SAINT SEYA

in

Troca Equivalente

Oi pessoal

Venho até vocês apresentar minha primeira fic de CDZ, em homenagem a personalidades que pra mim são muito importantes, primeiro minha Anuee-san e é claro, os meus amados douradinhos.

Bem, essa fic se passa após a batalha com Apolo, mas durante todo o trajeto existem alguns trechos que se passam na batalha de Hades e Apolo. Não é uma fic UA, mas todos os cavaleiros de ouro estão vivos, não se preocupem tenho uma boa explicação para o fato (como boa perfeccionista que sou, não poderia deixar esse fato de lado).

Um dos cavaleiros que mais amo em Saitn Seya é o Kamus. E esse foi um dos fatores que me motivou a colocá-lo como protagonista. Muitas confusões, mistérios, mitologia, triângulos amorosos e antigos segredos do passado vem a tona com um novo reencontro.

Agora apresento a vocês: Troca Equivalente.

Boa Leitura!


Nota: Os personagens maravilhosos de Kuramada, infelizmente não me pertencem apenas a protagonista da história é uma criação única e exclusivamente minha, criada sob medida para o meu aquariano preferido;


Legenda:

-Frases assim; (diálogos normais)

-"Frases assim"; (pensamentos entre aspas)

-'Frases assim'; (diálogos de segunda pessoa)

--Flash back—(negrito)

--Lembranças— (itálico)


Capitulo 1:

Um conto tão velho quanto o tempo...

I-O Prólogo de Áries

Um dia o cavaleiro de Áries disse eloqüentemente a Athena, enquanto a mesma observava atentamente a recuperação de seus cavaleiros na fonte de mesmo nome:

-O amor de uma Deusa deve ser distribuído igualmente para todos os seus cavaleiros e não dispensados somente a um.

Bem, mas ele nada disse sobre o amor de um cavaleiro ser dispensado a duas deusas, contanto que a intensidade seja distinta.

E é aqui que começa Troca Equivalente um romance capaz de superar até mesmo os limites do tempo.

II - Quatro sombras na noite.

Quatro pessoas corriam desesperadamente pela noite. Cobertas com capas pretas que lhes cobriam todo o corpo. Servindo como camuflagem pra encobrir sua fuga.

Com passos sincronizados eles cortavam as imensas colunas de concreto para chegarem até seu objetivo.

-Continuem, falta pouco; uma das sombras falou, embora a voz soasse ofegante ainda era imponente.

-Temos que protegê-la a todo custo, continuem correndo; a outra falou.

-Não sejam idiotas. O importante é que cheguemos com segurança; a voz da primeira jovem falou continuando a correr.

-Só mais um pouco, logo chegamos ao santuário e Athena saberá o que fazer; o ultimo dos quatro falou.

Nesse exato momento uma grande bola de luz os atingiu pelas costas, lançando-os para lugares distantes entre si.

-Como são fracos, não passam de meros mortais, que patético, acharam que poderiam desafiar a ira de minha Deusa e sobreviverem. Há! Há! Há! - uma voz de deboche quebrou o silêncio da noite, fria e cruel como os olhos azuis de seu dono. Fazendo com que a capa incrustada em sua Kamui esvoaçasse com o vento.

III - Um apelo ao coração

-Athena! Salve-a; uma vez fê-la despertar de seus sonhos.

Saori acordara num sobressalto, há mais de três noites que alguém lhe chamava em sonhos pedindo ajuda. Somente pelo fato de ser uma Deusa, sabia que aquilo não era um mero sonho, e sim a premonição de que algo importante que estava para acontecer ou já estava acontecendo.

Os tempos eram de paz, porém a menor mudança dos ventos, era motivo de preocupação para os cavaleiros, que sempre atentos protegiam os doze templos sagrados.

Mas a pergunta que não calava era, quem afinal pedia ajuda? E o que a sombra das Deusas do Destino faziam pairando livremente por sua mente quando Hipnos lhe levava pra o reino dos sonhos.

Sentou-se na cama, passando a mão pela testa que pingava gotas frias de suor.

-o-o-o-o-

Três noites atrás...

Agora as colunas daquele antigo templo seriam suas sepulturas, enquanto uma jovem observava as lapides que fizera com muito esforço até que suas delicadas mãos sangrassem para tal intento.

