Capítulo VIII
A carruagem parou de repente, fazendo com que Sakura fosse lançada para trás. Lá fora, os cavalos relinchavam, num protesto pelo puxão que haviam sofrido nos freios. Saíram da estrada, arrastando a carruagem consigo por alguns metros campo adentro. Dentro dela, Sakura se alarmava. O que poderia estar acontecendo?!, indagava-se.
Após alguns segundos de tumulto que pareceram durar uma eternidade, tudo parou. Sakura ouviu Tsuki e Himura descerem, apressados, suas vozes ansiosas afastando-se, proferindo palavras que ela não compreendia, mas cujo tom percebia ser de preocupação. Não tinham vindo de imediato para verificarem se ela passava bem, e isso era muito estranho, analisava. E, irritada pela falta de consideração de seus criados, abriu a porta e pulou para o chão, ainda sentindo as pernas tremulas decido ao sobressalto do incidente. Olhou para a frente, em busca de algum sinal do cocheiro e do criado, e também para tentar entender o que ocorria.
Não conseguia ver ninguém, mas ainda ouvia suas vozes, bem como o som de água sendo chafurdada.pó um momento, ficou ali parada, olhando para a pequena ponte de pedras logo adiante, sem saber o que pensar.
Lembrava-se muito bem daquele lugar, já que tantas vezes passara por ali em suas viagens entre Tomoeda e Tóquio. Sabia que ali havia um rio, cujo águas frias desciam das montanhas. De repente, uma idéia começou a se formar em sua mente, e seu peito se apertou. Saiu correndo em direção a margem do rio e, ao chegar, viu o cavalo que Shoran montava saindo da água e sacudindo-se todo para livrar-se dela. No rio, Tsuki e Himura se encontravam dentro da água ate a cintura. Mas... onde estava Shoran?, indagou-se alarmada.
O medo que passara no ataque do saqueador não era nada comparado ao pânico que começava a sentir agora.
Tsuki mergulhou, rápido, e voltou a superfície segundos depois, trazendo Shoran junto a si. E ele parecia desfalecido. Sakura cobriu os lábios com as mãos, aflita. O cocheiro ajudou o rapaz a retirar Shoran da água, passando um de seus braços pelos ombros, e os dois trouxeram o corpo inerte de Shoran, que era muito maior do que o deles, ate a margem, onde o depuseram sobre a grama.
Sakura sabia que precisava fazer alguma coisa para ajudar. Voltou correndo a carruagem, lembrando-se dos casacos pesados que sempre ficavam guardados num compartimento de trás do veiculo, para quando viajava por locais muito frios. Voltou, apressada, para a margem do rio, onde os dois criados ainda prestavam socorros a Shoran. Ele ainda estava inconsciente. E ela imaginou que, talvez, para sua imensa infelicidade, poderia estar morto!
Os dois homens estavam cansados e deixaram-se cair ao lado de Shoran.
-Ele está vivo?- sakura perguntou, desesperada, vendo seu cocheiro apenas assentir, já que o cansaço e a idade avançada impediam-no de agir de forma mais ágil.- Tem certeza?- insistiu, passando um dos casacos pelos ombros do rapaz e depois outro sobre os do cocheiro, para só entao ajoelhar-se e cobrir Shoran com o terceiro agasalho.
-Sim... senhora...- respondeu Tsuki, com lábios trêmulos devido ao frio. A água devia estar a ponto de congelar, Sakura imaginou, pelo estado em que se encontravam.- Mas... ele bebeu ... muita água... enquanto.... estávamos tirando-o .... do rio.
Sakura olhou para Shoran, que, deitado de bruços, como o tinham deixado, permanecia imóvel. Acariciou-lhe o rosto, sentindo-o terrivelmente frio.
-Shoran!- chamou, primeiro em voz baixa, depois quase num grito, enquanto lhe sacudia os ombros:- Shoran! Pode me ouvir?!
