe um beijo suave na têmpora, acrescentou: -Ainda não está bem, Sakura? Será que me precipitei ao garantir a seus criados que você estava bem?- O calor, a preocupação na voz dele a confortavam como nunca. 

 Mas havia uma voz cheia de orgulho que falava mais alto em seu coração que a fez responder:

  -Não, você estava certo. Foi apenas um choque. Tem um lenço, por favor?

 Sakura teria detestado qualquer outra pessoa que tivesse presenciado um momento seu de pura fraqueza e que a levara a lagrimas histéricas. Talvez viesse a detestar Shoran também, quando o dia amanhecesse e pudesse pensar melhor sobre o que ocorrera e ver quanto suas lagrimas e sua falta de força pudessem ter diminuído sua imagem perante ele. Mas, naquele instante íntimo de escuridão e segurança, poderia deixar-se ficar no calor dos braços de Shoran, apenas usufruindo o luxo de poder confiar em um homem.

 Ele se movia, na intenção de procurar um lenço nos bolsos, ate que, ao achar um, colocou-o entre as mãos de Sakura.

 -Obrigada- ela murmurou, secando as lagrimas que ainda molhavam seu rosto, tranquila por imaginar que, quando Shoran a visse mais claramente, as marcas de seu choro compulsivo já teriam desaparecido. Podia ser uma atitude ate vaidosa, imaginou, mas sabia que não podia permitir que um homem atraente a visse sem ser em seu melhor estilo.

 E, enquanto passava o tecido suave pelo rosto, uma idéia lhe ocorreu de repente, levando-a a indagar.

 -E você, Shoran? Está bem? Porque, depois de derrubar aquele homem horrível e suportar meus golpes... bem, eu... sinto muito pelo que fiz. Não consigo imaginar o que me deu...

 -Você estava apenas reagindo, fazendo o que achava ser certo para se defender.- Ele sorriu.- E acho que fez um bom trabalho... Mas creio que não fiquei ferido.

 Alguns golpes vindo dela não lhe teriam feito mal, Sakura analisava, porem, se aquele salteador tivesse conseguido usar sua arma... jamais se perdoaria se Shoran tivesse sido ferido no incidente, ainda mais por sua causa.

 -E... entao?- indagou, imaginando que ele deveria passar-lhe uma descompostura, alias, bem merecida.

 -E... entao o que?- Shoran estranhou.

 -A reprimenda que deve estar preparando desde que saiu de Tomoeda. Onde está ela?

 -Ah, isso... –Ele riu e, logo em seguida, bocejou.- Vou deixa-la para amanha de manha; por enquanto, acho que nós dois merecemos pelo menos uma boa hora de sono. O que acha?

 Sakura assentiu de leve, sentindo um aperto no peito por ele. Shoran devia ter passado metade da noite atrás da irmã e as outras poucas horas tentando encontra-la, para encontra-la sendo atacada por um bandoleiro e ainda tendo que defende-la...

 -Como sempre, não me parece estar falando com bom senso- repreendeu-o, porem com simpatia. E tentou agasta-se de seus braços.- Como pode pensar em dormir com uma mulher chorona praticamente sobre você?

 Seria bom para ela afastar-se, avaliou Sakura. Já era doloroso demais estar ali, usufruindo o calor daquele abraço, sabendo antecipadamente quando iria sentir saudade dele.

 -Você não me incomoda em nada- Shoran garantiu. E puxou-a de leve para perto de si novamente.- Alem do mais, vou conseguir dormir com muito mais tranqüilidade sabendo que você está aqui, junto de mim e em segurança.

 -Se é assim...- Ela se contentou em repousar a cabeça sobre o peito dele.- Para mim, está muito bom aqui.

 Alguns minutos se passaram num silencio quebrado apenas pelo ruído da carruagem avançando pela estrada.

 -Shoran?- Sakura chamou em voz baixa.

 -Sim- Ele já parecia um tanto adormecido.

 -Onde encontrou um cavalo para vir atrás de mim?

 -Com Hiiraguizawa. Acho que perdi um pouco do bom senso também e ganhei algum dinheiro num jogo de cartas.

 Se ele tivesse dito que havia roubado o dinheiro, ela não teria ficado mais surpresa.

 -Mas pensei que você nunca jogava!

