Nota: Os personagens maravilhosos de Kuramada, infelizmente não me pertencem apenas a protagonista da história é uma criação única e exclusivamente minha, criada sob medida para o meu aquariano preferido;


Legenda:

-Frases assim; (diálogos normais)

-"Frases assim"; (pensamentos entre aspas)

-'Frases assim'; (diálogos de segunda pessoa)

--Flash back—(negrito)

--Lembranças— (itálico)


Capitulo 15:

Um conto tão velho quanto o tempo.

I – Erros, Desculpas e Despedidas.

Após a saída de Saga do quarto, ele foi diretamente para o salão do Grande Mestre, encontrando todos os amigos a lhe esperar e um aquariano nada contente em ter sido ignorado.

-Então como ela está? – Kanon foi o primeiro a tomar a frente dos outros e perguntar.

-Ela já esta melhor, apenas um pouco cansada, mas logo estará recuperada completamente; ele falou calmamente, ignorando o olhar assassino do aquariano direcionado a si. – "Nunca imaginei que o Kamus fosse tão ciumento"; ele pensou quase rindo da cara do amigo, mas sabendo do perigo que corria ao fazer isso, guardou tal pensamento para si.

-Saga quem foi que atacou Aishi? – Milo perguntou se aproximando com ar curioso.

-Foi Deimos, que aproveitou que Kamus não estava mais em Coroa do Sol para atacar Aishi que estava indo pra lá; ele falou calmamente vendo o olhar do aquariano se arregalar.

-Como? – Kamus perguntou.

-Exato, ele esperou que Aishi estivesse sozinha para atacá-la usando a sua imagem como uma ilusão, criando uma armadilha;

-Ilusão, não sabia que existia algum cavaleiro que poderia fazer isso; Aioros comentou.

-Existe sim, prova disso é um dos Generais Marinas de Posseidon, Kasa, ele se aproveita dos sentimentos das pessoas e os usa contra elas. Ele tinha essa habilidade, chegou até mesmo a fazer-se passar por Seyka para atacar o Seiya, por Kamus para matar Hyoga, entre outros; Athena falou chamando a atenção de todos.

-Mas por que o Kamus? – Mascara da Morte comentou.

-Vai dizer que você não sabe? - Milo comentou com um sorriso malicioso esquecendo completamente a tensão do ambiente.

-Saber do quê? – o canceriano pareceu momentaneamente confuso. Olhando pro aquariano quieto em um canto, com a cabeça baixa e o rosto levemente corado.

-Como pode um cavaleiro de ouro ser tão inocente? -Shaka se perguntou incrédulo.

-O que você disse? – Mascara da Morte perguntou enfezado.

-Her... Pessoal, poderíamos voltar ao assunto em questão; Mú falou tentando mudar o assunto antes que alguém começasse a intensificar a discussão.

-Uma coisa que eu não entendi é como você sabia que ela estava lá? – Aiolia perguntou inocentemente, sem notar que Saga e Kamus se fitavam curiosamente.

-Eu estava no vilarejo quando senti o cosmo de Kamus se afastar de Coroa do Sol e Aishi indo pra lá, ao mesmo tempo que um cosmo semelhante ao seu estava indo na direção dela, a única diferente era que, o cosmo deixava bem claro a hostilidade; ele falou olhando pra Kamus.

-Ainda sim, como você sabia que ela estava lá? – ele perguntou com uma falsa desconfiança, apenas pra camuflar seu ciúme que estava a ponto de explodir.

-Porque foi eu que falei para a Aishi ir te procurar para conversarem; ele completou com uma calma assustadora quase irritante.

-Pra conversar, não se faça de santo; o aquariano falou irônico. – Se ela quisesse realmente falar comigo, porque pediu que você entrasse? – ele praticamente cuspiu as palavras, deixando que o ciúme o cegasse diante da atitude sincera do amigo.

-De tudo o que eu falei, qual foi à parte que você não ouviu? – Saga falou seriamente, tentando evitar aquela situação ridícula de uma ceninha de ciúmes do aquariano... De novo.

-Que evasiva! Desde quando um honrado cavaleiro de Athena se esquiva das perguntas assim? – Kamus disse ironicamente, com um ar de fúria, desencostando-se da parede e caminhando até o cavaleiro.

