Desta vez me senti com a obrigação de responder alguns reviews, já que apresentam perguntas pertinentes...
Srta. Juliane.chan: Infelizmente nada acontecerá entre Camus e Camille (Ou Cá e Mi, como carinhosamente foram apelidados um pelo outro) pelo simples fato de serem amigos fraternos. Camus conheceu Camille há muito tempo, em Paris, quando já estudava. Eles acreditam na verdadeira amizade entre um homem e uma mulher. Sinto em desapontá-la.
Srta. Lola Carilla: Também sinto em lhe dizer que nesta fic precisamente não ocorrerá qualquer tipo de yaoi, por mais que eu mesma apóie o movimento (realmente Camyu e Milucho deveriam ficar juntos para sempre), mas esta fic é voltada para o humor e não para o romance.
Agradeço a todos o apoio, isso me incentiva a escrever. Continuando com a história, espero poder continuar agradando.
Em frente, porque atrás vem gente, mas sem esquecer de um pequeno detalhe: Eu não possuo Saint Seya, é tudo do Sr. Kurumada.
"Feliz Aniversário!"
Capítulo 3 – Surpresa, surpresa...
Camus aguardava impaciente ao lado de seu Peugeot 307 conversível. Estava esperando Afrodite a mais de meia hora, e já estava considerando chamar o lerdinho de novo. Se bem que ele sabia que, sendo o Afrodite, a probabilidade dele se atrasar só para se arrumar um pouquinho mais era muito grande.
Estava apoiado na lateral do carro, de frente para um bonito casarão antigo muito bem conservado, com uma placa no gramado da frente com os dizeres: "Centro Estético Madame Bovary". Aquele centro era seu orgulho, afinal, o tinha fundado fazia pouco mais de dois anos, junto com sua melhor amiga e com o apoio de diversas marcas famosas na França. Conseguir o apoio das tais marcas tinha sido muito fácil, afinal era um verdadeiro cavalheiro francês.
"Certo, agora ele está extrapolando. As meninas têm de fechar o centro, não é possível que dê para enrolar tanto. O que será que ele está fazendo?"
Camus estava se preparando para chamar Afrodite quando este apareceu na soleira da porta. Estava mais radiante do que uma supernova, e parecia transbordar elegância e charme. No lusco-fusco daquele horário sua roupa parecia brilhar por conta própria, mas era só efeito da seda preta elegantemente cortada, com alguns detalhes muito discretos. A calça era preta também, num corte elegante e que ia bem com a blusa e os sapatos de couro legítimo. Tudo servia muito bem Afrodite, por mais que fosse tudo na medida de Camus.
- Você é muito gentil por me emprestar esta camisa, Camyu. Eu não sei o que faria se não pudesse me arrumar.
- Você ficou muito bem nela, Dido. Mas eu vou querer de volta... – Ele dá um pequeno sorriso – Por hora, pode usar. Vamos, senão não dá tempo de ir num último lugar.
- Qual lugar?
- O qual nós vamos... Oras Afrodite, acha mesmo que eu vou contar?
Afrodite pôs o dedo sobre os lábios, seriamente considerando a questão. Observou Camus entrar no carro e dar a partida. Notou que ele tirou um celular do bolso e parecia em dúvida para ligar para algum lugar. Aquilo estava suspeito, mas não conseguia bem saber o que era mais estranho.
Resolveu sair com Camus, afinal, não era todo dia que ele se dispunha a sair com alguém, em especial Afrodite.
- Vamos então. Quero exibir minha bela companhia para todas as pessoas que encontrarmos, onde quer que seja.
-Está falando de mim? Mas nem sou lá muita coisa, Dido. Você que é o bonitão do Santuário.
- Camyu, dá vontade de te bater às vezes.
O francês estava mais do que glamouroso numa camisa escura muito bem ajustada, de punhos abertos expondo os braços fortes e pálidos dele, combinando com a calça de sarja clara e os sapatos italianos. Todo o conjunto era uma exibição de bom gosto e refinamento, dignos do porte de Camus.
- Por quê? – Outro sorriso brotou nos lábios de Camus, pois ele sabia que era bonito para os padrões estéticos. Mas como era um verdadeiro cavalheiro, também tinha modéstia incluída na sua lista de virtudes.
- Deixa pra lá, vai. Mas me diz aonde vamos... – Afrodite faz sua melhor carinha de pidão.
- Surpresa.
- Ah, Camus, você não tem graça...
