Espero não ofender ninguém, especialmente porque tem alguns personagens que ficaram meio estranhos, mas mesmo assim: estou aberta à críticas.
Também espero poder agradar com essa que vem a ser minha primeira fanfic.
E não posso me esquecer das formalidades: Eu não possuo Cavaleiros do Zodíaco, é tudo do Sr. Kurumada.
Vamos à história:
"Feliz Aniversário!"
Capítulo 1 - Uma idéia muito louca!
8 horas da manhã no Santuário.
O elegante despertador suíço toca na mesa de cabeceira e uma delicada mão de pele alva se estende para desligá-lo. O ocupante do quarto se espreguiça felinamente até se deparar com o calendário posto ao lado do despertador. Arregala os olhos e um enorme sorriso se abre em seu rosto jovem.
Afrodite então se levanta ligeiro para tomar um banho caprichado antes de descer para tomar café da manhã. Quando chegou ao salão comum do Santuário, eram 10 horas da manhã. Chegou cantarolando e gritou alegremente para os outros cavaleiros de ouro:
-Bom dia todo mundo!- E foi se sentar numa mesa limpa.
-A florzinha está especialmente animada hoje, não acham?- Comenta Máscara da Morte para seus companheiros usuais de refeição: Shura, Aldebaran e Aioria.
-Talvez... mas vocês sabem o que isso significa, né?- Foi a vez de Shura comentar, erguendo levemente as sobrancelhas. - Ou tem algo muito bom pra acontecer, ou ele planejou outra festa daquelas...
-Fala sério, Shura! Mais uma daquelas? Eu não acredito... Da última vez foi um senhor baile de dia dos namorados... E o idiota espalhou tantas rosas por aí que logo não sabia mais quais eram envenenadas, e todo mundo teve de usar máscara de oxigênio por uma semana...
- Foi divertido pelo menos, ele convidou todas as amazonas e só não fez a festa quem não quis...
- Fale por você, Aioria, você não ficou com o Afrodite colado na tua bunda o dia todo, ficou? Então não venha me falar de "fazer a festa"...
-Hum, estamos de namorada nova, Máscara? E aí? O Afrodite vale a pena?
-Vai descobrir por você mesmo, sua besta!
-Sem baixaria, vamos... –E de novo Aldebaran intervia para que os dois não se matassem. Era aparentemente mais uma manhã normal.
Shaka, Mu, Milo e Camus estavam numa outra mesa, conversando mais civilizadamente:
-Eu acho que nosso colega extraviado está animado para alguma coisa hoje. - Foi o comentário de Shaka.
-O que foi? Nunca viram a boneca cantar? Dá um tempo, ele faz isso todos os dias...- Milo foi mais direto, recebendo um olhar frio de Camus, com direito a ventinho gelado e tudo, e este logo emendou:
-Realmente tem algo diferente... O que poderia ser?
Com toda a calma do mundo, para deixar Shaka verde de inveja, Mu ergue ligeiramente o olhar do jornal para comentar muito casualmente:
- Hoje é aniversário do Afrodite. Ele tem todo o direito de cantar.
Os três pararam o que estavam fazendo, parecendo estátuas de tão pálidos que estavam por causa do choque, e só despertaram com o grito de dor de Milo, que derrubou o café quente no colo. Aproveitou o desculpa de ir ao banheiro para passar na outra mesa e cochichar para o mais racional dos outros quatro, Aldebaran,a notícia bombástica. Aldebaran por sua vez, parecia apenas divertido com o fato.
- Parece que a florzinha tem muita coisa para cantar, usando seus termos, Máscara...
- Por que diz isso, Aldebaran?
- Hoje é aniversário do Afrodite.
Era como se o céu tivesse desabado na cabeça dos três infelizes cavaleiros, que ficaram estáticos e empalideciam cada vez mais. Aldebaran simplesmente não conseguia mais parar de rir da cara de medo dos três rapazes, até que Saga se levantou da mesa em que estava sentado e veio saber o que era tão divertido:
- Deba, meu caro, que se passa? A Saori pediu para eu ver, já que metade do salão agora está olhando para você...