E, como se aquela fosse a única resposta que ele podia dar no momento, mais água saiu de sua boca, e Shoran começou a tossir e a respirar com muita dificuldade. De repente, Sakura sentiu como se ela também estivesse conseguindo respirar novamente. Seu rosto estava coberto de lagrimas. Afastou os cabelos de Shoran, que haviam caído, molhados, sobre sua face, e, com ar aflito, olhou para o cocheiro. Também ele parecia melhor agora que o calor do casaco o aquecia.
-Viu o que aconteceu, Himura?- perguntou, imaginando que sim, pois ele agira em ponto.
-Sim, senhora.- ele puxou o casaco mais sobre os ombros. Seus dentes começavam a ranger, talvez pelo frio ou pelo choque do que acabara de acontecer.
-O sr. Li saiu em disparada para tentar alcançar a carruagem que seguia a nossa frente. Entao... foi como se... ele não visse a ponte... O cavalo virou-se para o lado... e ambos caíram no rio... Não vi mais nada entao, porque estava tentando parar os animais para ir em seu socorro.
Sakura olhou para a ponte. A carruagem, é claro! Talvez fosse o veiculo em que Hideki e Fuutie se encontravam. Shoran devia estar muito tenso e preocupado tentando alcança-los e nem sequer viu a ponte. Afinal, não conhecia aquele caminho.
Um gemido saiu dos lábios dele nesse momento, mas Shoran ainda não abrira os olhos. Sakura acariciou-lhe o rosto mais uma vez, depois voltou-se para seus criados.
-O que fizeram foi um ato de heroísmo- disse, emocionada.- Nunca poderei agradecer-lhes o suficiente, mas podem ter certeza de que serão recompensados pela bravura.
O cocheiro apenas sorriu, ainda tremendo muito. Depois de alguns segundos, porem, murmurou:
-Obrigado, senhora... mas saiba que foi um prazer socorrer o sr. Li. Ele é um excelente cavalheiro.
Tsuki assentiu, concordando, e, de repente, Sakura sentiu um calor subir-lhe pelo rosto, demonstrando seu embaraço. Certamente, seus criados sabiam das visitas de Shoran a sua casa, mas aquela leve alusão ao seu relacionamento com ele, mesmo dita de forma muito elegante, deixou-a envergonhada.
-É verdade- murmurou, mudando de assunto rapidamente:- Bem, mas precisamos levar vocês três para um lugar aquecido quanto antes. De preferência antes do por do sol. Alem disso, acho melhor chamarmos um medico para avaliar as condições físicas do sr. Li. O senhor tem condições de guiar a carruagem, Himura?
-Com certeza, senhora!
-Ótimo, entao. Trouxeram uma muda de roupas?
Os dois criados assentiram.
-Entao, vão depressa trocar de roupa para que possamos prosseguir sem perda de tempo.
Tsuki não esperou sequer terminar de falar e foi depressa para a carruagem. O cocheiro, porem, hesitou, um pouco.
-Se me permite, senhora, sabe, sempre trago uma garrafa de bebida, para quando tenho de dirigir em noites frias... Se conseguirmos colocar alguns goles na boca do sr. Li, acho que isso o reanimaria mais rápido.
-Oh, excelente idéia, Himura!- Sakura aprovou sorrindo.- Mande Tsuki trazer a garrafa até aqui depois que ele tiver trocado de roupa. Agora vá você também, antes que pegue um resfriado.
-Sim, senhora.- O cocheiro tirou o casaco de seus ombros e colocou-o sobre as costas de Shoran, para aquece-lo ainda mais, e depois dirigiu-se a carruagem.
Os dois voltaram logo, mas Sakura sabia que cada minuto era importante para a saúde de Shoran. Ainda mais porque ele ainda nãos abrira os olhos. Estava gelado e seu rosto, pálido demais. Sakura sentia-se a cada instante mais desesperada, porque uma lembrança assombrava sua mente. Sua falecida mãe jamais recuperara a consciência depois de ter caído do cavalo.
A água fria e escura o havia engolido. Shoran não conseguia entender se tinha subido para a superfície ou se afundava para sempre no esquecimento da morte. Tentava reunir forças, ganhar consciência dos fatos, mas aquele frio terrível tirava-lhe qualquer capacidade de julgamento. Talvez fosse um tolo por resistir... Talvez fosse melhor desistir e entregar-se de vez, morrer...
