Oi, cá vai o terceiro capítulo. Isto está a aquecer...:-)

As aulas acabaram. Sakura resolveu ir ao parque do pinguim para espairecer. Sentada no baloiço, pensou na confusão que houve de manhã. Se já era assim no principio do ano, estava-se mesmo a ver como seria quando tiver acabado.

Alguém apareceu atrás dela. Era Shaoran!

- Tudo bem? - Perguntou.

- Mais ou menos.

- Olha, descula aquilo do Masaru e da Yoko. Eles foram muito inconvenientes. Não queria que aquilo acontecesse, a sério.

- Não há problema.

- Esta treta dos grupos não passa disso mesmo: Uma treta. Por que será que não nos podemos dar bem, ter o estilo que se quiser, os amigos que se quiser, sem ser criticado?

- É verdade. - Sakura sorriu. - Sabes, tu és um betinho, mas um betinho fixe.

- Tu também não és nada má. Ainda podemos ser amigos.

- Eu acho...que já o somos.

Coraram de repente, pois reparam que estavam de mão dada. Olharam um para o outro, completamente envergonhados.

- Hã...Amanhã a gente vê-se?

- Claro, Shaoran. Até amanhã.

Shaoran dirigiu-se para casa.

-Ai, Shaoran, Shaoran, quem me dera que todos pensassem como tu. - Disse Sakura para si própria.

- Até que enfim. Sabes que horas são?

- Olá, pai. Já chegaste?

- Já, pois. E estou a gostar nada da tua conduta. Andas a fazer motocross outra vez, não é? - Chen Li, o pai de Shaoran, rispido e autoritário como sempre.

- Ando. E então? - Respondeu Shaoran.

- E então? Tu sabes que eu te proibi de o fazeres.

- Sei disso muito bem. O que se passa é eu já estou farto de não ter vida própria.

- Xiao Lang, o teu pai tem razão. E se te acontece alguma coisa, querido. - Era a madrasta, Niang, com o seu habitual cinismo.

- Era melhor que não te metesses onde não és chamada. - Retorquiu Futtie, uma das quatro irmãs de Shaoran.

- Futtie, deixa de ser insolente com a Niang!

- Ah, eu é que estou a ser insolente! Ela faz as asneiras e nós é que pagamos! - Futtie correu para o quarto e bateu com a porta.

- O que é que aconteçeu desta vez? - Inquriu Shaoran. Se Futtie estava naquele estado, é porque Niang não fizera coisa boa.

- Não aconteceu nada de especial. - Respondeu ela, fingindo-se doce. Deve-se ter passado alguma coisa com ela e não nos quer dizer.

Shaoran foi para o quarto. Que raiva! Já há muito tempo que não sabia o que era ter uma familia. Desde a morte da mãe, o pai mudara bastante. Mais severo. E para ajudar, Niang tornava a vida dele e das irmãs num inferno.

Como era fim de semana, Sakura foi com Tomoyo até ao bar da Kaoro. Muito animado e com boa onda, como de costume. Sano, que trabalhava lá com Kaoro, ajudava a animar o ambiente.

- Olá, minha túlipa. - Cumprimentou Sano uma holandesa. Começava ele com o engate. Aquele Sano não tinha emenda. - O que é que queres beber?

- Sei lá. Surpreende-me.

- Improviso. Gosto disso. O meu coração está nas tuas mãos. Au!

Kaoro tinha-lhe puxado a orelha.

- O teu coração pode estar nas mãos dela, mas a tua orelha está na minha mão! Deixa-te de parvoices e toca a trabalhar, " Sanosuke "!

- " Sano ", se faz favor! - Sano detestava o seu nome. Preferia que o tratassem pelo diminuitivo.

- Tanto faz. Estás à espera de quê?

Contrafeito, Sano foi para o balcão buscar um sumo da sua autoria.

- A Kaoro não perdoa. - Comentou Tomoyo.

- Podes crer. Quando ela quer, é impiedosa! - Resmungou sano.

- Quanto mais me bates, mais gosto de ti, não é? - Tomoyo piscou-lhe o olho.

- Que queres dizer com isso?

- Esquece. Olha, Sakura, aquele ali não é o Shaoran?

- Sim, é ele.

Pois era. Lá estava ele com aquela amiguinha dele, a Yoko.

- Xiao Lang, vamos embora. Isto aqui está mal frequentado. - Reclamou ela ao ver Sakura.

- Yoko, para com isso.

- Espera um pouco, amorzinho, pensando melhor... - Começou ela com um sorriso maquiavelico.

Quando Shaoran menos esperava, Yoko agarra nele e beija-o. Mesmo nos labios.

Sakura não quis ver mais nada e saiu dali para fora.