- Saga, meu caro, observe a cara destes patos que não têm calendário em casa e me diga o que se passa.
Saga observou que Aioria já tinha mingau pingando do queixo já que esquecera a boca aberta, Máscara da Morte ainda estava adquirindo uma adorável coloração azul porque se esquecera de respirar e Shura olhava perplexo para sua xícara de café, que aparentemente tinha resolvido se jogar na mesa por livre e espontânea vontade.
Saga também achou a cena divertida e riu baixinho, mas ao fazer isso tirou os três cavaleiros do estado de transe. Enquanto os três se recuperavam do choque, Saga aproveitou para voltar à sua mesa, enquanto que Afrodite se aproximava, indo em direção ao buffet.
Os três se ajeitaram como puderam para parecer tudo em ordem, já que notaram o cosmo de Afrodite se aproximando.
- Gente, até parece que passou um furacão aqui...
- Você nem imagina, Dido...
- Oba! Me conta então o que foi, Deba, que eu tou morrendo de vontade de saber porque você ria tanto!
- Imagine você que...
- Que o Deba simplesmente falou uma porcaria sem tamanho e estamos meio abalados até agora, e ele ficou aí rindo da nossa cara.
Máscara resolveu interromper a conversa antes de meter os outros em confusão. Estava decidido a impedir outra maluquice de Afrodite, fosse como fosse. Ia se reunir com os outros depois, mas agora o que importava era despistar a "florzinha".
- Só isso? Que povo mais sem graça...
Afrodite foi se servir enquanto os quatro respiravam aliviados. Realmente, aquela tinha sido por pouco...
- Ai... não quero nem pensar no que vai acontecer hoje.
- Calma, Shura, nem tudo tá perdido. Tenho um plano...
- Sério? Essa eu quero ouvir, o Máscara planejando uma festa pra flor... Eu sabia que vocês estavam de namorico...
O barulho de Aioria caindo no chão desmaiado foi o suficiente para fazer Saori se levantar da mesa que dividia com Saga para se aproximar:
- Menos algazarra. Vocês vão ter de se retirar, agora. E levem Aioria pra enfermaria...
Ela supervisionou a saída dos bagunceiros, para que não incomodassem mais os outros cavaleiros. Enquanto ela estava distraída com a retirada de Aioria, Aldebaran foi discretamente à mesa dos outros cavaleiros de ouro para deixar um bilhete do lado do prato de Camus.
- Que é isso?– Perguntava Milo, lendo o bilhete por cima do ombro de Camus.
- Parece que a gente vai se reunir lá na casa de Gêmeos, convocação do Máscara...
- Melhor que seja lá, a casa de Câncer continua insuportável...- Shaka fez uma careta de asco ao se lembrar.
- Me pergunto apenas sobre o que seja. Talvez alguma idéia sobre o que fazer com Afrodite?- Camus já estava sendo sensato.
- Espero que sim, não quero ter outra festa como a do dia dos namorados. Isso porque ele disse que vai repetir a dose em junho porque aparentemente lá no país do Deba a data é diferente, e por isso ele quer fazer de novo, pro Deba se sentir em casa...
-Ah, mas foi tão legal...- Milo abriu um sorriso de orelha a orelha ao se lembrar da "noite infindável", como foi apelidada a festa depois. Mas até aí, todas as festas que Afrodite planejava sempre tinham essa tendência.
Nunca fora um rapaz modesto, e agora não era tempo de começar. Sempre que tinha algum feriado interessante com algum tipo de comemoração, Afrodite se apressava em organizar um evento que reunisse todos do santuário, e normalmente se metia em maus lençóis diante de Saori, que agora comandava o santuário.
Afrodite, no entanto, estava calmamente tomando seu café enquanto idéias mirabolantes já rodavam a mil por hora na sua mente.
"Se eu fizer no salão, a Saori vai ficar brava de novo... Então teria o refeitório, mas não tem infra-estrutura... Tem o pequeno pavilhão, mas é tão pequeno..."