Camus enfim decidiu para onde ia telefonar, e falou em francês com alguém do outro lado da linha. Afrodite não cabia em si de tanta curiosidade, mas resolveu se conter. Finalmente Camus decidiu partir, e então foram até o centro da cidade para o tal lugarque Camus havia escolhido.
E era mais uma surpresa fabulosa, já que pararam diante do mais requintado restaurante francês de Atenas, o Chez Samu. Não parecia ser grande coisa, até que o cliente entra e se depara com tanto luxo e sofisticação que até se perde. Então a mais graciosa hostess que se possa imaginar vem até você e se oferece para te fazer companhia enquanto sua mesa não fica pronta, isso no caso de você estar desacompanhado.
Mas como todo excelente restaurante, pois a comida lá é mais do que excelente, havia um bar mais do que espetacular para aqueles em espera que tinham a sorte de desfrutar de uma agradável companhia como a de Camus.
E foi isso que fizeram, indo se sentar ao bar.
- Eu não acredito que estou no bar do Chez Samu com o Camus... – Os olhos de Afrodite pareciam querer saltar das órbitas.
- É... A dona me deve uns favores, então resolvi cobrar... Mas não vamos jantar. Só dá tempo para um drinque, culpa de não sei quem... – E Camus joga um olhar significativo para Afrodite, que fica corado.
- Ah, Camyu... Você disse que eu podia...
Camus abriu um sorriso, se divertindo com o embaraço do amigo.
- Imagina, tem nada não. Agora, o que você vai querer?
oOoOoOo
Considerando que a tarde e pré-noite de Camus não estava lá sendo muito difícil, as coisas no Santuário estavam um pouquinho mais desorganizadas...
Tendo finalmente conseguido pôr todas as coisas no lugar exatamente como Camus havia pedido, Marin, Shina e Kiki estavam descendo as escadas do Santuário para voltar à vila e assim poderem se preparar para uma festa que prometia muito.
Chegando na casa de Capricórnio, os três se depararam com um senhor salão de baile às antigas, com direito a uma pista de dança de madeira enorme, vários candelabros complementando a iluminação, e alguns outros itens charmosos, como um antigo bar com várias bebidas muito diferentes e um piano de cauda.
- Shura, de onde saiu esse piano?
O cavaleiro se surpreendeu, afinal, estava arrumando uma mesa com alguns petiscos e não viu os três entrarem. Se virando para ver quem era, apenas piscou um olho misteriosamente.
- Melhor eu não falar...
Marin parecia curiosa, Shina deu de ombros e Kiki chegou mais perto para ver, mas teve de sair correndo para alcançar as duas que já iam indo embora.
Continuaram descendo em direção à Sagitário, e lá se depararam com um arranjo de mesas similar ao que deixaram pronto na casa de Aquário, mas com um espaço perto do que parecia ser um pequeno palco e com a decoração significativamente mais alegre, em tons de verde e vermelho. Como não viram Máscara da Morte, resolveram prosseguir e sair dali rapidinho.
Afinal desceram até Escorpião e novamente tiveram de parar, mas agora por causa do escuro impenetrável.
- Milo! Acende a luz, poxa!
- Ah! Perdão! Eu estava tentando deixar tudo mais escuro, mas acho que já consegui o que queria...
Um pequeno estalo e o lugar se iluminou. Tudo o que puderam antes de Milo empurrá-los porta afora reclamando que eles iam realmente estragar a surpresa foram um bando de pufes, uma área aberta, enormes caixas de som e muitas luzes coloridas espalhadas em lugares estranhos.
Em Libra puderam ver a cuidadosa decoração ao estilo chinês de Mu. O que foi muito estranho, em especial porque o próprio estava ali no meio vestido à caráter, parecendo um verdadeiro oriental.
- Mestre Um! Nunca vi esses trajes antes!
- Oras, o Tibete é um pulo da China. Acha mesmo que eu não ia ter trajes de seda? – E Mu piscou um olho de forma marota.
Na próxima casa tiveram de atravessar correndo por causa do cheiro enjoativo de incenso, mas que Shaka estava resolvendo abrindo todas as janelas. A brisa fez com que todas as cortinas de seda esvoaçassem, criando um bonito cenário.
Enfim em Leão, eles pararam para admirar todos os vasos espalhados em todas as partes, menos num grande espaço ao centro. O calor estava insuportável, e Aiorira lutava com um vaso especialmente grande.
- Quer ajuda, Aioria?
- Ah! Aceito... este aqui está especialmente recalcitrante.
Com um pouco de esforço, o vaso foi posto no lugar, as últimas velas penduradas (- Mas Aioria! Não vai pegar fogo? – Sem estresse, foi tudo cuidadosamente planejado.), os sprinklers checados e a temperatura tornou a subir.