Entao, como se tivesse vindo de muito longe, ouviu aquela palavra numa voz que fez seu coração bater mais depressa, com mais força. Uma palavra... seu nome...
Não conseguia entender quem o chamava. Mas a voz feminina estava nos recônditos de seu cérebro, reverberando uma lembrança suave e doce. Não havia propriamente um pensamento claro em sua mente, porem era como se soubesse que, seguindo o som daquela voz, estaria salvo, de volta a sua consciência e a sua vida.
Queria apenas segui-la, temeroso de que desaparecesse e o deixasse perdido no nada. Podia ouvi-la cada vez com mais clareza, chamando seu nome, dizendo-lhe palavras de carinho...
-Shoran! Volte, meu querido! Volte!
E, de repente, aquele toque! Era como se houvesse se esquecido de que havia outras sensações alem do frio intenso que lhe gelava os ossos e daquele cansaço opressivo. Agora podia sentir uma espécie de dor, e esta mostrava-lhe os limites de seu próprio corpo. Queria que ela parasse, queria poder voltar a viver normalmente. E a ajuda viria com certeza, daquele suave carinho em seu rosto, em seus cabelos...
E, de repente, lembranças começaram a invadir-lhe a mente conturbada. Lembranças de cabelos encaracolados e soltos sobre um travesseiro alvo, da pele suave e clara de um colo de mulher. Lembranças de lábios doces, macios, de um perfume embriagador, de uma voz que murmurava palavras carregadas de desejo...
E seu corpo se aqueceu, muito devagar a principio, mas de forma constante. Podia sentir calor e frio ao mesmo tempo, dor e prazer... tentou mover-se, alcançar essa mulher adorável que ainda o chamava. Queria poder abrir os olhos e vê-la, mas não conseguia! Seu corpo todo recusava-se a obedecer aos seus anseios. Estava ainda preso na intensidade obtusa daquele frio insuportável.
-Pode me ouvir, Shoran?- A voz dela estava mais próxima e seu perfume chegava-lhe as narinas. Talvez fosse apenas uma ilusão, avaliou, em sua semiconsciência. Mas havia um novo toque em seu rosto, ainda mais suave. Com certeza, eram os lábios dela.
Havia historias em sua mente, contadas fazia muito tempo, sobre princesas acordadas do sono da morte por beijos de amor. Sua mãe as contava quando ainda era uma criança e não tinha a responsabilidade da família sobre seus ombros. Ela lhe falava do poder do amor, que realizava qualquer milagre quando era usado de forma adequada.
Havia anos que não se lembrava de tais historias. Também havia anos que não pensava em sua mãe de forma tão querida e intima. Era estranho, mas agora conseguia rever o rosto dela com clareza, como não acontecia fazia bastante tempo. Um rosto muito parecido com o de sua irmã mais velha, mas não com aquela sombra de tristeza que havia na expressão dela ate bem pouco tempo atrás. Também havia os traços de Fuutie no rosto de sua mãe, agora via, todo o encanto, porem nada dos caprichos...
Talvez também houvesse em seu próprio rosto alguma reminiscência do rosto de sua mãe. Esperava também ter herdado as boas qualidades dela. E era como se pudesse ouvir-lhe dizendo com clareza: "Tenho que ir agora, meu menino querido..."
Sabia que ela não se referia a casa de praia em Hong Kong, antigo país em que morara até os dez anos, ou a Tomoeda. As temporadas que sua mãe passara nesses dois lugares tinham feito sua saúde delicada. Não queria ouvi-la falar em despedidas. Queria apenas fingir, como quisera um dia, que ela iria melhorar, muito embora mal pudesse se recordar de um momento na vida em que sua mãe tivesse gozado de plena saúde.
"Fico tão feliz e tranquila por saber que você cuidara de suas irmãs por mim", dissera ela, certa vez, a beira da morte. "Em especial nossa bebezinha... Não vai ser fácil para ela crescer sem mãe, a pobrezinha..."
Shoran sentira-se fortemente tentado a reacusar tal pedido. Talvez, se não tivesse aceito a responsabilidade de cuidar de suas irmãs, sua mãe não fosse capaz de partir. Ou, pelo menos, poderia ter lutado mais para continuar com eles.