 -E não jogava mesmo. Não ate esta noite.- A voz dele, na sonolência, guardava o mesmo tom de que ela se recordava, das noites em que falavam alguma coisa depois de terem feito amor.- Não conheço nada de cartas e jogos. Mas acho que o que me ajudou foi o fato de ser o único sujeito sóbrio ao redor daquela mesa.

 -Talvez tenha sido sorte de principiante.- Sakura disse, sabendo muito bem que não deveria erguer a mão para acariciar-lhe o rosto, o que, no entanto, estava fazendo.

 -Talvez – Shoran concordou, num tom que parecia demonstrar o mais doce dos carinhos. E, num movimento rápido, porem meigo, apertou a mão dela, que ainda o acariciava entre o pescoço e o queixo, de forma inocente, mas que provocou um aperto no coração de Sakura.

 E, apenas para afastar a impressão doce demais que ficava daquele afago, ela indagou:

 -E... como pode se envolver nesse tipo de jogo de que Hiiraguizawa tanto gosta? Porque apostam somas enormes, e você poderia perder muito...

Ele se afastou de repente.

 -Não sou tão pobre assim- observou, parecendo magoado.

 Sakura sabia que o atingira. Mesmo sem querer, comparava-o a seu falecido marido, que dava demasiada importância a prosperidade e a ascensão social.

 Sabia que Shoran estava fazendo tudo o que podia para restaurar a perda da fortuna da família, e o fazia de forma honesta, correta, não se casando com a primeira herdeira rica disponível.

-Eu não quis dizer que é pobre- Sakura se corrigiu.- Mas a maioria dos homens não carrega consigo uma quantia grande de dinheiro, ainda mais no meio da noite.

 Shoran não respondeu de imediato. Sakura chegou a imaginar se teria adormecido ou se estava ofendido ainda i não queria mais continuar o assunto.

 -Tenho  um relógio e um anel de ouro- disse ele, por fim, após alguns minutos. Parecia estar confessando um crime.- E Hiiraguizawa acabou convencendo aos outros jogadores de que as minhas peças valiam alguma coisa.

 Tal admissão atingiu Sakura, como sua indagação sobre a possibilidade de ele jogar o que havia atingido antes. Conhecia muito bem o anel e o relógio aos quais ele se referia. Não sabia qual preço eles poderiam conseguir num joalheiro, mas eram peças de valor incalculável para Shoran, eram a sua maior lembrança de que pertencia a sua família antiga e de boa linguagem.

 Apesar da fortuna que possuía e do titulo pelo qual pagara muito caro, Sakura sabia muito bem que muitas pessoas ainda a olhavam com certo desprezo por não passar de filha de um comerciante abastado. Conveniente apenas como amante para um cavalheiro feito Shoran Li, nunca como sua esposa.

 Um casamento assim causaria comentários sem-fim. E cavalheiros respeitáveis detestavam ser motivo de comentários na sociedade.

 Ela sentiu que o abraço de Shoran ficava mais frouxo e que sua respiração parecia estar mais ritmada e lenta. Talvez tivesse adormecido, imaginou. E continuo pensando, avaliando o que ele fizera naquela noite, colocando-se a uma mesa de jogo para poder segui-la.

 Arriscara tanto!

 Primeiro, porque apostara seus bens mais preciosos; depois, porque se pusera a caminho, no meio da noite, para conseguir alcança-la. Depois ainda, arriscara sua vida ao lutar com aquele saqueador. Shoran não era um homem dado a palavras elegantes ou discursos calculados. Mas seus atos falavam com eloqüência sobre  o que ele sentia por Sakura, o que ela reconhecia muito bem.

 Percy Kinomoto jamais lhe dera tanto valor assim. Ele a vira apenas como fonte de dinheiro e de possíveis herdeiros. E quando ela se mostrara incapaz de fornecer a segunda grande aspiração na vida, ele passara a despreza-la, ferindo-a bem fundo. Shoran, por outro lado, jamais seria capaz de feri-la. De forma alguma.

 Ele deixara de lado sua prudência costumeira e jogara por causa dela. Arriscara-se numa cavalgada em meio aos campos por ela, lançara-se contra um bandido que poderia ser extremamente perigoso. Tudo por ela.

 Sakura sorriu de leve, vendo que os primeiros sinais do dia começavam a clarear o horizonte. E, conforme os raios do sol ganhavam mais consistência naquele novo dia, e ela podia ver melhor as feições de Shoran adormecido ao seu lado, sentiu que seus sentimentos por ele eram muito mais fortes e intensos do que imaginara até entao. Mas não podia, como ele fizera, arriscara-se demais. Não podia e não iria arriscar. Com medo de perder o que, no momento, era-lhe mais caro na vida.