- Credo, Aioria! O que ta fazendo tanto calor?
- Ah... Aquecedores... Mas chega vamos, embora com vocês, quero que isto aqui continue razoavelmente surpreendente.
E assim os três tiveram de continuar em seu caminho. Na próxima casa, a de Gêmeos, o espetáculo de milhões de bolinhas se sabão por todos os lados foi o suficiente para que eles parassem alguns instantes, o mesmo tempo que levou para Saga vê-los e começar a enxotá-los dali, mas não antes deles verem os lasers coloridos em funcionamento.
Correram para atravessar Câncer, e viram finalmente Máscara da Morte. Ele estava selando a entrada e pondo sinais para as pessoas darem a volta na casa caso quisessem subir. Sábia decisão, decidiram os três, e continuaram em frente sem chamar a atenção de Máscara.
Ao atravessarem Touro, puderam ouvir trechos de um ritmo balançante de música, diferente
De tudo o que já haviam ouvido, a moa ser quando Deba pegava seu cavaquinho.
Finalmente passaram por Áries, a outra casa vazia, mas notaram que as luzes estavam acesas. Como Camus e Afrodite teria de eventualmente se arrumar, certo? Continuaram até a vila, a tempo de ver o famoso Peugeot 307 conversível voltando de sua longa estada fora.
- Afrodite, já chega! Não vou deixar você tomar outro Bloody Mary, nem que você se ajoelhe! Vamos, senão você não volta para sua casa!
Tendo apenas tomado três, quase que em sucessão, Afrodite estranhou a reação de Camus, afinal, ele, mais do que ninguém, sabia o que era preciso para deixar Afrodite, natural do país produtor de um das melhores vodkas do mundo, bêbado. Mas Dido resolveu afinal não contrariar. Quem sabe ele teria mais uma surpresa na manga?
Voltaram ao carro, e estavam se dirigindo ao Santuário. Afrodite não se agüentou e teve de perguntar.
- Camus... tem algo que você não está me contando...?
- Ah... Claro que não. Não seja bobo.
- Mas Camus. Você saiu comigo assim, porque deu vontade?
- Claro! Por que mais?
- Ah... sei lá. Mas é que tem aquele detalhezinho... de que hoje é meu aniversário.
- Sim, eu sei. E eu te dei um presente, lembra? – E Camus não pode evitar sorrir ao ver a cara de felicidade que Afrodite fez. Afinal Afrodite se calou, se convencedo que talvez não tivesse nada de especial por trás do ato de Camus.
Camus suspirou, aliviado por ter conseguido despistar Afrodite. Logo chegaram ao Santuário, e Camus viu Marin, Shina e Kiki entrando na vila. "Ah, então eles conseguiram acabar. Que bom... hora da segunda parte do plano então."
- Dido, aposto que você está querendo se refrescar, certo? Antes de voltar eu pedi pro Mu deixar a gente usar sua casa pra podermos nos lavar e tal.
- Ah! Como você adivinhou? Tem passado muito tempo comigo, caro amigo... – Deu uma risada.
- Oras! Mas o que é isso? Mas que roupas bonitas! Quem será que deixou?
As tais roupas Eram uma calça de linho branco fino e uma camisa de algodão escuro da mais alta qualidade. Afrodite se refrescou no banheiro, se trocou e tornou a ficar deslumbrante. Mas quando saiu do banheiro, não viu Camus. Supondo que seu colega estava à caminho de sua casa, resolveu voltar à sua também, pensando que afinal um dos seus companheiros ter se lembrado de seu aniversário não era de todo ruim, e que talvez fizesse uma festa no final de semana.
Mas qual não foi sua surpresa ao chegar perto da casa de Aldebaran e ouvir um delicioso ritmo latino embalar conversas animadas? Logo que entrou na casa, se deparou com um grande grupo de cavaleiros de prata e alguns moradores da vila se divertindo ao som de uma animada roda de samba, liderada por Deba. Quando ele parou na entrada, todos se viraram ao mesmo tempo e gritaram:
- FELIZA ANIVERSÀRIO!
oOoOoOo
Uau! Eu consegui mais um capítulo após uma pausa absurda de anos! o.O Espero que as poucas pessoas que estavam acompanhando a história, e mais aquelas que espero conquistar com este novo capítulo, me perdoem por este lapso... É que simplesmente me faltava a inspiração...
Bom, vejamos se volto à ativa, né?
Vejo vocês por aí!