Quisera tanto perguntar-lhe por que ela estava colocando aquele fardo de criar suas irmãs sobre suas costas, e não nas de seu pai. Muito embora a razão lhe fosse muito conhecida, como era também para ela. Mas ele sempre fora um menino consciente de seus deveres e não se reusara a atender ao pedido da mãe. Também não se entregara as lagrimas, apesar de elas poderem aliviar o medo e a dor que sempre estiveram em sua alma depois que ela se fora. E cuidara de suas irmãs fazendo delas moças que dariam orgulho a sua mãe. Tornara-as felizes.
Quando sua irmã mais velhase casara com seu velho amigo Neng Zhang, Shoran sentira que metade do peso tinha sido tirado de seus ombros. E, se falhasse na tentativa de colocar Fuutie no bom caminho novamente, todos os seus esforços teriam sido em vão.
Por isso precisava agarrar-se a qualquer coisa que o trouxesse de volta a vida. Qualquer coisa! A próxima voz que ouviu foi de um homem. Alguém que sabia torturar, com certeza, pensou, pois a dor física que sentia agora era enorme.
-Nada quebrado, felizmente- ele dizia.- Também não está muito ferido, graças a água gelada.
-Pare com isso!- sentiu-se dizer, tentando escapar das mãos fortes que apertavam seus membros. Pelo menos, seu corpo parecia estar obedecendo a seus comandos outra vez. Talvez pudesse abrir os olhos...
Conseguiu! Esperava ver o local onde se lembrava ter caído, ou entao o interior da carruagem, mas a primeira imagem que seus olhos captaram foi a de uma vela muito próxima. Talvez ainda estivesse tendo ilusões, pensou, como as que tivera havia pouco, e nas quais ouvira a voz delicada de sua falecida mãe.
Devido ao tom brusco que usara, o medico riu levemente e apertou-o de novo entre as costelas, comentando:
-Pronto! Eu bem que imaginei que isso o traria de volta.
-Afaste essas mãos horrendas de mim!- Shoran protestou ainda, tentando focalizar os olhos em quem falava.- Ou vou arranca-las de você!
-Parece que seu temperamento está intacto- o medico disse, rindo novamente.
Os olhos de Shoran estavam um tanto confusos. Tentava concentrar-se para identificar quem estava ali, sentado a seu lado, naquela cama estranha, e viu o senhor miúdo, de óculos grossos com lentes redondas pendurados sobre um nariz adunco. Um ser sobrenatural, com certeza, não humano, avaliou.
O medico abriu a mão diante dos olhos de Shoran e indagou.
-Quantos dedos vê aqui?
-Cinco. Agora, quer me deixar em paz, sim?
-Bem, meu exame está quase completado, senhor, mas vou precisar de mais alguns minutos em sua companhia.
-Seja rápido, entao- Shoran murmurou, aborrecido.- Não cai adiantar nada ficar me apertando. Se quer ser útil, pegue uma bebida para mim. Estou com frio e quero me esquentar depressa.
Shoran percebia que estava completamente seco e lembrava-se agora, com clareza, de ter mergulhado no rio gelado com o cavalo.
-Ah, quer uma bebida, entao?- o medico comentou com certa ironia. E voltou-se para alguém que parecia esperar logo atrás dele, assentido e dizendo:- Acho que não vai lhe fazer mal algum. Seus órgãos vitais me parecem estar muito bem.
-Oh, graças a Deus!- Era a voz de Sakura. Ela apareceu por trás do medico e sorriu para Shoran, muito embora sua expressão fosse preocupada.- Que tipo de bebida recomenda, doutor? Vinho?
-Algo não muito forte, já que o nosso paciente acaba de recobrar a consciência. Acho que café seria ótimo.
-Vou mandar preparar um pouco..- Sakura afastou-se e Shoran deixou de vê-la, impedido pelas cortinas pesadas da cama em que se encontrava.
Quando o medico estendeu as mãos para toca-lo novamente, Shoran afastou-se. Mas foi apenas seu pulso que o doutor quis examinar.