-Perdoem-me meus amigos, por ter sido fraca e não tê-los protegido como devia; ela murmurou tristemente, enquanto envolvia-se mais uma vez na capa preta preparando-se para partir, deixando aos antigos amigos apenas um aceno de adeus, antes de desaparecer na noite, com os sentimentos encobertos pela escuridão e pela mascara inexpressiva usada pelas amazonas ela se foi.

Mesmo ferida ela estava disposta a continuar aquilo que começara há séculos, nem que lhe custasse a vida, eles pagariam pela vida de todos que foram sacrificados por uma ambição sem medidas implantadas pela Discórdia.

-o-o-o-o-

-Acho que é hora de convocar os cavaleiros; Saori murmurou enquanto se dirigia ao salão do templo do Grande Mestre, onde agora residia, com o intuito de falar com Shion, que atualmente carregava o titulo de representante da Deusa para os Gregos.

IV - Constelações Distintas.

Uma reunião de emergência fora convocada no meio da madrugada despertando todos os cavaleiros quando o relógio de fogo fora acendido pelo Grande Mestre e as armaduras ressoaram acordando seus guardiões. E como sempre todos se dirigiram para o primeiro templo zodiacal, fazendo com que seu guardião esperasse a chegada de todos e continuasse a proteger sua moradia de uma provável invasão.

-Alguém me responde, de quem foi à idéia maluca de nos acordar à uma hora dessas; o cavaleiro reclamou ainda bocejando devido ao sono.

-Não enche Afrodite, você não foi o único a ser jogado da cama; o leonino falou exasperado. –"Que pressentimento estranho é esse, melhor esperar Athena chegar"; ele pensou um pouco inquieto.

-Calem a boca vocês dois; uma voz fria soou pela primeira casa, onde os cavaleiros começavam a se reunir. – Não esqueçam que é um chamado de Athena, então respeitem; Saga falou, mas aparentando estar irritado também por ter de comparecer àquela hora.

-Como se alguém fosse dar ouvidos ao ex-grande mestre; falou uma voz de deboche, vinda de um ponto mais afastado da casa, que por fim se revelou como sendo o cavaleiro de Câncer, Mascara da Morte.

-Oras, como ousa; os olhos do outro geminiano faiscaram ao ouvir o afronta direcionada ao irmão.

-Acalmem-se ou querem passar o resto da eternidade em um dos infernos de virgem; falou o cavaleiro mais próximo de Deus que acabara de chegar e presenciara mais uma das diversas brigas entre as tempestuosas personalidades de câncer e de gêmeos. Enquanto os cavaleiros presentes apenas observavam a cena sem se intrometerem.

-Bem, acho que com exceção do Mestre Ancião, não falta mais ninguém; os presentes se viraram para a entrada da casa, aonde chegavam Milo, acompanhado de Aioros, Atena e os demais cavaleiros.

-E onde ele esta? - Kanon perguntou.

-Voltou aos cinco picos antigos; Mú falou calmamente.

-Primeiramente gostaria de me desculpar com vocês por convocá-los há essas horas, mas é que precisava tratar de um assunto importante e por isso quis aproveitar o fato das estrelas ainda estarem no céu; Athena falou calmamente enquanto se encaminhava para fora do primeiro templo sendo seguida pelos cavaleiros.

-Esta acontecendo algo Athena? – Aldebaran perguntou apreensivo.

-Olhem! – Ela disse apontando para o céu no momento exato em que uma estrela cadente a milhas de distancia ficou visível aos olhos mortais ao cruzar as constelações de Aquário e Gêmeos.

-O que isso significa? – Afrodite perguntou confuso;

-Poderia nos responder isso Saga? – Shaka perguntou surpreendendo a todos ao fitar o geminiano com os olhos abertos, coisa que até o momento considerava-se raridade vê-lo daquela forma.

-Alguém esta pedindo ajuda, mas não para si mesmo; ele falou com sua frieza habitual. – Embora... A justiça e a vingança estejam emparelhadas, por sentimentos divididos que causam controvérsia nessa previsão; Saga completou ainda observando as estrelas que brilhavam intensamente naquele fim de noite. –As constelações parecem se aproximar, como se desejassem um reencontro; ele completou surpreso consigo mesmo pelo tipo de leitura estelar.