-Deixe de ser idiota e não coloque minha honra de cavaleiro a prova; ele praticamente gritou, rapidamente elevando seu cosmo.

-Se fosse tão honrado não ficaria dando em cima da minha aprendiz; ele falou ignorando a estranha sensação de que estava a cometer um erro.

-Para quem a considera somente uma aprendiz, você ficou abalado de mais quando ela quis falar comigo, ou estou enganado? -ele completou com um sorriso malicioso, resolvendo pagar na mesma moeda.

-Como ousa? – Kamus falou pondo-se em posição de ataque e elevando seu cosmo.

Pronto! Nenhum dos cavaleiros conseguiria conte-los. Ao mesmo tempo em que seus punhos se chocavam provocando faíscas. Ambos fortes cavaleiros de ouro, agora se fitavam com igual desprezo e sede de sangue.

Deixando que velhas magoas juntassem-se às novas e o orgulho os dominasse. Esquecendo também o verdadeiro motivo de terem começado aquela conversa e por fim o porque daquela briga inútil.

-Parem! Esse é um lugar sagrado; Aioros falou querendo impedi-los.

-Saga, para com isso; Kanon chamava pelo irmão inutilmente, pois ele parecia não querer lhe dar ouvidos.

-Quando dois cavaleiros de ouro lutam, uma guerra de mil anos se inicia; Shaka falou apreensivo.

-Se eles não pararem vão destruir o santuário; o ariano completou preocupado.

-Temos que impedi-los; Aldebaran falou se aproximando dos dois, mas foi repelido e lançado longe por uma barreira criada pelo cosmo dos dois.

-Não podemos; Shura falou preocupado.

-Então o que faremos Athena?- Afrodite perguntou, mas parou ao ver o olhar espantado da deusa que pela primeira vez via seus cavaleiros tentando se matar.

Antes que ela pudesse responder. Uma energia diferente se fez presente na sala. Pouco a pouca foi se intensificando, ao mesmo tempo em que era calma e acolhedora, era confiante e intimidadora.

Uma luz azulada começou a invadir a sala, junto de uma tempestade de pétalas de rosas, fazendo-os interromper a luta.

-NÃO SE INTROMETA AFRODITE! – Kamus berrou tentando se livrar de algumas pétalas que grudaram em si.

-Mas não fui eu; ele respondeu confuso.

Sem mais delongas, eles voltaram a se fitar, mas quando iam retornar ao ataque, eles ouviram um grito desesperado.

-PAREM! – todos olharam na direção que a voz vinha. Aishi estava encostada no batente da porta do salão, parecia completamente recuperada, embora mesmo com um curativo feito no braço direito estivesse com uma marca avermelhada, devido ao esforço que ela fizera para aplicar o golpe.

Seu cosmo começou a queimar ainda mais, interagindo com o de todos os cavaleiros que olharam a cena, abismados.

-Aishi, você não deveria estar aqui! – Saga disse preocupado, com o intuito de se aproximar, mas foi detido pela voz seca da jovem, que não parecia nada contente com tudo aquilo.

-Sei o que estou fazendo! – Aishi falou. – Não se preocupe; ela completou abrandando o tom de voz deixando o cavaleiro mais aliviado.

-Aishi; ambos os cavaleiros falaram, ao vê-la dar dois passos à frente, se aproximando um pouco mais.

-Espero que agora você entenda o meu ponto de vista Athena; ela falou, com um estranho brilho no olhar.

Um brilho que denotava simplesmente a desistência de lutar contra o inevitável. Ela deu as costas para o salão, caminhando para fazer de volta o caminho para seu quarto, tendo a certeza de ter todos os olhares voltados para si. Sentiu também a deusa tomando a frente do grupo.

-...; Ela apenas assentiu com a cabeça. – Quando parte? – Athena perguntou deixando os cavaleiros espantados.

-Assim que amanhecer; ela respondeu saindo do salão e voltando para o quarto.

-Athena? – os cavaleiros chamavam confusos.

-O que esta acontecendo? – Mascara da Morte perguntou. – Pra onde a garota vai? – ele perguntou ignorando o olhar dos cavaleiros quanto ao tratamento que ele dera a jovem.

