YYH não me pertence.
Capítulo dois! o/ Obrigada á todos pro estarem lendo!
Reviews:
Capítulo 2
Música desse capítulo: He wasn't
Autora: Avril Lavigne.
--------------------
There's not much going on today
I'm really bored is getting late
What happened to my Saturday?
Monday's coming the day I hate
(Não há muita coisa acontecendo hoje
Estou entediada, está ficando tarde...
O que aconteceu com o meu sábado?
A segunda-feira tá chegando; o dia que eu odeio.)
Era uma linda manhã. Pelo menos para Botan que estava deitada em sua cama ouvindo músicas nada agitadas e que deixavam qualquer um frustrado logo ás 11:00h. A única coisa em que passava pela sua cabeça, era a noite inesquecível que tivera com Yusuke.
I'll sit on the bad alone
Staring at the phone
He wasn't what I wanted
What I thought, no
He wouldn't even open up the door
He never made me feel like I was special
He isn't really what I'm looking for
(Vou ficar sentada na cama sozinha
Olhando pro telefone
Ele não era o que queria,
O que eu pensava, não
Ele nem sequer abria a porta pra mim!
Ele nunca me fez me sentir especial
Ele não é mesmo o que eu tava procurando)
Pórem, prazer não é tudo. Ela estava pensativa, pois há dias não sabia do que queria para si mesma.
-Todas as nossas discussões se resolvem com um beijo, um carinho... Isso não está certo. Vou conversar com Yusuke quando ele chegar. Espero que chegue logo. –Ela estava ansiosa.
Não demorou muito para o pensamento da garota de cabelos azuis se realizar. Yusuke chegou batendo a porta com força, estava nervoso e parecia estar criticando alguém.
-Quem ele pensa que é? Está achando que eu vou aceitar? –Dizia Yusuke todo estressado.
Botan se levantou, desligou o som, se encostou na porta e ali ficou, parada.
-O que houve Yusuke?
-Nada que você possa me ajudar. –Ele respondeu fechando a porta do banheiro na cara de Botan.
E lá ele se trancou. Um enorme silencio tomou conta daquela casa e só se ouvia o barulho da água caindo do chuveiro.
-Realmente está na hora de termos uma conversa. -Pensou a garota se deitando novamente em sua cama.
This is when I start to bite my nails
And clean my room when all else fails
I think it's time for me to bail
This point of view is getting stale
(Essa é a hora que eu começo a roer minhas unhas
E limpar meu quarto quando tudo dá errado
Eu acho que tá na hora de eu sair
Esse ponto de vista tá ficando antiquado)
-Minamino-san! Minamino-san!
Kurama olhou lentamente para trás, até encarar sua secretária, que corria em direção á ele com alguns papéis em mãos. Realmente, final de tarde e alguém gritando seu nome no meio da calçada, após sair de seu escritório, não era lá o que queria... Pelo amor de Deus! Estavam no fim da semana! Um pouco de paz em plena sexta-feira é pedir muito?
-O que houve? –Ele perguntou calmamente.
-É que... –Ela lhe estendeu os papéis. –Acabaram de chegar e dizem que é urgente. Esses documentos têm algumas provas sobre aquele caso.
-Certo. Obrigado. Isso vai ajudar?
-Sim, vai. Dei uma olhadinha. Com certeza, você vai vencer esse caso com esses documentos. Mas precisam disso na segunda, com um relatório.
-Ótimo. Agora, tenho que ir.
Ela suspirou, abaixando a cabeça, e murmurou triste e timidamente.
-Que pena... Eu te vejo na segunda. Até lá.
-Até.
Começou a se distanciar dela o mais rápido possível. Que ótimo: agora tinha certeza de que sua secretária estava á fim dele. Não que ela não seja bonita; pelo contrário, recebeu alguns convites para ser modelo e os recusou, ainda não sabia por quê. Mas o problema é que trabalham juntos... Andava pela rua agora mais lentamente, olhando distraidamente para o lado. Até que chegou em uma rua em que jurou ver cabelos azuis voando pelo vento. Parou na hora ao ver que era mesmo aquela garota: Botan. Nem sabia se aquele era mesmo seu nome, mas não importava. A observou pegar algumas cartas na caixa de correio em frente á sua casa, com uma cara meio nervosa, e começar a andar na direção contrária da dele, olhando as cartas.