-Como podemos ter certeza disso? – Mascara da Morte perguntou em tom de desafio.

-Quando se passa um certo tempo em Star Hill esse tipo de leitura é obvio, que somente um idiota não entenderia; Saga rebateu, ferino.

-O que quer dizer com isso? – o canceriano perguntou com o punho fechado num ameaço de pular na garanta de Saga, mas tal idéia é vedada por uma onda de ar gelado que o detém.

-Comporte-se Mascara da Morte, não há motivo algum para duvidar quanto às palavras de Saga e se pretende ir contra a seriedade desta reunião, posso eu mesmo lhe providenciar uma passagem só de ida pra o reino de Hades se preferir; Kamus falou aumentando perigosamente seu cosmo tocando de leve a armadura de câncer fazendo com que a ombreira ficasse superficialmente congelada.

-Não é necessário! – ele respondeu rapidamente se afastando do aquariano antes que o mesmo lhe congelasse ou até mesmo lhe fuzilasse com aquele olhar gelado. Não sem antes lançar um olhar mortal ao geminiano que retribui com um sorriso debochado no canto dos lábios.

-Parem! Não quero brigas entre vocês; A voz de Athena soou imponente entre os guardiões. – A única coisa que peço é que fiquem atentos não sabemos o que esta por vir; ela completou com a voz mais branda.

-Não se preocupe Athena, pela casa de Áries ninguém passa; Mu respondeu convicto.

-Não deixaremos ninguém invadir o santuário; Aioros falou prontamente.

-Obrigada cavaleiros! Já podem voltar para suas casas; ela falou se despedindo e partindo no caminho de volta para seu templo ao fim das doze casas. – "Quem será que pede ajuda? Será que depois de tanto tempo ela finalmente voltou?"; ela ia se perguntando intrigada durante o trajeto.

A casa de Áries pouco a pouco ia diminuindo o movimento com a saída dos visitantes permanecendo apenas seu guardião que ainda fitava algum ponto interessante no céu estrelado que agora dava lugar a doce aurora que despontava no horizonte.

V - Doce sabor da Vingança.

-Fobos! - uma voz irritada envolveu a gruta banhada pelas luzes do sol.

-Perdoe-me a demora Sra; uma voz soou resignada como resposta.

-E então, você a encontrou? – a mulher perguntou.

-Sim e acabei com os quatro de uma só vez; Fobos respondeu, se aproximando ainda mais da dona da voz;

A mulher o fitava, sentada em um trono esculpido entre o cascalho da gruta que residia. Seus olhos prateados cintilavam de satisfação contrastando com seus cabelos arroxeados e o sorriso petulante se esvaindo de sua face ao ouvir o ultimo trecho do que ele falara.

-VOCÊ FEZ O QUE? SEU INUTIL; ela gritou irritada, com um brilho avermelhado passando sobre seus olhos;

-Pensei que a Sra quisesse que acabasse com eles de uma vez? – ele perguntou temeroso, dando um passo pra trás, mas sem tempo de recuar ao ser lançado de encontro à parede por uma explosão de energia vinda das mãos da mulher;

-Deveria matá-lo agora pela besteira que fez; ela falou com um olhar mortal; - Mas, você ainda será útil; completou com tom de desprezo, fazendo o jovem que estava se levantando lhe lançar um olhar ameaçador. – Bem, o importante é que ela sobreviveu; ela murmurou com um sorriso malicioso nos lábios.

-Como Sra? Tenho certeza de que acabei com os quatro; ele falou incrédulo.

-Ela não é uma pessoa qualquer e agradeça a Zeus que ela esteja viva, pois se não você lhe faria companhia no reino de Hades; ela falou ainda irritada.

-Então o que devo fazer agora? – ele perguntou a uma distancia segura da mulher.

-No momento nada, vamos estudar o terreno antes de agir; ela respondeu mais controlada.

-Mas não seria prudente que...;

-CALE-SE, deixe a prudência para Métis, já que por causa de sua negligencia as minhas ordens quase que meus planos são arruinados; ela gritou irritada.

