A/N: Longo tempo sem escrever e só sai esse capítulo minúsculo. E só para muda-los de rumo. Bom, espero que gostem de qualquer forma.

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Cap. 8 – Sobre uma mudança de planos

Saíram da cidade em meio ao caos típico das sextas-feiras, em que todos saem de carro a fim de aproveitarem os happy hours e o trânsito, sempre difícil, torna-se insuportável. Demoraram um bom tempo para chegar à estrada, mas a algazarra e euforia era tanta que nem perceberam o tempo passar.

Máscara da Morte era um dos mais felizes com a viagem, e não parava de falar. Afrodite, ao seu lado, sorria de vez em quando, mas não parecia tão feliz quanto seus colegas. No fundo do microônibus, Aiolia e Marin e Shura e Shina conversavam animadamente, as meninas fazendo planos do que comprar na praia e os rapazes sobre a quantidade de cerveja gelada que iriam tomar. Mais à frente, Milo e Camus conversavam e riam, como sempre nos últimos tempos. Hyoga fingia dormir no ombro de Shun, mas percebia o olhar assassino de Ikki para si, e subitamente teve uma idéia, que posteriormente deveria ser amadurecida em conversa com seu Mestre. Na frente, Saori deu instruções ao motorista e regressou ao seu assento – ao lado de Seiya, lógico. Este, por sua vez, não mais tentava fugir da garota. Mu e Shaka meditavam. E assim todos seguiam.

– Aldebaran, sentado ao lado de Saga, estava verdadeiramente inquieto. – Oh Deba, ta doido! Que foi? – perguntou Gêmeos ao amigo, que se contorcia no banco.

– Pegamos a estrada errada, amigo! – disse Aldebaran. – Saori nos disse que iríamos a Ilha Bela, mas nós estamos pegando a Anchieta.

– Olha, Deba, você está falando grego cara! – disse Saga e o amigo olhou pra ele com cara de "dã, mas é lógico que estou!". Saga revirou os olhos. – Quis dizer que não entendi absolutamente nada do que você disse!

– É... – disse Aldebaran e se levantou, indo conversar com a Saori. Algum tempo depois voltou sorrindo. – Realmente é a estrada errada, mas a certa!

– Deba, você bebeu? – ponderou Saga.

– Nããããão. É que não vamos mais para Ilha Bela. Vamos para Peruíbe. – continuou o brasileiro.

– Ta, é praia? – perguntou o geminiano. Aldebaran balançou a cabeça afirmativamente. – Então que se ¨&, ué! – continuou Saga e o taurino resolveu não mais dizer nada.

Duas horas de estrada depois, chegaram finalmente a Peruíbe.

– Chegamos! – gritou alto Aldebaran e a confusão instaurou-se no ônibus novamente. Como se fosse uma excursão colegial, todo mundo se levantou, colando o rosto na janela, para ver o mar.

"Af, mon Dieu, qu'est-ce que j'ai fait pour mériter ça?" (1), pensou Camus revirando. Milo estava agachado em seu colo, com a cara colada na janela, a fim de ver a praia. E acenava para as pessoas nas ruas feito uma criança. Camus estapeou a testa em sinal de desalento. – Ai, Milo desce daí, já! – exclamou o francês.

– Calma geladinho. Assim você esqueeeeenta! – sussurrou o grego no ouvido do outro, ambos se arrepiando. Camus sorriu mas ainda assim forçou o outro a sentar-se decentemente a seu lado.

Nesse meio tempo, Saori berrava no meio do corredor do ônibus, tentando dar um aviso. Obviamente sem sucesso. Então a menina percebeu que havia um microfone desses de guia turístico.

– CALEM-SE TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODOS! – berrou com toda a força de seus pulmões.

Alguns cavaleiros soltaram gritos de dor, e Shaka e Mu, que até então vinham meditando calmamente, deram um pulo no banco que bateram a cabeça no teto. Mas fez-se o silêncio.

A garota pigarreou e continuou, dessa vez mais calmamente. – Então, queridos, não se animem, porque ainda temos um bom caminho pela frente. Eu andei pensando...

– Ih, essa aí quando pensa, sai de baixo... – cochichou Afrodite para Shina, sentada no banco atrás de si. A garota soltou um risinho e concordou.