Já ia começar a andar em direção á ela, mas se lembrou que tinha que visitar sua mãe ainda hoje... E havia combinado de se encontrar com ela em quarenta minutos. E ele é um homem decente, que não troca sua própria família por uma provável mulher que acabaria arrastando pra cama.
-Ah... Eu sou sim! –Ele disse para si mesmo, com um sorriso maldoso, e começou á andar em direção á Botan. Mas então, parou de repente. Não podia fazer isso... Pelo menos agora, sabia onde ela provavelmente morava. Isso é o que importava. Deu meia volta e seguiu seu caminho para casa, incrivelmente á três ruas da de Botan.
I'll sit on the bad alone
Staring at the phone
He wasn't what I wanted
What I thought, no
He wouldn't even open up the door
He never made me feel like I was special
He isn't really what I'm looking for
(Vou ficar sentada na cama sozinha
Olhando pro telefone
Ele não era o que queria,
O que eu pensava, não
Ele nem sequer abria a porta pra mim!
Ele nunca me fez me sentir especial
Ele não é mesmo o que eu tava procurando)
Confesso uma coisa: nunca imaginei que estaria pensando em terminar com Yusuke. Sinto que está faltando algo... Com certeza, está faltando algo. É claro que ele me respeita, brinca comigo, me faz rir, me faz me sentir como uma mulher... Mas... Eu sinto que está faltando algo importante... Mas não sei o que é. Ele sempre me deu carinho, prazer, e sempre me senti bem com a presença dele. Nossas conversas são reconfortantes. Mas apenas isso não basta...
Guardei as cartas em meu bolso da calça e continuei a andar. Comprei algumas coisas na mercearia e passei em algumas lojas. Voltava caminhando devagar para casa. Quando estava quase chegando, senti um peso em minha bolsa e fui puxada para trás. Foi tudo muito rápido. Quando percebi, minhas compras haviam caído e alguém me prensava fortemente em um muro. Essa mesma pessoa me beijou de um jeito forçado, que me fez tentar empurrá-lo, mas ele me prensou mais ainda. Ai caramba...
-Socorro...! –Tentei gritar de novo, mas ele calou minha boca com sua mão nojenta... Ele rasgou a minha alça esquerda da minha blusinha e me lambeu no pescoço e no ombro. Tive vontade de vomitar. Estávamos no meio da calçada e o cara tentava me estuprar? Que tipo de burro ele era? E se alguém ver? Droga... Senti uma repulsa enorme quando ele tocou um dos meus seios e apertou como seu fosse um travesseiro. Senti dor e tentei gritar, mas a mão do desgraçado abafou meu grito. Porcaria... Ele retirou uma faca da outra mão e sorriu de um jeito malicioso. Ai não... Fique gritando e a mão dele abafava meus gritos. Merda! Ele preparava pra enfiar a faca no meu braço. Eu fechei meus olhos e logo, senti um alivio em meu corpo. Abri meus olhos e vi o cara no chão, se levantando, com a boca meio machucada. E perto dele, ali estava aquele ruivo que vi outro dia, na estação de metrô.
O outro se levantou e eu fiquei observando a cena, parada, congelada... O cara que me atacou se levantou com a faca na mão, apontando pro ruivo. O ruivo ficou com um olhar extremamente assustador e superior. O outro se encolheu um pouco e acabou saindo dali correndo. Foi aí que o ar voltou pros meus pulmões. Puxei o ar com força, meio assustada ainda.
-Obrigada... –Agradeci, meio tonta. Ele se aproximou de mim. –Eu estou viva graças á você. Muito obrigada...
-Não precisa me agradecer. A propósito, meu nome é Shuuichi Minamino. Pode me chamar de Kurama. –Ele pegou minha mão direita e a beijou delicadamente. Caramba... Se só naquele dia que a gente se olhou eu fiquei pensando nele, imagine agora que ele beijou minha mão? Ele se afastou um pouco e pegou minhas compras. Enquanto isso, eu senti meu rosto esquentar e segurei a minha alça da blusa para erguê-la um pouco, para se tornar um pouco mais decente. Ele estendeu as duas sacolas pra mim e eu a peguei.
Nossas mãos se tocaram com o ato. E nessa hora, senti meu rosto esquentar ainda mais com o contato da pele dele, tão macia e tão... Quente... Ele soltou depressa, um pouco envergonhado.
-Posso... Saber seu nome? –Ele perguntou, um pouco tímido.
-Botan... Muito obrigada, Kurama.