Afinal, parecia que ele era o único a não se importar com o fato dela ser uma deusa, isso é claro, alem de Afrodite que parecia se divertir muito com a idéia de conhecer pessoalmente a filha da deusa do Amor, que sempre fora devoto praticante de alguns ensinamentos meio narcisistas da deusa.

-Eu prometi a ela, que se Eris invadisse o santuário e os ameaçasse eu não me colocaria em seu caminho, caso ela quisesse partir; Athena respondeu, como se pudesse prever o que eles quisessem perguntar.

Eles ficaram surpresos, tendo agora a certeza de que a promessa que Harmonia fizera de proteger os cavaleiros e manter a ordem fosse realmente levada a sério. A ponto de a amazona deixar tudo só pra protegê-los.

-Espero que esteja satisfeito Kamus! – Saga falou com o olhar triste.

-O que quer dizer? – ele perguntou contrariado.

-Parem com isso, já não basta o que aconteceu. Agora vocês vão tornar a se atracar; Shaka falou pela primeira vez sem sua calma habitual, mostrando-se tão tenso quanto os outros. – Quem poderia prever que o grande Kamus de Aquário faria mais uma das suas ceninhas de ciúmes, ainda mais com quem apenas esta querendo ajudar; ele completou referindo-se a Saga. –Mas também você não fica atrás ao provocar, Saga; ele chamou a atenção dos dois.

-Shaka; Kamus e Saga, falaram confusos e surpreso.

-Sinto dizer-lhe meu amigo, mas você cometeu o pior erro que alguém poderia cometer. Desconfiou de quem não devia; ele disse sério.- O fato de Saga provocar é o menor dos problemas; ele completou, vendo o aquariano preparar-se para contestar.

-Isso não importa agora, Aishi vai embora assim que amanhecer; Saga completou com um olhar amargo. – Pelo menos dessa vez a culpa não é completamente sua; ele completou olhando para Kamus.

Pouco a pouco cada um deles fora saindo do salão do Grande Mestre, cabisbaixos. Apenas Mascara da Morte, Milo, Kamus e Saga permaneceram mais um tempo junto de Shion e de uma Athena extremamente abalada.

-Me desculpe! – Kamus falou por fim se dirigindo ao cavaleiro de Gêmeos com o olhar triste. – Acho que acabei perdendo a cabeça e ignorando o fato de você só querer o bem dela; ele completou.

-Sabes muito bem que eu nunca desrespeitaria um amigo; Saga completou gélido.

-Mas nada disso vai mudar o que já está feito; Milo comentou, ignorando o clima melancólico.

II – Perigosa Confraternização.

O Olímpo estava em polvorosa, à tensão na morada celeste era palpável, ainda mais porque uma escandalosa deusa estava sendo contrariada.

-VOCÊ NÃO VAI! – Ares gritou chamando a atenção da mulher que se preparava para sair.

-Não tente me impedir; ela esbravejou com os olhos azuis brilhando perigosamente.

-VOU IMPEDIR SIM, OU VOCÊ QUER MORRER? – Ares falou aos berros.

-Ela não faria isso! – Afrodite respondeu com uma autoconfiança inabalável por sua arrogância.

-Não deveria ter tanta confiança assim, ou se esqueceu do que ela lhe disse da ultima vez; Ares falou com um ar sombrio.

-Concordo contigo, meu pai! – uma voz melodiosa, porém decidida, chamou-lhes a atenção.

-O que faz aqui meu filho! – Afrodite falou olhando Eros se aproximar com o arco em riste. Acompanhando de Anteros.

-Vim lhe prevenir. Se tentar se aproximar do Santuário, eu serei obrigado a impedi-la; ele completou.

-Como ousas, caso tenhas se esquecido sou sua mãe; ela falou colocando as mãos na cintura como uma criança contrariada.

-Embora não tenhamos esquecido esse detalhe, a senhora parece ter esquecido que só fê-lo quando lhe foi conveniente; Anteros respondeu ferino.

-Oras! Já basta a irmã de vocês, agora vocês também vão se rebelar contra mim? – ela perguntou fingindo uma falsa magoa.