-Fique calmo agora, enquanto verifico sua pulsação- ele recomendou, retirando um relógio de dentro do bolso do colete. Depois de alguns segundo, soltou a mão de Shoran e observou:- Como eu suspeitava. Já está bem mais forte. Recuperado.
Sakura voltou para junto do leito.
-Que maravilha!- murmurou.
-Ele tem boa saúde- disse o medico.- É forte, vai se recuperar ainda mais com facilidade.- E, voltando a encarar Shoran, indagou:- Diga-me, sr. Li, qual é a ultima coisa de que se lembra antes de acordar aqui?
Shoran abriu os lábios para responder, porem hesitou. Lembrava-se de um sujeito que conhecera e que ficara desacordado por muito tempo depois de um golpe na cabeça. Ao despertar, ele não se recordava de muitas coisas e assim permaneceu por vários dias. E os médicos tinham recomendado a família e aos amigos do tal sujeito para que não comentassem sobre o que houvera e nem tentassem ajuda-lo a se lembrar.
Shoran imaginava o que aconteceria se dissesse não se lembrar do que acontecera nos últimos dias. Sakura parecia-lhe tão ansiosa agora... Talvez estivesse disposta a fingir que não terminara seu romance, pelo menos durante algum tempo.
No entanto, se fingisse não se lembrar disso, teria de fingir não se lembrar da fuga de Fuutie e Hideki também, e isso daria bastante tempo ao casal para chegar a Kioto e voltar. Alem do mais, como Shoran poderia pensar em enganar Sakura?
-Lembro-me de ter sido lançado dentro do rio- declarou.- Depois disso, nada mais, ate acordar neste quarto.
Sakura aproximou-se mais, afastando o medico. Tomou a mão de Shoran e murmurou:
-A outra carruagem que você estava perseguindo... Conseguiu ver quem se encontrava la dentro? Eram Hideki e Fuutie?
Shoran negou com a cabeça e acrescentou:
-Era uma mulher idosa. Imagino que eu deva te-la assustado ao perseguir a sua carruagem daquela forma.
Sakura pareceu desapontada, o que fez Shoran lembrar-se, mais uma vez, de que precisava, custasse o que custasse, encontrar sua irmã e salva-la de si mesmo. Se não o fizesse, estaria traindo a confiança que o sua mãe depositara nele. Tentou sentar-se, mas todo o seu corpo protestou com dores.
De repente, tudo começou a girar ao seu redor, deixando-o nauseado. Deixou-se cair sobre a cama e ouviu a explicação do medico:
-Já que perguntou, estamos nas vizinhanças de Wakani.
Sakura acariciou os cabelos de Shoran e acrescentou com voz suave:
-Pedi ao Himura que parasse na primeira hospedaria que encontrasse. Este local não estava muito distante. Felizmente, é uma hospedaria muito boa.
-Tenho certeza que sim.- Shoran preparava-se para uma nova tentativa de se sentar.- Mas eu não posso ficar aqui enquanto minha irmã está fugindo para ainda mais longe.
Sakura olhou-o significativamente mostrando-lhe que, quanto menos falasse sobre o caso na frente de estranhos, tanto melhor.
-O que pretende fazer? Mal consegue sentar-se na cama... Como acha que poderá cavalgar?!
-O que... o que aconteceu com o cavalo de Hiiraguizawa?
-Bem, ele... ficou todo molhado, mas pode ter certeza de que está muito melhor do que você.
-É, mas eu poderia estar ainda muito pior se ele não tivesse desviado da ponte a tempo.
Antes que Sakura pudesse responder, batidas na porta chamaram a atenção de todos. Sakura levantou-se para ir atender e Shoran olhou para o medico, imaginando se ele iria apalpa-lo outra vez. Estava preparado para defender-se caso isso acontecesse. Sua expressão devia ser bastante clara, pois o doutor afastou-se e foi arrumar seus apetrechos em sua maleta. Satisfeito, Shoran cerrou os olhos, pensando no problema que precisava resolver. Com certeza, Fuutie e Hideki iriam passar a noite em Wakani, em alguma hospedaria ali perto. Tinha de levantar-se e ir atrás dela o quanto antes!