-Desculpe-me;

-Agora vá! – ela falou apontando-lhe a saída; -"Agora é só ter paciência e esperar, logo-logo resolveremos aquilo que deveria ter terminado a alguns milênios atrás e você não mais se intrometera em meus planos"; ela pensou com um sorriso vitorioso e um brilho vingativo em seus olhos.

VI – Descobertas.

Depois de muito caminhar, ela finalmente encontrou um lugar calmo e seguro para descansar. Se tivesse sorte ninguém a encontraria ali muito menos exigiria explicações desnecessárias quanto a sua presença.

Recostando-se numa árvore, logo o cansaço lhe dominou e seus olhos foram fechados pelas delicadas mãos do deus do sono.

Algumas horas depois...

-Oi Srta Amazona; ela ouviu uma voz infantil a chamá-la enquanto um dedinho cutucava seu ombro com o intuito de despertá-la.

Ela pretendia ignorar, mas ao ouvir-se sendo chamada de amazona levantou-se num sobressalto e deparou-se com um garotinho de cabelos vermelhos e olhos cintilantes a fitá-la com curiosidade e um largo sorriso.

-Quem é você? –ela perguntou na defensiva com um misto de apreensão e curiosidade, tocando o rosto para certificar-se de que a mascara ainda estava no seu devido lugar.

-Sou Kiki, aprendiz do mestre Mú. E você deve ser uma das novas aprendizes a amazona do santuário, não é? – ele perguntou inocentemente.

-"E agora, acho que é melhor concordar, assim não tenho que dar muitas explicações"... Como sabe? -Aishi perguntou demonstrando curiosidade.

-É porque você esta usando uma mascara, por acaso você ainda não encontrou um mestre? – ele tornou a perguntar.

-"Do que ele ta falando, que eu saiba todas as amazonas tem que usar mascara e que história é essa de mestre?"; ela se perguntou. – O que isso tem a ver? –a jovem perguntou desconfiada.

-Hi, pelo visto você não sabe... Somente as amazonas que não possuem mestres é que ainda permanecem com as mascaras; Kiki falou inocentemente apontando para o rosto da jovem.

-Você tem certeza de que tem um mestre? Pois qualquer um sabe que as amazonas têm que usar mascaras tanto no dia-a-dia como em combates; a garota falou ironicamente.

-Hei, não fale assim do mestre Mú, caso não saiba, desde que os cavaleiros de ouro retornaram ao santuário após a batalha com Apolo, Athena aboliu o uso das mascaras; kiki respondeu com ar aborrecido.

-"Ih! Agora ferrou, o meu disfarce foi por água abaixo"; Aishi pensou nervosa. – Mas porque Athena fez isso? – ela perguntou intrigada.

-Athena disse, que se as amazonas podem lutar de igual para igual com os cavaleiros elas não deveriam usar mascaras já que eles também não a usam e se ambos são iguais não há necessidade das amazonas terem que ser excluídas por esse costume primitivo; Kiki falou sério.

-Entendo... "Mas o que eu faço agora?"; ela completou em pensamentos, aflita.

-Então, agora você pode me dizer qual é seu nome? – ele perguntou curioso.

-Aishi! "É melhor que ele não saiba mais do que isso, não quero ser a causa dos problemas no santuário"; ela pensou. – Bom Kiki, agora tenho que ir; ela falou se levantando sob o olhar interrogativo do garoto.

-Pra onde você vai? – ele pergunta curioso.

-Por ai, quem sabe a gente não se encontra; ela fala sorrindo por detrás da mascara, ao notar a inocência da criança.

-Tchau! – ele fala se despedindo.

Um jovem de cabelos dourados que caiam lhe ao ombro e orbes da mesma cor observava atentamente a amazona se afastar escondido entre as arvores daquele bosque que rodeava o santuário.

-Que bom que chegou ao santuário, creio que ficara mais segura aqui por um tempo; ele falou quase num sussurro levado por Zéfiro até os céus, para logo em seguida desaparecer como se nunca estivesse estado ali.

VII - Confusões no Coliseu.

Aishi resolveu caminhar pelas redondezas do santuário antes de partir para algum lugar indeterminado. A vantagem que ela possuía era poder ocultar seu cosmo dos outros, passando quase invisível pela região, mas essa confiança de mais foi seu erro.