– Então, eu andei pensando que seria interessante se nós acampássemos numa praia deserta... por isso que desviei o caminho pra cá. Nós vamos para a Barra do Una, uma praia selvagem que fica na Serra da Juréia. Ainda temos mais ou menos uma hora de viagem.

– Afe, mais uma hora? – injuriou-se Milo e Camus sorriu.

– Masquinhaaaaa, acampar? O que vou fazer com meus produtos de beleza, querido? – perguntou Afrodite fazendo biquinho.

Num outro canto do ônibus, no entanto, um certo russo adorou a idéia.

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O ônibus percorreu a estrada íngreme e perigosa pela Serra da Juréia. Os cavaleiros foram parando de quando em quando, pois a vista era espetacular. Gostaram principalmente do "rio do Cipó". Isso porque todo mundo – menos Saori, que não quis vestir-se em roupas de banho – pendurou-se no bendito cipó – na verdade uma corda com um pedaço de madeira na ponta – e mergulharam no rio gelado. A gargalhada foi geral quando Afrodite caiu na água e saiu correndo gritando que estava se congelando, tropeçando numa pedra e espatifando-se de bunda no chão. Riram ainda mais quando Aldebaran, com todo seu corpanzil, resolveu brincar também e acabou por romper a corda, dando uma bela barrigada na água. Camus e Milo, por sua vez, após pularem do cipó dirigiram-se para um cantinho meio escondidinho, onde trocaram algumas carícias, a temperatura da água realmente agradável ao francês.

E assim foram, até que finalmente chegaram à Barra do Una, de noitinha. A praia era realmente paradisíaca, o rio que serpenteava e encontrava o mar, o morro ao lado, tudo muito bucólico. E muito deserto, o que incomodava os cavaleiros.

– O que a Saori estava pensando quando resolveu trazer a gente aqui? – bufava Máscara da Morte enquanto montava a barraca que dividiria com Afrodite. – Ai, Nossa Senhora de Aquerupita, daí-me paciência! – bufava ainda mais o italiano.

Camus já havia montado sua barraca e veio ao socorro do italiano. Em pouco tempo, o problema estava resolvido. E assim foi Camus montando todas as barracas, pois era o único ali que tinha para do cinco minutos para ler o manual de instruções.

Nesse meio tempo, os meninos de bronze vieram trazendo alguma lenha, e uma fogueira foi montada. Shura apoderou-se do violão de Aldebaran e cantou umas duas músicas.

Cazzo, cadê o viado? – Máscara estava realmente incomodado com a ausência de Afrodite; não o via desde que começara a montar a barraca. – Oh, Shura, Aiolia, vamos comigo procurar o Dite? – perguntou e os amigos já iam se levantando ao som de lamentos pois Shura parara de cantar.

Nisso um vulto branco pelado passou correndo por eles, gritando, saltitando, em desespero total.

– Zeus, é o viado! – berrou Máscara e saiu correndo atrás dele. – Diteeeeeeeeeeeeeeeeee, que foi?

– Tira tira tira tira tiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! – berrava Dite sacudindo-se, sacolejando-se, e todos foram atrás do pobre do sueco.

– Tira o quê, homem? – perguntou Máscara, atônito e sem saber o que fazer. Dite chorava feito criança com febre.

– Os borrachuuuuuuuuuuuuuudos! – gritou Dite.

Então todos perceberam que o coitado do Afrodite tinha o corpo coberto de borrachudos. Máscara desesperou-se e começou a tirar os borrachudos da única maneira que sabia: estapeando. Em pouco tempo, Dite viu-se livre dos mosquitos. Mas empipocado de picadas e vermelho dos tapas.

Depois do susto, todos menos Máscara da Morte e Afrodite riam da situação. Os dois dirigira-se para sua barraca, Máscara desculpando-se e Afrodite chorando.

Os cavaleiros voltaram então a cantar em torno da fogueira e, após muitas piadas sobre como Camus armava bem a barraca, foram todos dormir. Amanhã seria outro – e movimentado – dia.

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(1) Af, meu Deus, que eu fiz pra merecer isso?

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A/N: Ok, gente, capítulo pequeno e sem graça. O fato é que estou enfrentando crise de criatividade mas não queria deixar a história ainda mais tempo parada. Então aí vai. Tomara que o próximo capítulo seja BEM melhor.

Ah, e por favor, deixem reviews. Capítulo anterior ninguém escreveu nada. Vai ver foi por isso que deu crise, hehe.