Perdido em devaneios, Afrodite só notou que Saori se aproximava quando ela tocou seu ombro pra lhe chamar a atenção.
- Espero não estar incomodando, Afrodite. Posso me sentar?
- Claro, Saori! O que você veio me contar de bom?
- Vejo que está animado, Afrodite, e posso imaginar porque...- O olhar proibitivo de Saori foi o suficiente para fazer Afrodite se calar- Afrodite, eu sei que você adora dar festas, e que hoje é justamente um dia de comemorações..- Afrodite abre um sorriso radiante, mas nem isso faz Saori parecer menos séria- ...mas regras existem para serem cumpridas e limites para serem respeitados. Ou este ano você faz algo comportado, ou nunca mais permitirei que você faça festas aqui no santuário. Haja visto o que aconteceu no dia dos namorados...
- Mas eu juro que estava tudo sob controle! Deu azar de chover justo naquela semana...
- Sei, sei...
A cara de "eu estou falado sério" de Saori desanimaria qualquer um, mas não Afrodite. Mil idéias mirabolantes ainda atravessavam sua mente quando a nova Mestra do Santuário se retirou calmamente para subir as escadarias até o salão do Grande Mestre. Realmente, esta festa estava se provando difícil de acontecer... "Talvez se eu pudesse apenas convencer a Saori a liberar o Pantheon..."
Perdido em seus devaneios novamente, Afrodite nem notou quando de repente todos seus colegas de ouro que restavam no salão se retiraram silenciosamente e se dirigiam ao templo de Gêmeos.
oOoOo (isto é uma linha divisória...)
Quatro cavaleiros subiam as escadarias das doze casas, passando pelas duas primeiras casas e parando na terceira, todos meio a contra-gosto, mas apenas esperando o resto de seus companheiros.
- Vocês têm certeza de que eu tenho de ficar?
- Pára de reclamar, Shaka, a sua flor de lótus não vai fugir.
- Mas não é com ela que eu estou preocupado... – "E agora? Como vou ver minha novela?"
- Então pára de encher o saco. Lá vem o resto.
Outros quatro cavaleiros subiam as escadarias, e Aioria estava com um enorme curativo no nariz. Estava falando engraçado e não parava de reclamar com Máscara da Morte, que apenas ria da fala enrolada do outro. Quando todos se reuniram no saguão da casa de Gêmeos, Mu foi o primeiro a se manifestar:
- Tem certeza absoluta de que o Saga não se importa, Máscara?
- Larga mão de ser chato, Mu, eu perguntei pra ele se podia e ele deixou.
Oito cavaleiros sentados em roda no saguão de uma das doze casas... Considerando as atuais circunstâncias, poderia se dizer que eles iam tramar uma estratégia de guerra. Os mais animados queriam resolver o negócio da festa para que fosse bombástica sem irritar Saori, enquanto que os menos animados com aquela história estavam mais interessados em se livrar de uma festa-mico do qualquer outra coisa, então trataram de tentar pelo menos dar uma idéia aqui e ali.
- Certo, podemos tentar fazer algo fora do santuário...
- E lá tem lugar pra todo esse bandão de cavaleiros em Atenas, Máscara? Tem que ser aqui dentro mesmo.
- Mas e aqueles salões enormes da cidade? Estão para alugar, e podemos ver algo para festas.
- E por acaso dinheiro cai do céu, ô esperteza rara?
- Bas e que tal fazer da vila?
- A Saori já proibiu...
Aquilo estava se mostrando mais difícil do que parecia. Diversas idéias foram consideradas, mas todas tinham alguma falha. Todos estavam quebrando a cabeça para resolver o problema.
"Agora que eu já perdi minha novela mesmo, vou falar o que eu acho..."
- E se a gente fizer espalhado pelas doze casas?
- Como assim...?
Shaka fez uma cara de indignação. Uma idéia tão simples...
- A gente espalha a festa. As casas estão sempre liberadas, cada um faz um pedaço da festa. Pode ser temático ou não, pode ser simples ou sofisticado, mas aí os cavaleiros podem escolher onde vão ficar.