Tentou sentar-se outra vez, bem devagar, mas os músculos de seu abdômen protestaram em espasmos doloridos. Conseguiu manter a cabeça firme, sem tonturas, e, depois de alguns instantes, a porta se fechou e Sakura para seu lado. Ela trazia uma bandeja com sanduíches e duas canecas fumegantes. O cheiro forte e agradável de café inundava o quarto.
-Shoran, pelo amor de Deus, deite-se!- ela pediu apressando-se em colocar a bandeja sobre a mesinha de cabeceira.
-Só depois de recuperar minha irmã!- ele teimou, preparandose para colocar as pernas para fora da cama.- Ela deve passar esta noite em Wakani e, quanto ante eu a encontrar, melhor!
-Olhe, podemos falar a respeito depois, quando você há tiver se alimentado, está bem?- Sakura tentou contemporizar.- Se Fuutie vai ficar aqui esta noite entao você vai ter muito tempo para ir atrás dela, concorda?
Shoran não conseguia explicar nem a si mesmo essa sua nova e mais forte compulsão de seguir atrás da irmã. Entao, como podia fazer com que Sakura também compreendesse? Estava prestes a erguer as cobertas e sair da cama, quando se deu conta de que estava nu. Nesse meio tempo, Sakura abria a bolsa e preparava para pagar os honorários do médicos
-Não se preocupe em me acompanhar, senhora. Cuide do sr. Li- disse o doutor, afastando-se até a porta.- E não hesite em me chamar, mesmo que seja no meio da noite, caso as condições dele piorem.
-Obrigada, doutor. O senhor foi de grande ajuda.
Ela pegou uma das xícaras, na intenção de oferece-la a Shoran, que preferia manter sua opinião sobre o medico para si mesmo. Tomou um gole do café, esperando que este o reanimasse mais depressa. Ouviu o medico dizer-lhe ainda, antes de fechar a porta:
-Vai se recuperar ainda mais depressa se conceder um ou dois dias de descanso ao seu corpo, sr. Li. Sugiro que descanse bastante e deixe que sua adorável esposa cuide bem do senhor.
Esposa... Shoran quase se engasgou com o café.
Oi gente!!!!!!!!!!!
Aí c vai mais um capitulo! Espero q eu não tenha demorado mt, heheh..... Bem, eu vou da uma brechinha do próximo capitulo pra vcs: Sakura e Shoran vão ter umas cenas d romances. AEEE até agora eu não botei nenhuma deles, né? Só botei pensamento..... mas bem, é so isso q vou falar por enquanto. Obrigada pelas reviews:
Julia Yuri: Estou feliz q esteja gostando da historia Sinto em de decepcionar em relação a Sakura e Shoran, mas eu vou fazer eles brigarem um pouco mais nos capítulos seguintes. Mas atendendo o seu pedido o próximo cap. vai ter um romancizinho entre eles. Beijos!
Cinthya Ogawara: Oii!!!!! Mil desculpas a demora do cap. anterior, eu num tava com mt inspiração, heheheh..... Mas dessa vez não demorei mt para atualizar. Espero q goste desse capitulo Beijos!
Angiel MG: Mil desculpas pela demora, como eu disse pra Cinthya Ogawara, eu tava meio q sem inspiração.... Bem,
espero q esteja gostando. Beijos!
Yuri Sawamura: Que bom q esteja gostando, estou fazendo o meu melhor Beijos!
Anna Lennox: Oi Aninha!!!! Desculpa pela falta d email, fiquei d recuperação em mat. E minha mãe me obrigou a estudar pra caramba. Bem, fiquei meio desanimada sim, só q eu vou com essa fic até o final, tb porq é minha primeira, e tb porq é uma distração pra mim ,hehehe. Beijos!
Miaka: Eu fiz uma Sakura meio analisadora, heheh, pra variar. Já no Shoran, ele ta louquinho pela Sakura só q ela não quer nada com ele,... tadinho. Mas, bem eu to pensando em fazer isso mudar. Espero q esteja gostando. Beijos!
Bem, pessoal espero q eu tenha agradado com esse cap.
Beijões e ate a próxima
Warina