-Não precisa agradecer. Por sorte, eu estava passando por aqui perto. Eu infelizmente preciso ir, Botan. Precisa de mais alguma coisa?
-N-não... Muito obrigada, Kurama. Você mora aqui perto?
-Bem, sim. Mas estou indo pra casa de minha mãe, agora. Preciso me encontrar com ela.
-Ah. Sim, certo. Com licença e até logo.
Comecei a andar. Sentia que, se eu ficasse perto dele por mais tempo, acabaria o beijando. Mas que diabos de pensamentos são esses!
Uh, ah, uh, uh, uh, ah, uh, ah
Uh, ah, uh, uh, uh, ah, uh, ah
Vi ela se afastar pelo mesmo lado em que eu tenho que ir. Queria correr até ela, abraçá-la, e reconfortá-la pelo que acabou de acontecer com ela. Sentia que ela estava sensível por causa daquilo. Queria mesmo abraçá-la. Mas no que eu tava pensando? Ela já tem um cara... Só queria saber se ela estava mesmo bem... Bom, pelo menos o pior não aconteceu. Esperei ela desaparecer da minha vista e assim, eu comecei a andar, na mesma direção que ela estava indo. Por sorte, ela já havia entrado em casa. Suspirei um pouco aliviado e continuei meu caminho.
No caminho todo, fiquei pensando em Botan. Eu sentia que ela mentia sobre estar bem... Mas eu não podia simplesmente ir á casa dela e forçá-la a me dizer o que tava errado...
-Shuuichi. –Era a voz da minha mãe. Olhei para o lado e percebi que quase ia ultrapassando a casa dela. Ela estava sentada ao lado de meu padrasto da escadinha da porta da frente. Sorri e fingi que não estava pensando em nada importante; não queria preocupá-la. E não queria me preocupar mais.
Na, na, na, na, na
We've all got choices
Na, na, na, na, na
We've all got voices
Na, na, na, na, na
Stand up, make some noise
Na, na, na, na, na
Stand up, make some noise
(Na, na, na, na, na
Nós todos temos escolhas
Na, na, na, na, na
Nós todos temos vozes
Na, na, na, na, na
Levante-se, faça barulho
Na, na, na, na, na
Levante-se, faça barulho!)
Ouvi Botan entrar em casa. Nem isso conseguiu me desconcentrar em meu trabalho. Aquele estresse todo passou; o cara, um tremendo vacilão, ligou pra mim e se desculpou. Por eu estar meio desanimado pra discussões, aceitei as desculpas dele e agora estou mais calmo. Pelo menos ele admitiu que a culpa foi dele. Ouvi Botan subir as escadas de um jeito bem apressado. E o milagre foi que ela não tropeçou. Estranho... Ela entrou no quarto. A alça da blusa dela estava rasgada e ela parecia estar chorando. Ali tinha coisa errada... O rosto dela ficou extremamente triste e eu me levantei.
-O que houve? –Perguntei, me aproximando dela.
-Yusukeeee... –Ela chorou ainda mais e me abraçou.
-O que aconteceu, Botan? Caiu? Foi atropelada? Fala, mulher!
-Dá pra esperar seu insensível! –Ela gritou, se afastando um pouco de mim e limpando suas lágrimas com força. Depois, ela continuou, um pouco mais calma. –Eu tava voltando da mercearia quando, de repente, aparece do nada um desgraçado tarado que quis me estuprar.
-Como é?
-Foi isso mesmo o que você ouviu. Quando aquele filho da mãe ia me atacar, um cara me salvou.
-Quem?
-Shuuichi Minamino. Um ruivo que eu vi na estação de metrô ontem. E... Eu quase morri...
Ela começou a chorar de novo, escondendo seu rosto entre as mãos. Minha primeira reação foi me aproximar dela e a abraçar. Depois, senti uma raiva subindo em meu corpo. Como eu queria encontrar o cara e soca-lo até ele aprender á não atacar minha Botan!
-Botan... –Disse assim que ela se acalmou. –Meu amor, precisa de alguma coisa?
Ela suspirou e me respondeu.
-Preciso. Preciso conversar com você. Preciso discutir nossa relação.
"Preciso discutir nossa relação." Essas são as quatro palavras que causam medo e nervosismo em um homem; qualquer homem. Droga... O que eu fiz de errado? Ela se afastou um pouco e me olhou nos olhos.
-Você anda vacilando comigo, Yusuke.
–Hein?