- Ah... Entendi. Mas e o Afrodite?
- A gente leva ele pra fora do Santuário antes de tudo, e cada um deixa algo preparado pra ele, uma roupa ou sei lá, do jeito que ele é vaidoso...
Todos olharam para Shaka incrédulos. Afinal, de onde saíra aquela idéia mirabolante? Realmente, o loiro tinha mais surpresas na manga daquele sari do que Milo tinha cartas de baralho no casaco...
- Que vocês acham? – Shaka estava ficando impaciente, queria aproveitar para meditar um pouco depois daquela joça toda. Afinal, planejar festas não era com ele.
-Perfeito... – Era tudo o que Milo podia dizer. Até certo ponto, tudo o que todos podiam dizer, pois cada um já tinha uma bela idéia do que pretendia fazer.
- Só falta tirar no palitinho quem vai levar ele pra fora.
- Tirar no palitinho o quê?
- Saga! Você é dosso herói!
- Tá! Eu tiro no palitinho... Não gostei do tom que o Aioria usou...
Sendo o dono da casa, Saga foi buscar alguns palitinhos para tirarem. Quebrou um e embaralhou na mão. Cada cavaleiro que tirava dava um suspiro de alívio ao ver que era um palito inteiro. Acabou sobrando para Camus, que fez uma cara de quem vai à guerra e sabe que não vai voltar.
- É o seguinte: vocês saem à uma da tarde e voltam lá pelas oito ou nove horas, pode ser?
- Pode, né.
- Então aproveita que você tem mais três horas para arrumar a sua casa ou deixar instruções para alguém, por que você não vai ter tempo para mais nada.
- Espera aí... Quando a gente voltar, ele vai querer se arrumar, e aí como fica?
- Eu deixo minha casa vazia e vocês podem usar. Eu faço a minha parte em Libra. – Um resolveu a situação em dois tempos.
- Tá, mas o Máscara vai ter de aproveitar e fazer em Sagitário o que quer que seja que ele queira, ninguém teria coragem de entrar parar curtir uma... "festa". – E Camus aproveitou para resolver outra "situação" em um tempo emeio...
- Certo, certo, eu faço em Sagitário.
- Mas qual é a idéia de vocês?
Todos riram da cara de bobo de Saga, enquanto se levantavam para irem cada um para sua casa. Aldebaran ficou para explicar para ele a idéia do grupo e Saga acabou achando a idéia boa. Então foi cada um resolver o que faria, menos Camus, que deixou algumas instruções simples para Kiki, Marin e Shina, que se dispuseram a ajudá-lo no pouco tempo que tinha.
Todos sabiam que Afrodite não iria subir tão cedo para a sua casa, estando um sol de rachar. Ele já estava estirado no pátio menor do centro de treinamento, ao lado da piscina. Chegada a hora, Camus foi buscá-lo.
- Er... Afrodite?
- Sim, Camus?
- Quer vir comigo na cidade? Estou precisando de.. companhia para fazer algumas... compras.
- Claro, bofe! Porque não disse antes, já estava na hora de sair do sol mesmo. Você espera eu subir e trocar de roupa?
- Si... quer dizer, não! Estou com certa pressa... Tem um lugar que quero.. ir.
- Ok, ok, ainda bem que sempre deixo alguma coisa no armário aqui embaixo.
Encafifado com o comportamento do amigo, Afrodite resolveu ir na dele, afinal, não era todo dia que tinha companhia pra ir à cidade.
Mal sabia ele o que o esperava.
oOoOo
Gente, esse foi o primeiro capítulo. Espero que vocês tenham se divertido lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo...
Só um comentário: Na hora do palitinho, quase que eu chame um bando de amigos meus para jogar comigo, porque eu não tinha a menor idéia de quem escolher, mas acabei sorteando e saiu o Camus, numa ironia suprema. Eu até tinha considerado o Shaka, mas resolvi sortear porque era mais... justo.
Perdoem esta maluquinha que vos fala...
Vejo vocês no próximo capítulo! E deixem review, por favor!