Ao passar na frente do Coliseu, onde algumas amazonas treinavam golpes e chutes entre si sob o olhar severo de uma veterana de cabelos verdes e sorriso de escárnio.

Ainda envolta na capa deixando a mostra apenas seus cabelos dourados. Aishi pensou em passar despercebida, mas para sua surpresa a mulher de cabelos verdes chamou-lhe a atenção.

-HEI VOCÊ! – Shina lhe chamou, atraindo a atenção de todos que treinavam no Coliseu, observando a mais nova vitima da amazona de Cobra.

Aishi parou estática ao chamado da amazona, era impossível que tenham na reconhecido, mas se sim, o que faria agora? -ela se perguntou, virando-se para quem lhe chamara. Pelo menos para seu alivio, ela não era a única a usar mascara naquele local, assim ela teve certeza que o garotinho não tinha mentido.

-Então, vai responder ou esta com medo? -Shina provocou com a voz embargada de deboche.

-"Oras! Mas que mulherzinha prepotente, querendo levar pro lado pessoal hein! Mas com muito prazer vou fazer essa fedelha se arrepender"; Aishi pensou com um sorriso maroto brotou em seus lábios por detrás da mascara. – O que queres de mim Amazona?

Os murmúrios no Coliseu cessaram, as respirações ofegantes devido ao clima quente eram os únicos a serem ouvidos. Os olhos corriam de Shina para a estranha figura envolta por uma capa negra.

-NÃO SEJA ATREVIDA, GAROTA! – Shina berrou nervosamente. Os expressivos olhos verdes dela se estreitaram perigosamente por baixo da mascara. – Então me enfrente como uma amazona e lute comigo, ou está com medo? – Shina a desafiou sobre o olhar espantado de todos. Sem saber do perigo contido naquelas inocentes palavras.

VIII - Queimando Cosmo.

Após a estressante reunião com Athena, assim que o sol terminou de despontar naquele maravilhoso céu grego. Saga, Shura e Kamus já estavam descendo as escadarias dos templos à procura de um lugar afastado e sossegado para treinarem, já que com a chegada de novos aprendizes o vilarejo ateniense estava mais agitado do que de costume.

-Mon Dieu, que calor infernal! – Kamus reclamava da temperatura, enquanto seu rosto pingava gotas de suor, isso porque não era nem meio dia ainda, o que fazia o humor do francês piorar gradativamente.

-Deixe de ser fresco, antes esse tempo do que viver que nem você, enfurnado dentro daquele freezer que você chama de casa; Shura falou em tom de deboche, fazendo o aquariano estreitar os olhos.

-Deixa eu te mostrar o freezer! – Kamus falou ameaçadoramente, quando delicados cristais de gelo começaram a cair sob as cabeças dos três cavaleiros. Saga que até então só observava a discussão, alheio ao conflito, resolveu interferir antes que o pior acontecesse.

-Parem com isso vocês dois! Isso é ridículo, dois cavaleiros de ouro agindo como crianças, olha o exemplo que vocês estão dando aos novos aprendizes; Saga vociferou.

-Pega leve Saga, não tem nenhum aprendiz por perto; Shura falou com um sorriso de deboche.

-Não seja por isso, posso muito bem mostrar a algum aprendiz como calar a boca de algum atrevido! – Saga falou dessa vez sem a habitual frieza.

-Her! Desculpe; Shura se desculpou rapidamente.

O silencio se instaurou entre os três cavaleiros, enquanto o clima tenso se desanuviava, mas essa calmaria não durou muito, os três sentiram ao mesmo tempo uma imensa explosão de energia vinda das proximidades do santuário. Não era uma energia hostil, mas também não era um cosmo conhecido, embora vibrasse confiante.

-VAMOS!- Saga gritou, correndo na direção de onde a energia veio. Com Shura e Kamus em sem encalço.

Ao atravessarem o vilarejo, viram alguns novatos tomarem a mesma direção que a energia, a arena do Coliseu.

-Dizem que tem uma nova amazona lutando com a Shina; um aprendiz falou correndo.

-Coitada, provavelmente vai morrer ou vai ficar tão debilitada que vai desistir de ser amazona; outro falou.

-"De quem será essa energia"; Saga pensou em meio à corrida.

Continua...