-Rebelar! – Eros falou irônico, arqueando uma sobrancelha. – Não! Não pretendendo, apenas quero garantir que você não atrapalhe a vida de Aishi; ele completou com os olhos ameaçadoramente brilhantes.

-Aishi! – ela falou com desdém. – Não conheço ninguém com esse nome.

-Não seja sonsa Afrodite, tanto os garotos como eu não vamos permitir que você faça mais uma das suas besteiras; O mensageiro do Olímpo apareceu para reforçar o grupo.

-Hermes! – Ares falou se surpreendendo que até mesmo o irmão resolvera aparecer, ficando com uma cara de até você para ele.

-Aonde vocês querem chegar com isso? – Afrodite voltou-se para os três.

-Simples cara Afrodite. Cansamos dos seus chiliques e por ordem de Zeus você não vai se meter na vida de Aishi! – um homem de porte atlético e cabelos azuis como um céu tempestuoso, entrava imponente na sala, acompanhado de uma jovem extremamente parecida com ele.

-Aishi! Mais uma vez afirmo não conhecer ninguém com esse nome; Afrodite falou com desdém, sendo fulminada pelo olhar de todos. – Embora conheça minha filha Harmonia que ousou ir contra as minhas opiniões e se juntou aos mortais; ela respondeu seca.

-Ela tem uma nova vida agora, não precisa que seu despeito a atrapalhe; Ártemis falou com a voz tremendo de raiva, sendo segurada no braço pelo irmão.

-Nova vida, me poupe... Você não tem o que falar, seu irmãozinho levou uma raiada na cabeça por essa infantilidade e você ainda a defende; Afrodite disse revoltada, olhando para Apolo.

-Bem, pelo menos você não pode dizer que ela não tem potencial, já que provou ser muito forte para nos desafiar... Sozinha; ele respondeu com um sorriso enigmático.

-E não se esqueça de que ela provou ser alguém que você nunca foi capaz de se tornar; Hefestos falou entrando no recinto e chamando a atenção de todos, pois sendo o Deus Ferreiro, ele dificilmente deixava suas forjas para se juntas aos outros.

-Concordo com meus irmãos! – Dioniso se manifestou, aproximando-se com uma taça de vinho pela metade nas mãos e os cabelos ruivos com ares rebeldes caindo sobre os ombros.

-Ela merece o titulo de guardiã dos mortais, pois provou ser leal aos próprios princípios, é admirável que alguém da nova geração seja digna de tal missão; uma mulher de cabelos verde-claros e ondulados se aproximava de todos, com olhar impassível.

-Deméter! O que faz aqui, não deveria estar na Terra olhando por alguma de suas protegidas; Afrodite falou com os olhos cerrados.

-Creio que isso não seja da sua conta Afrodite; ela respondeu áspera.

-Pelo visto vocês tiraram a preciosa eternidade de vocês só para me atrapalharem; ela disse numa distancia segura do grupo, já se encaminhando para a saída.

-NÃO PENSE QUE VAI SAIR DAQUI AFRODITE; Ares gritou atraindo a atenção de todos para impedir a deusa de se retirar.

-Não vejo nada que me empeça; ela disse confiante.

-Não seja por isso! – uma voz imponente soou quando um raio cortava o céu e caia a milímetros de distancia da deusa que ficou rapidamente pálida.

-O que foi Afrodite? Perdeu a petulância tão rapidamente? – Hera disse, se aproximando de braços dados com o marido que tinha um olhar inexpressivo, segurando um raio na outra, caso precisasse utilizá-lo.

-Como? – ela perguntou dando-se conta de que havia sido encurralada pelo panteão em peso.

-Não pensei que quisesse tanto assim ser encerrada no tártaro Afrodite, apesar de que isso, traria um enorme prazer para alguns; Hera disse ferina. – Mas para a sua sorte estamos em tempos de paz e você não mudara isso; ela completou.

-Não queira responsabilizar os outros por seus erros. Se durante tua existência não fizeste nada de proveitoso nem por ti nem por teus filhos, não queira que outros sigam tal exemplo; Métis, a deusa da prudência se aproximou com calma dos outros.

-Aishi fez sua escolha, defender e viver entre mortais, assim será daqui para frente; o Onipotente encerrou.