–Você anda... Você anda muito emotivo. E isso se reflete no seu humor. Eu não digo nada. Você tá ficando de cara emburrada o dia todo e sendo mal educado com todo mundo. E chega á noite, você diz que me quer. Eu vou e te dou o que você quer, porque, afinal, não é você que sente prazer apenas. Mas esse não é o ponto; até fazer amor com você anda me magoando psicologicamente. Yusuke, me desculpe, mas não dá mais! Eu sinto que... Aquele amor, aquele fogo que eu sentia no começo da nossa relação está sumindo... Anteontem e ontem na casa da Genkai, ocorreu tudo bem, mas não o bastante para que eu pudesse mudar minha idéia... Sinto muito Yusuke, mas... Eu quero que nosso namoro dure até aqui. Não que não tenha sido bom, mas pra mim chega... Eu não... –Ela abaixou sua cabeça e fungou o choro. –Eu não estou nenhum pouco feliz com isso... Olha, hoje você dorme aqui. Amanhã, você pode pegar suas coisas e sair.
-Você tá me dispensando?
-Preciso desenhar? Eu percebi que não é você quem eu quero. Não é você que eu to procurando... E acho que eu não sou quem você tá procurando. Espero que você encontre a pessoa certa. Um dia você irá, Yusuke. Agora, eu vou me deitar. Boa noite.
Eu não podia acreditar! Ela me dispensou mesmo! Mas... Quem sabe ela não esteja certa?
I'll sit on the bad alone
Staring at the phone
He wasn't what I wanted
What I thought, no
He wouldn't even open up the door
He never made me feel like I was special
He isn't really what I'm looking for (2x)
(Vou ficar sentada na cama sozinha
Olhando pro telefone
Ele não era o que queria,
O que eu pensava, não
Ele nem sequer abria a porta pra mim!
Ele nunca me fez me sentir especial
Ele não é mesmo o que eu tava procurando ((2x – na segunda vez sem essa frase))
Acordei com o barulho da porta do segundo andar se fechando. Yusuke tinha saído. Droga... Como eu senti falta dos toques dele á noite... Mas eu tinha que ser forte. Deixei ele dormir na mesma cama e tal, mas nós não fizemos nada. Não nos falamos, não nos olhamos, não nos tocamos... Nada. Eu tenho apenas que ser forte... Só espero que eu agüente. Ah é!
E eu sonhei com aquele ruivo. O Kurama. E que sonho... Sonhei que eu e ele estávamos nos beijando, em cima da minha cama. Estávamos tão abraçados... E estava nevando e vestíamos blusas, casacos e calças cumpridas, por causa do frio. Agora eu acordei e me senti tão... Tão quente... Eu me senti de um jeito que nunca senti quando estava com Yusuke. Senti uma colegial boba e apaixonada. Como é que é? Boba e...
Dei um pulo em minha cama. Não pode ser... Eu nem sequer conheço o cara! Apesar de que com o Yusuke foi a mesma coisa... Não... Não! NÃO! Por tudo que é mais sagrado: NÃO! Eu não podia estar apaixonada por alguém que não conhecia! Ou será que eu posso estar errada quanto á isso? É... Eu poderia estar apaixonada mesmo... Será que eu vou vê-lo novamente? É possível: ele disse que mora perto daqui, não é? Tomara que eu o veja mais... No que eu to pensando!
Like I was special
'Cause I was special!
(Me sentir especial
Porque eu era especial!)
Uh, ah, uh, uh, uh, ah, uh, ah
Uh, ah, uh, uh, uh, ah, uh, ah
Na, na, na, na, na
Ótimo! Consegui ficar uma noite sem dormir. E tudo por que eu fiquei pensando naquela garota... Botan... Sinto que ela ainda não está bem. E eu nem sei mais se foi por aquilo que quase aconteceu com ela, ou se é por que eu simplesmente não consigo tirá-la da cabeça. É estranho ficar pensando nisso, ou melhor, é estranho eu ficar pensando nisso, pensando em uma mulher que eu mal conheço... Ou melhor, e desde quando eu fico pensando em apenas uma mulher? E desde quando eu... E desde quando eu sinto... Eu me sinto desse jeito quando penso em alguém...? Esse já não sou eu... E esse cansaço não ajuda nenhum pouco.
Preciso vê-la de novo... Não sei por que, mas quero vê-la de novo.
------------------
Certo, capítulo 2, terminado n.n Desculpem a demora! XD E valeu pela ajuda Jéssica! o/