 Shoran acordou em tamanho sobressalto que poderia ter lançado Sakura ao chão da carruagem, não estivesse ela tão firmemente presa entre seus braços. E o sobressalto acabou por desertá-la também.

 -O que houve, meu querido?- ela indagou, assustada, ainda meio adormecida.- Sonhou com aquele salteador?

 -Ah... algo assim- Shoran resmungou, passando a mão pelos cabelos, ainda sentindo a terrível pressão que o pânico causara em seu peito.

 Mas podia lembrar-se do sonho que tivera, mas sabia que ele lhe parecera tão real e urgente que ainda estava preso em sua mente. Tratava-se de um jogo de cartas, com certeza, no qual as apostas iam ficando cada vez mais altas. Muito altas. E ele estava a ponto de ficar arruinado. Mas havia uma impressão de medo e de confiança louca em si próprio que o fizeram baixar a mão sobre a mesa, mostrando as cartas que, estranhamente, possuíam a aparência de notas bancarias.

 Não ganhara o jogo. Seu adversário, sim, com notas mais altas. E ele, Shoran, perdera tudo: sua honra, seu coração...

 -Onde acha que estamos agora?- perguntou, tentando esquecer as lembranças do terrível pesadelo. Procurava também controlar a respiração acelerada e afastar-se de Sakura, sentindo que, de alguma forma, assim seria mais seguro. O dia amanhecia e parecia-lhe absurdo estar ainda abraçando-a, ali mesmo, na privacidade da carruagem. Embora quisesse muito continuar com Sakura nos braços, precisava afastar-se dela.

 Ela tentou disfarçar um bocejo e olhou pela janela. Já não parecia disposta a permanecer nos braços de Shoran, e ele chegou a imaginar que não passara de immpressao sua a ternura que chegara a sentir em sua voz. No entanto Sakura lhe acariciara o rosto...

 -Estamos prestes a passar por uma pequena ponte- Sakura informou, ainda olhando para fora.- Imagino que Gifu esteja do outro lado e sinto que iremos encontrar nossos fugitivos em breve.

 Ela preferiu sentar-se no banco oposto e contou a Shoran sobre seu costume de passar por ali todas as vezes que vinha de Tomoeda. Depois perguntou:

 -Que horas são?

 Ele procurou pelo precioso relógio de ouro no bolso do colete.

 -Já passa das sete- disse.- Acho que seu cocheiro e o rapaz que o acompanha devem estar exaustos, isso para não falar dos cavalos.

 -Espero que alcancemos Hideki e sua irmã antes que eles nem se quer tenham tempo para descansar. Assim, todos nós poderemos descansar um pouco antes de retornarmos a Tomoeda.

 Shoran apenas assentiu, mas sem muita convicção. Queria, sim, e muito, alcançar sua irmã antes que ela arriscasse colocar sua reputação em cheque. Mas isso significava que terá de afastar-se de Sakura novamente e, dessa vez, sem chances de uma volta.

Oie!!!!!!

Gente 1000000000 desculpas pela demora, eu estava meio q sem inspiração esses dias.Mas finalmente terminei! Eu vou tentar postar o próximo capitulo com mais rapidez (não se preocupem -).

Bem os agradecimentos:

Kath Klein: É mais do que uma HONRA!!!!! Ter vc como uma das leitoras de minha fic. Adoro suas historias principalmente A Flor da China. Muito obrigada pelo seu apoio!!!!!. Beijos.

Anna Lenox: Oi Anna!! Que isso nao é pra tanto (''), ainda nao sou tao boa assim, mas espero ta melhorando. Beijo amiga!!!

Miaka Hiiragizawa: Oi Miaka-chan!!!! Muito obrigada pelo seu apoio e q bom q vc gostou do enredo. Beijos.

Fab Lang: Brigadinha Fab -, nada mal pra uma novata né? Q bom q vc esteja gostando 1000 beijos!!!

Bem eu acho q eu não esqueci ninguém, ... mas caso eu tenha esquecido aqui vai o recado: valeu pela review e pelo seu apoio.

Propagandas:  Leiam essas fics:

Entre a Cruz e a Espada A Walk To Remember O Coraçao de Uma Guerreira

Anjo Rebelde

Bem gente vejo vcs no próximo cap. Beijos.

Warina -