-Desista! Ela esta muito bem entre aqueles que ela resolveu proteger; Ártemis disse.

-Vocês não entendem! – Afrodite murmurou contrariada. – Prefiro, eu mesma eliminá-la a deixar que Eris a humilhe, usando um bando de mortais como ponto fraco; ela respondeu.

-As coisas não são assim! – Eros falou compreensivo. – No santuário ela tem pessoas que aceitam quem ela é e a amam mesmo assim, eles não vão deixar que alguma coisa ruim aconteça a ela; ele completou sorrindo.

-Não venham reclamar depois; ela disse indo sentar-se em um canto afastado, onde tinha uma visão plena do santuário, ignorando completamente a reação de espanto dos outros.

III – Falta Pouco.

O navio já tomava a maior extensão do cabo, embora ao olhar dos moradores locais, aquilo não passasse de uma imensa bruma que cobria todo o local.

Embora fosse uma Deusa, não era a primeira vez que Eris tentava retornar nessa Era. Outrora já fizera, mas fora derrotada. Perdendo completamente o poder de seu cosmo que a mantinha existindo no seu corpo verdadeiro que com a energia de Athena se restaurara.

Agora, depois de cerca de dois anos ela esta a tentar uma nova chance. Esperando apenas a oportunidade certa para ter um cosmo que a ajude a recuperar-se completamente e esse cosmo não é nenhum outro, alem do cosmo da guardiã.

IV – Inferno.

Estava realmente tenso. Parado em frente a uma das janelas do grande castelo, embora estivesse apreciando as belas planícies dos Elisíus seu pensamento estava longe. Os orbes frios embora muitas vezes inexpressivos agora tinham um brilho intenso, denotando preocupação.

-Em que esta pensando, meu Sr? –a jovem de cabelos negros perguntou, parando a seu lado.

-Harmonia; Hades respondeu.

-Como? –Perséfone perguntou, com ar enciumado.

Ao longo da eternidade, sempre presenciara as conversas calorosas entre o marido e a filha de Afrodite e nunca gostara muito disso, embora soubesse que o relacionamento dos dois não passasse apenas da amizade.

Chegava a ser estranho que Hades e Harmonia se dessem tão bem, mas apesar das controvérsias de ambos os deuses, os dois tinham o mesmo objetivo, lutar por aquilo que acreditavam.

E agora Perséfone agradecia por tais laços de amizade que haviam trazido o marido de volta. Muitas coisas haviam mudado ao longo dos séculos entre eles, e parte de algumas mudanças devia a ela.

-Eris vai matá-la e aqueles idiotas não vão fazer nada; ele respondeu serrando os punhos nervosamente.

-Esta se referindo ao conselho? –ela perguntou curiosa.

-...; Hades assentiu.

-Mas não há nada que possamos fazer, quem sabe falar com o Onipotente; Perséfone falou com certa preocupação. –"Depois de tudo o que ela passou, não pode morrer"; ela pensou, entendendo no que implicava a preocupação do marido.

Lembrava-se do tratado feito pelo conselho, tudo que ela viesse a sentir, refletir-se-ia nos cavaleiros. Se ela morresse, tudo seria perdido.

-Majestades, com licença; Radamanthys falou entrando no salão onde a armadura do imperador estava guardada.

Normalmente Hades permanecia algumas horas do dia naquele lugar, como se estivesse meditando, por isso não foi difícil encontrá-lo ali.

-Algum problema, Radamanthys? –Perséfone perguntou.

-A Sra Metis deseja falar-lhe; ele respondeu.

-Aonde ela esta? –Hades perguntou, intrigado com a presença da deusa da Prudência em seu reino.

-No salão principal; ele respondeu.

-Já estamos indo; Hades respondeu.

-Sim Sr, com licença; o juiz falou, numa breve reverencia, saindo em seguida.

-Estamos? –Perséfone perguntou, estranhando o fato dele ter falado no plural, sabia que ele nunca falava pelos outros.

-Me acompanha? –ele perguntou com um olhar carinhoso, que dificilmente aparecia em si na presença de terceiros, enquanto lhe estendia o braço.

-...; Perséfone assentiu, enlaçando-lhe pelo braço e seguindo com ele para o salão principal.

Continua...